Dia 22 de setembro no Auditório do Centro Hospitalar do Porto
A sessão formativa gratuita dirigida a especialistas de medicina geral e familiar dará enfâse à intervenção precoce sobre os...

O Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) no âmbito das comemorações da Campanha “Make Sense”, integrada na 4ª Semana Europeia de Sensibilização para o Cancro de Cabeça e Pescoço, organiza uma sessão formativa gratuita dirigida a especialistas de medicina geral e familiar.

Com início marcado para as 14h30, a sessão formativa sob o tema “Abordagem inicial dos carcinomas de cabeça e pescoço – lesões iniciais, como detetar e como orientar?”, terá como objetivo sensibilizar os especialistas de medicina geral e familiar para a intervenção precoce sobre os fatores de risco clássicos, como o tabaco e o álcool, bem como para outros como a infeção HPV e as lesões potencialmente malignas da cavidade oral.

A inscrição para a sessão é gratuita, mas obrigatória. Para confirmação de presença é necessário o envio de um email para [email protected] até dia 15 de setembro. O certificado de participação seguirá via email.

A Campanha “Make Sense”, dirigida pela Sociedade Europeia de Cabeça e Pescoço (EHNS) tem como objetivo promover a educação para a prevenção do cancro de cabeça e pescoço, tanto junto da população, como dos médicos de medicina geral e familiar que desempenham um importante papel para assegurar o reconhecimento dos sintomas e o diagnóstico precoce, tornando possível o tratamento.

Durante esta 4ª Semana Europeia, os países envolvidos têm como principal objetivo combater uma doença curável nas suas fases mais precoces, mas muito mutilante e com alta taxa de mortalidade em fases mais avançadas, e cujos principais fatores de risco são o consumo de álcool e tabaco.

Ministro da Educação
O ministro da Educação considerou hoje, na Amadora, que a mobilidade por doença "é um direito" dos professores e que,...

"A mobilidade por doença é um direito dos professores. Todos aqueles que têm familiares, ou os próprios professores, se têm problemas de saúde, têm a possibilidade, o direito, de requererem essa mobilidade para zonas onde tenham que dar assistência ou de receber tratamento", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O governante, que falava à margem da abertura do ano letivo da EB1/JI Brito Pais, do agrupamento de escolas José Cardoso Pires, na Amadora, explicou que na sequência de anteriores denúncias de alegadas situações fraudulentas, a Inspeção-Geral de Educação e Ciência efetuou "um conjunto de recomendações".

Apesar de o Ministério da Educação não poder "interferir com os atestados médicos", o ministro esclareceu que as ações inspetivas concluíram pela necessidade da criação de juntas médicas.

"Já tivemos oportunidade de anunciar essas próprias juntas médicas antes do verão e 1.500 novas juntas médicas foram contratualizadas para que efetivamente possam responder a questões desta natureza", salientou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro vincou que a mobilidade "não é um concurso, é um direito dos professores e a partir do momento que tenham atestado médico que declare que eles próprios ou os seus familiares necessitam de tratamento médico, ou de acompanhamento médico, obviamente que é um direito que lhes assiste".

O ministro assinalou a abertura do ano letivo na EB1/JI Brito Pais, acompanhado pela presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), onde contactou com crianças do pré-escolar e alunos do 1.º ciclo e participou na distribuição de manuais escolares aos estudantes do 1.º ano.

15 de setembro - Dia Mundial do Linfoma
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia irá realizar dia 15 de setembro, Dia Mundial do Linfoma, a iniciativa “Bolas de Sabão...

Esta ação terá lugar na Praça Dom Luís (junto do Mercado da Ribeira), em Lisboa, pelas 11h00, onde a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) estará a distribuir informação e a convidar todas as pessoas a participarem na primeira largada de bolas de sabão pelo linfoma. As bolas de sabão pretendem simbolizar uma das principais manifestações da doença: o aumento dos gânglios linfáticos, em forma de bola.

Além deste evento, a APCL irá realizar uma sessão de esclarecimento para os doentes na sede da associação, pelas 16h. As participações estão sujeitas a uma inscrição prévia através do e-mail [email protected]. As inscrições são limitadas.

O linfoma é um tumor maligno que resulta do crescimento anormal de células do sistema linfático e é considerado umas das 10 principais causas de morte por cancro na Europa.

Os sintomas do linfoma são pouco específicos, porque são comuns a um grande número de doenças, o que dificulta o diagnóstico inicial. O sintoma mais frequente é o aparecimento de um gânglio linfático aumentado de tamanho, que não causa dor e pode estar localizado no pescoço, axilas ou virilhas. Outros sintomas que podem surgir são: suores intensos durante a noite, febre sem explicação, cansaço extremo e perda de peso inexplicável. Por vezes não existem quaisquer sintomas e o linfoma é descoberto de forma acidental durante um exame médico de rotina.

Mais informações em www.linfoma.com.pt e www.infocancro.com.

Clínica Psiquiátrica de S. José, em Telheiras
Com o intuito de promover o voluntariado a nível nacional e incentivar o conhecimento sobre a missão hospitaleira, o Instituto...

No dia 1 de outubro, as jornadas terão como principal foco o voluntariado em Portugal, sendo que se desenvolverão reflexões e conferências sobre o valor do mesmo, as boas práticas e a ética. Todas elas serão lideradas por representantes de organizações que estão intimamente ligadas ao voluntariado tais como: CPV, FEC, CÁRITAS LIS e VIDA E PAZ. Poder-se-á contar, ainda, com um espaço dedicado à partilha de experiências pessoais assim como momentos artísticos.

No dia 2 de outubro, as jornadas continuarão, para os voluntários da instituição promotora, com uma peregrinação a Montemor-o-Novo assinalando a importância de S. João de Deus, “o patriarca da hospitalidade“. Nesta peregrinação, os participantes terão a oportunidade de visitar a Cripta de S. João de Deus (casa natal de João Cidade), participar na celebração da Eucaristia na Igreja Matriz e aprofundar o conhecimento da Obra do santo. 

Diário da República
O Governo criou o Centro de Emergências em Saúde Pública que terá como missão emitir alertas, antecipar e identificar riscos em...

Segundo o despacho, que entra em vigor na quarta-feira, o Centro de Emergências em Saúde Pública (CESP) dependerá diretamente do diretor-geral da Saúde, “enquanto Autoridade de Saúde Nacional”.

“As recentes lições, decorrentes das situações geradas por epidemias, quer em Portugal, como aconteceu com o surto de Doença dos Legionários, quer as que constituem emergências de saúde pública de âmbito internacional, no contexto do Regulamento Sanitário Internacional, designadamente Ébola e Zika, não podem ser ignoradas”, refere o despacho assinado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Por esse motivo, a Comissão Europeia e a Organização Mundial da Saúde recomendam o reforço de programas de emergência em saúde pública, com “o propósito de identificar e orientar as respostas perante os desafios e as ameaças sanitárias transfronteiriças”, adianta.

Nesse sentido, sublinha o despacho, importa “reforçar os sistemas de deteção precoce dessas ameaças, antecipando-as, incrementar a capacidade de monitorização de indicadores e sinais de alerta, promover a comunicação em matéria de resposta e intensificar a respetiva capacidade de coordenação”.

Foi neste âmbito que foi criado o CESP, que desenvolverá as suas atividades no quadro das funções essenciais de centros de emergência e operações em saúde pública.

Fazem parte das suas atividades antecipar e identificar riscos em saúde pública, emitir alertas, gerir sistemas de vigilância e deteção precoce, bem como plataformas de comunicação face a alertas nacionais ou internacionais, incluindo a receção, análise e emissão de notificações em vários sistemas de alerta.

Análise e gestão de riscos, colaboração com a rede de autoridades de saúde, articulação sistemática com outros organismos do sistema de saúde, nacionais e internacionais, bem como do sistema de proteção civil e outros setores são outras das atividades do CESP.

Cabe ainda ao centro de emergências elaborar planos multissetoriais de preparação e resposta a emergências de saúde pública, promover a realização de exercícios de simulação, colaborar na formação e treino de profissionais de saúde e outros em matéria de prevenção, deteção e resposta a ameaças de saúde pública.

O despacho sublinha que “a criação do CESP não implica meios financeiros nem pagamento de quaisquer suplementos remuneratórios ou criação de cargos de dirigentes”.

Comissão Europeia
Fármaco passará a poder ser comercializado nos 28 estados membros da União Europeia.

Existe uma nova esperança para doentes com cancro do pulmão de células não-pequenas (CPCNP), o tipo mais comum de cancro de pulmão. Foi autorizada pela Comissão Europeia a comercialização de pembrolizumab, um fármaco de imuno-oncologia, para o tratamento do CPCNP avançado cujos tumores expressam PD-L1.

“O cancro do pulmão representa a principal causa de morte por cancro em todo o mundo, e este marco destaca a importância da inovação e o compromisso com o desenvolvimento de novos tratamentos que possam ter um impacto positivo para os doentes que vivem com esta doença” indica Stefania Vallone, presidente da associação Lung Cancer Europe.

O cancro do pulmão, que se forma nos tecidos dos pulmões, geralmente nas células que revestem as passagens de ar, é a principal causa de morte por cancro em todo o mundo, escreve o Observador. A cada ano, morrem mais pessoas de cancro do pulmão do que morrem de cancros do cólon, da mama e da próstata combinados. Os dois principais tipos de cancro do pulmão são o cancro do pulmão de células não-pequenas e o de pequenas células. O cancro do pulmão de células não-pequenas é o tipo mais comum de cancro do pulmão, contribuindo para cerca de 85% de todos os casos. A taxa de sobrevivência relativa a cinco anos para doentes que sofrem de cancro do pulmão avançado metastático (Estádio IV), estima-se ser de 2%.

Pembrolizumab demonstrou aumentar a sobrevivência global dos doentes de forma significativa quando comparado com o tratamento padrão com quimioterapia.

Este fármaco inovador faz parte de um grupo de novos medicamentos contra o cancro que utilizam o próprio sistema imunitário do doente para combater as células tumorais. Estas terapêuticas imuno-oncológicas têm-se afirmado nos últimos anos como uma das principais fontes de esperança para o tratamento do cancro na medicina moderna.

Estudo
Portugal ainda não tem qualquer legislação específica relativamente aos produtos químicos em tatuagens. Comissão Europeia...

Há cada vez mais gente a fazer tatuagens. Pelo menos é o que dizem os números, que dão conta de 60 milhões de europeus com tatuagens e um aumento de 7% desde 2003. Contudo, a maior parte desconhece o que contém a tinta utilizada.

Esta é a conclusão de um estudo encomendado pela Comissão Europeia à Joint Research Centre (JRC), escreve a TVI24, que diz que 80% dos pigmentos utilizados hoje em dia são orgânicos e 60% deles são pigmentos azo, um tipo de pigmentos que, expostos ao sol, podem degradar-se e libertar aminas aromáticas que podem ser cancerígenas.

Além disso, as tintas podem conter impurezas, já que na maior parte dos casos não são fabricadas especificamente para tatuagens.

Segundo os investigadores, as etiquetas das tinhas possuem geralmente o local onde foram fabricadas, mas muito poucas vezes discriminam quais os componentes utilizados.

Um dos problemas identificados no estudo é a falta de um regulamento específico na Europa, o que leva a que uns países tenham regras mais exigentes do que outros. Em 2003, o Conselho da Europa emitiu um documento com uma série de recomendações sobre as tatuagens e elaborou uma lista dos ingredientes que não deveriam ser utilizados na produção das tintas. No entanto, apenas sete países da UE aplicaram essas diretrizes.

Portugal é um dos países que ainda não adotou essas recomendações e que não tem qualquer legislação específica relativamente aos produtos químicos em tatuagens.

Plano Nacional de Saúde Revisão e Extensão a 2020
A Direção-Geral da Saúde quer que a esperança de vida saudável aos 65 anos aumente 30% até 2020. E defende que empresas e...

Em 2020, os homens com 65 anos devem ter a expectativa de viver até aos 78 de forma saudável, enquanto as mulheres devem poder chegar aos 77 sem problemas de saúde que lhes condicionem as atividades do dia-a-dia. Esta é uma das metas do Plano Nacional de Saúde: Revisão e Extensão a 2020, cujos indicadores foram agora atualizados, revelando uma desaceleração da melhoria do estado de saúde dos portugueses, que pode estar relacionada com a crise financeira.

Em 2004, os homens podiam esperar, em média, 5,1 e as mulheres 3,8 anos de vida saudável após os 65. Depois de anos com os homens com uma distância, em matéria de qualidade de vida depois dos 65, alargada em relação às mulheres, os últimos dados mostram que a diferença se reduziu: em 2013, eles tinham pela frente mais 9,6 anos saudáveis e elas 9,3. Enquanto no sexo masculino houve uma quebra de 2012 para 2013 (dos 9,9 para os 9,6), no sexo feminino há uma ligeira subida (de 9 para 9,3).

"Nota-se que há uma desaceleração da melhoria do estado de saúde em alguns indicadores, tais como a esperança de vida saudável aos 65 anos", diz Rui Portugal, diretor executivo do PNS, que respondeu ao Diário de Notícias em colaboração com Paulo Nogueira, diretor de serviços de informação e análise. Trata-se de uma "diminuição do ritmo de melhoria" que o responsável acredita poder estar relacionada com a crise. Por exemplo, "entre 2006 e 2010 há uma redução de 3,5 pontos percentuais na taxa de mortalidade prematura por doença cardiovascular e no período de 2010 a 2013 esse reduziu apenas 1,4 pontos percentuais".

Segundo o Plano Nacional de Saúde em Números 2015, em 2014 residiam em Portugal mais de dois milhões de pessoas com mais de 65 anos. Um dado curioso é o facto de as mulheres terem mais esperança de vida à nascença (83,21 anos) do que os homens (77,38), mas menos qualidade de vida na terceira idade. "Há claramente um problema de equidade. Duas áreas podem eventualmente justificar - a saúde mental e a doença musculoesquelética [doença degenerativa] - mas não sabemos com rigor", diz Rui Portugal.

Para que haja um aumento na qualidade de vida, é necessário um investimento na pré-reforma. "As empresas e as autarquias (espaço urbano ou rural) devem ter uma atenção particular no envelhecimento ativo das pessoas e das comunidades", afirma o diretor do programa, sugerindo, no caso das empresas, saúde ocupacional e programas de gestão de stress. Além disso, destaca as "questões relacionadas com a atividade física, a alimentação cuidada e os comportamentos de risco a evitar ou eliminar, como o tabaco e o álcool".

Além do aumento da esperança de vida saudável em 30%, a diminuição da mortalidade antes dos 70 anos foi outra das metas traçadas pelo Plano Nacional de Saúde Revisão e Extensão a 2020. Destacando que o país está "bem encaminhado", Rui Portugal reconhece que "não é líquido que no curto espaço de tempo que falta para 2020 alcancemos estes objetivos".

Serviço Nacional de Saúde
Ministério da Saúde quer definir prazos-limite para dar resposta nos cuidados continuados e paliativos.

Desde há vários anos que há tempos máximos de espera previstos na lei para cirurgias programadas e primeiras consultas de especialidade nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas a tutela prepara-se para definir também em breve prazos-limite para a resposta aos pedidos de exames de diagnóstico e terapêutica e no encaminhamento de doentes para as redes de cuidados continuados e paliativos.

De acordo com um projeto de proposta de lei a que o jornal Público teve acesso e que esta semana deverá ser discutido em Conselho de Ministros, o objetivo é definir “tempos máximos de resposta garantidos para prestações de cuidados de saúde programados que atualmente não têm tempos definidos na legislação em vigor, nomeadamente em relação aos procedimentos associados ao fluxo de doentes na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, incluindo a saúde mental e os cuidados integrados pediátricos, e a Rede Nacional de Cuidados Paliativos”.

A lei já prevê “tempos máximos de resposta garantida” para a realização de cirurgias programadas (entre 72 horas e 270 dias, consoante a gravidade e prioridade), de primeiras consultas de especialidade hospitalar (entre 30 a 150 dias) e consultas nos centros de saúde (15 dias, se não estiver em causa doença aguda), além de casos muito específicos, como os cateterismos e pacemakers cardíacos (30 dias). São prazos monitorizados no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgias, que existe há mais de uma década, e da Consulta a Tempo e Horas, criada posteriormente.

Mas há um grande número de cuidados de saúde que não têm prazos-limite estabelecidos, caso das colonoscopias, por exemplo. A ideia, agora, é alargar estas regras e criar um sistema que permita “acompanhar, controlar e gerir, de forma integrada,” o acesso dos cidadãos ao SNS, além de possibilitar “uma visão global e transparente do percurso do utente na procura da prestação de cuidados de saúde”, lê-se na proposta de lei.

Apesar de já ter sido anunciado em Maio passado, este Sistema Integrado de Gestão do Acesso vai ter ainda que ser regulamentado por portaria, tal como os novos tempos máximos de resposta.

O projeto de diploma prevê igualmente que seja criado um sítio na Internet para a divulgação “atempada e transparente” de informação sobre o desempenho assistencial das instituições e estabelecimentos do SNS e sobre o grau de cumprimento dos tempos máximos de resposta a nível nacional.

São alterações à Lei nº 15/2014, de 21 de Março, que veio “apresentar de forma clara e integrada os direitos e deveres do utente dos serviços de saúde. No artigo 26º (que se refere aos tempos máximos de resposta garantidos) estipula-se que serão definidos por portaria os tempos máximos de resposta garantidos nos cuidados de saúde primários, incluindo os cuidados domiciliários, nos cuidados de saúde hospitalares no que respeita a consultas externas hospitalares e cirurgias programadas, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, nas respostas das redes de cuidados continuados e paliativos

Atrasos persistem
Resta saber como vai ser monitorizado o cumprimento dos novos prazos. O que se percebeu já é que, em relação aos prazos definidos há anos, ainda persiste uma fatia significativa de incumprimento. Os dados sobre acesso mais recentes divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) — relativos ao período de Abril a Junho passado — indicam que mais de um quarto (28%) das primeiras consultas realizadas nos hospitais públicos ainda não respeitam estes tempos máximos.

Nas cirurgias programadas, ainda de acordo com a ACSS, os prazos-limite definidos na lei foram respeitados em 89% dos casos, o que significa que mais de 30 mil doentes ainda foram operados fora destes prazos. Quando o tempo é excedido, os doentes têm o direito de receber um vale-cirurgia que lhes permite serem operados nos hospitais do sector convencionado, mas a tutela já anunciou que vai limitar esta possibilidade em 2017 para aproveitar ao máximo a capacidade instalada no sector público.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Manuel Capelas, em termos abstratos, a definição de tempos máximos de resposta para este sector tão carenciado “faz todo o sentido”, porque a maior parte dos doentes morre antes de ser encaminhado para os locais adequados, mas é preciso saber o que acontecerá no caso de incumprimento.

“Qual será a responsabilidade das instituições? Qual será a alternativa para os doentes?”, pergunta. Há tempos de espera demasiado elevados para as pessoas em sofrimento, nota, mas lembra que “o grande problema prende-se com a tardia referenciação dos doentes”. "Os médicos têm os doentes praticamente a morrer mas acham que os podem curar e este problema não se resolve por despacho ou por decreto", lamenta.

Dia Mundial da Sépsis
A especialista em Medicina Interna, Ana Isabel Pedroso, fala-nos hoje sobre Sépsis - disfunção de ór

Dia 13 de Setembro é o Dia Mundial da Sépsis, que surgiu pela necessidade de se afirmar perante a população a sépsis como emergência médica, uma vez que pode ser fatal.

Em Portugal, 22% dos internamentos em unidades de cuidados intensivos são devidos a Sépsis adquirida na comunidade e estes casos determinam uma mortalidade hospitalar global de 38%, que no caso de choque séptico chega a atingir 51%.

Em países como os Estados Unidos constitui um grave problema de saúde pública, comportando custos superiores a 20 biliões de dólares em 2011.

Apesar de não se conhecer a incidência real, estimativas conservadoras sugerem que a sépsis ocupa o quarto lugar nas causas de morte a nível mundial.

Então o que se entende por sépsis? Em 1991, surgiu a definição de sépsis como a “resposta inflamatória sistémica do hospedeiro perante uma infecção”. Esta manteve-se inalterada por mais de duas décadas, e recentemente, em Fevereiro do corrente ano, foi alvo de revisão por parte das principais Sociedades Científicas envolvidas neste problema, aceitando-se agora como definição: “disfunção de órgão(s) potencialmente fatal desencadeada por uma resposta desregulada do hospedeiro perante a infecção”.

Esta infecção pode ocorrer em qualquer pessoa, de qualquer idade, e ser de qualquer origem, havendo infecções que mais usualmente evoluem em sépsis como a pneumonia, infecções abdominais ou do tracto urinário.

Existem alguns sinais e sintomas que surgem após o inicio da infecção que nos fazem desconfiar de sépsis tais como febre e aceleração de batimentos cardíacos e da respiração (taquicardia e taquipneia), e outros que são indicadores de gravidade como falta de ar (dispneia), alteração do estado de consciência ou confusão mental e redução do débito urinário, entre outros, podendo o diagnóstico ser auxiliado por exames complementares como análises laboratoriais.

Todavia, a sépsis pode ser tratada com sucesso, e a primeira hora é fundamental devendo o doente receber fluidoterapia e antibioterapia empírica neste espaço de tempo. Assim, o reconhecimento e a intervenção atempadas influenciam de forma significativa o prognóstico do doente, razão pela qual estes doentes deverão ser abordados numa filosofia de “Via Verde”.

Como em tantas coisas, prevenir é o melhor remédio e o mesmo se aplica na sépsis. Devemos prevenir as infecções, cumprindo por exemplo o plano nacional de vacinação, mantendo um estilo de vida saudável com uma alimentação adequada, exercício e descanso, lavar as mãos com regularidade e tomar uma atitude conscienciosa em relação ao uso de antibióticos, tomando-os apenas quando necessário, segundo a prescrição e até ao fim.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rede Nacional de Cuidados Continuados
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que o país conta com 7.800 camas disponíveis na Rede Nacional de...

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto de Segurança Social assinaram esta tarde um contrato-programa, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, para disponibilizar 12 camas e um total de 365 dias para internamento de média duração em reabilitação, na Unidade de Saúde Maria José Nogueira Pinto, em Cascais.

"As necessidades do país andarão por volta das 15 mil [camas]. Estamos pouco mais de meio desta viagem, sendo certo que este ano estamos a ter a maior vaga de abertura de camas de cuidados continuados integrados, cerca de 700, que acrescerão a curto prazo mais 300 em saúde mental. Estamos, portanto, a fazer um esforço para retomar um caminho que é imperativo, tendo em conta as condições de envelhecimento e as necessidades que são manifestas de resposta", afirmou o ministro, aos jornalistas.

Adalberto Campos Fernandes reconheceu que as necessidades na rede de cuidados continuados existem há muitos anos e sublinhou que a responsabilidade deve ser partilhada por "todos os que nos últimos dez anos deram poucas respostas deste tipo".

"Não interessa falar do passado, interessa dizer que estamos a reconciliar o país e os portugueses com as respostas sociais e com as respostas de saúde e é essa a nossa obrigação. A resposta que tardou muito. A própria região de Lisboa e Vale do Tejo está muito carenciada, mas vamos procurar nos próximos três anos, até ao fim da legislatura, por Lisboa e Vale do Tejo na média nacional", frisou.

Sobre o esforço financeiro, o ministro não adiantou valores, mas assegurou que "é muito mais caro e imprudente do ponto de vista clínico tê-los [aos doentes] inadequadamente num hospital do que em respostas como estas".

As novas camas são as primeiras de internamento da Rede Nacional de Cuidados continuados Integrados no concelho de Cascais, uma aspiração antiga da autarquia.

"É um dia histórico, porque Cascais não tinha nenhuma oferta nos cuidados continuados, quer de curta, média ou longa duração. Estamos a falar das primeiras 12 de 107 que já estão assinadas por despacho e com o compromisso de serem reforçadas em mais 400", afirmou o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.

O autarca sublinhou ainda que a câmara tem o objetivo de adquirir edifícios do Estado para convertê-los em equipamentos com a mesma finalidade social e de saúde, assegurando que "todo o investimento terá retorno".

Projeto Nutriciência
As famílias apoiadas pelas Misericórdias vão poder aprender mais sobre alimentação e nutrição, através do projeto Nutriciência,...

Lançado pela Universidade do Porto, em parceira com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Universidade de Oslo, o “Nutriciência: Jogar, Cozinhar e Aprender” pretende “aumentar a literacia nutricional das famílias portuguesas”.

Ao associar-se a esta “iniciativa inovadora”, a União das Misericórdias Portuguesas pretende “contribuir para a adoção de hábitos saudáveis junto das famílias que já procuram apoio social junto das Misericórdias”, explica o presidente da UMP, Manuel de Lemos, em comunicado.

“Através das novas tecnologias é possível criar momentos interativos que apoiem a educação alimentar e dessa forma contribuir para qualidade de vida destas famílias”, acrescenta Manuel de Lemos.

O coordenador do projeto e professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, José Azevedo, acrescenta que objetivo do projeto é que “as pessoas se divirtam enquanto descobrem novas curiosidades sobre alimentação e os benefícios da prática de uma alimentação saudável”.

José Azevedo deu como exemplo “a importância do aumento do consumo de fruta e hortícolas da época e de produção local e a diminuição da ingestão de açúcar e de sal”.

No projeto, inserido no programa “Iniciativas em Saúde Pública” e que vai entrar na segunda fase, gerido pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), participam pais, crianças do ensino pré-escolar e educadores de infância inseridos nos programas de resposta social das Misericórdias portuguesas.

As famílias envolvidas são desafiadas a participarem também num concurso televisivo de culinária, que visa premiar as receitas mais saudáveis propostas pelas famílias participantes no projeto.

A segunda fase do projeto arranca na quinta-feira, no Centro João Paulo II, em Fátima, com a realização de um almoço saudável a partir das receitas vencedoras apresentadas pelas famílias na primeira fase do projeto.

O encontro irá contar com a participação de Alida Endresen, Conselheira da Embaixada da Noruega (um dos Estados doadores de financiamento para a concretização do Nutriciência), de Inês Ferreira, da ACSS, e de Manuel de Lemos.

Até ao momento, participaram no projeto Nutriciência cerca de 700 famílias portuguesas e mais de 200 educadores de infância, que integram os equipamentos das Misericórdias portuguesas.

A terceira unidade dedicada ao neurodesenvolvimento
O CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil acaba de inaugurar instalações no centro de Lisboa, permitindo uma maior...

Pedro Cabral, Diretor Clínico do CADIn salienta que “foram os nossos utentes que nos conduziram de forma muito natural a esta medida e, por isso, a nova unidade CADIn será uma extensão da ação que tem sido desenvolvida nos últimos 13 anos. Manteremos a mesma equipa clínica e o mesmo modelo de funcionamento, centrado na procura contínua da melhor resposta para cada caso, tanto no diagnóstico quanto na intervenção, em articulação com a família, a escola e a comunidade e alargado a todas as faixas etárias”

Assim, a terceira unidade do CADIn contará com uma equipa clínica multidisciplinar nas áreas de Neuropediatria e Neurologia, Pedopsiquiatria e Psiquiatria, Psicologia e Neuropsicologia, Educação Especial e Reabilitação, Terapia da fala e Terapia ocupacional, entre outras.

Criado em 2003, o CADIn é uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social pioneira na sua intervenção. Foi o primeiro centro em Portugal dedicado ao tratamento e estudo das perturbações do neurodesenvolvimento, com a missão de promover a integração plena na sociedade de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais.

Na qualidade de IPSS, o CADIn foi pensado como um projeto de responsabilidade social inovador, orientado para a inclusão. Assim, a unidade de Lisboa do CADIn será abrangida pela Bolsa Social, um fundo constituído por doações que comparticipam o custo do acompanhamento quando as famílias não têm condições económicas para os suportar sozinhas ou em casos de crianças e jovens institucionalizados.

Desde a sua abertura em Cascais, em 2003, e Setúbal, em 2011, o CADIn já atendeu mais de 20.000 pessoas. Lisboa é mais uma etapa no sonho de disponibilizar a, todas as famílias que necessitem, o acompanhamento de uma equipa de profissionais especializados no diagnóstico e tratamento das perturbações do neurodesenvolvimento, que acredita que cada pessoa tem direito aos melhores cuidados para poder realizar todo o seu potencial, em quaisquer circunstâncias e estágios de vida.

Áreas de intervenção do CADIn:

  • Perturbações Intelectuais e do Desenvolvimento
  • Perturbações Espetro do Autismo, Perturbações de Comunicação, Linguagem e Fala
  • Défice de Atenção e Hiperatividade
  • Perturbações do Comportamento e Controlo dos Impulsos
  • Perturbações do Humor e/ou Ansiedade
  • Perturbações Sono e do comportamento alimentar
  • Dificuldades de Aprendizagem Específicas (dislexia, discalculia, disgrafia, entre outras)
Conselhos para os pais
A psicóloga do IVI Lisboa, Filipa Santos, partilha algumas dicas para facilitar o regresso à rotina
Regresso às aulas

Atualmente o regresso às aulas representa um momento significativo na maioria das casas. Possivelmente potenciado pelo protagonismo crescente que o tema tem tido junto dos meios de comunicação e pela importância que a publicidade lhe atribui. Isto faz com que, cada vez mais, os pais estejam atentos e procurem formas de facilitar a adaptação e o regresso à rotina depois de um período de descanso e diversão, como o verão.

A Filipa Santos, psicóloga do IVI Lisboa, partilha algumas sugestões para uma melhor transição no regresso à rotina.

A atitude dos pais

Esta temática é pertinente em setembro, mas também ao longo de todo o ano. Quantas vezes ouvimos queixas a um domingo por no dia seguinte ter de regressar ao trabalho?

Uma das formas de aprendizagem das crianças é a imitação. As crianças captam as queixas e a insatisfação diária dos adultos em relação ao trabalho. É certo que trabalhar todos os dias, pode ser desgastante, mas devemos também enfatizar alguma satisfação, valorizar algo que tenhamos conseguido por trabalhar ou algo interessante que tenha ocorrido durante o dia e contá-lo à família. Se as crianças se rirem e acharem engraçado um episódio do dia a dia dos pais no trabalho, percebem que, apesar do esforço necessário, o trabalho compensa. Os pais são uma referência muito importante em certas idades e por vezes reforçam comportamentos e formas de pensar e sentir aos filhos sem dar conta.

Envolver as crianças na organização do seu material escolar e do seu quarto

É importante que as crianças participem na organização do material escolar e que aprendam a preparar a mochila com tudo o que necessitam para as aulas. Da mesma forma, é positivo que se envolvam também na organização dos seus quartos e zonas de estudo.

Dar informação prévia sobre o novo ano letivo

Tal como acontece aos adultos quando mudam de departamento, de colegas ou de chefe, as crianças também sentem alguma inquietação com a aproximação do novo ano letivo. Para ajudá-los devemos conversar com as crianças sobre a nova etapa no colégio, evitando muitos detalhes ou juízos de valor.

Recordar algum momento divertido no ano letivo anterior

É muito positivo valorizar alguma situação ou experiência que tenha marcado positivamente a criança. Pode ajudar ter contacto prévio com algum amigo ou visitar as instalações da escola antes do inicio do novo ano escolar.

Estrear algo

Sem cair no consumismo supérfluo é positivo que a criança estreie algum material escolar. Uma mochila, uma caixa de lápis, algo simples, mas que a criança goste.

Recuperar as rotinas do quotidiano da vida escolar

É recomendável recomeçar as rotinas e os horários do período escolar uns dias antes do inicio do regresso às aulas, deste modo, não são tão bruscas as alterações nos primeiros dias de aulas.

A intuição dos pais

Ninguém conhece tão bem as crianças como os próprios pais. Os profissionais podem dar alguns conselhos práticos para ajudar um pouco, mas os pais devem seguir a sua intuição e fazer o que acreditam ser melhor para os filhos.

O valor das palavras

Lamentavelmente nos últimos anos tornou-se moda a expressão: “Depressão pós-férias”, que implica uma conotação muito negativa. De um modo geral, voltamos de férias de verão com boa aparência, alguns até voltam bronzeados, aproveitámos a natureza, vivemos bons momentos com amigos e família, pusemos a leitura em dia, descansámos…Porque não trocar a expressão “depressão pós-férias”, pelo título da canção “Meu querido mês de agosto”! Esta sim, está mais conotada com os bons momentos vividos no verão.

A forma como encararmos o nosso dia a dia e o narramos aos nossos filhos é fundamental para a forma como eles próprios vão entender e organizar as suas vivências.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Eliminar tatuagens
Tratando-se de um procedimento simples e seguro, o laser para remoção de tatuagens é a melhor opção

Consideradas como um acessório de moda, as tatuagens deixaram de estar ligadas a uma minoria muitas vezes marginalizada. No entanto, apesar de cada vez mais pessoas decidirem tatuar o corpo, muitos são aqueles que se arrependem de o ter feito.

Um estudo levado a cabo por uma marca líder em equipamentos médico-estéticos revela que cerca de 41 por cento dos inquiridos admite estar arrependida. Uns por considerem a sua tatuagem fora de moda ou de mau gosto, outros por representar a lembrança de um namoro antigo. Tatuar o nome do namorado ou namorada lidera na lista dos principais arrependimentos.

Com o avanço da tecnologia laser é hoje possível, entre quatro a nove sessões, remover por completo uma tatuagem, sem correr o risco de ficar com marcas ou cicatrizes.

“A eliminação de tatuagens via laser realiza-se através de um procedimento denominado de Fototermólise seletiva em que um feixe de laser, com um determinado comprimento de onda, vai incidir unicamente sobre um cromóforo determinado (alvo da cor) provocando a fragmentação do mesmo em partículas mais pequenas, que os macrófagos do organismo possam absorver e eliminar através do sistema linfático”, começa por explicar Julio Morales, diretor médico de uma marca especializada em equipamento médico-estéticos.

Garantindo que este é um procedimento simples e seguro, uma vez que se trata de um método baseado na física (laser) e não na química (como os peelings), sendo possível controlar a profundidade das emissões, garante resultados logo ao fim da primeira sessão e sem risco de lesões.

Depois do especialista avaliar o tipo de tatuagem que vai ser removida, “elege-se o comprimento de onda mais apropriado (dependendo da cor da tinta) assim como a energia com que se vai tratar cada zona”.

De acordo com Julio Morales, estes parâmetros podem variar de sessão para sessão em função das alterações que podem surgir na zona tratada. “Um exemplo disso é quando se tratam tatuagens cosméticas pretas, cuja composição da tinta desconhecemos. Nas primeiras sessões podem desaparecer de maneira normal, mas de repente na 3ª ou 4ª sessão podem aparecer tons de uma cor diferente (isto porque cada tatuador faz as suas próprias misturas para a cor). Então na sessão seguinte há que ponderar uma mudança do comprimento de onda”, explica.

Quanto aos cuidados com a pele, estes devem ser aplicados antes e depois de cada sessão. Meia hora antes de cada sessão deve ser aplicado, no local a tratar, uma camada de creme anestésico, que se retira imediatamente antes do procedimento.

No final “aplica-se uma pomada anti-inflamatória com antibiótico com o objetivo de evitar complicações”. “A zona tratada terá de ser cuidada como se de uma pequena queimadura se tratasse. A pomada serve para manter a zona húmida e assim evitar a formação de crostas, além da proteção do sol e da fricção acidental da zona”, justifica o médico.

Apesar de segura, esta técnica apresenta algumas contraindicações. “Há um caso que merece especial referência: aqueles pacientes que ao fazer a tatuagem tiveram uma reação alérgica na zona devido ao composto da tinta, não é aconselhável que se submetam a este procedimento uma vez que a a fragmentação da tinta fará com que reproduzam esses sintomas e, inclusivamente, que estes se agravem”, revela Julio Morales.

Por outro lado, tal como acontece com qualquer tipo de procedimento laser, deve ter-se atenção à exposição solar, medicamentos, vitaminas ou produtos de ervanária que possam produzir reações de fotossensibilidade, por exemplo.

“Doenças fotossensíveis como a Porfiria, doenças que se ativem com exposição continuada a estímulos visuais tipo Eplilépsia, gravidez e amamentação, doenças que afetem o sistema Imunitário (como HIV), ou qualquer tipo de cancro em fase ativa ou em tratamento” (em que é necessário esperar cinco anos depois da cura para fazer o procedimentos) são casos contraindicados.  

Postas de lado as contraindicações, é importante ainda preparar a pele para receber o tratamento. “A pele sobre qual se vai disparar qualquer tipo de laser não deve estar fotoestimulada, ou seja, há que evitar a exposição solar na zona do tratamento até um mês antes da sessão, assim como evitar qualquer tipo de medicação que possa ser fotossensível. É necessário também que a pele esteja limpa e livre de qualquer tipo de cosmético e/ ou pomada medicamentosa, uma vez que isto pode alterar os resultados do procedimento”, adverte.

“Quero mesmo apagar esta recordação”

Quem está a seguir todos estes conselhos é Ana Leal que decidiu apagar da memória e do corpo a marca de um relacionamento passado.

“Eu gosto de tatuagens. Acho que é uma forma bonita de expressar sentimentos, emoções e recordações. Se o desenho for bonito e se simbolizar algo importante para a pessoa é uma combinação perfeita”, começa por explicar a jovem que aos 28 anos decidiu fazer a sua primeira e única tatuagem.

“Na altura tinha um namorado e vivíamos momentos maravilhosos. Fazíamos imensos programas, viajávamos, saímos, passeávamos e eu queria perpetuar aquelas sensações e achei que a tatuagem poderia simbolizar todas estas vivências e sensações”, justifica acrescentando que com o fim do namoro, perdeu o sentido.

“Guardo boas recordações desses tempos, mas não quero que estejam marcadas em mim, pelo menos de forma visível, e por isso decidi removê-la”, diz. “Assim que o relacionamento acabou deixei de gostar da tatuagem, e à medida que o tempo foi passando acabou mesmo por perder o sentido”, afirma convicta.

Revela ainda que, durante algum tempo, a tentou esconder com a ajuda da roupa até ter tomado a decisão de avançar para a remoção. “Fazer outro desenho por cima, por exemplo, também não é solução para mim porque quero mesmo apagar esta recordação”, confessa Ana, hoje com 35 anos.

Quanto aos principais receios, Ana Leal afiança que apenas tinha medo da dor. “Mas com a anestesia tópica que me colocam 30 minutos antes de cada sessão não sinto nada. Além disso posso dizer que a fazê-la sim, doeu”, acrescenta.

A caminho da terceira sessão laser, Ana tem visto resultados desde a primeira sessão. “Logo na primeira sessão vi que a tatuagem ficou ligeiramente mais atenuada. Mas nunca tive expetativa de ver resultados imediatos nas primeiras sessões”, afiança.

Recorda que quando fez a consulta de diagnóstico numa clínica especializada, em Lisboa, lhe explicaram que o tratamento era feito em várias sessões – “estimam-se seis a oito sessões, espaçadas entre si, de seis a oito semanas”.  Além disso, os resultados podiam variar.

“Em príncipio o número de sessões depende do tipo de tinta que se tenha aplicado na tatuagem (da cor, dos compostos que possuem a tinta, entre outros), assim como a antiguidade e o tipo de tatuagem (cosmética, traumática, profissional...). Estamos a falar de quatro a nove sessões para uma tatuagem preta e de seis a 10 para uma de cor”, explica Julio Morales.

Por outro lado, acrescenta que no momento de garantir resultados, “quase a totalidade das tatuagens pretas acabam por se eliminar com algumas sessões. No caso das tatuagens de cor, as expetativas são bastante boas (para vermelho, verde escuro, azul escuro, castanho) ainda que existam cores que são difíceis e que requerem um maior número de sessões (amarelo, laranja ou rosa)”.

Satisfeita com os resultados alcançados, Ana pede, no entanto, alguma cautela na escolha do local onde realizar o tratamento. “Recomendo que se informem em locais especializados. Que não se deixem enganar pelos centros de estética que dizem que fazem remoção de tatuagem, mas sim laser para fazer depilação. Apagar tatuagens com esses equipamentos pode fazer queimaduras muito graves”, adverte.

A mesma preocupação é partilhada por Julio Morales que reforça a segurança da nova tecnologia laser. “Comparando com os métodos que se utilizavam antes – laser de ablação, peeling – com este tipo de laser atuamos sobre o alvo específico que queremos tratar e não sobre o tecido são que o rodeia, evitando a formação de grandes áreas danificadas que podem correr o risco de infeções e a formação de cicatrizes. Só tratamos o que queremos tratar”, garante.

“Hoje em dia existe um mercado muito extenso de equipamentos mas, infelizmente, nem todos estão à altura de obter bons resultados e, muitos deles, acabam produzindo lesões onde não as havia, por isso é muito importante o centro e a equipa com a qual trabalham (pois no final o barato pode ficar caro)”, conclui.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Envelhecimento da população
Os ministros da Saúde dos países do G7 comprometeram-se hoje, no final de uma reunião de dois dias em Kobe (centro do Japão), a...

Os representantes do Canadá, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão reconheceram a importância de "construir um sistema de atenção (para estes doentes) nas comunidades" em que residem, afirmara, numa conferência de imprensa após o encontro.

Os ministros acordaram promover o diagnóstico precoce e desenvolver políticas que melhorem as vidas dos doentes, assim como impulsionar a investigação para acelerar a criação de terapias.

O resultado da reunião reflete as discussões mantidas pelos líderes dos sete países mais desenvolvidos do mundo na cimeira do G7 entre 26 e 27 de maio no parque natural de Ise-Shima (centro do Japão), onde destacaram a necessidade de abordar os problemas do envelhecimento global.

O Japão espera que as medidas que está a adotar nesta matéria - mais de um quarto da população japonesa tem mais de 65 anos - sirvam de exemplo para os países que enfrentam problemas similares.

Esta foi a primeira vez que os ministros da saúde do G7 se centraram no problema da demência.

Cerca de 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo e prevê-se que o número ascenda a 135,5 milhões em 2050, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os ministros destacaram a importância do uso de tecnologia (nomeadamente os programas de reconhecimento facial) para a prevenção de fraudes, que frequentemente se dirigem a este setor vulnerável.

Propuseram que os trabalhadores das instituições financeiras recebam formação nesta matéria para detetar clientes em risco de demência para lhes oferecer o apoio adequado.

 

Representantes de países como o Laos, Birmânia, Singapura e Tailândia - onde se teme que o envelhecimento rápido da população se converta num problema grave - também participaram no encontro.

PRECISE
Três institutos de investigação portugueses vão receber 2,5 milhões de euros para desenvolver um programa para aplicar na...

O consórcio PRECISE, que junta o Instituto de Medicina Molecular, o Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, vai receber um financiamento de 2,5 milhões de euros para aplicar na prática clínica estratégias de prevenção e tratamento mais personalizadas.

Segundo uma nota, entre os objetivos do projeto está a criação de um protótipo de uma plataforma digital para a medicina de precisão, melhorias na prevenção e tratamento do acidente vascular cerebral e desenvolver novos processos para chegar a terapias inovadoras de base celular.

A medicina de precisão tem como objetivo desenvolver tratamentos adaptados às alterações moleculares de cada doente.

O trabalho do consórcio vai ser desenvolvido por equipas multidisciplinares que integram médicos e engenheiros das três instituições de investigação da Universidade de Lisboa.

O financiamento do projeto provém do concurso de Programas de Atividades Conjuntas, que integra o Portugal 2020.

Estudo
Uma investigação realizada nos Estados Unidos indica que as crianças que nasceram de cesariana têm um risco 15% maior de...

Os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard dizem que tal constatação científica pode explicar-se pelo facto de bebés nascidos de parto normal serem expostos a mais bactérias saudáveis da flora intestinal - microbiota - e do corpo da mãe durante o parto.

De acordo com os investigadores, escreve o Sapo, estas bactérias têm um papel importante na regulação da dieta.

No entanto, outros especialistas dizem que podem haver outros fatores a influenciar a saúde na infância e depois na idade adulta.

Entre estes fatores podem estar a dieta da mãe, o facto da mãe ter ou não diabetes durante a gravidez e se o bebé foi amamentado com leite materno.

De acordo com informações veiculadas pela BBC, e com base em outras investigações, os bebés que nascem de cesariana têm menos hipóteses de serem amamentados.

Por outro lado, foi já demonstrado em estudos preliminares que a falta de aleitamento materno no início da vida pode aumentar o risco de obesidade na idade adulto.

O estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista especializada Jama Pediatrics, acompanhou 22 mil bebés até à idade adulta.

Na investigação, os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e outras instituições do país descobriram que os bebés que nasceram por cesariana tinham 15% mais hipóteses de se tornarem obesos.

Em famílias nas quais os filhos nasceram com métodos diferentes, os que nasceram por cesariana tinham 64% mais hipóteses de serem obesos do que os irmãos nascidos através de parto normal.

Promover a investigação
A Sociedade Portuguesa de Oncologia é a primeira sociedade médica a disponibilizar, no seu site, uma área informativa...

Nesta secção do site da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) são apresentados os ensaios clínicos por área de tratamento de acordo com a indicação terapêutica: cabeça e pescoço, digestivo, ginecologia, hematologia, mama, pele, pulmão, sistema nervoso e urologia. É dada informação relativa ao tipo e descrição do ensaio e são disponibilizados os contactos dos centros de investigação, assim como o nome do investigador responsável.

Com esta nova funcionalidade, a Sociedade Portuguesa de Oncologia pretende aproximar as unidades de Oncologia aos centros de investigação clínica e facilitar o acesso dos doentes a estes estudos, que constituem para muitos a única possibilidade de beneficiarem de tratamentos que ainda não se encontram disponíveis fora deste contexto.

Este trabalho resultou de um enorme esforço da SPO e dos vários Centros de Investigação que cederam a informação.

Durante o último ano, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu 137 pedidos de autorização para ensaios clínicos, a maioria dos quais na área da Oncologia. Deste total, 123 foram aprovados, tendo sido envolvidas cerca de 12 mil pessoas nas diferentes fases da investigação.

No entanto, a taxa de realização de ensaios clínicos continua a ser muito baixa em Portugal quando comparada com a dos restantes países da Europa Ocidental. Em 2012, o número de ensaios por cada milhão de habitantes era pouco superior a dez, quando noutros países, como na Áustria ou na Bélgica, esse valor chegava aos 40 e 47, respetivamente.

Esta iniciativa insere-se nos objetivos da SPO para o presente triénio em que se procura contribuir ativamente na promoção da investigação em Portugal.

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências
Entre 36% e 40% dos utentes de comunidades terapêuticas conseguem terminar o tratamento e têm alta clínica, revelou o...

Dos utentes que aguentam todo o tempo de tratamento, “75% a 80%, um ano depois, ainda continuam sem consumir”, indicou Manuel Cardoso, considerando que “são resultados muito bons comparados com o que acontece nas outras comunidades em termos mundiais”.

“Estes doentes têm muita dificuldade em cumprir um ano de tratamento”, afirmou Manuel Cardoso, argumentando que estão em causa patologias crónicas com características reincidentes e o que se pretende é que “o doente tenha momentos de paragem tão longos quanto possível”.

Os internamentos em comunidades terapêuticas podem ser comparticipados pelo Estado, através das Administrações Regionais de Saúde (ARS), em 80% do valor do tratamento, que varia de 800 a 1.000 euros mensais.

A comparticipação é de “acesso automático, não tem nada a ver com o recurso das famílias”, explicou o responsável do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), declarando que as ARS investem cerca de 10 milhões de euros por ano, valor que se tem mantido estável nos últimos cinco anos.

Atualmente, existem em Portugal mais de 60 comunidades terapêuticas, espalhadas um pouco por todo o território continental, disponibilizando mais de 2.000 camas.

Destas, cerca de 1.500 estão convencionadas, pelo que “conseguem responder absolutamente à atual procura”.

De acordo com o responsável do SICAD, “a taxa de ocupação tem vindo a baixar”, devido à redução do número de toxicodependentes.

Para além do tratamento de drogas, as comunidades terapêuticas tratam hoje de dependências de álcool, jogo, sexo e perturbações do comportamento alimentar, assistindo-se a “um aumento do número de doentes alcoólicos em tratamento”.

Segundo Manuel Cardoso, os toxicodependentes são cada vez mais velhos, porque estão “mais envelhecidos, não são os mais velhos que estão a consumir”. Nestes, “tem que haver muitas repetições de tratamentos”.

Neste sentido, pretende-se que a comunidade terapêutica “não entre num ciclo de tratar, deixar ir embora e voltar a tratar”, pelo que, em caso de uma alta não programada numa mesma comunidade, o doente tem que ir para uma outra instituição.

Em relação aos jovens, atualmente têm “um consumo utilitário das substâncias, seja álcool, sejam substâncias ilícitas, o que significa que menos facilmente entram numa de dependência de uma substância”, advogou o subdiretor geral do SICAD.

Ainda assim, existem casos de menores, entre os 14 e os 18 anos, a entrar em internamento nas comunidades terapêuticas, por decisão do Tribunal de Família e Menores, em regime de substituição de pena.

Sobre o atual funcionamento das comunidades, Manuel Cardoso admitiu que são necessários mais recursos humanos.

Independentemente das necessidades, o responsável do SICAD não crê que “haja alguém que queira ajuda que não a tenha tido”.

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