Receitas falsas
A maior parte envolve médicos e farmacêuticos que utilizam esquemas de receitas falsas para comprar medicamentos com...

Entre janeiro do ano passado e junho deste ano, registaram-se suspeitas de fraude ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) na ordem dos 59,1 milhões de euros, de acordo com os relatórios apresentados pela Administração Central do Sistema de Saúde e divulgados esta segunda-feira pelo Correio da Manhã.

Na generalidade, as suspeitas registadas têm que ver com médicos e farmacêuticos que utilizam esquemas de receitas falsas para comprar medicamentos com comparticipações estatais, sendo que, mais tarde, as revendem e obtêm uma margem de lucro significativa, explicita o CM.

Nos primeiros seis meses do ano, as autoridades – Polícia Judiciária, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e Infarmed – receberam casos nos quais estão implicados 21,1 milhões de euros. Já no primeiro trimestre de 2016 foram reportados às autoridades 20 casos suspeitos– a maior parte (16) envolvendo médicos.

Ao Centro de Conferência de Faturas compete analisar as receitas e os documentos associados às prescrições médicas comparticipadas pelo SNS de forma a perceber se houve fraude.

Investigadores revelam
O colesterol (LDL) alto é um dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, mas a maioria das pessoas não sabe quais os...

O colesterol está naturalmente presente no corpo de qualquer indivíduo e é importante em vários processos orgânicos, como a formação de membranas celulares e a produção de hormonas. Esta gordura pode ser produzida pelo próprio organismo, mas também pode ser adquirida através do consumo de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leite.

No entanto, uma investigação da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que 67% das pessoas desconhecem os valores atuais de colesterol no organismo.

"Conhecer o nível de colesterol é obrigatório para quem tem mais de 50 anos e para aqueles com menos de 50 que têm histórico de diabetes na família, que fumam, que têm vida sedentária", alertou o médico e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, Carlos Peixoto, citado pelo jornal brasileiro D24am.

Segundo o médico, o controlo da alimentação é essencial para manter o colesterol em níveis aceitáveis, além da prática regular de exercício físico.

Frango, o pesadelo do colesterol

O problema existe quando há excesso de colesterol no organismo. Esta substância pode acumular-se nas artérias causando o seu estreitamento e por vezes entupimento, gerando problemas de circulação que culminam em enfartes ou acidentes vascular cerebral (AVC), por exemplo, doenças que estão entre as principais causas de mortalidade em Portugal.

De acordo com a professora Raquel Botelho, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), o frango é um dos produtos com maior concentração de colesterol ruim.

"Deve-se comer, preferencialmente, o frango sem a pele. O frango é um produto barato, que as pessoas acabam por preparar com a pele. O ideal é assar e fritar depois de retirar a pele, porque, senão, parte dessa gordura derrete e entra na carne", recomendou.

Alguns queijos são igualmente perigosos: "Os mais curados, como o provolone, contêm maior concentração de gordura, ao contrário dos mais frescos", acrescenta.

Além do colesterol mau (LDL), existe o colesterol bom (HDL), cuja produção é estimulada por alguns alimentos, como o abacate e castanhas, e cujo consumo é altamente recomendado. "O HDL elimina o colesterol mau que ficou nas artérias", explica a especialista.

Atividade física
Com este estudo chega-se à conclusão de que o melhor é evitar o elevador e não desistir da escola.

Subir escadas é uma ação normalmente associada à intenção de manter o corpo forte e saudável. Mas uma investigação liderada por Jason Steffener, um cientista da Universidade de Concórdia, Canadá, concluiu que a saúde do cérebro também beneficia desse exercício.

 Estudar também ajuda a manter o cérebro jovem. Por isso, se juntar o estudo com a súbida de escadas, pode conseguir anos de ‘juventude’ cerebral. Tal deve-se, em parte, à quantidade de anos de escolaridade completada e à quantidade de escadas que se sobe. Estas duas componentes promovem um cérebro mais jovem.

 O estudo, publicado na ‘Neurobiologia do Envelhecimento’, relata que a idade do cérebro diminui cerca 0,95 anos por cada ano escolar e 0,58 anos por cada lance de escadas subido diariamente, desde que sejam escadas que o levem de um andar para outro, num edifício.

 Atualmente, são vários os anúncios que já promovem a subida de escadas, mas Steffener espera que este estudo mostre a este tipo de campanhas publicitárias se devem expandir para adultos mais velhos, «para que possam manter os seus cérebros mais jovens», partilhou o cientista no site oficial da Universidade de Concórdia.

Para o estudo, os investigadores utilizaram imagens de ressonância magnética para examinar de forma não invasiva os cérebros de 331 adultos saudáveis, sendo que as idades variaram entre os 19 e os 79 anos.

 Foi medido o volume de matéria cinzenta encontrada nos cérebros dos participantes porque o seu declínio, causado pelo encolhimentos neural e perda neuronal, é uma parte muito visível do processo de envelhecimento cronológico. De seguida, comparou-se o volumo do cérebro ao número de lances de escada subidos, relatado pelos participantes, e os anos de escolaridade completos.

 Os resultados foram claros: Quanto mais lances de escadas subidos e mais anos de escolaridades concluídos, mais jovem o cérebro foi encontrado.

 «Este estudo mostra que a educação e a atividade física afeta a diferença entre a previsão de idade fisiológica e de idade cronológica e que as pessoas podem realmente fazer alguma coisa para manter os seus cérebros jovens», disse o Steffener, o líder do estudo, no site oficial da UC. «Em comparação com muitas outras formas de atividade física, subir escadas é algo que a maioria dos adultos mais velhos podem e já fazem, pelo menos uma vez por dia, ao contrário de outras formas vigorosas de atividade física».

Estudo
No maior estudo de imagens cerebrais realizado até à data, investigadores da Amen Clinics, na Califórnia, analisaram mais de 46...

Segundo o principal autor do estudo, o psiquiatra Daniel G. Amen, compreender as diferenças entre os cérebros é importante porque os distúrbios cerebrais afectam homens e mulheres de forma diferente.

Publicado no “Journal of Alzheimer’s Disease“, o estudo observou que os cérebros das mulheres são “significativamente mais activos” em algumas áreas. O aumento do fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal nas mulheres em comparação com os homens podem explicar por que elas tendem a exibir maior força nas áreas de empatia, intuição, colaboração e autocontrole. Da mesma forma, o aumento do fluxo sanguíneo nas áreas límbicas do cérebro das mulheres também pode explicar parcialmente por que são mais vulneráveis ​​à ansiedade, depressão, insónia e distúrbios alimentares. Os cérebros dos homens são mais activos nos centros visuais e de coordenação.

Por todos estes motivos, os investigadores acreditam que “definir precisamente a base fisiológica e estrutural das diferenças de género na função cerebral irá iluminar a doença de Alzheimer”. 

As mulheres têm taxas significativamente mais altas desta doença. A depressão é, ela própria, um factor de risco para a doença de Alzheimer e distúrbios de ansiedade, enquanto os homens têm taxas mais altas de Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH).

Missão
Médicos portugueses de cirurgia geral concluíram hoje 15 dias de missão em São Tomé, tendo efetuado pelo menos 70 cirurgias e...

Segundo o cirurgião Santos Silva, a equipa, que se deslocou ao arquipélago no âmbito do Programa Saúde para Todos, elogiou a prestação dos técnicos são-tomenses da saúde que considera estarem a um nível superior a alguns países da áfrica lusófona.

"Encontrei pessoas que merecem ser tratadas e, por outro lado, encontrei enfermeiros e técnicos que já vão sendo pessoas que não se pode considerar nem de perto nem de longe do terceiro mundo, porque são pessoas altamente qualificadas", disse o médico-cirurgião Santos Silva.

O médico acrescentou que foram duas semanas marcadas por consultas e cirurgias, algumas delas de alto, que exigiram cuidados acrescidos e que o médico Santos Silva considera ter sido possível resolver graças ao apoio dos quadros nacionais.

"Só assim foi possível fazer e levar a cabo uma cirurgia que fizemos de tórax aberto a um rapaz", vítima da queda de um ramo de árvore sobre si, que lhe fraturou as clavículas e as costelas todas do lado direito, explicou Santos Silva.

"Abrimos o abdómen no tórax, chegamos a parte inferior do pulmão, fizemos a fixação de costela, que é uma cirurgia de alto risco em qualquer sítio e se os louros, se é que os há, recaem se calhar uma parte sobre mim mas grande parte no pessoal que me apoiou", acrescentou.

Entre os meses de janeiro e agosto já estiveram em São Tomé 14 missões em diferentes especialidades do Programa Saúde para Todos. O responsável pela missão de cirurgia geral considera que no âmbito das condições de assistência médica o país está a dar passos necessários.

"A engrenagem está a começar a funcionar, já estive em vários países africanos nomeadamente na Guiné-Bissau, Angola e outros países e não é por acaso que São Tomé e Príncipe tem uma sobrevida superior a todos esses países", concluiu.

Santos Silva, coadjuvado pelo médico António Ferreira, disse que o resultado da missão foi "deveras positivo", sublinhando que "realmente os cuidados de saúde começam a ser relevantes" e que "dá gosto trabalhar aqui (em São Tomé) porque a gente começa a ver os resultados".

 

Segurança Alimentar
A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 31 contraordenações e um processo-crime por falsificação...

“Como resultado das ações, foram fiscalizados 90 operadores económicos, tendo sido instaurados 31 processos de contraordenação e um processo-crime por géneros alimentícios falsificados”, lê-se no comunicado da ASAE, hoje divulgado, sobre as ações de fiscalização que decorreram em todo o país ao longo do mês de julho.

A polícia acrescenta ainda que “foram apreendidos cerca de 191 kg [quilos] de géneros alimentícios comercializados nestes estabelecimentos, tais como - enchidos, carne de bovino, produtos à base de carne e conservas” e “quatro instrumentos de pesagem, tudo num valor global aproximado de 3.000 euros”.

De acordo com a autoridade, as contraordenações devem-se maioritariamente a infrações como o desrespeito das normas higiénicas e técnicas, falta de rastreabilidade de géneros alimentícios ou falta de rotulagem.

As ações de fiscalização tiveram por objetivo a “verificação dos requisitos legais específicos da atividade, bem como das condições de armazenamento e de conservação de produtos alimentares, de forma a garantir o cumprimento dos requisitos gerais e específicos em termos de Segurança Alimentar”.

 

Ciência
Investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) de Lisboa descobriram um novo tipo de células reguladoras do sangue...

As células, segundo a investigação, são formadas sempre que existe produção de anticorpos. Aumentam transitoriamente após uma vacina mas estão sempre em grande quantidade em pessoas com síndrome de Sjögren, uma doença crónica inflamatória autoimune.

Doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunitário em vez de proteger o corpo humano de agressões exteriores, produz anticorpos para atacar e destruir órgãos e estruturas que fazem naturalmente parte do organismo.

A equipa de investigadores, liderada por Luís Graça, descobriu que as células T reguladoras foliculares são um marcador de respostas imunitárias mas não são um indicador direto da capacidade de produção de anticorpos, como se explica nos resultados da investigação hoje publicados na revista Science Immunology.

Em declarações à Lusa Luís Graça explicou que o trabalho permitiu identificar uma diferença entre as células T reguladoras foliculares que estão no sangue e as que estão em determinados tecidos, no sangue são imaturas e não cumprem a função de regulação e nos tecidos estão completamente formadas.

No sangue de uma pessoa com uma doença autoimune pode haver excesso de células imaturas, que indicam a existência da doença mas que não regulam a produção de anticorpos. Luís Graça ainda não tem uma explicação para tal, para a existência de tantas células ou para o facto de serem imaturas. “Será que nos tecidos não conseguem maturar?”, questiona.

Luís Graça explicou que com a colaboração do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e de centros de saúde, foi possível comparar o que se passava no sangue mas ao mesmo tempo em tecidos, como nas amígdalas de crianças operadas no hospital.

E foi então que verificaram, contou à Lusa, a diferença entre as células imaturas no sangue e as completamente formadas nos tecidos (amígdalas, gânglios linfáticos, glândula timo e sangue do cordão umbilical). E perceberam que uma pessoa com muitas células T reguladoras não consegue necessariamente impedir a produção de anticorpos anómalos, porque só as células dos tecidos é que o conseguem fazer.

“O grupo está agora a investigar o que acontece a estas células em outras doenças autoimunes com o intuito de avaliar o seu potencial não só para diagnóstico, mas também para identificar quais os doentes que podem beneficiar de medicamentos que interferem com a produção de anticorpos prejudiciais”, diz-se num documento do IMM, um dos principais institutos de investigação em Portugal.

Luís Graça diz que há sempre na imprensa a valorização do desenvolvimento de novas terapias mas contrapõe que a investigação, como aquela em que está envolvido, pode ser mais centrada no desenvolvimento de formas de diagnóstico.

Hoje há medicamentos muito eficazes para doenças mas que não funcionam num terço dos doentes, diz o investigador.

 

Plano de motorização contínua
A associação Alzheimer Portugal disse esperar que o documento com as bases para a definição de políticas públicas para a...

Essa é a primeira recomendação do relatório elaborado pelo grupo de trabalho que definiu as ‘Bases para a Definição das Políticas Públicas na Área das Demências”, um documento que se encontra em consulta pública até meados de setembro.

“Este Plano […] deverá definir e operacionalizar percursos adequados de cuidados […], contemplando como eixos fundamentais: a melhoria da qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus cuidadores, a investigação pertinente nas áreas relacionadas com as demências e a criação de um quadro jurídico definidor dos direitos das pessoas em situação de incapacidade (como é o caso de muitas pessoas com demência), incluindo o enquadramento legal dos cuidados, das intervenções e da investigação”, lê-se no relatório.

Em comunicado, a Associação Alzheimer Portugal disse esperar que haja “vontade política” para operacionalizar o que é proposto, para que as “pessoas com demência e as suas famílias possam ter acesso a acompanhamento e cuidados específicos, de qualidade, em condições de equidade”.

Segundo a proposta do grupo de trabalho que refletiu sobre as bases para a definição de políticas públicas deverá ser nomeado um grupo de peritos para a criação do plano nacional, o qual deverá incluir especialistas de neurologia, psiquiatria, medicina geral e familiar e saúde pública, incluindo a competência de geriatria.

Deverá também contar com peritos da área da enfermagem, de psicologia clínica, terapia ocupacional, setor social, administração central e local nas áreas de saúde (hospitalar, cuidados primários e continuados), segurança social, justiça, assim como representantes do setor público e privado e organizações não-governamentais, incluindo as associações representativas de doentes e familiares.

Recomenda-se ainda que o plano venha a ter um mecanismo de monitorização contínua, “através de instâncias adequadas e dispondo dos meios necessários, a criar ou adaptar ao efeito”.

A proposta de bases desenvolve vários momentos de abordagem à demência, começando pela identificação precoce e passando pelo diagnóstico integrado e pelo planeamento de cuidados, referindo a este propósito que deverá ser definido um Plano Individual de Cuidados (PIC), que integre todos os cuidados e que seja acessível a todos os níveis de intervenção.

Refere-se ainda a intervenção terapêutica, que “deve considerar a casa do doente e a respetiva família como o contexto privilegiado de cuidados”.

Nas considerações finais o grupo de trabalho alerta ainda para os tempos diferentes da decisão política e dos doentes e seus familiares.

“Queremos, porém, enfatizar que o tempo das pessoas e respetivas famílias já afetadas por este problema nem sempre é compatível com tempos demorados de decisão política. A inexistência presente de um Plano não poderá nunca ser razão para desinvestir na melhoria possível e continuada dos cuidados já existentes. Por exemplo, não haverá razão para adiar a articulação protocolada das respostas já existentes, promovendo a continuidade dos cuidados, tal como podem ser apoiadas experiências ‘piloto’, nomeadamente na Rede de Cuidados Continuados Integrados, em congruência com a estratégia aqui apresentada”, lê-se no documento.

O grupo de trabalho foi coordenado por Manuel Lopes, Coordenador Nacional da Reforma do Serviço Nacional de Saúde para a área dos Cuidados Continuados Integrados, e António Leuschner, do Conselho Nacional de Saúde Mental.

A Associação Alzheimer Portugal, fundada em 1988, apresenta-se como uma organização de “âmbito nacional, especificamente constituída com o objetivo de promover a qualidade de vida das pessoas com doença de Alzheimer e dos seus familiares e cuidadores” e que conta com cerca de 10 mil associados.

IPMA
Quase todo o país apresenta hoje um risco ‘muito elevado” de exposição à radiação ultravioleta (UV), com o nível mais alto a...

Em Portugal continental, apenas o distrito de Viana do Castelo tem um nível ‘elevado’ de risco, enquanto o resto do país apresenta níveis ‘muito elevados’.

É na Madeira, no entanto, que o risco de exposição à radiação UV é maior, com a ilha principal a apresentar um nível 10, o segundo mais grave da escala.

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Quanto ao estado do tempo, o IPMA prevê para hoje, no continente, céu pouco nublado ou limpo, mas muito nublado no litoral a norte do cabo Raso até final da manhã.

Está também prevista uma pequena descida da temperatura máxima em todo o continente.

Nos Açores, as ilhas do grupo Ocidental (ilhas Flores e Corvo) e Central (Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Terceira) contarão com períodos de céu muito nublado, mas com boas abertas à tarde, enquanto o grupo Oriental (São Miguel e Santa Maria) apresentará aguaceiros fracos.

Para a Madeira, as previsões apontam para céu com muita nebulosidade vento fraco a moderado.

Entidade Reguladora da Saúde
A Entidade Reguladora da Saúde emitiu instruções a vários hospitais na sequência de queixas de utentes relacionados com o...

Até ao final de junho, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) concluiu um conjunto de deliberações e pareceres resultantes da análise das queixas apresentadas pelos utentes à entidade.

Uma das situações divulgada hoje pela ERS prende-se com a realização de uma intervenção cirúrgica que foi realizada de forma diferente à prescrita e sem o consentimento da doente.

Segundo a ERS, a utente, seguida no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi colocada na lista de inscritos para cirurgia de uma mastectomia subcutânea bilateral.

Esgotado o tempo de espera para a cirurgia, foi emitido um vale e a doente acabou por ser operada na Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, onde “foi feita uma intervenção cirúrgica diferente da inicialmente proposta e sem o consentimento” da utente.

A instrução da ERS à Confraria Nossa Senhora da Nazaré e a recomendação ao CHUC foram no sentido de garantirem que “o atendimento dos utentes se processe dentro do estrito cumprimento das regras de funcionamento” do programa de combate às listas de espera (SIGIC).

A Entidade Reguladora da Saúde emitiu também uma instrução ao Centro Hospitalar Barreiro Montijo para que garanta “o acesso a tratamentos oncológicos em tempo útil”, adequados às necessidades dos doentes e que “devem ser prestados humanamente, com prontidão e respeito pelo utente”.

Os centros hospitalares Lisboa Norte e Cova da Beira também foram alvo de procedimento da ERS devido “a constrangimentos na aplicação do regime jurídico das taxas moderadoras”.

Em causa estavam um doente oncológico e uma grávida que, apesar de isentos, tiveram de pagar taxas moderadoras, reclamando agora a devolução dos montantes pagos indevidamente.

Outra situação prende-se com “a inexistência de material necessário para a realização de cirurgia endovascular de urgência para resolução de aneurisma da aorta abdominal” no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

“Após as diligências tidas por necessárias, constatou-se que o CHUC não tinha implementado procedimentos que garantissem a entrega atempada e em tempo útil de próteses endovasculares, que assegurem o acesso dos utentes, especialmente nos casos de rutura de um aneurisma da aorta abdominal, à realização de cirurgia endovascular de urgência”, sublinha a ERS.

O acesso a serviços de urgência levou também a uma ação da ERS junto dos hospitais Beatriz Ângelo, em Loures, e Garcia de Orta em Almada.

Na instrução dirigida aos dois hospitais, a ERS sublinha, entre outras recomendações, que estes devem “implementar procedimentos que assegurem que, durante a permanência no serviço de urgência, os utentes sejam devidamente monitorizados e acompanhados”.

Administração Regional de Saúde do Algarve
Durante o mês de julho, foram realizados 2.413 atendimentos nos 32 postos de saúde de praia que no verão funcionam ao longo da...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS/Algarve) adiantou que, do total de atendimentos, 1.315 atendimentos foram para tratamentos e suturas, 378 devido a picadas de peixe-aranha e insetos, 437 para medições de pressão arterial, 109 para administrar injeções e 143 para realizar testes de glicemia, tendo sido registados neste período 31 encaminhamentos para outras unidades de saúde.

Em julho, 66,8% dos cidadãos atendidos nos postos de saúde de praia não eram residentes no Algarve (50,8% eram residentes noutras regiões do país e 16% estrangeiros) e os restantes 33,2% eram residentes no distrito de Faro, percentagens que se justificam dado o elevado número de turistas nesta época, refere a ARS.

Os postos com maior número de atendimentos em julho foram os de Armação de Pêra, em Silves, da Ilha da Culatra, em Faro, e Ilha da Armona, em Olhão.

Os 32 postos disponibilizados ao longo da costa algarvia resultam de uma colaboração da ARS/Algarve com a Cruz Vermelha Portuguesa, no âmbito do Plano de Verão 2017.

Com um horário de atendimento entre as 10:00 e as 19:00, os postos têm como objetivo assegurar cuidados de saúde de enfermagem e dar resposta a situações clínicas que possam ser tratadas no local, ou, em caso de necessidade, encaminhar o utente para uma unidade de saúde mais adequada.

Os 32 postos irão manter-se em funcionamento até ao dia 17 de setembro.

Contraceção
Com o passar dos anos, as tendências da contraceção em Portugal têm vindo a mudar.

Tem vindo a ser disseminado conhecimento sobre as vantagens e desvantagens de cada método contracetivo de maneira a garantir uma escolha cada vez mais assertiva e adequada às necessidades e especificidades de cada mulher. Tem-se verificado uma melhoria no acesso às consultas de planeamento familiar, que se aconselha a ter inicio idealmente entre os 13 e os 15 anos, e uma maior disponibilização de informação sobre os métodos contracetivos com as aulas de educação sexual nas escolas (70% dos adolescentes).

Segundo um estudo publicado sobre as práticas contracetivas das mulheres em 2015, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Contraceção, a utilização da contraceção nos adolescentes aumentou nos últimos 10 anos – em 2005, 18% das adolescentes com vida sexual ativa não usava contraceção e em 2015 verificou-se apenas 5%. Isto reflete que adolescentes informados tendem a ter escolhas e atitudes sexuais mais seguras.

A escolha da contraceção deve ser livre, mas com aconselhamento sob a orientação de um profissional de saúde sobre o método mais adequado. A pilula é o método contracetivo mais utilizado (60-70%), no entanto 22% das utilizadoras afirma ter esquecimentos recorrentes, não sendo valorizados pelas mesmas (apenas 15% referem ao médico terem falhado a toma).

A eficácia dos métodos contracetivos passa essencialmente pela regularidade da respetiva utilização. Os preservativos são de fácil acesso e muito importantes para a prevenção de doenças de transmissão sexual, contudo apenas oferece uma contraceção eficaz quando usado corretamente. O mesmo acontece com a pilula.

Entre as utilizadoras da pilula, uma em cada cinco esquece-se frequentemente de tomar e são as faixas etárias mais jovens que demonstram maior esquecimento. Nestes casos, é necessário um esforço dos profissionais de saúde para informar, educar e esclarecer o impacto destes esquecimentos e ao constatar falhas frequentes propor métodos que não necessitem de intervenção diária.

Das 94% mulheres sexualmente ativas, 17% afirma já ter recorrido à contraceção de emergência. Contudo, é importante reforçar que este método não deve ser encarado como um método regular, mas sim como um “plano b”, em casos de falha do método de contraceção habitual, ocorrência de relações sexuais sem proteção, insegurança no método do calendário ou medicamentos que diminuem a eficácia da pílula.

A contraceção de emergência hormonal recomendada é de toma única, devendo ser tomada no caso de conter a substância levonorgestrel até 72horas (3 dias) ou se for o acetato de ulipristal (5 dias) após a relação sexual de risco.

Muitas são ainda as dúvidas e receios das mulheres por parte destes métodos contracetivos de emergência – tem algum efeito negativo na fertilidade futura? É abortivo? A resposta é não.

Como todos os medicamentos, este método contracetivo de emergência acarreta alguns efeitos secundários (mas limitados): dores de cabeça, tonturas, náuseas, vómitos, tensão mamária e sensação de cansaço, contudo são raros e transitórios, daí enfatizar-se a necessidade de visitas regulares (pelo menos uma vez por ano) a um profissional de saúde com competência na área do planeamento familiar e contraceção.


Dr. Joaquim NevesGinecologista e membro da direção da Sociedade Portuguesa da Contraceção 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Pesticida fipronil
A autoridade que fiscaliza as atividades económicas, a ASAE, garantiu que está atenta e pronta a intervir no terreno caso sejam...

“A ASAE está alerta para a situação e preparada para intervir no terreno caso haja informação que o justifique”, referiu a entidade.

A Comissão Europeia confirmou hoje que ovos contaminados com fipronil foram detetados, até ao momento, em 15 países da União Europeia, na Suíça e em Hong Kong e anunciou que irá reunir-se com representantes destes países a 26 de setembro.

O comissário da Saúde, Vytenis Andriukaitis, tinha anunciado a intenção de convocar “uma reunião de alto nível, reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados", assim que sejam conhecidos os factos relevantes.

Também hoje o ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, anunciou que mais de 200.000 ovos contaminados com fipronil, importados da Bélgica e da Holanda, foram “colocados no mercado” em França desde abril.

De acordo com a ASAE , a comunicação da contaminação de ovos com o pesticida fipronil foi emitida no sistema de alerta rápido em rede (RASFF) a 20 de julho, pelas autoridades belgas, na sequência de uma ação de controlo oficial de mercado.

“Até à presente data encontram-se inseridos na plataforma iRASFF, 100 comunicações de ‘follow-up’ (adicionais) que referem como países relacionados com o produto contaminado os seguintes: Áustria, Bélgica, Suíça, Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unido, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Roménia, Suécia, Eslovénia, Eslovaca, e ainda como país terceiro Hong Kong”, esclarece a ASAE.

Segundo esta entidade, Portugal não é, “até ao momento”, referido “como tendo sido abrangido por alguma comercialização direta ou indireta, quer de ovos quer de produtos à base dos mesmos”.

A autoridade de fiscalização das atividades económicas acrescenta ainda ter tido conhecimento de “uma informação veiculada pela embaixada de Portugal em Haia, na qual também não é referida qualquer situação de envio do produto em apreço para Portugal”.

A “crise” dos ovos contaminados iniciou-se a 20 de julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas foi só a 03 de agosto que as autoridades holandesas avisaram que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Comissão Europeia
A Comissão Europeia confirmou hoje que ovos contaminados com fipronil foram detetados até ao momento em 15 países da União...

Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Reino Unido, Roménia e Suécia, são os países da UE onde foram detetados ovos contaminados, precisou um porta-voz da Comissão.

A Comissão Europeia vai reunir-se com representantes destes países a 26 de setembro, acrescentou.

O comissário da Saúde, Vytenis Andriukaitis, tinha anunciado a intenção de convocar “uma reunião de alto nível reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados", assim que sejam conhecidos os factos relevantes.

A “crise” dos ovos contaminados iniciou-se a 20 de julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas foi só a 3 de agosto é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

O que precisa saber sobre Transgénicos
Os supermercados canadianos são os primeiros no mundo a vender um animal geneticamente modificado.

Com o desenvolvimento da Engenharia Genética surgiu a possibilidade de  alterar o ADN de alguns seres vivos com o objetivo de potencializar ou criar determinadas características que seriam inviáveis de serem produzidas pela natureza. Desenvolver produtos com melhor resistência e qualidade com vista a aumentar o lucro dos produtores é um dos principais objetivos da manipulação genética.

De acordo com Alexandra Vasconcelos, a manipulação genética (ou transgénica) “consiste em precipitar cruzamentos impossíveis de ocorrerem de uma forma natural – entre uma planta e um animal, uma bactéria e um vírus, ou entre plantas diferentes”.

“No caso dos alimentos estamos perante produtos que são fisicamente semelhantes aos naturais mas cuja composição apresenta elementos que nada têm a ver com os originais uma vez que a inserção de genes diferentes numa planta pode causar efeitos imprevisíveis nos seus processos bioquímicos e metabólicos”, explica. E é neste ponto que reside a polémica!

A alteração do código genético de uma espécie com a introdução de uma ou mais sequências de ADN, provenientes de outra espécie sexualmente não compatível, vai dar origem a um novo gene na Natureza.

A falta de estudos que determinam o impacto ético, económico, político e na saúde pública causa alguma apreensão no meio medico-científico.

Entre as vantagens apontadas pela indústria de produção transgénica destaca-se a possibilidade de se produzirem sementes com maior qualidade nutritiva, o aumento e melhoria da produtividade, a redução dos custos de produção e a resistência a doenças e pragas.

Quanto a desvantagens, inúmeras entidades e organizações falam em danos irreversíveis para a saúde pública e “desastre” ambiental, que poderá colocar em risco várias espécies.

“O grande problema dos transgénicos na saúde do homem prende-se com a produção de proteínas desconhecidas a partir das sequências de genes modificados no alimentos e que depois são consumidos”, afirma a especialista acrescentando que, em 2002, os cientistas descobriram que um dos fragmentos e um gene desconhecido, existentes nos organismos transgénicos, codificaram o ácido ribonucleico (RNA) originando uma proteína cuja função é totalmente desconhecida.

“Os organismos geneticamente modificados (OGM), para além de alterarem ecossistemas ambientais, promovem a diminuição da biodiversidade, a possibilidade de desenvolvimento de pragas, o desenvolvimento anormal de algumas espécies e, a longo prazo, ao aumento do uso de pesticidas e herbicidas”, esclarece Alexandra Vasconcelos.

Por outro lado, o aumento de alergias, tumores, de substâncias tóxicas para a saúde, assim como o aumento de resistência a antibióticos são alguns dos danos apontados em termos de saúde pública.

“No entanto, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode-se produzir e consumir alimentos geneticamente modificados. Estas organizações defendem que a tecnologia de manipulação genética, realizada sob o controlo dos protocolos de segurança, não representa maior risco do que as técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas”, refere a especialista acrescentando que “a capacidade de suportar pragas é apenas uma das características positivas e que reúne consenso”.

Apesar da luz verde dada por estas organizações, a verdade é que as medidas que visam garantir a segurança dos alimentos transgénicos “são ainda poucas e foram desenvolvidas com base numa experiência ainda reduzida de utilização desta técnica”.

“A organização Greenpeace defende que sejam estabelecidos mecanismos de proteção ambiental para prevenir os riscos dos trangénicos, opondo-se mesmo ao seu uso para a alimentação humana e de animais”, refere Alexandra Vasconcelos.

De acordo com esta organização, muitos dos estudos apresentados são, aliás, realizados pelos próprios produtores de sementes geneticamente modificadas e não refletem o impacto a longo prazo. “A Greenpeace considera que ainda não há estudos independentes sobre os possíveis efeitos destes produtos para a saúde humana”, reforça.


Milho transgénico representa 6% da plantação deste cereal em Portugal

Atualmente, na União Europeia apenas está autorizado, para fins comerciais, o cultivo do milho transgénico MON810. A seguir a Espanha, Portugal é o país que mais o planta.

Os dados já divulgados revelam que, em 2014, o milho transgénico representava cerca de 6% do total da cultura de milho em Portugal. No entanto, para plantá-lo é preciso obedecer  a uma série de regras, como manter distâncias mínimas de outras culturas, criar zonas de refúgio com milho convencional, notificar os vizinhos e fazer cursos de formação.

Em Portugal, compete à Direção-Geral de Proteção das Culturas do Ministério da Agricultura a elaboração e atualização das normas técnicas para o cultivo de variedades geneticamente modificadas e a definição dos conteúdos técnicos das ações de formação que os agricultores têm obrigatoriamente de frequentar para desenvolver a sua atividade relacionada a este tipo de produtos.

No entanto, serão estas medidas suficientes para garantir a segurança? O próprio coordenador da área da agricultura da Greenpeace Espanha, Luis Ferreirim, considerou que “o que pedimos é que Portugal, Espanha e os outros três países europeus que os usam (República Checa, Eslovénia e Roménia), uma minoria na UE, sigam o caminho da maioria. Já são nove países que proibiram o cultivo de transgénicos, entre eles a França, o maior produtor da Europa, o que demonstra que não são necessários”.

Apesar das vozes que se levantam contra os produtos transgénicos, a verdade é que vão surgindo no mercado cada vez mais alimentos geneticamente modificados. “A soja e o milho são os mais comuns. No entanto, não podemos esquecer que muitos animais são alimentados com produtos transgénicos, não se sabendo ainda os seus efeitos e o respetivo impacto”, afirma a especialista em medicina biológica e anti-envelhecimento.

Óleos alimentares, papaia e mamão são outros exemplos de alimentos que podem ser produzidos recorrendo à modificação genética e são comercializados em vários países, incluindo Portugal.

Sabe-se ainda que para além do Salmão, agora comercializado no Canadá, já existem mais de 30 espécies de peixes sujeitas a tratamentos genéticos, para além de vacas, porcos e galinhas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inseticida fipronil
Mais de 200.000 ovos contaminados com fipronil, importados da Bélgica e da Holanda, foram “colocados no mercado” em França...

Travert precisou que dois centros de embalagens de ovos em França receberam ovos para consumo humano contaminados provenientes da Bélgica e Holanda, indicando que um primeiro lote de 196.000 ovos proveniente da Bélgica foi colocado no mercado entre 16 de abril e 2 de maio, tendo sido já consumido “sem impacto para a saúde”, afirmou em declarações à rádio francesa RMC, citados pela agência France Press.

O ministro acrescentou que existe um parecer da agência francesa de segurança alimentar que confirma que “o risco para a saúde humana é muito fraco tendo em conta os níveis de fipronil constatados nos ovos contaminados, e ainda considerando os hábitos franceses de consumo alimentar”.

Travert deu ainda conta de um “segundo lote proveniente da Holanda” com o código 0NL43651-01, de “cerca de 48.000 ovos, colocado à venda nas lojas do Leader Price entre os dias 19 e 28 de julho.

“Os níveis de contaminação não apresentam riscos para os consumidores”, sublinhou o ministro, “mas tendo conhecimento do número do lote, se preferirem destruí-los ou deitá-los fora, têm toda a liberdade para o fazer”, acrescentou.

O governante anunciou, apesar das afirmações de que não há riscos, que “todos os produtos contendo ovos produzidos em criações contaminadas serão retirados do mercado” e submetidos a análises, e que os alimentos “serão recolocados no mercado em caso de resultado favorável”.

Doze países europeus já reportaram que foram atingidos pelo caso de ovos contaminados com o inseticida tóxico fipronil.

Áustria, Eslováquia, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, Suécia, Roménia e Holanda já reportaram a existências de ovos contaminados nos seus circuitos comerciais.

O escândalo eclodiu a 02 de agosto, quando a Holanda alertou que tinha encontrado fipronil em vários lotes de ovos, embora a Bélgica tenha detetado a presença da substância tóxica antes, a 20 de julho.

O alerta alimentar estende-se já a doze países europeus, incluindo todos aqueles para onde a Bélgica e a Holanda exportaram ovos desde que foi dado o alarme.

Dois administradores da empresa Chickfriend, a companhia holandesa suspeita de ter usado o produto, foram quinta-feira detidos na Holanda, no âmbito da investigação judicial aberta no país e na Bélgica, noticiou a estação de televisão local NOS.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.

Em grandes quantidades, o fipronil, usado para eliminar ácaros e insetos, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera elevou de sete para 12 os distritos sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de...

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tinha colocado anteriormente sob ‘aviso amarelo’ os distritos de Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Évora, Setúbal e Beja, juntando-se agora Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre.

Segundo o Instituto, o ‘aviso amarelo’ vai estar em vigor entre as 12:00 de hoje e as 21:00 de domingo.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

Inseticida fipronil
A Comissão Europeia vai convocar os países do bloco afetados pelo escândalo dos ovos contaminados com o inseticida tóxico &quot...

“Propus a realização de uma reunião de alto nível reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados assim que o conjunto de factos esteja à nossa disposição”, indicou Vytenis Andriukaitis, numa mensagem de texto enviada à agência noticiosa France Presse (AFP).

O comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar adiantou ainda ter já abordado o assunto com os ministros alemão, belga e holandês.

Doze países europeus (Áustria, Eslováquia, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, Suécia, Roménia e Holanda) já reportaram a existência de ovos contaminados nos circuitos comerciais.

O escândalo estalou no passado dia 02, quando a Holanda alertou que tinha encontrado "fipronil" em vários lotes de ovos, embora a Bélgica tenha detetado a presença da substância tóxica antes, em 20 de julho.

A Bélgica e a Holanda, onde a contaminação ocorreu, mobilizaram-se para encontrar os responsáveis e os inquéritos realizados nos dois países levaram à detenção na quinta-feira de dois responsáveis de uma empresa holandesa, que alegadamente usou o inseticida em explorações avícolas.

Os ovos identificados com o pesticida tóxico não estão à venda em Portugal, segundo adiantou na terça-feira fonte da Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV).

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Sete distritos de Portugal continental estão hoje e até domingo sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo quente, informou...

Os distritos de Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Évora, Setúbal e Beja vão estar sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) adianta ainda que o ‘aviso amarelo’ vai estar em vigor entre as 12:00 de hoje e as 18:00 de domingo.

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento fraco a moderado do quadrante leste, soprando moderado, de noroeste no litoral oeste durante a tarde e de nordeste nas terras altas até ao início da manhã e a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para uma pequena subida de temperatura, em especial na região Centro.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 19 e 35 graus Celsius, no Porto entre 16 e 30, em Braga entre 12 e 31, em Viana do Castelo entre 14 e 27, em Vila Real entre 13 e 30, em Viseu entre 14 e 32, em Bragança entre 10 e 29 e na Guarda entre 11 e 27.

Em Coimbra, as temperaturas vão variar entre 14 e 34, em Aveiro entre 16 e 28, em Santarém entre 14 e 37, em Castelo Branco entre 17 e 34, em Portalegre entre 20 e 33, em Setúbal entre 16 e 38, em Évora entre 15 e 37, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 20 e 32.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), todas as regiões do continente, Madeira e Açores, com exceção de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo (que estão com níveis ‘elevados’), apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Quanto ao estado do tempo, o IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo e vento fraco a moderado do quadrante leste, soprando moderado, de noroeste no litoral oeste durante a tarde e de nordeste nas terras altas até ao início da manhã e e a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para uma pequena subida de temperatura, em especial na região Centro.

Para a Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, aumentando de nebulosidade para o final do dia nas vertentes norte da ilha e no Porto Santo e vento moderado de nordeste, soprando por vezes forte, em especial até ao início da tarde.

Para o grupo ocidental dos Açores (Flores e Corvo) prevê-se céu geralmente pouco nublado, possibilidade de aguaceiros fracos na madrugada e manhã e vento sueste bonançoso, tornando-se fraco.

No grupo central (Graciosa, Terceira, Pico, Faial e São Jorge) prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros, geralmente fracos e vento sueste bonançoso, tornando-se fraco.

A previsão aponta para o grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros, geralmente fracos e vento sueste bonançoso a moderado.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 19 e 35 graus Celsius, no Porto entre 16 e 30, em Braga entre 12 e 31, em Viana do Castelo entre 14 e 27, em Vila Real entre 13 e 30, em Viseu entre 14 e 32, em Bragança entre 10 e 29, na Guarda entre 11 e 27, em Coimbra entre 14 e 34, em Aveiro entre 16 e 28, em Santarém entre 14 e 37, em Castelo Branco entre 17 e 34, em Portalegre entre 20 e 33, em Setúbal entre 16 e 38, em Évora entre 15 e 37, em Beja entre 16 e 36 e em Faro entre 20 e 32.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 20 e 26, em Ponta Delgada entre19 e 25, em Angra do Heroísmo entre 20 e 24 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 25.

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