Inseticida fipronil
Doze países europeus já reportaram que foram atingidos pelo caso de ovos contaminados com o inseticida tóxico fipronil.

Áustria, Eslováquia, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, Suécia, Roménia e Holanda já reportaram a existências de ovos contaminados nos seus circuitos comerciais.

O escândalo rebentou a 02 de agosto, quando a Holanda alertou que tinha encontrado fipronil em vários lotes de ovos, embora a Bélgica tenha detetado a presença da substância tóxica antes, a 20 de julho.

O alerta alimentar estende-se já a doze países europeus, incluindo todos aqueles para onde a Bélgica e a Holanda exportaram ovos desde que foi dado o alarme.

Dois administradores da empresa Chickfriend, a companhia holandesa suspeita de ter usado o produto, foram quinta-feira detidos na Holanda, no âmbito da investigação judicial aberta no país e na Bélgica, noticiou a estação de televisão local NOS.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.

Eslováquia, Áustria e Dinamarca reportaram hoje a existência destes ovos nos seus circuitos comerciais.

Na Eslováquia, inspetores de saúde encontraram 21 ovos cozidos de lotes contaminados com num armazém na aldeia de Vrbove, disse à AFP o porta-voz do Ministério da Agricultura Zuzana Peiger Acjakova.

Na Áustria, centenas de quilos de ovos cozidos e descascados de um lote alemão suspeito de estar contaminado com Fipronil foram vendidos para a indústria da restauração, segundo a imprensa local.

"Depois de obter informações da Alemanha, as duas empresas importadoras notificaram imediatamente os seus clientes em toda a Áustria ordenando a retirada" das mercadorias”, disse Rudi Anschober, Ministro da Defesa do Consumidor da Província austríaca que faz fronteira com a Baviera.

Este é o primeiro caso na Áustria com ovos suspeitos de estarem relacionadas com o escândalo atual sobre a contaminação com fipronil.

A Agência para a Saúde e Segurança Alimentar da Áustria (AGES) informou que as quantidades de fipronil encontradas são perigosas para a saúde de um adulto se ingerir mais de sete ovos por dia.

Na Dinamarca, vinte toneladas de ovos provenientes da Bélgica e contaminados foram vendidas no país, anunciou a Autoridade Alimentar e Veterinária do país.

Em grandes quantidades, o fipronil, usado para eliminar ácaros e insetos, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Inseticida fipronil
Vinte toneladas de ovos provenientes da Bélgica e contaminados com fipronil, um inseticida tóxico proibido na cadeia alimentar...

A Dinamarca tornou-se, assim, o décimo país europeu atingido por este caso que começou na Holanda no início deste mês e se estendeu a países como Bélgica, Alemanha, França, Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, Suécia e Roménia.

“A empresa dinamarquesa Danaeg Products recebeu um total de 20 toneladas de ovos cozidos descascados de um fornecedor belga. Os ovos foram principalmente vendidos a cafetarias, cafés, cantinas e serviços de ‘catering’ e, muito provavelmente, não foram vendidos em grande quantidade para retalho”, precisou a agência, assegurando que os ovos não representam riscos para o consumo humano.

“As amostras analisadas na Holanda mostram vestígios de fipronil nos ovos, embora não em níveis prejudiciais à saúde. Mas como o conteúdo é ilegal, a Danaeg Products deverá reclamar os ovos aos seus clientes”, estipulou o organismo.

Em grandes quantidades, o fipronil, usado para eliminar ácaros e insetos, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

Dois administradores da empresa Chickfriend, a companhia holandesa suspeita de ter usado o produto, foram detidos na Holanda, no âmbito da investigação judicial aberta no país e na Bélgica, noticiou a estação de televisão local NOS.

O escândalo rebentou a 02 de agosto, quando a Holanda alertou que tinha encontrado fipronil em vários lotes de ovos, embora a Bélgica tenha detetado a presença da substância tóxica antes, a 20 de julho.

O alerta alimentar estende-se já a dez países europeus, incluindo todos aqueles para onde a Bélgica e a Holanda exportaram ovos desde que foi dado o alarme.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.

Estudo
Cientistas usaram uma técnica de edição genética para eliminar vírus em porcos vivos, um passo considerado importante para o...

Ao utilizar a técnica CRISPR/Cas9, uma equipa internacional de investigadores editou o genoma (informação genética) do porco para desativar genes de uma família de retrovírus, a dos retrovírus endógenos porcinos, que podem ser transmitidos de células de suínos para células humanas quando cultivadas juntas, refere em comunicado a American Association for the Advancement of Science, editora da revista científica Science.

O facto de células humanas infetadas transmitirem o vírus do porco a células saudáveis levou os cientistas a pensarem na necessidade de eliminar os retrovírus caso o transplante de um órgão ou tecido de porco seja feito em pessoas.

Os retrovírus, como os endógenos porcinos e o VIH/sida, são uma família de vírus que têm no seu genoma apenas moléculas de RNA, e não ADN, como acontece com o vírus da hepatite B por exemplo. Tanto o ADN (ácido desoxirribonucleico) como o RNA (ácido ribonucleico) encontram-se nas células e são responsáveis pela transmissão de características hereditárias.

No estudo, investigadores da China e dos Estados Unidos mapearam e caracterizaram os retrovírus endógenos porcinos presentes no genoma de células de fibroblastos de porco.

O grupo conseguiu fazer crescer células de porco viáveis sem os retrovírus, ao adicionar uma série de fatores de reparação de ADN que o comunicado não especifica.

Quando os cientistas implantaram em porcas embriões 'limpos' dos genes dos retrovírus, descobriram que as crias que nasceram não apresentavam sinais de retrovírus, tendo algumas delas sobrevivido até quatro meses após o nascimento.

Serviço Nacional de Saúde
O governo aprovou hoje o alargamento da isenção de taxas moderadoras aos utentes que recebem cuidados de saúde paliativos, no...

O decreto-lei aprovado em conselho de Ministros alarga o regime de isenção de taxas moderadoras “a grupos da população no âmbito das prestações de cuidados de saúde que são inerentes ao tratamento de determinadas situações clínicas ou decorrem da implementação de programas de rastreio, medidas de prevenção e de diagnóstico precoce”.

O comunicado emitido no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros refere ainda que o alargamento da isenção de taxas moderadoras pretende "reforçar os cuidados de saúde primários e secundários" e reduzir "desigualdades no acesso à saúde, através da prática de políticas de diferenciação positiva orientadas para os cidadãos mais vulneráveis".

Governo
O Governo aprovou hoje a criação de serviços clínicos próprios para avaliar os condutores e candidatos a tirar a carta de...

De acordo com o projeto de decreto-lei, hoje aprovado em Conselho de Ministros, a criação dos Serviços Clínicos para a Avaliação da Aptidão Física, Mental e Psicológica dos Candidatos e Condutores (SAMP) altera o regulamento da Habilitação Legal para Conduzir.

Atualmente, a avaliação da aptidão física, mental e psicológica dos candidatos e condutores dos grupos 1 e 2 é realizada, respetivamente, por médicos e psicólogos no exercício da sua profissão.

A alteração leva em conta que “a avaliação da aptidão física, mental e psicológica dos candidatos e condutores requer uma avaliação específica e diferenciada das aptidões definidas no perfil destes condutores, tendo em consideração a garantia da segurança rodoviária”.

Por esta razão, esta avaliação “poderá ser desenvolvida de forma mais célere e eficaz em serviços clínicos especializados para a avaliação da aptidão física, mental e psicológica dos candidatos e condutores, com uma estrutura adequada para efetuar essa avaliação”.

É igualmente facilitado “o processo de obtenção e revalidação da carta de condução, disponibilizando um conjunto de meios concentrados e especializados, passíveis de serem auditados, aumentando a acessibilidade e centrando as políticas no interesse dos cidadãos, melhorando a qualidade e a capacidade de monitorização do processo e assegurando a segurança rodoviária”.

Inseticida fipronil
Dois suspeitos foram detidos hoje na Holanda no âmbito da investigação à contaminação de centenas de milhares de ovos, vendidos...

Num comunicado, a procuradoria holandesa precisou que os dois detidos são diretores de uma empresa que alegadamente utilizou fipronil em explorações avícolas. Segundo a imprensa holandesa, trata-se da empresa Chickfriend.

Embora não haja registo de qualquer caso de problemas de saúde provocados pela contaminação, os procuradores holandeses consideram que a saúde pública foi ameaçada pela “entrega ou aplicação do biocida fipronil em aviários”.

As detenções ocorreram depois de uma série de buscas a empresas, realizadas hoje pelas autoridades holandesas em colaboração com as autoridades belgas.

Produtores da Bélgica e da Holanda estão a ser investigados depois da deteção, no final de julho, de ovos contaminados com fipronil, um inseticida cuja utilização em animais que se destinam ao consumo alimentar está proibido.

Ovos contaminados terão sido importados para a Alemanha, França, Luxemburgo, Reino Unido, Suécia, Suíça. Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda.

O Governo da Bélgica anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho para esta crise de segurança alimentar.

A Associação Portuguesa de Nutrição lança recomendações de como implementar uma alimentação mais sus
Alimentação sustentável

A alimentação que temos no dia-a-dia pode ter um forte impacto no ambiente, economia ou sociedade, pelo que devemos procurar fazer escolhas mais sustentáveis sob o ponto de vista alimentar. Por essa razão, a Associação Portuguesa de Nutrição lançou um conjunto de recomendações sobre como implementar, no dia-a-dia, refeições cada vez mais sustentáveis. Estas estão disponiveis no Ebook agora lançado pela APN “Alimentar o Futuro, Uma Reflexão sobre Sustentabilidade Alimentar”.

A Dieta Mediterrânica pode ser uma das alternativas mais adequadas para modificar hábitos de consumo, de forma a promover uma alimentação mais saudável e sustentável. Nas palavras de Helena Real, Secretária-Geral da Associação Portuguesa de Nutrição, “atualmente não é suficiente queremos ter uma alimentação saudável. Temos que ter também uma alimentação mais sustentável. Neste contexto, pequenas escolhas no nosso dia-a-dia podem fazer a diferença. Opções como escolher produtos nacionais, preferencialmente locais, frescos e sazonais e procurar fazer refeições com maior quantidade de produtos de origem vegetal e menos de origem animal, são alguns dos exemplos possíveis. Desta forma, uma alimentação sustentável não é apenas o reflexo do impacto ambiental, também depende de outros fatores como, por exemplo, a adequação nutricional, a cultura alimentar e a acessibilidade.”

Neste contexto, é possível fazer pequenas escolhas no dia-a-dia no que respeita à construção das refeições, que podem fazer a diferença em termos de sustentabilidade alimentar. Entre as medidas recomendadas pela APN, destacam-se:

1. Realizar uma lista de compras e adquirir apenas os alimentos que serão consumidos.

2. Ocupar ¾ do prato com alimentos de origem vegetal.

3. Limitar a ¼ do prato os alimentos de origem animal.

4. Aumentar o consumo diário de leguminosas e utilizá-las em substituição da carne, pescado ou ovos em algumas refeições da semana.

5. Servir as porções em função da Roda da Alimentação Mediterrânica e em conformidade com as necessidades energéticas e nutricionais de cada indivíduo.

6. Preferir alimentos locais e da época.

7. Reduzir o desperdício na preparação e confeção dos alimentos.

8. As panelas de pressão permitem cozinhar mais rapidamente e economizar mais energia. Limitar o uso de forno.

9. Preferir embalagens familiares, ao invés de embalagens individuais. Adquirir produtos avulso.

10. Atentar à data de validade dos produtos e acondicionar na zona frontal os alimentos com a data de fim mais próxima.

As recomendações podem ser consultadas na íntegra no e-book “Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar”, disponível no site da Associação Portuguesa de Nutrição em: http://www.apn.org.pt

Estas recomendações surgem no âmbito do Programa de Sensibilização e Informação sobre Sustentabilidade Alimentar da APN, uma iniciativa com o objetivo de consciencializar os profissionais e a comunidade para os benefícios de uma alimentação sustentável. Mais informações em: http://apn.org.pt/ver.php?cod=0D0K

Artigos relacionados

Vamos aprender a ler os rótulos dos alimentos?

Alimentação vegan é saudável?

Alimentos que deve deixar de comer

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Os cientistas estão fascinados com a ideia de que os humanos podem aprender enquanto dormem - uma nova língua, por exemplo -,...

Os participantes de um estudo foram capazes de memorizar padrões sonoros tocados durante duas fases do sono chamadas Rapid Eye Movement (REM) e N2, revelam cientistas num estudo publicado na Nature Communications.

REM é a fase de inconsciência durante a qual temos sonhos vívidos e, tal como o nome indica, na qual os olhos se movem rapidamente. A N2 é uma fase do sono mais leve.

Uma terceira fase do sono profundo, chamada N3, mostrou-se ineficaz na formação de memória, concluíram os investigadores.

Nesta fase, "os sons aprendidos anteriormente durante o sono N2 são esquecidos ou não aprendidos, como se fossem apagados da memória", afirmou a equipa de cientistas franceses em comunicado.

Os cientistas observaram 23 voluntários através de eletroencefalografias e submeteram-nos à audição de padrões sonoros enquanto dormiam, escreve o Sapo.

Quando acordaram, os participantes do ensaio foram testados do ponto de vista da memória para que os investigadores pudessem perceber a clareza dos registos da memória obtidos durante o sono.

A equipa "observou uma distinção nítida entre o sono leve não REM, durante o qual a aprendizagem foi possível, e o sono profundo não REM, durante o qual a aprendizagem foi suprimida", segundo o estudo.

Ao acordar, os participantes que se esqueceram dos sons durante o sono N3 tiveram mais dificuldade em reaprender esses mesmos padrões do que para memorizar padrões completamente novos, conclusão que apoia a teoria de que o N3 serve para limpar a memória, dizem os investigadores.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação...

Para as regiões com risco 'muito elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

Quanto ao estado do tempo, o IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo e vento fraco a moderado predominando de nordeste, soprando moderado a forte por vezes com rajadas até 55 quilómetros por hora, de noroeste no litoral oeste em especial durante a tarde, e de nordeste nas terras altas até meio da manhã e no final do dia.

Está também prevista uma pequena subida da temperatura mínima na região Sul e subida da máxima, em especial no litoral oeste.

Na Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte da ilha e em Porto Santo e vento moderado a forte de nordeste, com rajadas até 70 quilómetros por hora nos extremos leste e oeste e nas terras altas.

Para os Açores, o IPMA prevê para o grupo ocidental (Flores e Corvo) céu geralmente pouco muito nublado e vento sueste bonançoso a moderado.

No grupo central (Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Terceira) períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros e vento leste/sueste bonançoso a moderado.

Para o grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos em especial durante a manhã e vento leste moderado, por vezes fresco com rajadas até 50 quilómetros por hora em Santa Maria.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 16 e 32 graus celsius, no Porto entre 13 e 27, em Braga entre 10 e 29, em Viana do Castelo entre 12 e 26, em Vila Real entre 11 e 27, em Bragança entre 08 e 26, em Viseu entre 11 e 28, na Guarda entre 09 e 25, em Coimbra entre 14 e 31, em Aveiro entre 14 e 25, em Castelo Branco entre 14 e 32, em Santarém entre 15 e 34, em Leiria entre 10 e 29, em Portalegre entre 15 e 30, em Setúbal entre 16 e 35, em, Évora entre 17 e 34, em Beja entre 17 e 33 e em Faro entre 21 e 33.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 20 e 27, em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo entre 20 e 25 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 24.

Em Portugal
O INEM revelou que todos os aeroportos, portos comerciais e estações ferroviárias, metro e de camionagem têm um programa de...

Num comunicado na sequência do alerta pela presidente do Conselho Português de Ressurreição (CPR) sobre a aplicação do Decreto-Lei 184/2012, que tornou obrigatória, no prazo de dois anos, a instalação de equipamentos de desfibrilhação automática externa (DAE) em determinados locais de acesso público, o INEM apresentou números desse trabalho.

Sobre os espaços em que é obrigatória a instalação de DAE, o INEM informou que “todos os aeroportos e portos comerciais e a totalidade das estações ferroviárias, metro e de camionagem previstas nesta obrigatoriedade têm um programa de DAE licenciado".

"De igual forma, mais de 80% dos conjuntos comerciais abrangidos pelo diploma também já têm um programa de DAE", acrescenta o comunicado, informando "que só nos primeiros sete meses de 2017 foram já licenciados mais programas de DAE do que em qualquer outro ano anterior a 2016".

Reportando-se às entidades solicitantes, como empresas e organizações que em nome de "uma política de responsabilidade social" quiseram melhorar as "condições de segurança", deu como exemplo "autarquias, empresas privadas, entidades com complexos desportivos e estabelecimentos de ensino".

O INEM considerou ainda o aumento do número de programas de DAE licenciados em 2016 e 2017 "fruto da fiscalização preventiva referente aos espaços onde é obrigatória a implementação de um programa de DAE".

"Essas fiscalizações preventivas têm partido da iniciativa não só do INEM mas de outras entidades públicas com responsabilidade nesta matéria como por exemplo a Direção Geral das Atividades Económicas relativamente aos espaços comerciais ou do Instituto da Mobilidade e Transportes no que se refere ao setor dos transportes", acrescentou.

Sobre os festivais de verão, o INEM explicou que cada organização "contrata empresas de prestação de cuidados médicos que dispõem não só de DAE, mas de todo o equipamento de Suporte Avançado de Vida (SBV) para dar uma resposta eficaz a qualquer emergência de saúde que possa acontecer nos recintos dos festivais".

O INEM anunciou ainda ter "capacitado todas as ambulâncias" que opera, bem como as dos Bombeiros Voluntários e da Cruz Vermelha Portuguesa "num total de 530 viaturas, com um DAE, para além de dar formação para utilização dos equipamentos".

Em declarações, a presidente do CPR, Adelina Pereira alertou para o facto de, cinco anos volvidos da publicação da lei sobre a instalação de equipamentos de desfibrilhação automática externa (DAE) em locais de acesso público, "muito está por fazer".

União Europeia
A União Europeia atribuiu 35 milhões de euros do “plano Juncker” de investimentos ao desenvolvimento de um novo tratamento para...

O método centra-se no tratamento local de tumores sólidos, informou o executivo comunitário em conferência de imprensa.

O Banco Europeu de Investimentos (BEI) e a empresa alemã de dispostitos médicos MagForce assinaram hoje um acordo de financiamento que permitirá à empresa obter apoios até 35 milhões de euros nos próximos três anos, desde que se cumpram objetivos acordados.

A empresa desenvolveu a terapia NanoTherm, que consiste em introduzir nanopartículas magnéticas diretamente num tumor e aquece-las num campo magnético alternado.

Dependendo da duração do tratamento e das temperaturas alcançadas dentro do tumor, as células tumorais ficam danificadas de maneira irreparável ou sensibilizadas para uma quimioterapia ou radioterapia adicionai.

O método permite combater o tumor a partir do seu interior e evita danificar o tecido saudável que o rodeia, precisou a Comissão Europeia, acrescentando que os efeitos secundários são significativamente mais reduzidos do que nos tratamentos convencionais atualmente utilizados.

De acordo com a Comissão já há doentes a serem tratados desta forma com êxito na Alemanha.

O acordo com a empresa alemã foi possível graças ao Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos, o pilar central do Plano de Investimentos para a Europa, conhecido como “Plano Juncker”, do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker.

“O empréstimo irá melhorar significativamente a nossa situação financeira e ajudar-nos a implementar a terapia NanoTherm em toda a Europa”, disse em comunicado o diretor geral da Magforce, Ben Lipps.

Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) informou hoje que a venda do dispositivo anticoncecional Essure foi suspensa em...

“O Infarmed teve conhecimento da suspensão do certificado CE, tendo o distribuidor informado que procedeu à suspensão da comercialização do ‘stock’ deste dispositivo médico”, refere a autoridade nacional numa resposta enviada à agência Lusa.

Na segunda-feira, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) requereu a retirada do mercado do método contracetivo Essure, por este não dispor atualmente do certificado CE e, como medida de precaução, ordenou aos serviços de saúde que parem de o utilizar.

A AEMPS foi informada pela empresa Bayer Hispania da suspensão temporária do certificado CE a este produto até 02 de novembro, emitido pela National Standards Authority of Ireland (NSAI).

Muitos produtos só podem ser vendidos na União Europeia se ostentarem a marcação CE, que certifica que os mesmos foram avaliados e cumprem os requisitos da UE em matéria de segurança, saúde e proteção do ambiente.

Na terça-feira, a farmacêutica Bayer, que comercializa o Essure, explicou em comunicado que a National Standards Authority of Ireland decidiu não renovar o certificado porque “não encerrou o processo de recertificação do produto antes da data em que este expirava, a 03 de agosto”.

A empresa garante que a retirada temporária do mercado do contracetivo Essure “não está relacionada com qualquer questão de segurança ou de qualidade do produto”.

O mesmo foi hoje referido pelo Infarmed na nota enviada à Lusa, indicando que de acordo com “a informação disponível à data, não está em causa a relação benefício-risco do dispositivo Essure, nomeadamente de acordo com o estudo epidemiológico francês de 19 de abril de 2017”.

O Essure é comercializado em Portugal desde 2002, tendo sido comercializadas, até à data, cerca de 6.000 unidades.

O Sistema Nacional de Vigilância de Dispositivos Médicos recebe notificações de incidentes com dispositivos provenientes dos profissionais de saúde e doentes e, no que respeita ao Essure, o Infarmed recebeu do fabricante Bayer Healthcare LLC alguns relatórios de incidentes ocorridos em Portugal, sendo a sua maioria provenientes da revisão de literatura de artigos científicos publicados, isto é, não foram originados por notificações diretas/espontâneas dos profissionais de saúde ou doentes.

O Infarmed, adianta na mesma nota que “como habitualmente, em colaboração com as outras Autoridades Competentes Europeias continua a monitorizar o perfil de segurança e desempenho do Essure”.

Pesticida
O ministro da Agricultura belga, Denis Ducarme, qualificou hoje de “fraude” o escândalo dos ovos contaminados com o inseticida...

“Estamos perante uma fraude. Os responsáveis têm de ser julgados, porque não hesitaram em expor a saúde dos consumidores para enriquecerem”, disse o ministro belga durante um debate extraordinário no parlamento federal.

Dezenas de produtores da Bélgica e da Holanda estão a ser investigados depois da deteção de ovos contaminados com Fipronil, perigoso para a saúde humana.

Reino Unido, França, Suécia e Suíça foram alertados pelas autoridades europeias para a possibilidade de terem também ovos contaminados. Segundo a Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV), os ovos em causa não estão à venda em Portugal.

A 20 de julho, a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados e, oito dias depois, a Holanda lançou um alerta semelhante. Só a 3 de agosto, contudo, é que as autoridades holandesas advertiram de que em alguns lotes de ovos a quantidade do pesticida era superior aos limites autorizados.

O ministro belga disse hoje que a agência de segurança alimentar da Bélgica tem documentos oficiais “que indicam a presença de Fipronil em ovos holandeses já desde novembro de 2016”.

“Sobre isso, não houve nenhuma comunicação oficial da Holanda”, disse Ducarme.

O ministro belga instou os deputados, eurodeputados e membros do governo presentes no debate a “colaborar com a procuradoria de Anvers, encarregada da investigação por ter sido uma empresa daquela província belga a fornecer o Fipronil à Holanda.

A justiça de Anvers está a investigar se a Poultry Divisiov sabia o fim a que se destinava o produto, uma vez que o Fipronil é ilegal para uso alimentar, mas está autorizado, por exemplo, para o tratamento de ácaros em cães e gatos.

A ministra da Saúde belga, Maggie de Block, assegurou por seu lado aos consumidores que podem “comprar ovos com segurança” e sublinhou que o governo está a tomar medidas para reforçar as garantias de segurança alimentar.

“Estamos a tomar todas as medidas que estão ao nosso alcance, não há razão para pânico”, disse a ministra à imprensa antes do debate, acrescentando que todos “os ovos contaminados foram retirados” do mercado.

A Comissão Europeia anunciou na terça-feira que abriu uma investigação para determinar se as autoridades belgas informaram tarde demais o sistema de alertas alimentares comunitário sobre a existência de lotes de ovos contaminados.

“Há uma investigação em curso para estabelecer com precisão quando as autoridades belgas tiveram conhecimento. Até ao momento não temos nenhuma confirmação se infringiram as normas”, disse uma porta-voz comunitária, Mina Andreeva.

“Nenhuma informação sobre este caso de contaminação chegou à CE por outros canais técnicos ou por outro tipo de canal antes do dia 20 de julho”, insistiu a representante, recordando que os Estados-membros têm “a obrigação legal de notificar o sistema de alerta rápido imediatamente a partir do momento em que têm conhecimento de uma ameaça para a saúde humana”.

Em caso de incumprimento desta obrigação legal, a CE pode iniciar um procedimento de infração contra um Estado-membro.

Implante
Implante experimental foi colocado em duas pessoas. Em três meses deverá começar a produzir insulina.

Duas pessoas com diabetes do tipo 1 receberam na semana passada um implante com células estaminais para produzir insulina e “curar” a doença, segundo uma notícia publicada na revista New Scientist.

É a primeira vez que um implante com células estaminais é usado para tratar a diabetes do tipo 1. Em três meses, os especialistas vão saber se o dispositivo controla a diabetes. Uma terceira pessoa irá também receber este tratamento experimental, escreve o jornal Público.

A diabetes do tipo 1 é uma doença auto-imune que vai destruindo as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, uma hormona que desvia a glicose que está no sangue para as células, evitando os efeitos negativos deste açúcar. As pessoas com este problema têm que administrar insulina várias vezes ao longo do dia para controlar o nível sanguíneo da glicose.

Apesar de haver condicionantes genéticas, sabe-se pouco sobre as causas desta doença. Cerca de 10% das 442 milhões de pessoas com diabetes no mundo são do tipo 1. As restantes têm diabetes do tipo 2, que surge ao longo da vida quando o corpo se torna insensível à insulina ou produz menos hormona do que o necessário.

O implante, chamado PEC-Direct, é produzido pela empresa Viacyte, de San Diego, na Califórnia e tem o tamanho de um cartão de crédito. No implante estão contidas as células estaminais que, já dentro do corpo, entram num processo de maturação que dura três meses, especializando-se para produzir a insulina. Estas células foram originadas a partir de um embrião nos primeiros estádios de desenvolvimento não aproveitado por uma mulher que fez fertilização in vitro.

Assim que os níveis de açúcar do corpo sobem, espera-se que as células do implante iniciem a produção da hormona para reduzir os níveis de glicose. Como as células implantadas não pertencem aos doentes, é necessário usar medicação para suprimir o sistema imunitário não deixando que o corpo ataque o implante.

“Se resultar, podemos chamar de ‘cura funcional’”, diz Paul Laikind, da Viacyte, citado pela New Scientist. “Não é uma verdadeira cura porque não resolve o problema auto-imune que causa a doença, mas estaríamos a substituir as células que estão em falta.”

Num ensaio feito previamente em 19 pessoas, a empresa provou que as células estaminais desenvolviam-se em ilhotas de Langerhans – o grupo de células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. No entanto, como eram poucas células, aquele ensaio não foi feito para tratar a diabetes.

O novo implante pode ser posto no antebraço. Como é poroso, permite que os vasos sanguíneos o penetrem, de modo a alcançar as células estaminais que podem ser alimentadas.

“Se este tratamento tiver sucesso, esta estratégia pode realmente alterar a forma como tratamos a diabetes do tipo 1 no futuro”, diz, por sua vez, Emily Burns da Diabetes UK, uma instituição dedicada à doença, citada também pela New Scientist. Até agora, o único tratamento equivalente passa pelo transplante de células do pâncreas de órgãos de dadores. A técnica resulta, mas é limitada ao número de dadores de órgãos.

Há 15 anos que se tenta usar células estaminais para tratar a doença, mas sem sucesso. Se este implante funcionar, deixa de haver um problema de stock com os órgãos. As células estaminais poderão ser multiplicadas para se produzir os implantes necessários.

Estudo
Uma equipa de investigadores está a desenvolver um fármaco que atua sobre as células saudáveis acometidas pelo tumor, revela um...

Uma investigação da Universidade de Southampton, no Reino Unido, descobriu que a inibição de uma enzima conhecida como NOX4 faz travar a ação dos fibroblastos associados ao cancro, conduzindo a uma redução de 50% do tamanho dos tumores em ratinhos.

Os fibroblastos são células saudáveis dos tecidos conjuntivos que mantêm os órgãos agregados, escreve o Sapo. Quando são apoderadas por células cancerígenas, estas células tornam-se fibroblastos associados ao cancro, ajudando no desenvolvimento e metastização dos tumores, bem como na resistência aos tratamentos.

Neste estudo, a equipa descobriu que os fibroblastos associados ao cancro necessitam da enzima NOX4 para se formarem e ajudarem os tumores a desenvolverem-se.

O bloqueio dessa enzima com um fármaco que os investigadores estão a tentar desenvolver poderá ser a chave para travar o processo de crescimento e metastização dos tumor malignos, sustenta o estudo.

"Através da observação de muitos tipos de cancro, identificámos esse mecanismo comum que é responsável pela formação de fibroblastos associados ao cancro em tumores", comenta Gareth Thomas, investigador principal neste estudo, numa nota apensa ao estudo.

Os conselhos e as dicas da SPMI para um verão mais saudável
Depois de um julho com temperaturas médias acima do normal, confirmadas pelos especialistas do Instituto Português do Mar e da...

É o calor que motiva o alerta do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que recorda que os idosos são considerados um grupo de risco, deixando dicas e conselhos para um verão mais fresco e saudável.

João Gorjão Clara, coordenador do GERMI, explica que o organismo dos idosos “não tem a mesma capacidade de termorregulação. Ou seja, não é capaz de dar a mesma resposta quando submetido a temperaturas mais elevadas”, o que o coloca em risco. A esta característica junta-se outra: a dificuldade em perceber as alterações associadas ao calor.

Há, por isso, cuidados simples, mas que podem fazer a diferença. Como manter a hidratação. “Beber água é essencial, algo que é válido mesmo quando não se sente sede”, reforça o especialista, que aconselha “as bebidas naturais (água e sumos)”.

Preferir os locais mais frescos ou com ar condicionado e permanecer nestes quando o calor aperta pode prevenir os problemas associados ao calor, assim como evitar a exposição direta ao sol. No que diz respeito ao guarda-roupa, aqui o conselho vai para a escolha de roupas de algodão, mais leves e de cor mais clara, sem esquecer a proteção da cabeça, através do uso de um chapéu, e dos olhos, com recurso a uns óculos de sol. E, claro, não sair de casa sem o protetor solar, espalhado pelas partes do corpo que não se encontram protegidas pela roupa, especialmente na cara, em redor do nariz e das orelhas, onde a pele é mais sensível.

 

A alimentação deve também adaptar-se aos dias mais quentes. Aqui, a preferência recai sobre as refeições mais leves, evitando os pratos mais pesados e preferindo comer em menos quantidades e mais vezes ao dia. “As verduras, os alimentos frescos (carne, ovos e peixe) são boas opções”, reforça o coordenador do GERMI. “Devem ser evitados os alimentos não conservados no frio, não frescos, não preparados na altura e as bebidas alcoólicas”. E para quem tem que cozinhar, evitar o uso do forno, que contribuiu para o aquecimento da casa. Nos períodos em que as temperaturas estiverem mais elevadas, um duche de água tépida ajuda a controlar o calor.

Se os idosos já são, apenas devido ao peso da idade, um grupo mais vulnerável às temperaturas extremas, mais ainda se tornam quando aos anos de vida se juntam as doenças crónicas, como a diabetes que, de acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes tem uma taxa de prevalência de 23,8% na população entre os 65 e 74 anos; ou a arritmia (afeta um em cada dez portugueses com mais de 65 anos, de acordo com o Estudo SAFIRA), entre várias outras. De facto, o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (2013) refere que 65% da população entre os 65 e os 74 anos em alguma doença crónica ou problema de saúde prolongado.

O que significa que estes idosos não só são mais vulneráveis, como tomam medicamentos capazes de reduzir a sensação de calor ou provocar retenção de água ou sal. “Com o tempo seco e quente, estas doenças crónicas podem exacerbar-se ou ficar fora de controlo”, alerta o especialista, que volta a reforçar a necessidade de cuidados. E aos conselhos já referidos juntam-se outros: usar menos roupa na cama, sobretudo quando se trata de pessoas acamadas; ter alguém disponível e atento, seja um familiar, vizinho ou amigo e procurar cuidados médicos imediatos no caso de surgirem sintomas associados ao calor.

O perigo das insolações e do esgotamento por calor
Febre alta, pele vermelha e sem suor, pulso rápido, dores de cabeça, tonturas, confusão e perda de consciência são os sintomas da insolação ou golpe de calor, uma situação grave que pode causar morte. No caso de o idoso se sentir mal com o calor, deverá procurar um lugar fresco e pedir ajuda médica através do 112.

Já o esgotamento devido ao calor surge quando há uma perda excessiva de água através da transpiração. Esta situação provoca sensação de sede, cansaço, cãibras, náuseas, vómitos, dores de cabeça e desmaio, frequentemente provocado por tensão arterial baixa.

Quer no caso de insolação, quer no de esgotamento, mesmo pedindo ajuda médica, deve colocar-se a pessoa num local ventilado e fresco, refrescá-la com panos húmidos ou salpicos de água fria, elevar as pernas e, em caso de desmaio, tentar despertá-la.

Neurologista alemão diz
O neurologista alemão Gerald Hüther sustenta que, em muitas pessoas, o trabalho quotidiano afeta as mesmas zonas do cérebro que...

“Muita gente tem no trabalho experiências nas quais se ativam as mesmas redes do cérebro que reagem quando há dores físicas. Quem passa por esta experiência dolorosa dificilmente pode recuperar a motivação, disse o médico, citado na edição digital do Frankfurter Allgemeine.

O neurologista sustenta que esta experiência se deve à falta de independência que muitos vivem primeiro na escola e depois no local de trabalho, onde passam a ser permanentemente controlados pelo professor e depois pelos superiores nas empresas.

"Já na escola aprendemos que temos que nos limitar a fazer o que eles nos dizem e quando são maiores vão trabalhar com a mesma falta de motivação que tinham na escola", disse Hüther.

No entanto, segundo o médico, muitas empresas já começaram a perceber que precisam de funcionários que não se limitem a cumprir o dever, mas que tenham criatividade e assumam responsabilidades.

Por isso, o neurologista defende que os trabalhadores tenham uma margem de autonomia para que passem a ir “com gosto” para o trabalho.

Segundo um estudo realizado pelo Instituto de pesquisa Gallup, apenas 16% dos trabalhadores na Alemanha vão “com alegria para o trabalho” e 67% vão desmotivados, limitando-se a cumprir o minimamente necessário.

"O cérebro pode evoluir ao longo da vida e podem sempre ocorrer processos em que surjam novas ligações de neurónios. Mas, isso só funciona se as partes emocionais do cérebro forem ativadas também", disse Hüther.

"Se as pessoas tivessem a oportunidade de assumir a responsabilidade e sentir-se importantes, então a motivação voltaria", destacou.

Unidade de sangue Gaia/Espinho
O Serviço de Sangue do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que ambiciona regressar à autossuficiência, avisa o...

"Caro(a) dador(a), o sangue da sua última colheita foi utilizado hoje para o tratamento de um doente. Muito obrigado" - é a mensagem que o Serviço de Sangue do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) envia aos seus dadores nessas alturas.

"O objetivo é criar empatia, incentivar o dador a continuar a doar e a trazer outras pessoas", descrevem Manuel Figueiredo e Natália Batista, respetivamente diretor e secretária de um serviço que também recorreu às redes sociais para "cativar jovens dadores", uma vez que "os mais antigos e fiéis estão a envelhecer" mas "a dádiva de sangue não pode esperar".

O lema do serviço é simples. "Não deve nunca ser o doente a ficar à espera do sangue, deve ser o sangue a esperar pelo doente", frisa Manuel Figueiredo, acrescentando que para conseguir não pedir sangue ao exterior, o ideal, para o CHVNG/E, era conseguir em média mais de 30 colheitas validadas por dia.

É algo que não acontece nesta como noutras unidades hospitalares, mas, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, decidiu-se ‘atacar' o problema. A campanha de sensibilização e os apelos foram intensificados e, num ano, a página da rede social Facebook atingiu mais de 14.000 ‘gostos'.

A página é vista por dadores como uma fonte de informação, uma vez que através dela muitas pessoas tiram, de forma confidencial, dúvidas sobre dádivas de sangue. Mas funciona também como rede de interação, já que é frequente a partilha de fotos, de curiosidades e até de vídeos protagonizados por figuras públicas.

Natália Batista, que é quem gere a página, também criou uma espécie de escala que ajuda os profissionais do serviço a lembrarem-se que está na hora de partilharem pequenos estudos, coisas simples, relacionadas com a dádiva de sangue.

"Também aproveitamos para desconstruir alguns mitos. ‘Fiz uma tatuagem, nunca mais posso dar sangue?', perguntam. E podem. Basta aguardarem quatro meses", descrevem os responsáveis.

Outras vezes, questionam, por exemplo: "Tenho colesterol aumentado, posso dar sangue?".

"Sim”, respondem , "é raríssimo uma pessoa não poder dar sangue por ter colesterol aumentado".

O Serviço de Sangue do CHVNG/E foi autossuficiente até 2007, mas agora tem capacidade para 89% das suas necessidades, pedindo 11% ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

Segundo o diretor de serviço, neste intervalo, a unidade hospitalar que serve os concelhos de Vila Nova de Gaia e Espinho registou "uma quebra em dádivas de sangue semelhante à que aconteceu em todo o país", somando-se o facto do tipo de cirurgias que têm sido realizadas desde essa altura "serem mais sofisticadas, o que aumentou a necessidade de utilização de sangue".

Manuel Figueiredo garante que nunca houve necessidade de atrasar cirurgias por falta de sangue, mas frisa a meta da autossuficiência e, a título de exemplo, conta que um doente politraumatizado pode precisar de mais de 30/40 unidades de uma só vez.

Uma leucemia pode ‘gastar' mais de 30 unidades. E um parto complicado pode exigir mais de seis unidades.

Em 2016 foram realizadas no CHVNG/E 11.898 transfusões de sangue, o que ajudou a tratar 2.273 doentes.

O Serviço de Sangue desta unidade hospitalar também disponibilizou uma aplicação de telemóvel para os dadores, na qual estes têm acesso a informação sobre dádivas, alertas sobre a altura em que pode dar sangue, resultados de análises e mesmo curiosidades.

"Sabia que a primeira transfusão com sucesso foi realizada entre dois cães?" - é uma das curiosidades disponibilizadas na aplicação.

Ricardo Lacerda, polícia de 43 anos, é um dos utilizadores desta aplicação por ser dador há mais de duas décadas. Começou quando estava a cumprir serviço militar e continuou mais tarde por sentir que faz algo "gratificante".

"Sinto-me bem. Sinto que se tenho oportunidade de ajudar alguém não posso hesitar em fazê-lo. E acho importante que se divulgue cada vez mais", referiu à Lusa, sugerindo campanhas de sensibilização nas escolas e a divulgação de quais as regalias associadas a este gesto que garante que "não dói nada, bem pelo contrário, trás felicidade".

O serviço também está aberto ao sábado das 08:30 às 13:30.

Nos EUA
Cientistas da Universidade de Arizona, Estados Unidos, desenvolveram uma nova vacina contra o vírus Zika, a partir de uma...

“A nossa vacina oferece segurança reforçada e potencialmente reduz os custos de produção mais do que qualquer outra atual alternativa, e com a mesma eficácia”, disse o cientista Qiang “Shawn” Chen, do Instituto de Biodesign da Arizona State University (ASU), que liderou a equipa de investigação.

O Zika expandiu-se e tornou-se mais conhecido em 2015, quando infetou milhões de pessoas, especialmente na América do Sul. É transmitido pela picada do mosquito e quando infeta mulheres grávidas pode afetar gravemente os bebés.

Com o aparecimento do Zika surgiram os esforços científicos para encontrar uma vacina. Várias potenciais vacinas apresentaram até agora resultados promissores, em testes em animais mas também em humanos, embora até hoje não haja vacinas licenciadas ou terapêuticas disponíveis para combater a doença.

Alexander Green, cientista da ASU, com a colaboração da Universidade de Harvard, já tinha desenvolvido um teste ao Zika rápido e fiável.

Agora, Chen, especialista em vírus que trabalhou nos últimos 10 anos em terapias e vacinas baseadas em plantas contra o vírus do Nilo e a febre dengue (da mesma família do Zika, flavivírus), aperfeiçoou uma vacina contra uma parte de uma proteína viral chamada DIII e que desempenha um papel crucial na infeção das pessoas.

O responsável explicou que todos flavivírus têm a proteína e que para chegar à vacina foi cultivada a proteína que foi colocada depois na planta de tabaco. A fase seguinte foi fazer experiências de imunização em ratos, que demonstraram uma proteção a vários tipos do vírus a 100%.

A produção de vacinas baseadas em plantas, especialmente de tabaco, tem sido comum junto dos investigadores da ASU.

O vírus Zika é transmitido pelo mosquito Aedes e provoca microcefalia.

Segundo a OMS o vírus foi pela primeira vez identificado em macacos no Uganda em 1947. Foi identificado em humanos em 1952, no Uganda e na Tanzânia, e os primeiros grandes surtos foram na Micronésia, em 2007, e no Brasil em 2015.

Relatório revela
Mais de 70 produtos cosméticos de higiene oral, incluindo pastas de dentes e elixires, sujeitos a análises de qualidade...

De acordo com o relatório da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) hoje divulgado, a ação de supervisão ao mercado e produtos cosméticos visava analisar “os teores máximos de flúor, conservantes, substâncias com ação branqueadora e a qualidade microbiológica”.

“As análises químicas e microbiológicas aos 76 produtos, entre os quais 67 pastas dentífricas, revelaram que os valores obtidos foram inferiores aos teores máximos autorizados, cumprindo os limites legais”, é revelado.

O INFARMED explica que a análise química incidiu sobre três tipos de substâncias: flúor, triclosan e peróxido de hidrogénio.

“Se os produtos analisados apresentassem valores acima dos permitidos, poderia verificar-se a ocorrência de queimaduras e sensibilidade dentária (no caso do peróxido de hidrogénio), possível indução de resistência a antibióticos (triclosan, em exposição continuada) e prováveis danos do esmalte dos dentes (fluor, em exposição continuada)”, é sublinhado.

No que diz respeito às análises de qualidade microbiológica, o INFARMED explicou que estas são realizadas em função do local de aplicação do produto cosmético - como as mucosas - ou do público a que se destina, nomeadamente crianças e bebés.

“A análise laboratorial destes produtos consistiu na avaliação da presença de bactérias e fungos”, refere o INFARMED, acrescentando que uma elevada contaminação microbiana poderia causar risco elevado de infeções.

O INFARMED informa que selecionou a área da higiene oral para supervisão devido ao aumento da oferta e da procura deste tipo de produtos.

A Autoridade do Medicamento define anualmente as áreas a monitorizar no mercado dos produtos cosméticos, sendo prioritárias as que têm maior potencial de risco para a saúde pública, nomeadamente produtos destinados a populações de risco (bebés e crianças) ou a pesquisa de substâncias proibidas.

Páginas