14 de Novembro - Dia Mundial da Diabetes
Com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República, a Conferência “A Mulher e a Diabetes” acontece a 14 de...

No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que este ano tem como tema “A Mulher e a Diabetes”, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e outros parceiros, promovem um conjunto de iniciativas com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o problema da diabetes.

Este ano, a APDP destaca a conferência “A Mulher e a Diabetes” que abordará temáticas relacionadas com a sociedade, o universo da mulher e a diabetes. Serão quatro os painéis de debate - O estado da Diabetes na cidade de Lisboa, A Mulher com Diabetes, A Mulher e a Família e A Mulher e a Sociedade – que contarão com a participação de mulheres que se destacam na sociedade portuguesa e que por algum motivo têm uma ligação com a diabetes, nomeadamente Maria de Belém Roseira, Ana Escoval e Maria Antónia Palla.

O encerramento da conferência será feito por Ricardo Robles, Vereador dos Direitos Sociais, da Câmara Municipal de Lisboa e José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Outras iniciativas que assinalam o Dia Mundial da Diabetes
A Caminhada Noturna pelos Miradouros de Alfama - com partida da Praça do Município, pelas 18h00, os participantes vão percorrer os Miradouros de Alfama para, no final, de novo na Praça do Município e em conjunto com a Tuna Médica de Lisboa, alertarem para a importância do controlo e prevenção da Diabetes, especialmente através do exercício físico e da alimentação saudável. Por fim, todos juntos, com balões iluminados de azul, irão formar o círculo da Diabetes, o símbolo mundial da luta contra a diabetes. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do 217 988 138 ou [email protected].

O Dia Mundial da Diabetes será ainda assinalado através da iniciativa “Prato Azul – Comer Informado”, no Mercado de Campo de Ourique, entre as 12h30 às 14h30, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para hábitos de vida mais saudáveis, nomeadamente na alimentação. 

Governo
O número de juntas médicas aumentou 66% nos últimos três anos e cobre atualmente quase a totalidade das baixas por doença...

A governante falava na Comissão do Orçamento e Finanças e da Comissão de Trabalho e Segurança Social, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2018.

Cláudia Joaquim afirmou que o serviço de verificação de incapacidades em 2014 cobria 64% das baixas por doença com mais de 30 dias, o que significa que 36% das pessoas que estavam a receber o subsídio nessas condições não eram convocadas, não se cumprindo assim a lei.

“Houve uma forte diminuição da contratação de atos médicos para que o serviço pudesse cumprir a legislação”, uma vez que a contratação “era encarada como despesa”, explicou a secretária de Estado.

Face a 2014, regista-se em 2017 “um aumento de 66% das juntas médicas realizadas”, sendo convocados 97,4% das pessoas com baixas superiores a 30 dias, revelou Cláudia Joaquim.

Segundo a governante, não compete à Segurança Social avaliar os níveis de fraude, uma vez que as situações das pessoas que são convocadas às juntas médicas são avaliadas no momento da junta e, em alguns casos, as pessoas podem ser consideradas aptas a trabalhar.

De acordo com os últimos dados oficiais, cerca de 21,5% das pessoas que estavam de baixa por doença entre janeiro e setembro deste ano e que foram chamadas a juntas médicas foram consideradas aptas para trabalhar.

Nesse período, foram realizadas 224.796 juntas médicas, mais do que em todo o ano de 2014 e tantas quantas as efetuadas em 2015.

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já tinha anunciado que a fiscalização às baixas por doença vai ser melhorada e que haverá novos critérios de controlo para que o combate à fraude seja mais eficaz.

Web Summit
A ‘startup’ vencedora do concurso para empresas em fase inicial na conferência de tecnologia Web Summit, em Lisboa, já tem 8...

Falando em conferência de imprensa, o presidente executivo da ‘startup’ francesa Lifeina, Uwe Diegel, indicou que o objetivo é vender o equipamento “em todos os países do mundo”, havendo já um total de 8.700 pré-reservas.

Uwe Diegel precisou que, para já, a Lifeina vai começar por apostar em países como os Estados Unidos, a Austrália e os europeus, por já saber “como funcionam”.

Em 2019, o objetivo é passar a disponibilizar este equipamento na Ásia e na América Latina, apontou.

De acordo com o responsável, os preços “variam entre 150 e 250 euros”, dependendo do que o ‘pack’ traz – se apenas uma bateria ou mais e quais os acessórios.

A ideia para criar este ‘mini frigorífico’ portátil surgiu ao início por brincadeira para poder armazenar medicação do seu irmão, evitando colocá-la no frigorífico doméstico, confidenciou Uwe Diegel.

“É um negócio acidental”, admitiu, sustentando, ainda assim, que “os melhores projetos são guiados por necessidades”.

Notando que a percentagem de pessoas que usa este tipo de medicação está a aumentar em todo o mundo, vincou que o equipamento se dirige a vários tipos de doenças, entre as quais cancro e esclerose múltipla.

“O maior problema é que as pessoas que sofrem destas doenças e querem continuar a trabalhar, não conseguem levar os medicamentos com elas e acabam por deixá-los em casa, tomando só quando regressam, e isso cria um efeito ioiô”.

Este equipamento, que é recarregável, permite resolver esse problema e também monitorizar a temperatura da medicação e ainda avisa o paciente para tomar os medicamentos.

A longo prazo, o objetivo é criar um equipamento de maiores dimensões para o transporte de órgãos, adiantou.

A Lifeina venceu o concurso de ‘pitch’ (breve apresentação de uma empresa de três a cinco minutos) deste ano na Web Summit, evento que arrancou na segunda-feira e hoje terminou no Parque das Nações, em Lisboa.

O patrocinador do concurso de ‘pitch’ é a Mercedes Benz, que garante a esta ‘startup’ vencedora um prémio de 50 mil euros e o acesso ao programa de incubação promovido pelo fabricante alemão de automóveis.

Segundo a organização da Web Summit, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Web Summit
Dois geneticistas mostraram-se hoje confiantes que no futuro, mesmo longínquo, muitos seres humanos podem viver até aos 125...

A questão de se poder viver ou não até aos 125 anos foi à plateia presente na ‘Health Conf’ da Web Summit, que terminou ontem em Lisboa, mas a maioria do público mostrou-se muito cética.

Em contrapartida, Sumit Jamuar e Gabriel Otte acham que a longo prazo é possível vivermos bem mais de 100 anos com a ajuda da tecnologia aplicada à saúde e com a mudança de hábitos de vida.

"Quem tem agora 50 anos e for saudável e praticar um estilo de vida saudável tem 50% de possibilidades de chegar aos 90 anos, mas a tendência é para aumentar a longevidade", disse Jamuar, do Instituto Indiano de Tecnologia de Deli.

O "segredo" da longevidade, segundo os especialistas, está na genética, mas também em cuidar do corpo diariamente, adotar um estilo de vida saudável, ter uma ação proativa, em suma, "fazermos um pacto de não agressão ao organismo", banindo "venenos como açúcar, gorduras, hidratos de carbono" e praticando exercício física desde a infância.

Recentemente, uma equipa de cientistas analisou dados demográficos de 40 países e sugere que há um limite máximo natural para a vida humana, fixado em cerca de 125 anos.

Os cientistas da faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, fixam o limite médio da vida humana nos 115 anos.

"Para atingir a longevidade é importantíssimo o estudo da genética humana e a tecnologia tem permitido enormes avanços nos últimos anos. Porém, ainda há muito a fazer. Temos uma base de dados de três milhões de amostras de ADN e há sete mil milhões de pessoas", explicou Otte.

"O estudo da genética associado às novas tecnologias está a revolucionar a vida humana e fizeram-me imensos progressos nos últimos anos", sustentou Jamuar, acrescentando que a adoção de estilos de vida saudáveis permitirá um planeta saudável, funcionando como um "ciclo virtuoso".

No painel seguinte da Web summit dedicado à saúde, a questão abordada foi se alguma vez será possível abolir as doenças do mundo, um tema defendido pelo biólogo Pierre Meulien, diretor executivo da Innovative Medicines Initiative (IMI), e a norte-americana Lynne Davidson da Head of Innovation & Improvement.

Muelien foi perentório: "É uma utopia, absolutamente impossível viver num mundo sem doenças", enquanto Davidson considerou que já foram feitos tantos progressos, por exemplo no combate ao VIH e na Malária, que isso pode perfeitamente acontecer no futuro.

Muelien, que disse ser "completamente a favor da vacinação", defendeu que por muitos progressos que se façam nas diversas áreas da medicina, curativa ou preventiva, os vírus encontram-se sempre formas de sofreram uma mutação e provocar doenças.

Apesar de defenderam pontos de vista diferentes, ambos os intervenientes concordam que a tecnologia e mesmo a inteligência artificial são importantes ferramentas para a evolução da medicina e do estudo da genética.

A Web Summit, que decorreu no Altice arena e na Feira Internacional de Lisboa, terminou ontem com a presença do Presidente da República.

Ministro da Saúde
O novo Hospital de Lisboa Oriental deverá estar pronto em 2022, anunciou ontem o ministro da Saúde, depois do "momento...

"É um momento que nós consideramos histórico porque trata-se da autorização do lançamento do maior investimento em saúde de que há memória nos últimos 30 anos e trata-se de um passo decisivo na reforma estrutural da rede hospitalar da grande lisboa", disse aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes no final do Conselho de Ministros de ontem.

Na reunião do executivo de ontem foi "autorizada a realização da despesa inerente à celebração do contrato de gestão para a conceção, o projeto, a construção, o financiamento, a conservação e a manutenção do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de parceria público-privada".

Segundo o ministro da Saúde, "o Hospital de Lisboa Oriental irá servir uma população que ultrapassará um milhão de habitantes" e vai substituir quatro velhos edifícios, "alguns deles centenários que não têm hoje nenhuma condição de modernização possível": São José, Santa Marta, Dona Estefânia e Capuchos.

"Se não existirem nenhumas dificuldades imprevistas, nós teremos em 2022 em Lisboa, finalmente, aquilo que é sonho de várias gerações", garantiu.

O concurso internacional ontem autorizado pelo Governo vai ser lançado "dentro de poucas semanas", detalhou Adalberto Campos Fernandes, adiantando que, de acordo com o calendário, "as propostas deverão ocorrer até ao primeiro semestre de 2018 e a construção ocorra entre o final de 2019 e o início de 2022".

Questionado sobre qual o futuro dos edifícios antigos que vão ser desativados, o ministro da Saúde respondeu que existem "decisões que terão que ser tomadas pelo Governo", mas deixou uma garantia: "em nenhum desses espaços, à partida, será conferida nenhuma utilização especulativa de natureza imobiliária".

"Será uma PPP estrutural, o que significa que a gestão é totalmente pública, ou seja, apenas a concessão, construção e manutenção dos equipamentos será assegurada por um regime de financiamento de longo prazo para um encargo que atingirá no final dos 30 anos um valor superior a 415 milhões de euros", explicou o responsável.

De acordo com Adalberto Campos Fernandes, nos hospitais que vão ser desmantelados há hoje um "prejuízo anual pela ineficiência estrutural que se aproxima de 60 milhões de euros".

"Nós não excluímos que face à natureza da demografia da cidade, possa persistir no centro da cidade, nomeadamente no Hospital S. José, um pequeno polo de apoio à população residente. Já o Hospital Dona Estefânia terá uma vocação, em articulação com a Câmara de Lisboa, para um espaço relacionado com a criança e com o adolescente", detalhou.

Recorde-se que esta nova unidade hospitalar, anteriormente denominada Hospital de Todos-os-Santos, já teve um concurso lançado em 2008, então pelo Governo de José Sócrates, mas a decisão de adjudicação ao consórcio vencedor foi anulada no final de 2013.

No Porto
Uma aplicação que permite gravar as consultas médicas, com autorização do profissional de saúde, e transcrever e armazenar o...

O objetivo da aplicação HealthTalks é "melhorar a comunicação entre os pacientes e os profissionais de saúde e auxiliar a gestão de informação de saúde pelos próprios pacientes", explicou João Monteiro, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), um dos responsáveis pelo projeto.

A aplicação, que poderá ser instalada em dispositivos com o sistema operativo Android, é adequada para todos os pacientes adultos que falem português ou inglês, com a possibilidade de serem acrescentados mais idiomas no futuro.

Ao concluir a gravação é criada automaticamente uma nova página de consulta com essa gravação associada, na qual podem ser especificados detalhes sobre a conversa com o médico, dados sobre o estabelecimento de saúde a sua especialidade, indicou o investigador.

"Prevendo situações em que a aplicação possa ser utilizada por cuidadores de saúde, pode também ser indicado qual o paciente associado a cada consulta", contou.

Estes dados são armazenados localmente e permitirão pesquisas futuras bem como edições ao nível da informação e a adição de notas.

João Monteiro salientou que, para cada gravação, o utilizador pode solicitar a transcrição do áudio e, no texto, serão identificados os conceitos médicos e apresentadas mais informações sobre qualquer um deles.

"A área da saúde é caracterizada pelo uso de terminologia muito específica, o que, muitas vezes, é um obstáculo à compreensão, mesmo para as pessoas com literacia mais elevada", o que pode ter "repercussões na gestão pessoal da saúde e na tomada de decisões", indicou.

Por outro lado, a especificidade da terminologia dificulta o acesso a ajuda externa após a consulta, porque os termos transmitidos são muitas vezes esquecidos.

Embora as funcionalidades da HealthTalks não sejam exclusivas, "a criação de uma aplicação que implemente todas essas funcionalidades num só sítio e as associe a consultas médicas é algo que ainda não tinha sido feito", acrescentou o investigador.

Esta aplicação foi desenvolvida no âmbito da tese de mestrado em Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) de João Monteiro.

Por esse trabalho, foi distinguido na 8.ª edição do concurso de ideias Fraunhofer Portugal Challenge, em outubro, que premeia a investigação de utilidade prática nas áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e Multimédia.

A aplicação continua a ser desenvolvida no INESC TEC por João Monteiro e pela investigadora Carla Teixeira Lopes, que é também professora no Departamento de Engenharia Informática da FEUP.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse hoje que se espera que entre segunda e terça-feira os novos casos de ‘legionella’ comecem "a...

Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, Adalberto Campos Fernandes foi questionado sobre o surto de ‘legionella’, cujo número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 41, de acordo com o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).

"Tal como foi sempre referido pela DGS, nós estamos a ter um perfil de casos novos que se acompanha daquilo que é a previsão e os casos têm vindo a diminuir na sua intensidade, o que faz supor que no período que nós estimamos que seja o dia 13 e 14, em que se finaliza o tempo máximo admissível para o período de incubação, esses casos começarão a tender para zero", assegurou o ministro da Saúde.

De acordo com o governante, "até ao momento não tem havido nenhum desvio àquilo que tem sido a análise epidemiológica da DGS" e, portanto, o executivo acredita que "essa tendência se acentuará".

"Temos 41 casos identificados como positivos. Dois doentes já tiveram alta, dois infelizmente faleceram. E, dos restantes, estão cinco em cuidados intensivos e os restantes em internamento geral com sinais de recuperação e de melhoria significativa", sintetizou.

O surto de ‘legionella' identificado na sexta-feira no Hospital São Francisco Xavier já provou dois mortos.

A maioria dos casos deste surto ocorreu em mulheres (63%) e mais de 70% dos doentes infetados têm 70 ou mais anos.

Segundo a DGS, o primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado em 31 de outubro. Na passada sexta-feira foram confirmados oito casos, 14 no dia seguinte e quatro no domingo. Na segunda-feira foram confirmados sete casos, na terça-feira três casos, quarta-feira quatro casos e hoje até às 12:30 um outro.

Na terça-feira, o ministro da Saúde disse que a origem do foco de ‘legionella' em Lisboa foi o hospital São Francisco Xavier, considerando que as primeiras evidências apontavam logo para uma emissão dentro do perímetro da unidade hospitalar.

International Meeting on Cancer Innovation
O futuro do tratamento do cancro, as novas terapêuticas e as técnicas cirúrgicas de última geração no combate ao cancro serão...

Em declarações, a responsável pela conferência, Bárbara Parente, coordenadora Norte e da Unidade do Pulmão do Instituto CUF de Oncologia no Porto, disse que vão ser abordadas "as diferentes áreas, desde o diagnóstico, aos métodos de estadiamento, até à melhor terapêutica médico-cirúrgica”.

“Na área clínica a evolução é enorme, há imensas terapêuticas inovadoras, nomeadamente no melanoma, que é um dos temas que amanhã [sexta-feira] será abordado, mas também no pulmão há um crescendo. Quase todos os meses temos de alterar os ‘guidelines’ devido ao surgimento de novas terapêuticas, nomeadamente a imunoterapia”, sublinhou.

De acordo com Bárbara Parente, “tem havido tantas mais-valias que é necessário que estas reuniões sejam efetuadas anualmente, para que se possa dar o melhor aos doentes e, por outro lado, se possa atualizar conhecimentos”.

Na área cirurgia também “há novas tecnologias, novas metodologias cirúrgicas, métodos cada vez menos invasivos e cada vez mais diferenciados, quer a nível do pulmão, quer a nível do colorretal, quer ao nível das terapêuticas combinadas”.

“Hoje em dia não se faz uma técnica, uma cirurgia, uma quimioterapia ou uma terapêutica ‘target’. Cada vez se trabalha mais em equipa, o clínico com cirurgião, com o anatomopatologista, com o radioterapeuta e com o imagiologista, porque o doente é um todo e o que nós pretendemos é tratá-lo da melhor maneira e otimizar o seu tratamento”, referiu.

Segundo a organização, no encontro, que começa na sexta-feira, no Porto, e termina, no sábado, em Lisboa, vão participar alguns dos maiores especialistas nacionais e internacionais na área do combate ao cancro e também dos cuidados paliativos.

O Instituto CUF de Oncologia e a Academia CUF, responsável pela atividade formativa e científica da José de Mello Saúde, são as entidades organizadoras desta conferência internacional.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
O presidente do Núcleo do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro considerou hoje que quase metade das mortes por cancro no...

"Estima-se que podem ser evitadas no mundo quase metade das mortes por cancro, se forem tidas em linha de conta as 12 recomendações do Código Europeu Contra o Cancro, que no fundo são medidas para reduzir o risco de cancro", sustentou.

Estas 12 recomendações serão abordadas num congresso promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), na sexta-feira e no sábado, em Coimbra.

"Decidimos fazer este congresso com vertente científica muito grande, pois vamos ouvir pessoas, muitas delas ligadas diretamente à produção do próprio Código Europeu Contra o Cancro, desenvolvido pelo Centro Internacional de Investigação do Cancro (IARC), da Organização Mundial da Saúde", revelou.

Em declarações, Carlos Oliveira explicou que durante os dois dias estão em debate temas como o tabaco, não só do ponto de vista do fumador, mas também do fumador passivo.

"Será abordada a questão da obesidade, que é responsável por aumentar o risco de cancro de mama em mulheres depois da menopausa, assim como do cancro da próstata e do colorretal. Será realçada a importância da atividade física, que não é a mesma coisa que o exercício físico", acrescentou.

A par disto, será feita recomendação para que se pratique uma alimentação saudável, "seguindo-se a dieta mediterrânica, que era aquela que se devia fazer", aludindo ainda ao consumo moderado de álcool e à proteção à exposição solar.

"Uma outra indicação, que é das mais seguidas em Portugal, porque existe muita legislação, é em relação ao cancro profissional, nomeadamente em relação à proteção dos trabalhadores a exposição a substâncias cancerígenas. Também o problema das radiações, nomeadamente o radão, será abordado", referiu.

De acordo com Carlos Oliveira, será ainda discutido um tema que não vem tendo consenso e que tem a ver com a amamentação e o risco do cancro da mama.

"Também se chama a atenção para as hormonas de substituição da menopausa, em que algumas poderão aumentar ligeiramente o risco de cancro da mama e isso tem de ser avaliado", apontou.

A importância das vacinas também estará no centro da discussão, nomeadamente a da Hepatite B e do HPV, que fazem parte do plano nacional de vacinação.

"Finalmente, o 12.º ponto em análise é o dos rastreios organizados", concluiu.

O Código Europeu Contra o Cancro resulta de uma iniciativa da União europeia nos anos 80 do século XX, onde foi desenvolvida uma campanha que se intitulou "Europa contra o cancro", muito focada na prevenção.

Este Código Europeu vai sendo atualizado consoante a evolução do conhecimento científico, estando já na sua quarta edição.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 41,...

Numa nota divulgada no seu site, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que se mantêm internados em cuidados intensivos cinco doentes infetados com ‘legionella’. Relativamente ao boletim divulgado na quarta-feira houve mais três casos registados.

O surto de ‘legionella’ identificado na sexta-feira no Hospital São Francisco Xavier já provou dois mortos.

A maioria dos casos deste surto ocorreu em mulheres (63%) e mais de 70% dos doentes infetados têm 70 ou mais anos.

Segundo a DGS, o primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado a 31 de outubro. Na passada sexta-feira foram confirmados oito casos, 14 no dia seguinte e quatro no domingo. Na segunda-feira foram confirmados sete casos, na terça-feira três casos, quarta-feira quatro casos e hoje até às 12:30 um outro.

Na terça-feira, o ministro da Saúde disse que a origem do foco de ‘legionella’ em Lisboa foi o hospital São Francisco Xavier, considerando que as primeiras evidências apontavam logo para uma emissão dentro do perímetro da unidade hospitalar.

Web Summit
Criadores de aplicações móveis nas áreas da saúde e bem-estar, com vista à obtenção de estilos de vida saudáveis, defenderam...

“Normalmente, tens de estar doente para ir ao médico e para conseguires falar com ele. Acho que as plataformas digitais podem democratizar esse acesso à saúde”, defendeu o cofundador e diretor de operações da aplicação Lifesum, que cria um guia personalizado de estilo de vida com dicas para os utilizadores.

Para Marcus Gners, “a saúde é simples”, já que “só é preciso comer bem, praticar exercício físico e dormir bem”.

Contudo, por vezes, “a pessoa pode vacilar”, razão pela qual “as aplicações podem ajudar a cumprir” as metas dos utilizadores, sustentou o responsável, que falava numa conferência sobre aplicações de saúde na Web Summit, que hoje termina no Parque das Nações.

Ainda assim, Marcus Gners admitiu que estas plataformas “não têm durabilidade se venderem ‘porcaria’”, pelo que deve imperar a criação de “bons produtos que melhorem a vida dos utilizadores”.

Também presente, a cofundadora da aplicação de treino de corrida e de ciclismo Edomondo, Mette Lykke, explicou que esta plataforma surgiu para “tornar o exercício físico divertido”.

A responsável defendeu que este tipo de aplicações têm que ser “muito personalizadas para poderem substituir um ‘personal trainer’ [treinador pessoal], que muita gente não tem por não ter possibilidade de pagar”.

Já a cofundadora e diretora de ‘marketing’ da Ada, plataforma que liga pacientes a uma rede de médicos, notou que esta aplicação “não faz um diagnóstico, mas permite que as pessoas estejam mais informadas”.

Claire Novorol deu ainda conta de que, na Ada, existem anúncios, mas assegurou que a política de privacidade não permite que estes tenham impacto direto na saúde dos utilizadores.

Segundo a organização da Web Summit, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Associação Portuguesa de Podologia
A Associação Portuguesa de Podologia defendeu hoje a integração dos podologistas nos cuidados de saúde primários para reduzir...

A propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala terça-feira, a Associação Portuguesa de Podologia (APP) recordou que “o pé diabético é responsável pela principal causa de internamento do portador de diabetes”.

Ocorrem no mundo duas amputações por minuto, sendo que 85% destas são precedidas de úlceras e estima-se que 15% dos doentes diabéticos desenvolvem uma úlcera nos membros inferiores durante os anos de doença e que 85% das amputações têm um historial de úlceras diabéticas, lê-se no comunicado da associação.

Para o presidente da APD, Manuel Portela, “só a coragem e a determinação do Ministério da Saúde podem inverter as taxas de amputação do pé diabético, proporcionar melhor qualidade de vida aos doentes, diminuir as taxas de morbilidade e mortalidade associadas a esta problemática e reduzir os custos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criando consultas de pé diabético com podologistas”.

“A presença do podologista na avaliação, orientação e prevenção de patologias do pé, assim como o seu tratamento é essencial”, adiantou.

O pé diabético, mais do que uma complicação da diabetes, deve ser considerado como uma condição clínica complexa, que pode acometer os pés e, ou tornozelos de indivíduos diabéticos, defende a APD.

Web Summit
A maior plantação de canábis para fins medicinais começou a ser cultivada em Portugal há duas semanas e, em breve, serão mais...

Depois de um ano a viajar por todo o mundo, a Tilray escolheu o Parque Tecnológico de Cantanhede, no distrito de Coimbra, para instalar a sua produção de canábis. No verão, a empresa teve luz verde do Governo para avançar com o projeto que, há duas semanas, começou a ganhar forma.

“Começámos a plantar há duas semanas, mas as plantas ainda são muito pequenas. Têm cerca de dez centímetros”, contou Brendan Kennedy, diretor-executivo da Tilray, no final da sua apresentação na Web Summit, que começou na terça-feira em Lisboa e termina hoje.

Dentro de poucos meses, contou, estas plantas “terão entre um a dois metros” e a meta da empresa é ter “mais de cem mil plantas” para exportar para países que a queiram usar para fins medicinais.

Alemanha, Croácia e Chipre são alguns dos países que em breve vão começar a importar canábis plantada em Cantanhede.

A Tilray vai investir cerca de 20 milhões de euros até 2020 num negócio que deverá criar cem empregos.

Também presente na Web Summit, João Moura, presidente do Parque Tecnológico de Cantanhede, o Biocant, acredita que a empresa canadiana poderá vir a contratar investigadores portugueses.

Neste momento, acrescentou João Moura, a Tilray já utiliza os laboratórios do parque para fazer investigação.

"A Biocant tem cerca de 300 quadros altamente qualificados e esperamos que a Tilray aproveite esta mais-valia", disse o responsável pelo Biocant.

A existência de trabalhadores com formação na área da produção agrícola, assim como a comunidade de investigadores, que “pode levar a cabo investigação nas áreas da biotecnologia e das ciências da vida” foram duas das razões apontadas por Brendan Kennedy para escolher Portugal. A outra razão foi "o clima ideal para o crescimento da planta”.

A Web Summit termina hoje após ter começado na segunda-feira no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Comissão Europeia
Os representantes dos 28 Estados-membros da União Europeia voltaram hoje a falhar um acordo sobre a renovação da licença de...

"A maioria dos Estados-membros (14) apoiou a proposta da Comissão, tendo havido nove votos contra e cinco abstenções” na reunião de peritos do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal, segundo a mesma fonte, não tendo, mais uma vez, havido uma maioria qualificada.

Bruxelas apresentou uma proposta de renovação da licença de uso do herbicida glifosato por cinco anos, após o tema ter sido debatido no Colégio de Comissários na quarta-feira.

A licença para o uso de glifosato expira em 15 de dezembro, adiantando o porta-voz que a proposta hoje rejeitada será apresentada no final deste mês perante o comité de recurso, uma instância destinada a apoiar a tomada de decisões em casos sensíveis e problemáticos.

14 de novembro - Dia Mundial da Diabetes
Cerca de 199 milhões de mulheres vivem, em todo o mundo com diabetes, valor que as estimativas da Organização Mundial de Saúde...

Sob o lema ‘Mulheres e a Diabetes: Direito a um Futuro Saudável’, o que se pretende é chamar a atenção para um problema de saúde que, embora afete tanto homens como mulheres, tem algumas especificidades no feminino que importa realçar, como alerta a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

“Mais de 15% das grávidas portuguesas têm diabetes gestacional”, confirma Estevão Pape, Coordenador do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). “E embora este seja um problema que normalmente termina quando o bebé nasce, aumenta o risco da mãe vir a ser diabética no futuro,, acrescenta. “Há uma memória que fica. E se a mulher tiver história familiar da doença ou se aumentar de peso, o risco de vir a ter  diabetes .é maior.”Ou seja uma em cada duas mulheres com diabetes gestacional terá diabetes mellitus.

A diabetes é uma doença a que os internistas estão altamente  envolvidos e empenhados no seu tratamento através da sua atividade hospitalar e em consultas diferenciadas  em especial porque a sua prevalência não tem parado de aumentar no nosso país, existindo mesmo consultas de Diabetes e Gravidez em muitas unidades hospitalares, da responsabilidade destes especialistas. Os Internistas estão no topo da preocupação. com a diabetes e a Medicina Interna é uma Especialidade chave no acompanhamento de pessoas com diabetes , sem esquecer nunca que em ligação com a Medicina Geral e Familiar estão no contacto direto com a pessoa com diabetes . Nos Serviços de Medicina Interna mais de 30% dos doentes internados são diabéticos o que nos traz enorme responsabilidade .

“A diabetes é uma doença com uma prevalência enorme em Portugal. Estima-se um milhão de pessoas diagnosticadas, às quais se juntam outras 500 mil que não sabem que têm com a doença. É, por isso, essencial estar atento, consultar regularmente um médico, procurar ter estilos de vida saudáveis. As pessoas têm que ter cuidado para não se deixarem aumentar de peso, controlar a sua pressão arterial, ter atenção ao colesterol…” Neste Dia Mundial da Diabetes, o especialista deixa o alerta: “é preciso que a população em geral esteja atenta, assim como os organismos que tutelam a saúde e a classe médica, porque a diabetes afeta  grande parte da população e é muito fruto da desatenção”.

De acordo com a Federação Internacional da Diabetes, responsável pela escolha do tema que norteia o Dia Mundial da Diabetes, esta é a nona causa de morte entre mulheres a nível global, estando na origem de 2,1 milhões de óbitos todos os anos. Resultado das condições socioeconómicas, são muitas as mulheres e meninas com diabetes obrigadas a enfrentar barreiras ao acesso à prevenção, deteção precoce, diagnóstico, tratamento e cuidados de saúde, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento.

33.º Congresso de Pneumologia
De acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, doentes idosos e com múltiplas comorbilidades são os que...

Contrariando a tendência de que são as doenças crónicas que comportam maior risco de mortalidade, as pneumonias – doenças agudas – são, dentro do grupo das patologias respiratórias, excluindo cancro do pulmão, as que mais matam no nosso país. Ao longo dos últimos anos, Portugal tem vindo a apresentar uma melhoria dos indicadores da saúde respiratória, revelando, de acordo com o relatório do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção Geral da Saúde (DGS), uma das mais reduzidas taxas de mortalidade e internamento por DPOC e asma dentro do grupo dos países da OCDE. No entanto, o mesmo não se verifica em relação às pneumonias, situação que despertou a preocupação do Ministério da Saúde e da DGS.

Para melhor compreender os fatores que potenciam o risco de morte associado às pneumonias, a DGS desafiou, no ano passado, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) a estudar este “fenómeno” que foge claramente dos padrões epidemiológicos dos restantes países da OCDE. Esse estudo foi desenvolvido pelo Prof. Doutor Venceslau Hespanhol, presidente da SPP, em estreita colaboração com a Prof. Doutora Cristina Bárbara, Diretora do Programa para as Doenças Respiratórias da Direção Geral da Saúde e os resultados foram recentemente apresentados.

“De facto, parecia estranho que todos os indicadores no âmbito das doenças respiratórias estivessem a melhorar e que a pneumonia, num país de sol com o nosso, continuasse a ter um impacto tão importante na mortalidade”, afirma o presidente da SPP. Segundo o Prof. Doutor Venceslau Hespanhol, chegou a ser sugerida uma incorreta classificação dos óbitos, ou seja, “a possibilidade de a causa da morte ser atribuída à pneumonia quando, na base, estava uma doença mais grave”.

O estudo desenvolvido ao longo deste último ano teve como principal objetivo determinar as características das pessoas que morrem por pneumonia. Para tal, foram utilizadas as bases de dados oficiais do Estado (ACSS).

Ao todo, foram estudados 43 267 episódios de internamento por pneumonia, ocorridos durante o ano de 2015, correspondentes a 38 741 doentes, dos quais, 35 009 tinham tido um único episódio e 3732 tinham tido múltiplos episódios (entre dois a cinco diagnósticos de pneumonia).

“A letalidade por pneumonia foi mais elevada sobretudo em doentes mais idosos, nas faixas etárias acima dos 75 anos, com múltiplas comorbilidades graves. A letalidade por pneumonia foi diminuta entre os jovens, sendo residual em idade pediátrica”, salienta o presidente da SPP, à margem do 33.º Congresso de Pneumologia.

Relativamente à distribuição dos episódios de pneumonia ao longo do ano, os picos ocorreram, como esperado, nos meses mais frios: entre novembro e janeiro. No entanto, a letalidade por pneumonia tem o seu pico máximo em julho e agosto.

No que respeita à etiologia, o pneumococo é um agente transversal a todas as idades, mas mais frequente nos mais jovens. A partir dos 75 anos, a etiologia altera-se verificando-se uma maior representatividade de casos de pneumonias a gram-negativos e estafilococos. A distribuição etiológica em doentes com menos de 75 anos ou com mais de 75 anos é completamente diferente.

Dentro das comorbilidades que mais elevam o risco de letalidade associada às pneumonias, surge a insuficiência renal crónica, a doença oncológica, as demências, a doença vascular cerebral, a caquexia e as limitações graves da mobilidade. A DPOC e a diabetes aumentam o risco de adquirir pneumonia, mas não se associam a risco acrescido de letalidade. 

“Quando analisamos os relatórios da OCDE, constatamos que Portugal tem uma esperança de vida muito elevada, ao nível dos países mais desenvolvidos. Todavia, tem uma esperança de vida sem doença, mais modesta, que ainda tem de ser melhorada. Um número muito importante de pessoas vive com doenças crónicas ao longo de muitos anos (10-15 anos) o que, para além de interferir na qualidade de vida, aumenta a suscetibilidade para outras doenças, incluindo a pneumonia, não esquecendo a enorme pressão que esta situação representa sobre o sistema de saúde”, justifica o Prof. Doutor Venceslau Hespanhol. Para o presidente da SPP, é neste grupo de doentes que as intervenções deverão centrar-se, prevenindo, identificando e tratando o que é reversível e controlando as restantes situações. Face à distribuição etiológica das pneumonias a vacinação contra a gripe é fundamental, bem como a vacinação anti-pneumocócica de acordo com as indicações da DGS. 

12 de novembro - Dia Mundial da Pneumonia
Embora algumas formas de Pneumonia sejam potencialmente preveníveis através de vacinação, o estudo “PneuVUE® - 65 years and...

No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, que será acompanhada de presença no Facebook, ferramentas virtuais e interativas a que todos os interessados poderão recorrer, a partir de agora, para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.

“É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência e o acesso à informação é a base da prevenção. Embora seja recomendada pela DGS aos grupos de adultos de risco, ainda são poucos os que já tomaram a vacina antipneumocócica. Mais do que uma questão de acesso, as baixas taxas de imunização na idade adulta prendem-se, sobretudo, com a falta de informação ou de prescrição. Prestes a celebrar o Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação quer mudar este cenário”, explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira e fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação.

Os resultados do PneuVUE®+65 são claros, no que toca à falta de consciência dos europeus. Embora 85% dos inquiridos tenha afirmado saber o que é a Pneumonia, apenas um terço (35%) sabia da existência de vacina contra esta doença. Isto apesar de se encontrarem na faixa etária com maior risco de contrair Pneumonia.

Através deste estudo conclui-se que, embora a perceção da existência da Pneumonia seja alta, a consciência da importância da vacinação é baixa, o que leva a uma fraca concretização desta forma de prevenção.

Neste mesmo grupo, apenas 18% afirmou estar vacinado contra a Pneumonia. Uma percentagem bastante inferior à que referiu tomar anualmente a vacina contra a Gripe.

Potencialmente fatal, a Pneumonia traz consequências (muito) graves para o doente. Em Portugal, mata um adulto a cada 90 minutos. Só em tratamentos e internamentos, custa ao Estado uma média de 80 milhões de euros anuais, o equivalente a 218 mil euros por dia.

“As Doenças Respiratórias são um dos maiores desafios do século XXI mas o seu impacto em termos de saúde e socioeconómicos está subavaliado. Estima-se que em 2050, 1/10 da população europeia terá mais de 65 anos, o que significa, entre outros aspetos, que o peso da Pneumonia se fará sentir cada vez mais”, continua Isabel Saraiva. “À medida que a população mundial envelhece, o conceito de envelhecimento saudável torna-se mais relevante. As estratégias na área da Saúde estão cada vez mais viradas para a prevenção, e não para o tratamento”, acrescenta.

Com o passar dos anos, nosso sistema imunológico fica mais frágil e menos eficiente, o que resulta no aumento da nossa suscetibilidade a doenças infecciosas. Como tal, a faixa etária a partir dos 65 anos está em maior risco de contrair doença pneumocócica. Paralelamente é, também, mais provável que este grupo, quando comparado com grupos etários mais jovens, sofra de uma ou mais doenças crónicas, condições que aumentam exponencialmente o risco de doença pneumocócica.

O que nos leva à prevenção?
O aconselhamento de um profissional de saúde continua a ser a forma mais eficaz de levar alguém a vacinar-se.

Entre os inquiridos que mostraram ter consciência do que é a Pneumonia, 54% referiu a falta de aconselhamento médico como a principal razão para não se vacinar.

Reforça-se, assim, a importância dos profissionais de saúde e o papel fundamental que têm nos planos de saúde dos seus pacientes.

Já entre os inquiridos vacinados contra a Pneumonia, 90% apontou a proteção da Sociedade, da Família e dos Amigos como principal razão para o fazer.

Como prevenir a Pneumonia?
A vacinação antipneumocócica é a forma mais eficaz de prevenir a Pneumonia. Pode ser feita em qualquer altura do ano e a sua prevenção pode significar a diferença entre a vida e a morte. Está indicada, na União Europeia, para todas as pessoas a partir das seis semanas de vida. Previne, para além da Pneumonia, formas graves da infeção por pneumococos, como a Meningite e a Septicémia, e outras menos graves como a Otite Média Aguda e a Sinusite.

Da prevenção da Pneumonia fazem também parte a vacinação antigripal e a intervenção nos comportamentos de risco, como a cessação tabágica, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, a higiene oral, a manutenção de um estado nutricional adequado e o controlo das doenças associadas.

MOVA aposta nas redes sociais
Porque a informação é fundamental para uma boa prevenção, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, espaço informativo e interativo a que todos os interessados poderão recorrer para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.

O lançamento desta plataforma será acompanhado de presença no Facebook. Todos estão convidados a acompanhar e participar no debate.

Fontes:

  • PneuVUE® 65+
  • Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013
  • Dados de Portugal: Froes F, Diniz A, Mesquita M, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013;41:1141-46.
  • Morbidity and Mortality of Community-Acquired Pneumonia in Adults, in Portugal
  • Filipe FROES. Acta Med Port 2013 Nov-Dec;26(6):644-645
  • Froes F, Diniz A, et al. Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão). Dados apresentados no 49º Curso de Pneumologia do Hospital de Santa Maria a 05 de maio de 2016. Slides gentilmente cedidos pelo Dr. Filipe Froes.
Prevalência aumenta com a idade
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é uma das doenças benignas mais comuns nos homens.

A próstata é uma glândula que se situa entre a bexiga e o pavimento pélvico, sendo atravessada pela parte inicial da uretra e desempenha importantes funções para a fertilidade masculina. Quando esta aumenta de volume, pode estreitar de forma gradual a uretra dificultando assim o fluxo da urina.

A hiperplasia benigna de próstata (HBP) é uma entidade clínica difícil de caracterizar porque praticamente todas as próstatas crescem com o envelhecimento e histologicamente tem hiperplasia do tecido prostático. Isto acontece porque após a puberdade, os testículos começam a produzir testosterona que se vai transformar em dihidrotestosterona na próstata e esta hormona induz o crescimento prostático. Assim, praticamente todas as próstatas vão crescer umas mais do que outras sendo esse crescimento determinado em princípio por fatores genéticos já que até agora nunca foi demonstrado que os fatores ambientais tais como a alimentação, a atividade sexual ou outros tivessem influência no crescimento da próstata.

A Hiperplasia Benigna da Próstata está muito relacionada com o envelhecimento, sendo muito comum nos homens com mais de 40 anos. A sua prevalência aumenta progressivamente com a idade, atingindo o pico por volta dos 80-90 anos. Em Portugal, cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos têm sintomas sugestivos de HBP, podendo esta percentagem atingir os 80% nos homens com mais de 75 anos.

Esta resulta não só no obstáculo ao fluxo urinário como consequência do aumento do volume da próstata, bem como na disfunção da bexiga e apresenta um forte impacto na qualidade de vida dos doentes: jato urinário fraco, fino e, por vezes, interrompido, idas frequentes à casa de banho, vontade súbita de urinar com perdas involuntárias de urina, dificuldade em iniciar a micção e interrupção frequente do sono para ir 3 ou 4 vezes à casa de banho, que se torna menos descansado e retemperador. Estes são sintomas que podem ser extremamente perturbadores e incapacitantes ao provocar estados de ansiedade/depressão e obrigarem o doente a mudar o modo de vida para enfrentar os sintomas urinários.

Apesar de não existir forma de prevenir o aparecimento da doença, é possível melhorar os sintomas. O objetivo do tratamento é a melhoria dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS) e da qualidade de vida do doente, bem como prevenir complicações relacionadas com a HBP.

Existe ainda muita falta de informação ou vergonha por parte dos doentes em falar, o que prejudica o diagnóstico atempado. Contudo, verifica-se que cada vez mais os homens preocupam-se com a sua saúde e procuram ajuda médica para avaliar se sofrem de algum problema deste foro, o que representa um sinal muito positivo de evolução. O importante é efetuar um diagnóstico precoce, mediante consulta médica e testes laboratoriais, para minorar o impacto dos sintomas e a prevenir eventuais complicações que venham a ocorrer, permitindo uma intervenção terapêutica mais precoce e, por isso, mais eficaz.

Existem atualmente terapêuticas farmacológicas e cirúrgicas, capazes de relaxar os músculos da bexiga e assim reduzir as dimensões da próstata após alguns meses de tratamento. O objetivo principal do tratamento é a melhoria destes sintomas, o que se consegue na maior parte dos doentes através de medicação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte disse que o hospital de Santa Maria manteve “100%...

“Tratou-se de um incêndio no terceiro piso, na aula magna, num espaço que está cedido à faculdade e que não se propagou. O hospital manteve a sua capacidade operacional a 100% durante todo o tempo”, disse Carlos Neves Martins.

O presidente da Administração referiu ainda que o incêndio não causou vítimas.

“Felizmente não houve vítimas, nem utentes nem funcionários. Apenas alguma inalação de fumo, eu próprio, que estava a trabalhar no piso de cima, senti esse fumo, mas nada mais do que isso, ninguém esteve em risco”, garantiu.

Segundo o mesmo responsável, devido ao incêndio, apenas foram deslocalizados temporariamente blocos operatórios e os laboratórios, não tendo sido encerrado qualquer serviço.

“Foram deslocalizados devido ao fumo. A atividade dos blocos vai continuar deslocalizada, mas apenas por preocupação, enquanto os laboratórios já estão a funcionar”, explicou.

O presidente disse ainda que durante cerca de uma hora foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que enviasse utentes para outras unidades hospitalares, mas a situação já está resolvida.

“O CODU já está a enviar utentes para o hospital de Santa Maria, nesta altura já está a entrar uma ambulância aqui”, disse.

Carlos Neves Martins elogiou também o trabalho dos bombeiros e a sua rápida resposta para extinguir o incêndio.

“Os bombeiros responderam de forma célere e os nossos planos funcionaram na perfeição, com uma articulação entre os bombeiros e os meios internos que permitiu circunscrever o incêndio. É bom ver que os planos resultam quando são acionados”, salientou.

Em relação aos danos, o responsável referiu que são apenas materiais, considerando que “ainda são assinaláveis”.

Um incêndio deflagrou ontem no terceiro andar do hospital de Santa Maria, em Lisboa, cerca das 20:16, mas as chamas foram extintas em menos de uma hora, disse fonte do Regimento de Sapadores de Bombeiros.

Ministro da Agricultura
A criação de uma plataforma eletrónica e a simplificação do regime de doação de alimentos estão entre as medidas apontadas na...

“Estima-se que um milhão de toneladas de alimentos sãos sejam anualmente desperdiçados e esse desperdício verifica-se em todas as cadeias do processo, desde a exploração agrícola até ao consumidor final, digamos do prado ao prato”, afirmou Capoulas Santos.

O governante, que falava após a apresentação da estratégia nacional e do Plano de Ação do Combate ao Desperdício Alimentar, acrescentou que “as maiores perdas verificam-se na origem e no consumidor final”.

A estratégia nacional, que envolveu 10 áreas governativas, aponta para nove objetivos operacionais e 14 medidas que visam colocar a sociedade portuguesa no caminho do “desperdício zero”.

“Estas 14 medidas vão desde a educação, a formação, à criação de plataformas, à criação de mecanismos que facilitem a doação, à criação de ‘sites’ que permitam pôr em contacto aqueles que têm o excesso de produção com aqueles que dela necessitam, à articulação com a sociedade civil, designadamente com os bancos alimentares”, frisou.

O ministro revelou que a comissão nacional criada para elaborar a estratégia nacional, constituída por representantes da administração pública, da federação dos bancos alimentares e associações de autarquias, vai continuar em funções, para “monitorizar” o plano de ação.

Segundo Eduardo Diniz, coordenador da comissão nacional, a estratégia tem como principais objetivos “prevenir, reduzir e monitorizar” o desperdício de alimentos.

Nesse sentido, o país pretende contribuir para a redução do desperdício alimentar, apontada pelas Nações Unidas em 50% até 2030, e pela União Europeia em 30% até 2025.

O debate público relacionado com a proposta de estratégia nacional, que decorreu até setembro, contou com mais de três centenas de participantes, incluindo empresas e instituições.

“A questão da sensibilização e da formação foi das questões mais adiantadas [no debate], quer para a população em idade escolar, quer também dos próprios intervenientes ao longo da cadeia, desde os produtores da indústria agroalimentar”, vincou Eduardo Diniz.

A criação de uma plataforma eletrónica colaborativa, para identificar a disponibilidade de géneros alimentícios e quem deles necessita, facilitando a doação, é uma das medidas previstas, para estar em funcionamento em 2019, com um projeto-piloto até outubro de 2018.

A facilitação do regime de doação de alimentos deverá ser concretizada a partir de 2018, enquanto a promoção de locais específicos em lojas, para venda de produtos alimentares próximos da data limite de validade, deverá ser adotada em 2019.

A criação de um selo distintivo para as organizações que adiram a um código de conduta também está contemplada na estratégia.

Outra medida respeita à instituição de um prémio de excelência anual, para incentivar os operadores da cadeia agroalimentar, no sentido de desenvolver iniciativas pioneiras e criativas no combate ao desperdício.

A sensibilização dos consumidores para os prazos de validade dos géneros alimentícios, ou do modo de conservação, e o envolvimento dos jovens, criando projetos-piloto nas escolas, estão igualmente entre as medidas apontadas.

Na apresentação da estratégia nacional, que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luis Medeiros Vieira, foram destacados os projetos Fruta Feia, de venda de cabazes alimentares, e Restolho, de recolha de produtos deixados nos campos, como exemplos de combate ao desperdício alimentar que já estão no terreno.

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