21 de Novembro - Dia Europeu da Fibrose Quística
A ANFQ – Associação Nacional de Fibrose Quística apresenta no próximo 21 de Novembro no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, ‘Clara’,...

No dia em que se assinala o Dia Europeu da Fibrose Quística, a ANFQ pretende através de ‘Clara’, personagem fictícia, revelar uma história de vida para mostrar o impacto que a doença tem no dia-a-dia de pacientes, famílias e amigos. Em Portugal vivem cerca de 400 pessoas com Fibrose Quística.

Serão interpretadas obras de Astor Piazolla, Giocomo Puccini, Bela Bártok, Claude Debussy, José Afonso, Bernardo Sasseti, entre outros, pela batuta do Maestro do Coro e Orquestra Médicos de Lisboa, contando ainda com a participação do grupo Operawave.

O guião de 'Clara' foi escrito por Inês Pires e será levado à cena pelo Grupo de Teatro Catarse.

A receita de bilheteira reverterá na totalidade a favor da ANFQ.

Os bilhetes estão à venda nos locais habituais e em Ticketline.pt.

Para mais informações consulte www.anfq.pt

Coro e Orquestra Médicos de Lisboa
O Coro e Orquestra Médicos de Lisboa são dois projetos que nasceram há três anos, fruto da vontade dos estudantes de Medicina de poderem continuar a sua atividade musical, aliada ao curso. Atualmente, os dois grupos, no seu conjunto, contam já com 70 membros das duas Faculdades de Medicina de Lisboa. E, porque um “Médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe”, acreditam que a música possa ser vista como uma linguagem unificadora entre estudantes, professores e também médicos!

Os grupos já se apresentaram em algumas das mais prestigiadas salas de Lisboa, como a Aula Magna da ULisboa, Culturgest, Centro de Congressos de Lisboa, a Assembleia da República, Cinema São Jorge, entre outras.

Grupo de Teatro Catarse
O Grupo de Teatro Catarse surge da paixão de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa pela arte da representação e o mundo do espetáculo. Fundado em 2013, conta com várias apresentações públicas de peças originais e de encenação coletiva, tendo participado recentemente no Festival Anual de Teatro Académico – FATAL. Parte agora para uma nova sala, para dar voz e corpo a um novo projeto.

Operawave
Fundado em 2014 por alunos de Canto do Professor Fernando Serafim, o Grupo dedica-se à interpretação de música vocal e particularmente ao canto lírico e conta já com apresentações efetuadas em locais como a Academia de Amadores de Música, Museu da Música, Fundação Marquês de Pombal, Ordem dos Médicos e Museu do Oriente. Diversificado em termos etários e profissionais e acompanhado ao piano por Manuela Fonseca, o “OperaWave” é dinâmico na sua constituição, cultivando a integração de novos membros.

A ANFQ – Associação Nacional de Fibrose Quística
A ANFQ é uma IPSS criada em 1996 com o objetivo de apoiar os pacientes e suas famílias, assim como promover a divulgação dos sintomas e cuidados associados à Fibrose Quística (FQ).

A FQ é uma doença genética hereditária rara que afeta cerca de 400 pessoas em Portugal, 75.000 em todo o mundo. Pode atingir diferentes órgãos mas afeta principalmente os pulmões, intestino, fígado, pele e pâncreas.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos de infetados pelo surto de ‘legionella’ em Lisboa subiu para 46, mais um face ao anterior balanço, mantendo...

Os dados preliminares sujeitos a validação publicados ontem no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde pelas 17:00 dão conta de 46 casos confirmados de doença dos legionários desde 31 de outubro, 27 (59%) do sexo feminino, 33 (72%) com idade igual ou superior a 70 anos.

Do total de casos, oito tiveram alta clínica, 26 estão atualmente internados em enfermaria e oito em unidades de cuidados intensivos.

O surto de ‘legionella’ no hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, provocou quatro mortes, óbitos ocorridos em 06, 09 e 10 de novembro.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Califórnia
Casos de doença do legionário, provocada pela bactéria 'legionella', obrigaram o parque de diversões Disneylândia a...

Uma dúzia de casos foram diagnosticados há cerca de três semanas, afirmaram os serviços de saúde de Orange County, com doentes de idades entre os 52 e os 94 anos, com uma morte a registar.

Nove dos pacientes tinham visitado a Disneylândia em setembro. A pessoa que morreu não tinha visitado o parque.

As torres de refrigeração foram encerradas em novembro, desinfetadas e postas de novo a funcionar, mas esta semana voltaram a ser fechadas para serem feitos mais testes e confirmar que estão livres de contaminação.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou que apreendeu cerca de uma tonelada de queijo, no valor de 4.795 euros...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adiantou ter, através da Unidade Regional do Sul, realizado na semana passada uma ação de fiscalização direcionada para a verificação do cumprimento das condições higio-sanitárias e técnico-funcionais de laboração de uma queijaria, tendo procedido à sua suspensão.

Segundo a ASAE, durante a ação de fiscalização, que decorreu na semana passada, foi detetada a utilização de água na atividade da queijaria que não cumpria os requisitos microbiológicos obrigatórios para possibilitar a sua utilização, não estando dessa forma garantida a potabilidade da mesma.

De acordo com a ASAE, foi confirmada no produto “a presença de bactérias coliformes assim como de Escherichia coli, com grave risco de contaminação das superfícies de laboração e equipamentos, assim como das mãos dos manipuladores, tendo sido determinada a suspensão imediata da unidade industrial até que possa ser reposta a legalidade”.

Durante a operação, a ASAE apreendeu cerca de uma tonelada de queijo fresco num valor que ronda os 4.795 euros, para verificação do cumprimento dos critérios microbiológicos, por forma a garantir a segurança alimentar do produto final e consequentemente a saúde pública dos respetivos consumidores.

A ASAE informa ainda que foi instaurado um processo de contraordenação por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.

Ajuda humanitária
Três décadas depois da primeira missão internacional em Lugadjole, na Guiné-Bissau, a AMI já apoiou 82 países dos cinco...

“Foi uma missão histórica, extremamente difícil por várias razões. Primeiro, porque demorando os fundos da então Comunidade Europeia a chegar, a missão arrancou exclusivamente com fundos próprios da minha irmã Leonor, da Luísa Nemésio, hoje minha mulher, e sobretudo meus, numa altura em que ainda tinha o meu consultório no Algarve”, recorda o fundador da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, num artigo publicado no ‘site’ da organização.

Depois, “as acessibilidades a Lugadjole eram muito duras e o isolamento, total”, conta o médico, lembrando o chefe de missão dos primeiros dois anos de missão, Jorge Gaspar.

“Lugadjole foi o meu Lambaréné, o lugar onde mais me aproximei do meu herói e mentor, o Dr. Albert Schweitzer. Aí tive o meu hospital do mato, tendo lá operado em condições incríveis”, lembra Fernando Nobre, que regressou na sexta-feira de uma nova missão, esta exploratória na Turquia.

Ao longo das três décadas, a AMI desenvolveu missões em cenários de guerra em Angola, na Bósnia, Kosovo, no Iraque, apoiou as vítimas dos terramotos no Irão, Paquistão, Haiti e Nepal, do tsunami no Sri Lanka, das chuvas torrenciais e ciclones no Bangladesh, Honduras, Venezuela e Moçambique, do genocídio no Ruanda, da crise em 1999 em Timor-Leste, entre muitas outras situações.

“Fizemo-lo sem olhar a credos, raças e regiões do planeta, respeitando sempre a nossa carta de princípios desde os primórdios da nossa causa: cada ser humano é um ser único e insubstituível merecedor de toda a nossa atenção e do nosso incondicional amor”, afirma Fernando Nobre.

No total, foram realizadas cerca de 400 missões e projetos em 82 países, “alguns deles feitos em parceria com organizações locais, que nós promovemos, financiámos e apoiámos no sentido de fortalecer a sociedade civil desses países”, disse a diretora do Departamento Internacional da AMI, Tânia Barbosa.

Na base de todas estas intervenções está “dar ajuda às populações mais vulneráveis”, um trabalho que se divide em “duas áreas completamente diferentes”.

Uma das áreas consiste em dar resposta em missões de emergência (catástrofes naturais, conflitos ou um surto epidémico), em que o objetivo é assegurar as necessidades básicas às populações afetadas.

A outra área de intervenção é “tentar combater as causas da pobreza”, uma ação “muito mais complexa, muito mais prolongada no tempo e muito mais estrutural”.

São “projetos que duram anos e décadas e que implicam mudanças de comportamento na comunidade onde estamos a trabalhar”, sublinhou a responsável.

Uma parte dos projetos da AMI foi feita com voluntários internacionais. “Neste 30 anos já contabilizámos 692 expatriados, que partiram em missão connosco”, adiantou.

Traçando o perfil destes voluntários, Tânia Barbosa disse que são “pessoas que, por períodos de meses e alguns por períodos de anos, suspenderam as suas vidas” em Portugal “para integrar projetos da AMI no terreno”.

Uma grande parte destes voluntários é da área da saúde: “São mais de três centenas de médicos e quase três centenas de enfermeiros que partiram em missão connosco”, adiantou,

Para celebrar os 30 anos de missões internacionais a organização realizou sábado, em Cascais, uma homenagem a todos os voluntários que apoiaram a AMI e um jantar no Porto em que foram leiloadas 30 obras de arte originais.

“São muitos anos de trabalho, muitas intervenções na América Latina, na Ásia, na África e até na Europa que este ano queremos assinalar de uma forma especial com um evento que vamos realizar em queremos homenagear todos estes voluntários internacionais que estiveram connosco durante tanto tempo”, sublinhou.

Observatório das Doenças Civilizacionais
Os alunos e professores do ensino superior em Portugal vão poder candidatar-se a um prémio nacional com trabalhos que promovam...

“Cerca de 74% dos cidadãos em Portugal nunca praticam exercício físico ou desporto”, sublinha um dos responsáveis pela criação deste prémio, uma ideia que partiu do Observatório das Doenças Civilizacionais.

Segundo Telmo Vieira, o prémio nacional terá o valor de 5.000 euros para o melhor trabalho apresentado pelos alunos e de 2.500 euros para o docente que tenha acompanhado o projeto.

Todas as faculdades podem candidatar-se, independentemente da área de estudos, sendo um projeto que vai vigorar já este ano letivo.

“Pretende-se ter um projeto de âmbito alargado que atue na prevenção dos problemas de saúde. O nosso país investe muito dinheiro nas consequências, mas investe pouco na prevenção. É preciso criar projetos concretos com efetivos resultados para intervir na prevenção”, afirmou Telmo Vieira, responsável da empresa que promove este prémio e que criou o Observatório das Doenças Civilizacionais.

Telmo Vieira lembra que o alvo potencial desta iniciativa são os 360 mil alunos do ensino superior em Portugal e os mais de 30 mil docentes.

Esta é uma das ideias que vai ser apresentada no I Fórum das Doenças Civilizacionais, que decorre dia 18 de novembro, em Lisboa, uma conferência aberta ao público em geral e a profissionais de saúde, onde serão debatidas doenças como a hipertensão, a diabetes, a obesidade ou o colesterol.

Neste Fórum vai debater-se “do que se adoece e morre em Portugal”, com intervenções de especialistas, nomeadamente da Direção-Geral da Saúde.

O Observatório das Doenças Civilizacionais realizou um primeiro estudo em 2009 sobre as principais causas de doença e morte em Portugal e pretende voltar a estudar o assunto, incidindo novamente em temas como a obesidade e a hipertensão, mas incluindo uma nova área dentro da saúde mental, a depressão.

Manchester
Os desafios sentidos por sofrer de doença celíaca levaram a portuguesa Mónica Santos a mudar de vida profissional e a criar o...

Depois de vários anos a trabalhar como intérprete especializada na área de saúde, há dois anos abriu a Charged Berry, uma pequena pastelaria num centro comercial onde vende quase exclusivamente bolos ‘crus', confecionados sem irem ao forno, técnica que considera ser saudável para qualquer tipo de pessoa.

"A ênfase não é necessariamente o que os bolos não têm, mas o que têm. Como não vão ao forno, não perdem os nutrientes. Os produtos são densos em nutrientes, enzimas, vitaminas, minerais", explica.

Começou a seguir esta dieta há cerca de 10 anos, quando foi diagnosticada com uma patologia intestinal crónica que inclui intolerância ao glúten e que se manifestava no cansaço e na dificuldade em digerir certos alimentos.

"Eu sou celíaca e, infelizmente, uma grandessíssima gulosa. Comer fora não é problema, mas quando chega às sobremesas é um grande problema porque só nos oferecem salada de fruta. Comecei a investigar. Felizmente com a Internet é muito fácil hoje em dia descobrir informação. Comecei a testar em mim, em casa, para mim e para a minha família. Depois a fazer para amigos e colegas de trabalho. O sucesso foi enorme", conta.

A decisão de "recomeçar do zero" está, aos poucos, a produzir resultados: Mónica Santos já fornece vários restaurantes da região que se mostraram sensíveis a esta questão.

Tem também um número crescente de clientes, "pessoas conscientes da saúde que procuram fontes de energia saudáveis, em vez de aditivos", descreve.

Alguns são funcionários do próprio centro comercial onde tem o seu negócio, a quem convenceu sobre os benefícios de sumos naturais e a trocar guloseimas por barras de energia e bolas de proteína.

"Aos poucos, comecei a conquistá-los. Tenho muito prazer em dizer que quase ninguém toma café de manhã", conta a lisboeta de 41 anos, satisfeita.

Julia Gidley, que gosta de fazer exercício e se preocupa em ter uma alimentação saudável, é uma das clientes habituais de Mónica Santos, cujo negócio já causou impacto nos hábitos de muitas pessoas.

"Atualmente existem muitas pessoas que querem comer e beber de forma saudável. Não existe mais nenhum sítio como estes para ir buscar comida. Os outros sítios só vendem sanduíches ou batatas fritas, enquanto tudo o que a Mónica faz é saudável e natural. É muito bom ter algo assim perto", diz.

Mónica Santos, que se mudou para o Reino Unido há perto de 20 anos, onde vive com o marido e dois filhos, sente que "as peças de puzzle se encaixaram" quando criou um negócio que em que acredita.

"É claro que são muitas mais as horas de trabalho do que os resultados que obtemos, mas não trocava. Eu acredito que este tipo de cozinha é o futuro", garante.

Maioria dos doentes apresenta sinais vagos
Tabagismo, obesidade, diabetes ou história familiar de cancro são alguns dos fatores de risco associ

O pâncreas é uma glândula com 15 cm de extensão e faz parte do sistema digestivo e endócrino, localizada atrás do estômago e entre o duodeno e o baço. Tem funções exócrinas (enzimas pancreáticas) e endócrinas (insulina e outras).

O cancro do pâncreas surge quando as suas células se começam a multiplicar de forma descontrolada e formam um tumor. 

Epidemiologia

O cancro do pâncreas é de apenas 3% de todos os cancros mas responsável por 5% da mortalidade por cancro, com uma incidência anual de cerca de 1500 novos casos em Portugal.  É a terceira neoplasia maligna mais frequente do tubo digestivo em Portugal e a segunda no mundo ocidental, depois do cancro do cólon, e a quinta mais frequente causa de morte por cancro.

A maior parte dos casos ocorre entre os 55 e 74 anos de idade, sem predominância entre o género.

Um ano após o diagnóstico da doença, menos de 20% dos doentes estão vivos, e só 3% sobrevivem 5 anos. Doentes com doença irressecável ou com metástases a distância têm uma sobrevida média de apenas 2-6 meses.

Sintomatologia e Diagnóstico

Existem diversos fatores de risco associados sendo mais relevantes a idade > 60 anos, tabagismo, obesidade, dieta rica em gordura, diabetes e história familiar de cancro do pâncreas.

A maioria dos doentes apresenta sintomas vagos e não específicos. Contudo são sinais de alarme a icterícia obstrutiva (cor amarela de pele e escleróticas, urina escura de vinho), dor epigástrica ou dorsal, perda de peso inexplicável, diabetes com inicio tardio e saciedade precoce.

O estudo inclui a Tomografia Computorizada (TC), mas outros exames poderão ser solicitados como a Ressonância Magnética (RM), Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada ou Ecoendoscopia, com ou sem biópsias.

Tratamento

Dependente do estadiamento da doença à altura do diagnóstico. As opções podem incluir cirurgia, radioterapia e a quimioterapia, por si ou de forma combinada.

Em tumores  localizados e operáveis, a biópsia está contraindicada, devido ao perigo de disseminação do tumor. Estes doentes são submetidos a intervenção cirúrgica e o diagnóstico confirmado pelo exame patológico da peça cirúrgica.

A cirurgia pode ser efectuada por via clássica ou por via laparoscópica e quando possível constitui a opção de potencial curativo.

Prognóstico

O prognóstico varia consideravelmente em função do tipo de cancro, sua localização e modo de apresentação.

Os casos diagnosticados em fases avançadas e quando o cancro já tem uma dimensão considerável ou se propagou para outras partes do corpo (80%) tem pior prognóstico. Novos esquemas de quimioterapia demonstraram uma melhoria no tempo média de sobrevivência, embora não seja superior a um ano.

Nos restantes 20% dos casos de adenocarcinoma pancreático com diagnóstico localizado e de pequenas dimensões (<2 cm e estágio T1), cerca de 20% dos doentes sobrevive para além dos cinco anos.

Nos tumores neuroendócrinos, o prognóstico é melhor, uma vez que muitos são benignos e não apresentam quaisquer sintomas clínicos, e mesmo os casos irressecáveis apresentam uma taxa de sobrevivência aos cinco anos superior a 16%.

Prevenção e Rastreio

Para além de não fumar, recomenda-se a manutenção de um peso saudável e o aumento do consumo de fruta, verduras e cereais integrais, a diminuição do consumo de carne vermelha e carne processada. O consumo de cereais integrais, ácido fólico, selénio e peixe não frito poderão ter um efeito benéfico na sua prevenção.

Atualmente, só se considera o rastreio de grupos específicos em pessoas que apresentam risco elevado devido a hereditariedade genética.

Mensagem a levar para casa

Em caso de suspeita de cancro, devido a sintomas ou a um exame complementar de diagnóstico que apresente uma alteração, deve dirigir-se sempre ao seu Médico Assistente. O mesmo fará uma primeira avaliação clínica e consoante o tipo de suspeita, encaminhará o seu caso para as especialidades necessárias: Gastrenterologia, Cirurgia Geral ou em alternativa, menos habitual, Oncologia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comissão pró-Ordem
A Ordem dos Fisioterapeutas, cuja criação foi aprovada na Assembleia da Republica, é a resposta a uma necessidade que contribui...

A presidente da Comissão pró-Ordem da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, Isabel de Souza Guerra, referiu que a criação da ordem “estava na gaveta há 18 anos” e que este passo é fazer justiça a todos os profissionais da área.

“A regulação da profissão vem defender os cidadãos contra o exercício sem qualificação”, afirmou, à margem do X Congresso Nacional dos Fisioterapeutas, que decorreu entre sexta-feira e domingo, em Aveiro.

Isabel de Souza Guerra salientou ainda que a regulação do exercício traz aos fisioterapeutas a possibilidade de serem reconhecidos como especialistas, algo que até agora não acontecia.

Até agora, explicou, os fisioterapeutas são os únicos que não têm manutenção da qualidade do seu exercício profissional, nem das suas competências.

Por isso, a responsável considerou que a ordem tem de criar mecanismos para atualizar as competências dos profissionais para lutar contra o exercício da profissão com menos qualidade.

Quanto ao facto de o Conselho das Ordens Profissionais defender a suspensão do processo de criação da ordem, Isabel de Souza Guerra considerou esta posição “inadmissível”, não entendendo o porquê.

Atualmente, são 11.000 os fisioterapeutas com cédula profissional em Portugal, acrescentou.

A 20 de outubro, a Assembleia da República aprovou, na generalidade, os projetos do PS e do CDS-PP para a criação da Ordem dos Fisioterapeutas.

Os dois projetos para a formação da Ordem dos Fisioterapeutas tiveram os votos favoráveis do PS, do CDS-PP e do deputado André Silva do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), tendo a oposição da bancada do PSD e do deputado socialista independente Paulo Trigo Pereira.

Presidente da República
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que para Portugal cumprir a sua missão histórica de plataforma entre...

O chefe de Estado, que discursava na cerimónia de inauguração das novas instalações da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto (IPP), perante uma plateia maioritariamente composta por estudantes, lembrou o passado do país para projetar o que entende ser o futuro.

"Para cumprirmos a nossa missão histórica de plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continentes precisamos de reforçar a nossa educação e a nossa coesão social e uma das componentes é a saúde", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República confessou que sempre foi "um defensor dos politécnicos", considerando que estas instituições de ensino superior "surgiram em boa hora com objetivos sociais".

"Ultrapassar o que havia de classista no acesso ao ensino superior, reforçar a coesão territorial, abrir caminho à descentralização e ao sonho regionalizador, oferecer novas pistas para a internacionalização e fazer uma ligação ao tecido empresarial", enumerou, frisando que foi defensor da convergência de aproximação entre os politécnicos e as universidades, algo que disse existir finalmente hoje o que prova que "o país mudou e mudou para melhor".

Na sua intervenção, o chefe de Estado referiu-se também à reivindicação dos estudantes, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica sobre o reconhecimento da carreira.

"Percebo a vossa preocupação. Primeiro porque já tive a vossa idade e depois porque sou o Presidente de todos os portugueses. Eu acompanho e passo a acompanhar mais de perto aquilo que vos preocupa, quer no que diz respeito à certificação, quer do estatuto. Registo os anseios e tomo-os como uma preocupação de que serei portador", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que à entrada da cerimónia recebeu uma carta daqueles profissionais.

Antes do discurso, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o título de honra do IPP, uma condecoração que os responsáveis pela instituição garantiram nunca ter sido entregue a ninguém.

"Um Presidente em exercício não deve aceitar títulos. Eu gosto de fazer surpresas, mas não de ser apanhado. Há aqui uma ligação às raízes. [O Porto] tem um efeito de atração e de sentido coletivo verdadeiramente singular. Começo a ser suspeito de ligação excessiva ao Porto", gracejou.

A última palavra de Marcelo Rebelo de Sousa foi para os alunos: “Só somos verdadeiramente felizes quando fazemos os outros felizes. Ninguém é feliz sozinho. No vosso caso, na saúde, ainda é mais verdade. Aqueles e aquelas que aqui estão apesar de tudo são privilegiados. Ainda há quem não consiga cá chegar. E quem mais recebe, mas tem de dar. Fazer a felicidade dos outros e dar mais porque recebestes mais. Tenho um grande orgulho em ser presidente de pessoas como todos vós", concluiu.

Macedo de Cavaleiros
O refeitório de uma escola de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, apresentou na semana passada vestígios de ratos,...

O responsável pelo agrupamento de escolas, Paulo Dias explicou à rádio Onda Livre (de Macedo de Cavaleiros) que os dejetos de rato foram encontrados, na quarta-feira, num fogão que não estava a ser usado, mas que se encontra no refeitório onde são servidas refeições a crianças do 3.º ao 6.º anos.

A Lusa fez vários contactos para a escola e obteve como resposta que estava “em reunião” e “ocupado” o diretor que à rádio de Macedo de Cavaleiros afirmou que “a porta da cozinha está sempre aberta” e que os ratos podem ter entrado vindos de “algum ninho” que tenha sido movido nas obras do ginásio que decorrem no parque escolar".

Segundo disse, "isto não é uma situação nova" e "sempre que as temperaturas baixam há uma tentativa de entrada de ratos e até de outros animais".

A Lusa tentou obter informação sobre os procedimentos neste tipo de situações junto da Unidade de Saúde Pública da ULS do Nordeste que informou não ter sido “contactada para intervir neste caso”.

No dia em que foram detetados os dejetos de rato no fogão, as refeições terão sido servidas aos alunos noutro espaço, segundo indicou o diretor, afiançando que, na quinta-feira, os almoços regressaram àquele refeitório, depois da limpeza do espaço.

O caso aconteceu no polo 2 do agrupamento de escolas de Macedo de Cavaleiros e no referido refeitório não são confecionadas refeições, já que as mesmas são servidas por uma empresa externa.

Na mesma cozinha funcionam as atividades práticas dos alunos dos cursos de restauração, como refere a Onda Livre.

O diretor garantiu ainda que não terão sido encontrados “vestígios de ratos em outras partes da escola, e que, logo no dia seguinte, quinta-feira, esta retomou a atividade normal e os alunos já puderam fazer as habituais refeições naquele refeitório”.

“Mais Vida, Mais Saúde”
Os Centros de Saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão promover um “dia aberto” na terça-feira,...

Caminhadas, aulas de zumba, sessões de relaxamento e de gestão de ‘stress’, exercícios na sala de espera, sessões de educação para a saúde, rastreios da diabetes e até mesmo ‘workshops’ de cozinha e de alimentação saudável são alguns exemplos das atividades que vão estar disponíveis no dia 14 de novembro.

O evento, sob o mote “Mais Vida, Mais Saúde”, tem o objetivo de evidenciar muito do trabalho de promoção de estilos de vida saudável dos Centros de Saúde Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

"Este primeiro dia aberto coincide com o Dia Mundial da Diabetes, precisamente por esta ser uma doença com uma relação muito direta com os hábitos alimentares incorretos e com o sedentarismo que temos hoje em dia”, explica a presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, citada no comunicado da Administração Regional de Saúde.

“Não basta aumentar a esperança média de vida, é preciso que esse crescimento seja acompanhado por um envelhecimento ativo. Temos de dar mais anos à vida, mas também mais vida aos anos”, reforçou a responsável.

Neste dia aberto, os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo pretendem sensibilizar a população de forma inovadora e dinâmica para a importância de incluir no dia-a-dia rotinas de atividade física e de alimentação saudável.

As mais de 350 atividades vão abranger os 15 Agrupamentos de Centros de Saúde da ARSLVT.

O evento tem início marcado para as 09:00.

Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável
A ocorrência de pragas e doenças vai aumentar devido ao ‘stress’ ambiental acrescido que advém dos impactos e da adaptação às...

Afirmando que as alterações climáticas tendem a “agravar-se no futuro, o que irá afetar a floresta em Portugal, especialmente no sul do país”, o Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) avisou que também “as ocorrências de pragas e de doenças vão aumentar devido ao stress ambiental acrescido”.

Em comunicado, o CNADS defendeu ser necessário considerar os impactos e a adaptação às alterações climáticas porque, em Portugal, nos últimos 55 anos, a precipitação média anual “decresceu 37mm por década e a temperatura média anual subiu 0,25ºC por década”.

Como consequência das alterações climáticas, o risco meteorológico de incêndio florestal tem aumentado nas últimas décadas e tornou-se significativo no final da primavera e no princípio do outono.

Nesse sentido, considerou ser preciso reforçar a estratégia que dá prioridade à prevenção face ao combate e defendeu a criação de uma estrutura integrada para dinamizar políticas públicas que incidam nas causas estruturais dos incêndios florestais, nomeadamente na inversão da tendência para o despovoamento.

A floresta “ocupa áreas onde existe privação de população, razão pelas quais as medidas a adotar terão de atender aos novos contornos das realidades rurais (diminuição absoluta da população, redução relativa dos ativos agrícolas, dissociação agricultura/floresta, crescimento de economia residencial) e ao papel determinante que as políticas públicas deverão assumir para superar essas fragilidades”, lê-se no comunicado.

O problema da floresta é agravado por um desordenamento estrutural, em resultado da ausência de políticas públicas consistentes e continuadas, afirma.

“A dinamização da floresta portuguesa dificilmente poderá ser assegurada com medidas de âmbito administrativo. Deve reconhecer-se que se trata de um tecido produtivo frágil, com uma dinâmica de investimento privado muito limitada (apenas interessante nas áreas que se cruzam com a indústria), mas com um enorme potencial no plano dos benefícios ambientais que pode gerar”, salientou a CNADS em comunicado.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Cerca de 13% da população portuguesa sofre de diabetes, e apenas metade está diagnosticada.

A diabetes é uma doença com prevalência crescente, e segundo dados de 2014, estima-se que 13,1% da população sofre desta doença, o que corresponde a mais de um milhão de portugueses. No mundo, calcula-se que cerca de 422 milhões de pessoas tenham diabetes e a tendência é para um aumento significativo nos próximos anos, prevendo-se que em 2025, existam cerca de 300 milhões de diabéticos.

Para a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a incidência da diabetes é verdadeiramente preocupante, pois esta é considerada um equivalente de doença cardiovascular, sendo um dos fatores de risco mais importantes. Para além das complicações vasculares, tais como o acidente vascular cerebral e o enfarte, estima-se que 1 em cada 10 diabéticos desenvolva insuficiência cardíaca, a pandemia do século XXI para a qual os cardiologistas vêm chamando a atenção.

Nos últimos anos o aumento da obesidade infantil e juvenil, o sedentarismo e a dieta hipercalórica, rica em hidratos de carbono, tem levado ao aparecimento de diabetes em idades cada vez mais jovens, incluindo abaixo dos 18 anos.

No Dia Mundial da Diabetes, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta para a importância de manter um estilo de vida saudável, baseado em atividade física regular, alimentação saudável e controlo do peso corporal e de apostar na prevenção e na consciencialização da população para os sintomas, deste que é um dos maiores fatores de risco para a Doença Cardiovascular e um grave problema de Saúde Pública, com elevada morbilidade e mortalidade.

O que é a diabetes?
A Diabetes é uma doença causada pelo excesso de glucose no sangue. Em pessoas saudáveis, o pâncreas produz uma substância chamada insulina, que é responsável por levar a glucose até ao interior das células. No entanto, no caso dos diabéticos, a insulina pode não ser produzida ou não se encontra em quantidades suficientes para desempenhar a sua função.

Há vários tipos de diabetes:

- Diabetes tipo I: É uma doença autoimune em que o próprio organismo destrói as células do pâncreas responsáveis por produzir insulina, o que faz com que a glucose aumente no sangue. Este tipo é mais comum entre crianças e jovens e não está diretamente relacionado com hábitos alimentares ou obesidade. Quem sofre deste tipo de diabetes tem de administrar insulina diariamente. A taxa de incidência é, apesar de tudo, baixa quando comparada com a diabetes tipo II.

- Diabetes tipo II: É o tipo mais comum desta doença e, neste caso, inicialmente, a quantidade de insulina produzida pelo organismo poderá ser exagerada em comparação com a que é produzida em pessoas saudáveis. Isto acontece porque o corpo precisa de mais insulina para que esta consiga desempenhar a sua função. Porém, com o passar do tempo, o organismo vai-se tornando resistente à insulina e os níveis de glucose vão começar a aumentar. A diabetes tipo II pode aparecer em pessoas de qualquer idade e está muito ligada à obesidade e hábitos alimentares pouco saudáveis, embora nem sempre seja o caso.

- Diabetes gestacional: É um tipo de diabetes que aparece quando a mulher engravida (taxa de incidência de 1 em cada 20 grávidas), mesmo que anteriormente à gravidez nunca tenha apresentado sinais da doença. Embora normalmente desapareça após o parto, é importante que sejam tomadas medidas de prevenção para que não se venha a desenvolver diabetes tipo II. Há ainda outros tipos de diabetes causados por patologias no pâncreas, sistema endócrino, ou nas células-beta (responsáveis pela produção de insulina).

Fatores de risco:
É urgente alertar a população para os fatores de risco, como o excesso de peso/obesidade, alimentação desequilibrada, sedentarismo, historial de diabetes na família, pressão arterial elevada e diabetes gestacional prévia.

Prevenção:
Para além dos fatores de risco, é igualmente imperativo consciencializar os portugueses para a prevenção desta doença. Relativamente à diabetes tipo I, não há medidas que possam ser tomadas no sentido de prevenir o seu aparecimento uma vez que se trata de uma doença autoimune. A diabetes tipo II é diferente, pois na maior parte dos casos está associada a hábitos de vida pouco saudáveis. Assim, é importante que se procure seguir um plano nutricional mais equilibrado e fazer exercício frequentemente.

Sintomas e diagnóstico:
No caso da diabetes, um diagnóstico precoce faz a diferença, por isso o reconhecimento dos sintomas pode ser de extrema importância. Fome e sede constantes, boca seca, prurido no corpo, fadiga, visão turva e vontade de urinar com muita frequência são alguns dos principais sinais de alerta.

Apoiado por fundos europeus
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra lidera um projeto, cofinanciado por fundos europeus, que tem por objetivo a...

“TecPrevInf - Transferência de inovação tecnológica para as práticas dos enfermeiros: contributos para a prevenção de infeções” é o nome do projeto que resulta de uma parceria entre a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC/IPC), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e a Associação Portuguesa de Acessos Vasculares (APoAVa).

Reunindo as áreas da Enfermagem e da Microbiologia com os contextos da prática clínica, pretende-se, ainda, com este projeto que algumas tecnologias disponíveis no mercado – exemplo dos equipamentos que recorrem ao ultrassom, da luz quase-infravermelha ou dos cateteres venosos centrais de inserção periférica –, passem a ser utilizadas na prática clínica dos enfermeiros, contribuindo para superar as contrariedades relacionadas com a cateterização venosa em doentes com acessos venosos difíceis.

De acordo com a responsável do projeto, professora doutora Anabela Salgueiro, “estas tecnologias contribuirão para diminuir a necessidade de um maior número de punções e, por conseguinte, de algumas complicações associadas, como a dor e o risco de infeção”.

Além de procurar contribuir para o bem-estar e segurança dos doentes, “o projeto TecPrevInf permitirá melhorar as competências dos profissionais, relacionadas com o uso destas tecnologias, e aumentar a satisfação profissional, ao facilitar uma prestação de cuidados de maior qualidade”, afirma a professora da ESEnfC.

“O Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica que apoiará a implementação do TecPrevInf é uma mais-valia importante, pois o investimento previsto em termos de recursos humanos e de equipamentos seria, certamente, significativo para cada uma das instituições parceiras», implicando «custos consideráveis que o projeto poderá, agora, subsidiar e que de outra forma seria deveras complicado conseguir”, explica Anabela Salgueiro. Será, assim, possível contratar dois bolseiros em dedicação exclusiva e adquirir algumas tecnologias para implementação na prática clínica.

Este projeto, cujo período de execução termina em abril de 2019 (tem a duração de 18 meses), envolverá, também, estudantes de licenciatura da ESEnfC, através da iniciativa Rotações de Iniciação à Investigação, desenvolvida pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, assim como estudantes de mestrado e de doutoramento que pretendam investigar nesta área do conhecimento.

O projeto TecPrevInf é cofinanciado pelo Centro 2020, no âmbito do Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica, com um incentivo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional de 120.756,36 euros para um investimento global de 148.785,25 euros.

Direção-Geral da Saúde
O número de mortos provocado pelo surto de ‘legionella’ em Lisboa subiu para quatro, anunciou a Direção-Geral da Saúde depois...

O número de casos de infetados aumentou para 44, segundo um comunicado da Direção-Geral da Saúde (DGS), que faz uma atualização ao balanço que tinha sido feito pelas 10:00 de hoje, quando deu conta de três mortos, vítimas do surto no hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.

A quarta vítima mortal é uma mulher de 97 anos, adianta a DGS, lamentando mais esta morte.

No total há 44 casos confirmados, quatro dos quais resultaram em mortes.

Segundo o comunicado da DGS, no dia de hoje foi confirmado um caso. Na quinta-feira tinham sido confirmados três casos do surto, que começou a 31 de outubro.

Dos 44 casos confirmados até ao momento, a maioria (59%) atingiu mulheres e 70% aconteceu em pessoas com 70 ou mais anos.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Qual a relação
Um em cada cinco diabéticos vai morrer de AVC, tornando-o numa das principais causas de morte nestes

O AVC e a diabetes são duas doenças que têm muito em comum: estão a aumentar na população, afetam os vasos sanguíneos e associam-se a outros importantes fatores de risco vascular, como a hipertensão arterial e a dislipidemia (aumento das gorduras no sangue).

A diabetes é a doença em que o corpo deixa de produzir insulina, ou esta não tem o efeito desejado. A insulina é a hormona que controla a glicemia (os níveis de açúcar no sangue), que passam a estar aumentados.

Comparando com uma pessoa sem diabetes, um diabético tem mais do dobro do risco de sofrer um AVC isquémico, o tipo de AVC em que uma artéria do cérebro fica bloqueada e deixa se fazer a circulação para essa região do cérebro. Isto acontece porque os níveis elevados de açúcar no sangue danificam as artérias, tornando-as mais duras e progressivamente mais estreitas, até entupirem. O risco de AVC também aumenta porque há a tendência para o aumento de peso, que pode levar a aumento da tensão arterial e do colesterol, outros fatores de risco para AVC.

O diabético vai ter um AVC em idade mais jovem, maior probabilidade de sofrer de demência por acumulação de pequenos AVC, e se os níveis de açúcar estiverem altos no momento do AVC, o tamanho da lesão pode ser maior e as consequências do AVC mais graves.

Controlar a glicémia é muito importante, mas não é suficiente para reduzir o risco de AVC, nem para melhorar a sobrevivência após AVC. É fundamental controlar também a tensão arterial, para valores ditos normais, com a redução do consumo de sal e o uso de medicação anti hipertensora, se necessário. E o mesmo se aplica ao controlo do colesterol, com a redução de gorduras da dieta. É possível que mesmo sem ter o colesterol alto o médico receite medicamentos para o reduzir, porque eles também protegem a parede das artérias.

Também as escolhas feitas no dia-a-dia podem ajudar a prevenir um AVC: uma dieta saudável, rica em fruta, legumes, cereais integrais e lacticínios magros; a prática de exercício físico durante mais de 30 minutos o máximo de número de dias por semana, seja andar, correr, ou praticar outro desporto; manter o peso próximo do ideal; não fumar; e evitar o álcool, este aumenta a glicemia e a tensão arterial.

A continuada adoção de medidas estratégicas preventivas permite reduzir a mortalidade por AVC. Só a divulgação e adoção das medidas preventivas poderá diminuir também o número de AVC. Se é diabético, siga os conselhos do seu médico, não seja mais um número para as estatísticas do AVC.

Bibliografia:

Hewitt J Et al. Diabetes and Stroke Prevention: A Review. Stroke Res Treat 2012; 2012:673187.

Tuttolomondo A Et al. Relationship between Diabetes and Ischemic Stroke: Analysis of Diabetes- Related Risk Factors for Stroke and of Specific Patterns of Stroke Associated with Diabetes Mellitus. J Diabetes Metab 2015; 6:544.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Direção-Geral da Saúde
O número de mortos por 'legionella' no surto do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para três, anunciou...

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou hoje que morreu, esta noite, uma mulher de 68 anos infetada com ‘legionella’ no hospital São Francisco Xavier.

A diretora-geral da Saúde indicou também que o número de infetados por 'legionella' aumentou para 43 casos, no surto que começou a 31 de outubro. O balanço indica mais dois casos do que o anterior, feito na quinta-feira.

Graça Freitas estima que o surto esteja em fase decrescente e que o número de novos casos diários passe a ser esporádico, podendo ser dado como controlado dentro de “poucos dias”.

Relatório revela
Portugal é o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico com mais casos de demência, com 19,9...

A conclusão consta do relatório “Health at a Glance 2017” (“Uma visão da saúde”) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que será hoje apresentado em Paris, e que apresenta os principais indicadores da saúde dos 35 países da organização em 2015 e 2016.

Sobre o estado da saúde dos portugueses, o documento refere que Portugal está dentro da média dos países da OCDE ao nível da expetativa de vida (78,1 anos para os homens e 84,3 anos para as mulheres) e da mortalidade por doença isquémica cardíaca (ataque cardíaco e angina de peito).

Contudo, apresenta piores valores ao nível da prevalência da demência que é de 19,9 casos por mil habitantes, quando a média na OCDE é de 14,8 por mil habitantes.

Segundo este ‘ranking’, Portugal é o quarto país com mais casos de demência por mil habitantes, só superado pelo Japão (23,3), Itália (22,5) e Alemanha (20,2). O México é o país com menos casos: 7,2.

O documento apresenta as mulheres como as mais afetadas pela depressão, doença que afeta “milhões de pessoas”.

Na Espanha, Lituânia, Hungria e Polónia, as mulheres são atingidas por esta doença em mais 50% do que os homens, uma percentagem que sobe para os 66% em Portugal.

Os autores referem que as doenças mentais representam a mais considerável – e crescente – proporção na carga global de doenças, estimando-se que uma em duas pessoas vai ter uma doença mental na sua vida.

Para 2037, a prevalência da demência deverá aumentar para os 32,5 por mil habitantes.

Em relação aos fatores de risco para a saúde, Portugal está dentro da média dos países da OCDE em todos os indicadores: percentagem da população que fuma diariamente (16,8%), litros de bebidas alcoólicas consumidas por ano (9,9), obesidade (16,6%) e poluição atmosférica.

Da análise à qualidade dos cuidados, o relatório concluiu que Portugal apresenta dois indicadores com valores superiores aos da média dos países da OCDE: as admissões hospitalares por asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (74) e trauma obstétrico (2,5 por cem partos vaginais).

Dos 21 países com dados comparados, o trauma obstétrico – o melhor indicador para avaliar a segurança do doente – é mais elevado no Canadá, seguido da Suécia, Dinamarca e Estados Unidos.

Pelo contrário, o trauma obstétrico é consideravelmente mais baixo na Polónia, Israel, Itália, Eslovénia e Portugal.

Em Portugal, a taxa de cesariana é de 32,3 por cem nascimentos vivos, acima da média da OCDE (27,9).

O cancro é a segunda doença mais mortal na OCDE, a seguir às doenças circulatórias, registando 25% de todas as mortes em 2015 (15% em 1960).

A mortalidade provocada pelo cancro é mais elevada nos homens do que nas mulheres em todos os países, mas este intervalo de género é particularmente alto na Coreia, Turquia, Letónia, Estónia, Espanha e Portugal.

Este intervalo pode ser particularmente explicado pela maior prevalência de fatores de risco nos homens, nomeadamente o tabaco.

Outra doença que mereceu a atenção dos autores do estudo foi a diabetes. Nos países da OCDE, 93 milhões de pessoas (7% de todos os adultos) eram diabéticos em 2015. Em Portugal, 9,9% dos adultos têm diabetes.

Ao nível dos medicamentos, o consumo de antidepressivos varia consoante os países. A Islândia regista o mais elevado nível de consumo destes fármacos (o dobro da média da OCDE), seguida pela Austrália, Portugal e o Reino Unido.

A Letónia, Coreia e Estónia registaram o mais baixo nível de consumo de antidepressivos.

Relatório revela
Um em cada 10 portugueses não compraram medicamentos prescritos pelo médico por motivos financeiros no ano passado, segundo um...

Portugal surge acima da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) nesta matéria, uma média que está nos 7,1%, e poucos países da União Europeia descritos no relatório estão na mesma situação.

No que se refere a consultas médicas, 8,3% dos portugueses falharam uma ida ao médico por motivos financeiros em 2016, sendo que aqui Portugal está abaixo da média europeia, que é de 10,5%.

O relatório Health at a Glance 2017 da OCDE traça uma visão geral da saúde dos 35 países da organização, mas reporta-se a alguns dados de 2016 e a vários de 2015.

Reportando-se a dados de 2015, o documento mostra que em Portugal cada habitante teve em média 4,1 consultas médicas anuais, abaixo da média da OCDE, que é de 6,9 consultas por habitante num ano.

Quanto à participação das famílias nas despesas de saúde, em Portugal subiu o número de população coberta por um seguro privado de saúde, havendo um quarto dos portugueses com seguro em 2015, quando dez anos antes era cerca de 20% da população.

As despesas diretas com saúde nas famílias portuguesas (despesas ‘out-of-pocket’) situam-se nos 3,8% do total da despesa familiar, acima da média da OCDE, que é de 3%, segundo dados de 2015.

Aliás, 28% das despesas de saúde em Portugal estavam já a cargo das famílias em 2015, acima da média da OCDE, tendo havido um aumento desta carga entre 2009 e 2015.

Quanto à evolução da despesa global em saúde ‘per capita’ dos países, Portugal surge como um dos três países que teve uma redução. Entre 2009 e 2016, a taxa anual de crescimento foi negativa em 1,3%. No período anterior, de 2003 a 2009, o crescimento da despesa global em saúde tinha sido positivo, com uma taxa anual de 2,2 por cento.

A despesa em saúde em Portugal situa-se nos 8,9% do PIB, quase alinhado com a média da OCDE de 9 por cento.

O relatório da OCDE traça ainda um retrato da quantidade de profissionais de saúde nos países da organização, indicando que Portugal e a Grécia surgem com um número de médicos ‘per capita’ relativamente elevado.

Contudo o documento sublinha que os dados fornecidos por Portugal integram a totalidade de médicos com cédula profissional e não os médicos que efetivamente exercem, o que leva a uma sobrestimação dos dados.

Assim, com aquela ressalva, Portugal surgia com 4,6 médicos por mil habitantes em 2015, enquanto o número de enfermeiros era de 6,3 por mil habitantes.

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