Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Cerca de 70 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e microbiologistas) e docentes de Enfermagem participaram, na última...

Nesta reunião, os representantes de 39 instituições do Norte, Sul e Ilhas (Açores) analisaram a diversidade de práticas existentes nas instituições de saúde relacionadas com a inserção e manutenção de cateteres venosos, falaram sobre materiais e tecnologias inovadoras disponíveis na atualidade para os cuidados neste âmbito, discutiram a importância da criação de equipas multidisciplinares, conforme já ocorre noutros países, e necessidades de investigação científica na área, em Portugal.

Patrocinaram o evento as empresas Vygon, Teleflex, Bard, BBraun e 3M, que estiveram representadas com a exposição de materiais e equipamentos para apoio à cateterização venosa.

Criada há cerca de um ano e sediada na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), a Associação Portuguesa de Acessos Vasculares (APoAVa) visa o desenvolvimento de atividades relacionadas com os acessos vasculares, como sejam consultoria técnico-científica, ações de educação e formação, organizações de feiras e congressos, edições e publicações científicas de livros, revistas, vídeos e outros formatos.

É uma associação que pretende integrar profissionais de áreas científicas multidisciplinares (como a Enfermagem, a Medicina, a Microbiologia e as Análises Clínicas), que contribuam para produzir e divulgar conhecimento, otimizando práticas profissionais para a qualidade de cuidados relacionados com os acessos vasculares.

Anabela Salgueiro, João Graveto, Pedro Parreira e Verónica Coutinho são docentes da ESEnfC que integram a APoAVa.

17 de novembro - Dia Mundial do Não Fumador
Um estudo levado a cabo nos EUA demonstra que o número de anos como fumador determina o risco de Artrite Reumatóide e que este...

Quanto mais longa for a exposição ao fumo do tabaco, maior a probabilidade de desenvolver uma doença reumática. No Dia Mundial do Não Fumador, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia relembra: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de algumas doenças do foro reumático. Estas patologias podem limitar muito a vida daqueles com elas vivem e seus cuidadores e atingem cerca de metade da população portuguesa. No entanto, há ainda muitos casos de doentes com patologia reumática não diagnosticada que, com o tempo, podem dar origem a complicações, tanto físicas, como psicológicas.

Hoje em dia sabe-se que o ato de fumar está associado a várias doenças cardiovasculares, a cancro e também aterosclerose. Adicionalmente, vários estudos sugerem que o fumo do tabaco está associado igualmente ao aparecimento da Artrite Reumatóide com presença de anticorpos anti-CCP em pessoas que têm suscetibilidade genética, e que os doentes fumadores podem, igualmente, apresentar pior resposta à terapêutica. Além disso, os efeitos nocivos do tabaco demoram muito tempo a desaparecer do organismo, sendo maior o risco de desenvolver Artrite Reumatóide num ex-fumador do que numa pessoa que nunca fumou.

Daquilo que se sabe acerca da causa da Artrite Reumatóide, pode afirmar-se que há pessoas que nascem com predisposição genética e, quando em contacto com determinados fatores ambientais, começam a desenvolver a doença. Quando não diagnosticada e atempadamente tratada, a Artrite Reumatóide pode ter consequências graves na vida do doente, como incapacidade funcional para as actividades da vida diária, e associação a diversas comorbilidades, uma vez que a inflamação crónica constitui, por sua vez, um fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares, com um índice aumentado de mortalidade.

As articulações que mais são atingidas pela Artrite Reumatóide são as pequenas articulações dos dedos das mãos e dos pés.

O Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, Dr. José Canas da Silva, reforça que Portugal é um dos países da União Europeia com maior número de pessoas com doença reumática e que estas são das doenças crónicas que mais limitam a vida dos doentes. Por isso, todas as formas de prevenção e controlo dos fatores de risco, como o tabagismo, são fundamentais.

Ministério da Saúde
Todas as crianças até aos 18 anos com diabetes tipo 1 vão ter acesso de forma gratuita a bombas de insulina dentro de dois anos...

O tratamento da diabetes tipo 1 pretende assegurar a cobertura até final de 2019 de toda a população em idade pediátrica, até aos 18 anos, de acordo com uma informação dada por fonte oficial do Ministério.

O alargamento do acesso a bombas de insulina vai ser feito por três fases: até final deste ano todas as crianças até 10 anos terão cobertura assegurada e até fim de 2018 o mesmo acontece para todas as crianças até 14 anos.

Até final de 2019 será alargada a cobertura às bombas de insulina a toda a população pediátrica, até aos 18 anos.

Fonte oficial do Ministério explicou à Lusa que este faseamento deve-se sobretudo à necessidade de dotar esta população e as famílias de capacidade e formação para utilização das bombas de insulina.

O Ministério da Saúde adianta ainda que, a par deste alargamento, foi realizado um processo de compra centralizado de bombas de insulina que permitiu uma poupança de 600 mil euros, constituindo uma redução de 45% face ao preço base.

Relatório
Quase 10 mil amputações de membros inferiores foram feitas em sete anos em Portugal por causa da diabetes, sendo esta uma das...

De acordo com dados oficiais nacionais divulgados hoje, dia em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes, o número de amputações tem registado uma diminuição constante desde 2013, mas no ano passado ainda foram feitas mais de mil amputações de pés, tornozelos ou pernas.

O ano passado, 2016, foi o ano com menor amputações desde que há registo, de acordo com o relatório do Programa Nacional para a Diabetes que hoje é divulgado. Em 2010 foram feitas mais de 1.600 amputações e passados seis anos caíram para 1.037.

As amputações mais frequentes continuam a ser a dos pés, com 604 feitas no ano passado, enquanto foram realizadas 433 amputações ao nível da coxa, perna ou tornozelo.

A doença renal é outra das complicações frequentes da diabetes, havendo uma incidência de diabetes nos doentes renais crónicos na ordem dos 33%.

Responsável pela cegueira em adultos, a retinopatia diabética é outra das complicações graves. Em 2016, o número de rastreios a esta retinopatia cresceu mais de 30%, tendo sido realizadas mais 38.045 rastreios, num total acima dos 158 mil.

Também ligada a maus hábitos alimentares, a diabetes surge de forma evidente em pessoas com excesso de peso, sendo que 55% das pessoas com diabetes apresenta obesidade.

Direção-Geral da Saúde
Entre dez a doze portugueses morrem a cada dia, em média, por diabetes, uma doença que afeta mais de um milhão de pessoas em...

O documento da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no dia em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes, mostra que a mortalidade causada por esta doença tem vindo, ainda assim, a diminuir e que 2015 foi o ano que registou a taxa de mortalidade padronizada mais baixa, com 19,4 mortos por 100 mil habitantes.

Morrem por ano por diabetes entre 2.200 a 2.500 mulheres e cerca de 1.600 a 1.900 homens, o que significa mais de 4% das mortes das mulheres e de 3% nos homens.

A doença afeta mais de 13% da população portuguesa e estima-se que 44% das pessoas com diabetes esteja por diagnosticar.

Os centros de saúde realizam avaliações do risco de desenvolver diabetes, mas o Programa Nacional para a doença propõe um aumento do número de novos diagnósticos precoces.

De 2015 para 2016 o número de avaliações de risco de desenvolver diabetes teve um decréscimo, de 621 mil avaliações para menos de 619 mil.

Até 2020, a DGS pretende aumentar em 30 mil o número de novos diagnósticos através de diagnóstico precoce, diminuir a mortalidade prematura por diabetes em 5% e diminuir o desenvolvimento de diabetes em 30 mil utentes de risco.

Em termos regionais, a diabetes apresenta maior prevalência no Alentejo e na região autónoma dos Açores, sendo o Algarve a região com menor prevalência.

Infarmed
Os doentes com diabetes tipo I vão ter disponível um dispositivo para monitorização dos níveis de glicose que evita as picadas...

Em comunicado, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, revelou ter concluído ontem as negociações que se traduziram na comparticipação em 85% do dispositivo ‘FreeStyle Libre’ num acordo com a empresa farmacêutica Abbot que prevê o tratamento no primeiro ano de 15 mil pessoas com diabetes de tipo I, uma doença autoimune que implica injeções diárias de insulina.

“Todas as crianças com mais de quatro anos serão beneficiadas com este dispositivo”, refere o comunicado.

Segundo o Infarmed, o novo dispositivo “mede automaticamente os níveis de glicose e está indicado em substituição dos testes até aqui realizados no âmbito da autogestão da doença”.

“É particularmente relevante para as crianças e para os doentes que administram diariamente múltiplas doses de insulina, encontrando-se assim sujeitos a sucessivas picagens no dedo ao longo do dia. O sistema garante um maior controlo das hipoglicémias (baixas de açúcar no sangue) e pode disponibilizar uma imagem da glicemia do doente correspondente ao período de 24 horas. O sensor do sistema ‘FreeStyle Libre’ é aplicado na parte posterior do braço e armazena os dados de glicose continuamente durante até 14 dias”, explica o Infarmed.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Diabetes.

Legionella
O número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 50,...

De acordo com os números divulgados, como dados preliminares e ainda sujeitos a validação, os 50 casos de infeção com a bactéria 'Legionella pneumophila' são todos de pessoas com história de doença crónica e/ou fatores de risco, sendo 34 pessoas com mais de 70 e 29 mulheres.

O surto provocou até agora cinco mortes.

Na atualização a Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que 10 pessoas já tiveram alta clínica, que 29 estão atualmente internadas em enfermaria e que seis estão em unidades de cuidados intensivos.

A ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Legionella
O ministro da Saúde pediu ontem desculpas às vítimas da infeção por ‘legionella’, considerando que as mesmas devem ser objeto...

Adalberto Campos Fernandes falava no parlamento, onde o Orçamento do Estado para 2018 na Saúde estava a ser debatido na especialidade.

No dia em que se soube da quinta vítima mortal do surto de ‘legionella’ que afetou o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, o ministro começou por lamentar esta morte e afirmou que as vítimas são credoras de um pedido de desculpas “do hospital, das empresas responsáveis pela vigilância, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.

O ministro subscreve o pedido de desculpas, “enquanto responsável pelo governo”, acrescentando: “Tem de haver reparação no âmbito da responsabilidade civil por quem possa não ter feito aquilo que devia ter sido feito”.

O surto de ‘legionella’, que infetou 50 pessoas, começou no dia 03 de novembro e Adalberto Campos Fernandes garantiu que o seu ministério tudo fará para que a origem seja identificada.

“Isto não serve de desculpas para que os hospitais e as empresas não estejam reguladas por uma legislação mais exigente”, disse, anunciando que na próxima quarta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) vão publicar orientações atualizadas e “mais exigentes” para estas situações.

O ministro recordou ainda que tanto a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e o Ministério Público estão a acompanhar o caso.

É importante refletir
Em Portugal, estima-se que mais de um milhão de portugueses sofra de diabetes e que cerca de dois mi

O Dia mundial da Diabetes celebra-se a 14 de novembro de cada ano tendo sido implementado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (I.D.F.) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em resposta ao crescente diagnóstico desta doença a nível mundial.

Desde então já mais de 60 países se juntaram a esta iniciativa cujo símbolo é uma roda azul, representando a esperança para as pessoas que vivem com esta doença ou estão em risco elevado de a desenvolver. A celebração do Dia Mundial da Diabetes, tem como objetivo alertar a sociedade civil e entidades oficiais para esta doença e as suas problemáticas.

De facto, os números nacionais e internacionais não podem deixar de impressionar e se nos debruçarmos sobre eles percebemos rapidamente que esta doença convive muito próximo de nós, de uma forma direta (se a tivermos ou estivermos em rico de a desenvolver) ou indireta (familiares e amigos afetados, com custo diretos e indiretos para a sociedade). Se não vejamos:

1. Em Portugal, estima-se que mais de um milhão de portugueses, entre os 20 e os 79 anos, tem diabetes e que cerca de dois milhões estão em risco de desenvolver a doença por estarem já num estadio designado de hiperglicemia intermédia (mais conhecido por pré-diabetes);

2. Uma em cada 10 mulheres tem diabetes;

3. A Diabetes na Gravidez duplicou na última década;

4. A Diabetes rouba em média 8,5 anos de vida em adultos com menos de 70 anos;

5. A Diabetes constitui, atualmente, uma das principais causas de morte, principalmente devido ao aumento significativo do risco de doença coronária e de acidente vascular cerebral;

6. A diabetes a nível mundial mata mais que as guerras, os desastres naturais e as doenças infeciosas que tanto se temem;

7. Em praticamente todos os países desenvolvidos, a Diabetes é a principal causa de cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores.

Mas o que é a diabetes?

A Diabetes é uma doença que resulta da persistência de um nível elevado de glicose no sangue, que pode, na maioria dos casos, não dar sintomas durante muito tempo pelo que é considera uma doença silenciosa.

Os níveis cronicamente elevados de glicemia no sangue levam ao desenvolvimento de lesões em vários órgãos e sistemas sendo nos rins, olhos, nervos periféricos e sistema vascular, onde se manifestam as mais importantes, e frequentemente fatais, complicações da Diabetes.

Estas complicações, e a própria doença, trazem sofrimento humano quer nas pessoas com Diabetes quer nos seus familiares. Para além disso, os seus custos económicos são enormes. Estes custos incluem os cuidados de saúde, a perda de rendimentos e de produtividade para o próprio e para a sociedade.

Hábitos sedentários, uma alimentação hipercalórica e pouco cuidada, um consequente excesso de peso e um perímetro abdominal aumentado constituem o quadro mais habitual do estilo de vida pouco saudável onde surge a diabetes. Estes fatores associados à falta de vigilância de saúde podem levar a um diagnóstico tardio da doença.

A única maneira de travar este crescendo exponencial da diabetes passa por um lado pela prevenção da doença, através da sensibilização para a mudança de estilos de vida, por outro lado pelo seu diagnóstico precoce e otimização do seu tratamento.

A Endocrinologia é a especialidade médica que tem como objetivo o estudo, diagnóstico e tratamento das doenças endócrinas e metabólicas nomeadamente a Diabetes e a obesidade, sendo a especialidade de referência nestas áreas. Mas qualquer médico pode fazer o diagnóstico, e o seguimento inicial pode ser realizado a nível dos cuidados primários que encaminharão os casos mais complexos para as consultas de especialidades, quando indicado. Por isso, se tem fatores de risco para diabetes como antecedentes familiares, excesso ponderal ou se já tem diabetes diagnosticada, consulte o seu médico para diagnóstico precoce e seguimento adequado.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração Regional de Saúde do Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro revelou hoje que foi detetada ‘legionella’ ambiental numa colheita efetuada em...

"O ACeS [Agrupamento de Centros de Saúde] Dão Lafões e os Serviços de Saúde Pública asseguram as medidas adequadas para a continuação do controlo da situação, não havendo evidência de risco acrescido para a saúde pública, mantendo o Centro de Saúde de Mangualde a sua atividade normal", informou a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Na informação, a ARSC recordou que, no âmbito do Programa de Vigilância e Controle do Agrupamento de Centros de Saúde do ACeS Dão Lafões, já tinha sido detetada, em 2016, ‘legionella’ ambiental nesta unidade de saúde, em análise feita pela Unidade de Saúde Pública (USP).

"A direção deste ACeS, em colaboração com o Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARSC, desencadeou os mecanismos de controlo habitualmente utilizados, nomeadamente a desinfeção da água da rede. Posteriormente, foram feitas novas análises com resultados negativos", acrescentou.

De então para cá, o Programa de Vigilância foi mantido pela Unidade de Saúde Pública, que veio a detetar novamente ‘legionella’ ambiental na colheita efetuada a 19 de outubro deste ano.

"Foram, de novo, tomadas as medidas adequadas, nomeadamente a suspensão do funcionamento da rede de água quente, a interdição de utilização dos chuveiros e a desativação da rede em dois módulos terminais nos quais funcionavam alguns serviços que, dada a dimensão do Centro de Saúde, puderam ser transferidos para outras áreas", informou.

Na nota enviada, a ARSC esclarece que uma vez que a rede instalada não tem retorno, pretende-se, com esta medida, "eliminar a estagnação de água nas partes terminais da rede, fator favorecedor da multiplicação da bactéria".

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou hoje que o número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 48, mais dois relativamente ao balanço anterior.

Num balanço feito às 12:30, a DGS informa que seis doentes com ‘legionella’ estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos e que cinco pessoas morreram.

Há ainda 28 infetados (58% do total de infetados) que estão internados em enfermarias, enquanto 34 (71%) já tiveram alta clínica, adianta a DGS num comunicado publicado no seu ‘site’.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 48,...

Num balanço feito às 12:30, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que seis doentes com ‘legionella’ estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos e cinco pessoas morreram.

Há ainda 28 infetados (58% do total de infetados) que estão internados em enfermarias, enquanto 34 (71%) já tiveram alta clínica, adianta a DGS num comunicado publicado no seu ‘site’.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a maioria dos infetados (28) são mulheres e 34 têm idade igual ou superior a 70 anos, sendo que todos têm “história de doença crónica e/ou fatores de risco”.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

OE2018
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica congratulou-se com o anúncio de regularização das dívidas a fornecedores, no...

O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes prometeu hoje no parlamento que irão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para eliminar a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores externos.

“Um plano para a regularização, ainda este ano, da dívida aos fornecedores representa um importante passo para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e para melhorar o acesso de todos os portugueses aos melhores cuidados de Saúde”, afirmou a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), em reação ao anúncio feito nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças durante a apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2018.

Para a Apifarma, este é um problema que “afeta todos os portugueses”, uma vez que uma divida “desta dimensão significa que o Estado não está a investir na saúde e na qualidade de vida dos seus cidadãos”.

No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros.

A primeira verba deste montante será transferida até 31 de dezembro 2017 e através de um reforço de 400 milhões de euros para os hospitais.

Para a Apifarma, “a dotação orçamental inscrita na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018 deverá ser majorada, no mínimo, em 360 milhões de euros, de modo a garantir que o aumento nominal do Produto Interno Bruto para 2018 de 3,6%, seja proporcionalmente refletido na dotação orçamental do Serviço Nacional de Saúde”.

Em comparação com o Orçamento do Estado para 2018, o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS) beneficiará de um aumento com origem nas transferências do Orçamento do Estado de 500 milhões de euros.

Açores
A Ordem dos Médicos Dentistas pediu ao secretário regional da Saúde dos Açores explicações sobre as consultas na ilha do Corvo,...

Numa nota de imprensa, a Ordem dos Médicos Dentistas informa que lhe chegaram denúncias “de falta de condições e de materiais que impedem a realização de tratamentos, como restaurações e desvitalizações, e limitam a atuação dos médicos dentistas durante as consultas à extração de dentes”.

Citado na mesma nota, o representante da Região Autónoma dos Açores no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, Artur Lima, exige “urgência nos esclarecimentos para saber se os cuidados de saúde oral prestados aos utentes da Unidade de Saúde da Ilha do Corvo são adequados e se cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.

“Por outro lado, em consonância, pretendemos também aferir se os médicos dentistas que se deslocam ao referido serviço têm ao dispor todas as condições e equipamentos e materiais necessários para tal”, adianta Artur Lima, que é líder do CDS-PP/Açores e deputado no parlamento regional.

O responsável diz ainda temer que as limitações denunciadas “possam estar a colocar em causa a saúde dos utentes” daquela unidade de saúde, pelo que a Ordem pretende, igualmente, “saber se as instalações onde decorrem as consultas de medicina dentária cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.

Na missiva enviada ao secretário regional da Saúde, Rui Luís, a Ordem dos Médicos quer saber também “o número e a frequência das deslocações de médicos dentistas à Unidade de Saúde da Ilha do Corvo e mostra-se disponível para colaborar em todas as diligências que venham a ser necessárias”.

Contactada a secretaria, esta fez saber que “tem vindo a acompanhar a situação da medicina dentária no Corvo e irá avaliar, em conjunto com os médicos dentistas que se deslocam àquela ilha, as necessidades efetivas e as condições em que estão a ser realizadas estas consultas".

Atualmente, há quatro médicos que, de forma rotativa, se deslocam à ilha, a mais pequena e a menos populosa do arquipélago, com cerca de 450 habitantes, e realizam consultas uma semana por mês.

Estudo revela
Um estudo da Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, hoje divulgado,...

Com base nestes resultados, o estudo, divulgado no âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala na terça-feira, sublinha que os decisores na área da saúde deveriam promover intervenções comunitárias de exercício físico, especialmente nos cuidados de saúde primários e nas estruturas residenciais para idosos, para aumentar a atividade física e controlar a diabetes.

Segundo os investigadores, o exercício físico é um dos pilares do tratamento e controlo da diabetes tipo 2 e está associado a uma diminuição da incidência de doenças cardiovasculares nesta população.

As intervenções de base comunitária – implementadas em grupos de pessoas da mesma comunidade e pelas instituições locais – são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover alterações no estilo de vida, especialmente em indivíduos com doenças crónicas, e têm maior adesão do que as intervenções individuais.

Neste contexto, “procurámos, com este estudo, testar em condições reais um modelo de programa comunitário de exercício físico, passível de implementar com estratégias de baixo custo e elevada aplicabilidade, e sem comprometer a segurança dos participantes”, sublinha Romeu Mendes, primeiro autor da investigação.

“Sabíamos que a maior parte das instituições locais, como os centros de saúde, hospitais, e lares de idosos não dispõem de equipamentos complexos e dispendiosos para a prática de exercício físico. Por outro lado, queríamos também avaliar a eficácia desta intervenção no controlo da diabetes tipo 2 e do risco cardiovascular associado”, esclarece, em comunicado enviado à Lusa.

Os investigadores recrutaram uma amostra de 60 indivíduos de meia-idade e idosos (entre os 55 e os 75 anos) com diabetes tipo 2 diagnosticada para participar no “Diabetes em Movimento”, um programa comunitário de exercício físico desenhado de acordo com as recomendações internacionais de atividade física para o controlo da diabetes tipo 2.

Este programa combina, na mesma sessão, exercício aeróbio, resistido, de agilidade/equilíbrio, e de flexibilidade. Todas as atividades são realizadas com materiais de baixo custo, como cadeiras de plástico, garrafas de água cheias com areia, pequenos halteres, bolas de mão e o peso do próprio corpo. O programa foi realizado durante nove meses, com três sessões semanais de 75 minutos, supervisionadas por um técnico de exercício físico e um enfermeiro.

Os participantes continuaram com os seus cuidados habituais, como a medicação, consultas e tratamentos médicos, alimentação e atividade física.

Os resultados foram comparados com um grupo de controlo (110 indivíduos), com as mesmas características e cuidados habituais, mas que apenas não participou no programa de exercício.

No final do estudo, verificou-se que o grupo que esteve envolvido no programa comunitário de exercício físico apresentou melhorias importantes no controlo da diabetes (hemoglobina glicada e glicose em jejum), no perfil lipídico (aumentou o bom colesterol e diminuiu o mau colesterol), na pressão arterial, no perfil antropométrico (perímetro da cintura e índice de massa corporal) e no risco de ter um problema nas artérias coronárias a 10 anos, em comparação com o grupo de controlo.

Os resultados desta investigação, salienta Romeu Mendes, “demonstram que intervenções de exercício físico de baixo custo, como atividades baseadas na marcha ou exercícios realizados com o peso do próprio corpo ou com pequenos pesos livres, são eficazes a induzir benefícios significativos na diabetes e nos principais fatores de risco cardiovascular”.

O “Diabetes em Movimento” está atualmente a ser implementado em Vila Real, Maia, Rio Maior, Évora, Torres Vedras, Seixal e Viseu.

O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) acrescenta que a diabetes é considerada um dos maiores desafios do Sistema Nacional de Saúde e que em Portugal, mais de 13% da população (cerca de 1 milhão de portugueses) é afetada por esta doença crónica e os custos associados ao seu tratamento atingem 1% do PIB e 12% de toda a despesa em saúde.

OE2018
As compras e os patrocínios no setor da saúde vão ser monitorizados, no âmbito do combate à fraude previsto no Orçamento do...

No capítulo dedicado ao combate à fraude, a nota explicativa indica que as compras e os patrocínios no setor da saúde vão ser monitorizados, “com o objetivo de potenciar a transparência, o rigor e a correta aplicação dos dinheiros públicos”.

A medida visa ainda alcançar uma “célere deteção de eventuais situações ilícitas, que serão, de imediato, comunicadas às entidades competentes para investigação”.

O Ministério da Saúde vai prosseguir com a análise de áreas como “as listas de espera para cirurgia, os grupos de diagnóstico homogéneo, as ajudas técnicas, com especial enfoque em matérias conexas com a gestão dos recursos humanos (processamento de vencimentos, regime de incompatibilidades e acumulação de funções)”.

Em matéria de combate à fraude na saúde, o Governo quer, “a curto prazo e com natureza prioritária, o desenvolvimento, implementação e atualização de indicadores de risco”, incluindo para áreas que “não se encontram sob a alçada do Centro de Conferência de Faturas (futuro Centro de Controlo e Monitorização do SNS), que incluem a emissão de certificados de incapacidade temporária, de certificados de óbito, de atestados médicos para obtenção de carta de condução e de cheques dentista”.

Otorrinolaringologia
Os hospitais de Santa Maria, Santo António, Gaia e Coimbra estão a começar a trabalhar em rede na área dos implantes cocleares,...

Segundo Leonel Luís, diretor do serviço de otorrinolaringologia do hospital de Santa Maria, em Lisboa, está hoje a decorrer em Coimbra uma primeira reunião de trabalho entre os profissionais dos serviços das unidades hospitalares para arrancar com o trabalho em rede na área dos implantes cocleares, usados em surdos profundos.

A ideia do hospital de Santa Maria é "levar a experiência" do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) "para o maior serviço de otorrino do país", no Santa Maria.

O CHUC realizou nos últimos 30 anos mais de um milhar de implantes cocleares e tem sido o centro de referência nesta área.

Segundo disse o diretor do serviço de otorrino do Santa Maria, em Portugal fazem-se entre 120 a 130 implantes cocleares por ano, sendo cerca de 80 são em Coimbra.

"Queremos dar o salto em termos de quantidade e de qualidade e trabalhar em rede no Serviço Nacional de Saúde", afirmou.

Passará, por exemplo, a haver consultas de decisão entre Santa Maria e Coimbra e o objetivo é, segundo Leonel Luís, é "permitir que os hospitais possam operar os doentes com proximidade".

"A ideia é passarmos a dar resposta", disse, lembrando que o Santa Maria realiza apenas dois ou três implantes cocleares por ano.

Já este ano, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul tem criticado o serviço de otorrino de Santa Maria, nomeadamente pelo que considera ser o suspender do programa de cirurgias de implantes cocleares, uma acusação que Leonel Luís rejeita.

OE2018
O ministro da Saúde anunciou hoje que irão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para a regularização...

Adalberto Campos Fernandes falava nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado.

Segundo o ministro, com a transferência deste valor, dá-se início a um novo ciclo nas contas da Saúde, mais aproximado da estabilidade.

No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros.

A primeira verba deste montante será transferida até 31 de dezembro 2017 e através de um reforço de 400 milhões de euros para os hospitais. Até à mesma data, irá ocorrer um aumento do capital social dos hospitais EPE de 500 milhões de euros e, no início de 2018, ocorrerá um novo aumento de capital social dos hospitais, também de 500 milhões de euros.

Em comparação com o Orçamento do Estado para 2018, o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS) beneficiará de um aumento com origem nas transferências do Orçamento do Estado de 500 milhões de euros.

Legionella
O número de mortos por 'legionella' no surto do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para cinco, anunciou...

A vítima mais recente é uma mulher de 76 anos que esteve internada no Hospital São Francisco Xavier, adianta em comunicado a Direção-Geral da Saúde (DGS), que lamenta o falecimento ocorrido no âmbito do surto de doença dos legionários relacionado com aquele hospital.

“No âmbito deste surto, e até ao momento, registaram-se cinco óbitos”, refere o comunicado assinado pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A Direção-Geral da Saúde sublinha que “as indicações epidemiológicas apontam para um abrandamento e resolução do surto”.

Até ao momento, nove doentes tiveram já alta clínica, informa ainda a DGS.

Os últimos dados da DGS apontam para 46 casos confirmados de doença dos legionários desde 31 de outubro, 27 (59%) do sexo feminino, 33 (72%) com idade igual ou superior a 70 anos.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Este ano
O Dia Mundial da Diabetes, que se assinala terça-feira, é este ano dedicado às mulheres e pretende ser uma chamada de atenção...

A efeméride, criada em 1991 pela Federação Internacional da Diabetes e com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), vai ser assinalada em vários países e com iniciativas que pretendem chamar a atenção para uma doença que, em Portugal, atinge um milhão de portugueses entre os 20 e os 29 anos.

Em Portugal, a doença atinge mais os homens (15,9%) do que as mulheres (10,9%). Em todo o mundo, são cerca de 200 milhões as mulheres que sofrem desta doença.

A doença atinge contornos particularmente importantes na mulher, tendo em conta que um em cada seis partos é afetado pela diabetes gestacional e que esta aumenta o risco de, mais tarde, a mulher vir a sofrer de diabetes tipo 2.

Dados do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, publicado em 2016, refere que a prevalência da diabetes gestacional em 2015 foi de 7,2% da população parturiente do Serviço Nacional da Saúde (SNS), registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos registados, comparativamente ao ano anterior.

“Verifica-se ainda que a prevalência da diabetes gestacional aumenta com a idade das parturientes, atingindo os 15,9% nas mulheres com idade superior a 40 anos”, lê-se no documento.

O Dia Mundial da Diabetes será assinalado com várias iniciativas em Portugal, como a conferência “A Mulher e a Diabetes”, promovida pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e que abordará temáticas relacionadas com a sociedade, o universo da mulher e a diabetes.

Outra forma de assinalar a efeméride será a iniciativa “Prato Azul – Comer Informado”, no Mercado de Campo de Ourique, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para hábitos de vida mais saudáveis, nomeadamente na alimentação.

No Porto
O debate em torno da legalização do consumo das drogas leves vai marcar a CannaDouro - I Feira Internacional de Cânhamo do...

Afirmando que está em causa "o direito à liberdade individual" e que atualmente “só não se é preso" pelo consumo, João Carvalho explicou que se pretende "dizer às pessoas que, mesmo sendo apanhadas com alguma substância, em doses inferiores ao que é considerado tráfico, não significa que sejam doentes e que tenham de ir a uma consulta de psicologia". São, como sublinhou, "meras consumidoras".

O consumo de drogas em Portugal foi descriminalizado, mas não despenalizado. Consumir substâncias psicoativas ilícitas deixou de ser alvo de processo-crime (e como tal tratado nos tribunais), passando a constituir uma contraordenação social, com apresentação da pessoa a uma comissão de dissuasão, segundo o sítio do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Por lei, a quantidade definida em Portugal para consumo próprio é "abaixo de cinco gramas de haxixe e 25 gramas de erva", sublinhou João Carvalho, para quem o cidadão deve poder ter uma quantidade “superior ou necessária aos seus hábitos de consumo".

"Apesar do preconceito que existe sim, queremos que as pessoas tenham a liberdade individual de, com uma escolha informada, fazerem o que acharem correto", disse o promotor da CannaDouro, considerando "irreais" as quantidades atualmente estabelecidas como máximos para consumos próprios.

Referindo-se à feira. João Carvalho afirmou que, com tanta experiência, quer ao nível comercial, quer de intervenções para mostrar naquele certame, a cidade "pode e está a tornar-se, dentro da faixa atlântica da Península Ibérica, no grande ponto de encontro e de debate de toda a cultura da canábis", contando com uma "grande afluência de galegos".

"Se queremos copiar alguém, então que seja o modelo espanhol, que optou por clubes sociais, num esquema mais cooperativo de associativismo, bem como o seu dinamismo empresarial que dá emprego bem remunerado a cerca de 30 mil pessoas", disse.

Segundo João Carvalho, a CannaDouro pretende, sobretudo, "promover o consumo consciente, uma utilização informada, prevenindo situações de saúde, a título individual e de saúde pública", razão pela qual promoveu uma feira que vai debater todas as valências do cânhamo, desde a canábis ao CBD - cannabidiol, ou “ouro verde”, como é mais conhecido.

O CBD "é um dos mais de 113 canabinoides identificados na planta de canábis e não é psicoativo, sendo hoje utilizado em larga escala pelo mundo inteiro nas mais diversas patologias, por vezes em complemento aos tratamentos convencionais", explicou um dos responsáveis da feira.

"Portugal, em 2001, colocou-se na vanguarda mundial na relação do Estado com as autoridades ao descriminalizar o consumo da canábis e as drogas em geral", elogiou o promotor da CannaDouro. Mas 16 anos passados, João Carvalho quer mais do Governo, argumentando que "o descriminalizar não traz luz, informação nem o uso consciente às camadas mais jovens e ao público em geral".

O cultivo industrial do cânhamo “tem imensa regulamentação e é altamente burocratizado, e recentemente caiu-se no paradoxo em Portugal onde houve um investimento de 20 milhões de euros de uma empresa canadiana, no cultivo altamente especializado e técnico do cânhamo para a extração do CBD, quando essa prática é ilegal cá", alertou o promotor.

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