Estudo
Uma investigadora da Universidade do País Basco, Espanha, afirma num estudo que a dieta sem glúten feita pelos celíacos...

O estudo foi realizado com 101 pacientes celíacos diagnosticados no hospital Cruces, no País Basco, que seguem há pelo menos 15 anos uma dieta sem glúten, única forma de tratamento para a doença celíaca.

Na investigação observou-se que entre os pacientes havia uma tendência para o abandono de hábitos saudáveis, como comer entradas, legumes, massas e arroz, e consumir alimentos com mais gorduras e mais açúcares (enchidos e doces).

Apesar disso, o estado nutricional dos celíacos envolvidos no estudo não apresentava diferenças substanciais em relação à demais população.

“Observamos que a alimentação dos celíacos era, em geral, bastante deficiente. Ao analisar o equilíbrio nutricional que defendemos (pelo menos cerca de 50% de hidratos de carbono, entre 12 e 15% de proteínas e gorduras abaixo dos 35%) vimos que a percentagem de hidratos ocupava a das gorduras e vice-versa”, explicou Teba González.

Segundo a responsável, também se observou uma certa deficiência na ingestão de fibras: “sendo um grupo que se preocupa com o que come, chamou-me a atenção, esperava que fosse melhor a alimentação dos celíacos”, afirmou.

A investigadora sublinhou que os problemas dos celíacos na hora das refeições passam por “olhar atentamente os rótulos daquilo que compram, se tem glúten ou não…”.

“Era necessário facilitar-lhes a vida neste aspeto, torná-la mais fácil, e garantir-lhes que se controlam os produtos que consumem, mas sem os tornar mais caros”, defendeu.

A baixa ingestão de fibra é mais acentuada no caso das mulheres com doença celíaca, que apresentavam maiores défices de zinco, ferro, vitamina D e potássio.

Também a qualidade de vida destas pessoas pode ser afetada, uma vez que estes pacientes estão sempre preocupados com a sua dieta, com a contaminação cruzada, nunca se esquecendo de que são ‘doentes’, explicou.

A doença celíaca caracteriza-se por uma intolerância ao glúten presente nos cereais trigo, centeio, aveia e cevada e seus derivados, provocando inflamações no intestino delgado, sendo o único tratamento uma alimentação sem glúten.

Afeta entre 1 e 3% dos portugueses, estando 10 mil casos referenciados, pelo que especialistas consideram que a patologia é subdiagnosticada já que poderão existir cerca de 100 mil celíacos 'anónimos'.

Segundo especialista
Nos últimos anos, surgiram no mercado novos fármacos para o combate a esta doença inflamatória crónica do tubo digestivo. Mas a...

A colite ulcerosa é uma doença inflamatória crónica do tubo digestivo que afeta o cólon e o reto. Pode surgir em qualquer idade, escreve o Sapo, embora a sua maior incidência se verifique na segunda e terceira décadas de vida. A diarreia com sangue é o sintoma mais frequente da doença, a que se junta, por vezes, a dor abdominal. “No momento atual, a doença apresenta uma etiologia desconhecida mas pensa-se que a sua causa seja de natureza multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e imunológicos”, explica Jorge Canena, médico gastrenterologista do Hospital Cuf Infante Santo, professor de gastrenterologia na Nova Medical School – FCML.

“É uma doença crónica, evoluindo mais frequentemente por episódios de surtos e remissões”, refere ainda o especialista. No entanto, hoje em dia, existem numerosos e modernos fármacos no mercado, entre os quais aminosalicilatos, corticoides, imunomoduladores, antibióticos e agentes biológicos que, isoladamente ou em conjunto, permitem a manutenção da remissão na generalidade dos doentes, garantindo-lhes uma boa qualidade de vida.

“Apesar de não haver cura definitiva para a colite ulcerosa, os tratamentos disponíveis permitem que a generalidade dos doentes tenham uma vida normal, ainda que sob vigilância médica”, assegura o médico. Em território nacional, segundo dados da Associação Portuguesa de Doença Inflamatória do Intestino - Colite Ulcerosa e Doença de Crohn (APDI), o número de portugueses com doença inflamatória do intestino, em 2004, rondava os 20.000. Em 2008, só a colite ulcerosa já atingia os 15.000 doentes.

Bastonário da Ordem dos Médicos satisfeito
Os hospitais podem voltar a contratar médicos, no regime de prestação de serviços, em nome individual, anunciou a Serviços...

“Saúdo este retorno à normalidade. Este foi um dos mais dramáticos erros de gestão [do Ministério da Saúde], desorganizou completamente as equipas das urgências”, comentou, a propósito, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva.

Segundo “o acordo quadro de prestação de serviços médicos” que foi lançado em Julho, os concorrentes podem ser “pessoas singulares ou coletivas”, ao contrário do que acontecia até agora, revela a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) em comunicado. "Médicos, em nome individual, podem concorrer juntamente com empresas”, sublinha.

Foi o atual ministro, recorda o bastonário da OM, que acabou com a possibilidade de contratar médicos em regime de prestação de serviços (vulgo “tarefeiros”) em nome individual. Agora, volta a permitir que isto aconteça, reconhecendo "o erro", diz.  

O concurso está “numa fase avançada, prevendo-se que até ao final do Verão sejam celebrados os primeiros contratos de prestação de serviços médicos”, acrescenta a SPSM, notando que o acordo permitirá reduzir, “significativamente, a dependência das empresas prestadoras de serviços médicos e, a curto prazo, dar uma resposta imediata em situação de urgência”.

José Manuel Silva recorda que a contratação de médicos em regime de prestação de serviços apenas por intermédio de empresas “correu muito mal, desorganizou completamente o trabalho [nos serviços de saúde], sobretudo nas urgências, onde as escalas estão sempre cheias de buracos”.

A forma de contratação agora recuperada permite ainda aos hospitais escolher os médicos “com critérios de qualidade”, defende.

A SPSM, segundo o jornal Público, afirma também que este acordo vai permitir, “a curto prazo, dar uma resposta imediata em situação de urgência”, além de possibilitar “mais transparência e equidade na aquisição de serviços médicos, corrigindo assim situações de grande disparidade que aconteceram no passado”.

Estudo
O volume de negócios das unidades privadas de saúde em Portugal cresceu 6,7% em 2014, fixando-se nos 1.345 milhões de euros,...

Segundo o estudo ‘Setores Portugal’ da Informa D&B, as receitas do segmento hospitalar em regime convencionado aumentaram 7,6% em 2014, face aos 16,2% de 2013, para 370 milhões de euros.

Quanto às unidades privadas de saúde com fins lucrativos, a faturação atingiu os 975 milhões de euros, o que representa uma subida de 6,3% face a 2013, ano em que o crescimento tinha sido de 4,6%.

“O volume de negócios agregado das entidades gestoras de unidades privadas de saúde com fins lucrativos manteve uma tendência ascendente nos últimos exercícios, impulsionado pelo desenvolvimento do modelo de gestão privada nos hospitais públicos, pelo recurso às entidades privadas por parte dos serviços públicos de saúde de forma a reduzir as listas de espera, e pelo aumento do número de utentes particulares”, assinala o estudo.

No que se refere ao mercado de seguros de saúde, e “apesar da crise económica, tanto o mercado de seguros de saúde como o de unidades privadas de saúde valorizaram nos últimos cinco anos”.

Em 2014, o mercado dos seguros de saúde registou uma subida face ao ano de 2013. Em 2014, o volume de negócios foi de 589 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,2% face ao ano anterior.

O estudo indica igualmente que os seguros de assistência e mistos representam a maior parte da faturação inerente aos prémios de seguros de saúde, dominando no conjunto 91,3% do mercado total de seguros de saúde no ano passado.

Em abril deste ano havia 45 unidades privadas de saúde com fins lucrativos, num total de 2.937 camas (em média, cada estabelecimento oferece 65 camas).

Lisboa concentra 24,4% das clínicas privadas em atividade, seguida pelo Porto, com 20%, e Braga, com 15,6%.

Relativamente ao número de camas, Lisboa e Porto representam 36,6% e 29% do total, respetivamente.

Na mesma data, registavam-se 25 entidades no mercado de seguros de saúde, algumas de origem portuguesa, outras filiais de empresas de seguros estrangeiras.

A oferta setorial continuará a concentrar-se em grupos de maior dimensão, tanto no setor de unidades privadas de saúde como no de seguros de saúde. A previsão aponta para que nos próximos exercícios tenham lugar novas operações empresariais em ambos os mercados, concluiu o estudo.

A partir de hoje
A Administração Regional de Saúde do Algarve garantiu na terça-feira que assegura, a partir de hoje, ecografias de obstetrícia,...

Segundo o comunicado, distribuído na quarta-feira, as consultas vão ser garantidas a todas a grávidas que “obedeçam aos critérios de referenciação para o Centro Hospital do Algarve, através da aquisição de serviços com o Hospital Particular do Algarve”.

Todas as grávidas que necessitem daqueles serviços, refere o comunicado, devem ser encaminhadas pelos respetivos médicos de família.

“Com esta medida, a Administração Regional de Saúde do Algarve pretende fazer face às limitações/dificuldades de acesso temporário das utentes a algumas valências do Serviço de Obstetrícia a unidade de Faro do Centro Hospital do Algarve”, acrescenta o comunicado.

Na quarta-feira, a Administração Regional de Saúde já tinha afirmado que o Hospital de Faro não está a conseguir dar resposta devido à falta de especialistas e que ia adquirir serviços para assegurar ecografias a grávidas.

Segundo a direção clínica do Hospital de Faro, faltam quatro obstetras nos serviços o que impedem de assegurar todos os serviços de acompanhamento a grávidas.

Médico do Porto desenvolve
A primeira aplicação informática para telemóveis que ajuda no diagnóstico e tratamento de doenças sexuais masculinas chegou ao...

A nova ferramenta, designada Men’s Sexual Medicine, foi desenvolvida por Nuno Tomada, responsável da Unidade de Medicina Sexual do Serviço de Urologia do Hospital de São João no Porto, em parceria com um colega espanhol da especialidade.

“Decidimos construir uma aplicação informática que desse para ser facilmente descarregada para telemóveis e computadores portáteis e que permitisse (…) aos doentes acederem, de modo privado e discreto, a conteúdos que geralmente por uma questão cultural têm mais renitência em abordar e perguntar aos seus cuidadores de saúde”, explica o clínico em comunicado hoje divulgado.

Para facilitar o acesso dos doentes a informação sobe questões como disfunção erétil ou ejaculação prematura, este professor de urologia da faculdade de medicina da universidade do Porto começou há cerca de um ano a desenvolver a ‘app’ que, após curtos questionários, oferece diagnóstico e “alguns conselhos sobre quais são as terapêuticas que estão disponíveis, realçando sempre a importância do acompanhamento médico”.

O professor explicou ainda que a Men’s Sexual Medicine “está desenvolvida para homens que tenham algumas queixas iniciais, nomeadamente disfunção erétil, ejaculação prematura ou uma diminuição do desejo” e com a sua utilização os doentes podem “perceber que existem diferentes níveis de severidade da mesma disfunção”.

Nos questionários, os utilizadores da aplicação podem também classificar o “nível da sua disfunção, bem como fornecer os dados clínicos sobre eventuais doenças que tenham, medicação que façam e capacidade física”.

Assim, para além de fornecer informação aos doentes e à população em geral, esta ferramenta é também “capaz de, mediante as queixas apresentadas, indicar quais seriam os passos seguintes a tomar”.

A aplicação permite um plano personalizado de exercício físico e de alimentação mas para o efeito é necessário um código que deverá estar a ser disponibilizado pelos médicos de família ou especialistas.

Paulo Macedo
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, avançou que a grande alteração de custos nos hospitais se deve ao facto de se ter...

"Este ano temos uma rubrica bastante diferente dos anos anteriores, relativamente ao medicamento da Hepatite C. A grande alteração de custos nos hospitais é o facto de se ter contabilizado o custo do valor do medicamento pelo seu preço de venda sem negociação e agora as notas de crédito virem ao longo do ano, à medida que as quantidades destes medicamentos forem consumidos", alegou.

No final da inauguração da Unidade de Cuidados Continuados da Associação de Solidariedade Social do Alto Paiva, Paulo Macedo sublinhou que as contas são ainda influenciadas pelos programas de cirurgia adicional.

"O Governo revelou que fez um programa de cirurgia adicional em que há cerca de 20 milhões de euros que vai pagar aos hospitais, o que será uma receita adicional para as contas dos hospitais mediante produção acrescida e irá influenciar as contas deste semestre", acrescentou.

A Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) divulgou, na terça-feira, que os prejuízos do setor empresarial do Estado aumentaram cinco por cento no primeiro trimestre de 2015 face ao ano passado, sobretudo pelo comportamento da TAP e do Metropolitano de Lisboa.

No setor da saúde, de acordo com a DGTF, os prejuízos agravaram-se 41 por cento, de 67,4 milhões, nos primeiros três meses de 2014, para 95 milhões, no mesmo período deste ano.

No entender do ministro da Saúde, há, no entanto, "uma evolução em termos de semestre semelhante à de 2014 e que, à semelhança de 2014 e de 2013, será invertida no segundo semestre".

"Isto quer dizer que, no final do ano, como tem sido observado ao longo destes anos, os hospitais têm resultados adicionais que não estão registados a esta data, designadamente de notas de crédito obtidas junto da indústria farmacêutica", sustentou.

A introdução do medicamento para a Hepatite C "causa um impacto muito grande nos hospitais", provocando "o aumento de custos dos hospitais de mais de 50 milhões de euros".

"Vai provocar também o aumento de notas de crédito numa fase dilatada de dezenas de milhões de euros, alterando as contas. No final do ano, esperamos ter um valor próximo do ano passado que foi positivo, à volta de zero: não espero grandes variações", concluiu.

A Unidade de Cuidados Continuados da Associação de Solidariedade Social do Alto Paiva entrou em funcionamento este ano e tem capacidade instalada para 25 camas na área dos cuidados de longa duração.

Durante a manhã, Paulo Macedo inaugurou também a Unidade de Cuidados Continuados de Sernancelhe, que, com a de Vila Nova de Paiva, integram a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

DGS
Mais de 21 mil crianças foram vacinadas gratuitamente contra a doença pneumocócica num mês e meio, desde que a Prevenar passou...

Segundo dados oficiais da Direção-geral da Saúde hoje divulgados, entre 01 de julho e 11 de agosto foram administradas gratuitamente 21.236 doses da vacina que previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

A vacina faz parte do Programa de Vacinação desde 1 de julho para crianças nascidas em 2015, mas também é gratuita para grupos de risco específico e com indicação médica, como para os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão.

Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 01 de janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

Em declarações à agência Lusa, a subdiretora-geral da Saúde admitiu que, até ao momento, a esmagadora maioria dos vacinados gratuitamente são as crianças.

Para as crianças, o esquema de vacinação recomendado fica completo com três doses da vacina, devendo ser administrada aos dois meses, quatro meses e 12 meses.

“O primeiro mês de vacinação decorreu de acordo com o ritmo esperado, sem problemas”, refere uma nota da DGS, que estima que “se venham a observar elevadas taxas de cobertura” com esta vacina.

DGS
A Direção-Geral da Saúde quer que, no próximo ano, pelo menos 10% dos professores e dos auxiliares das escolas tenham formação...

No Programa Nacional de Saúde Escolar 2015, com horizonte até 2020, que hoje foi divulgado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) volta a lembrar que os profissionais de educação devem ter formação em suporte básico de vida (SBV).

“É importante que a escola, perante um acontecimento inesperado e/ou traumático que ameaça a vida e/ou a segurança, disponha de um local próprio para prestação de primeiros socorros e que a maioria dos profissionais de educação possua formação em SBV”, refere o Programa.

O documento define como meta para 2016 que 10% dos docentes das escolas abrangidas pelo programa tenham formação em primeiros socorros ou suporte básico de vida, o mesmo se aplicando ao pessoal não docente. Em 2020, essa meta deve crescer para os 20%.

Além dos profissionais, também as crianças a partir dos 10 anos são capazes de aprender e aplicar técnicas de SBV: “Esta formação precoce reduz a ansiedade sobre os possíveis erros e aumenta a disponibilidade para ajudar”.

Outro dos objetivos é reduzir os acidentes com alunos em ambiente escolar ou peri-escolar, alcançando uma meta de 5% de crianças vítimas de acidentes, quando em 2016 se admite um cenário de 10%.

Segundo dados citados no Programa da DGS, a escola é o local onde ocorrem 24% dos acidentes classificados como “domésticos e de lazer”, com o grupo etário mais atingido a ser o dos 10-14 anos e as quedas a serem o mecanismo de lesão mais frequente.

O documento propõe ainda que pelo menos 70% dos agrupamentos escolares sejam abrangidos pelo Programa Nacional de Saúde Escolar já em 2016, ao mesmo tempo que pretende aumentar o nível de literacia para a saúde na comunidade educativa.

Quanto à adoção de estilos de vida mais saudáveis por parte das crianças, a DGS propõe que, no próximo ano, metade dos alunos do pré-escolar e 40% dos do primeiro ciclo do ensino básico escovem os dentes na escola.

É ainda sugerido que aumente o número de estudantes que toma diariamente o pequeno-almoço e que consome, numa base diária, frutas e vegetais.

Durante mais de 24 horas
Os médicos dos três hospitais do Médio Tejo, em Abrantes, Tomar e Torres Novas, estão sem sistema informático desde terça-feira...

Fonte hospitalar disse que a situação "está a causar grande transtorno aos serviços médicos, de enfermagem e aos utentes", tendo destacado que, "com os serviços informáticos em baixo, não é possível aceder ao histórico dos pacientes, às terapêuticas prescritas nem aos resultados das análises e exames radiológicos".

Segundo a mesma fonte, "tudo está a ser feito de modo manual e a consulta aos resultados de análises ou raio x tem de ser feita uma a uma, percorrendo o hospital para ir consultar as análises ao local onde está cada laboratório".

"Neste momento conseguimos apenas aceder ao registo do doente mas sem poder conferir os resultados das análises recentes nem aceder às diversas conexões do serviço com todos os constrangimentos e demoras que isto provoca", destacou a fonte hospitalar.

Contactado, o conselho de administração do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) confirmou que o sistema informático tem estado desde terça-feira com "constrangimentos ao nível da operacionalidade e acesso à informação", situação que terá sido normalizada às 15:00 de hoje.

Segundo a administração do CHMT, a situação "foi motivada por uma intervenção da EDP, realizada no exterior da unidade hospitalar de Torres Novas, com corte de corrente elétrica, que ao ser reativada provocou um pico de energia que afetou vários equipamentos, com particular incidência nos sistemas de informação".

Os responsáveis do CHMT disseram ainda ter acionado "de imediato" todas as medidas de suporte alternativo para minimizar os constrangimentos notados, tendo feito notar que, "apesar das dificuldades sentidas em alguns serviços, nomeadamente no acesso aos sistemas informáticos, o atendimento no serviço de Urgências não foi afetado".

ONU
O continente africano assinala hoje um ano sem registo de novos casos de poliomielite, uma etapa importante para o processo de...

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que desempenha um papel importante no programa de vacinação, saudou esta “conquista extraordinária", advertindo, no entanto, que “nada está ainda terminado”.

O último caso de poliomielite (doença também conhecida como paralisia infantil) em África foi registado na Somália a 11 de agosto de 2014.

Mas, as autoridades de saúde pública têm de esperar dois anos antes de declarar o continente livre desta doença infecto-contagiosa viral aguda. A hipótese de existirem casos isolados não identificados não pode ser excluída.

“Não tivemos novos casos de poliomielite no último ano [na Somália], apesar de todos os desafios que o país enfrenta”, referiu, em declarações à agência francesa AFP, o chefe da Unicef em Mogadíscio, Steven Lauwerier.

“Não queremos ver mais nenhuma criança somali paralisada por este vírus que pode ser prevenido. Isso significa que temos de continuar a apoiar as campanhas de vacinação, de forma a garantir que a poliomielite seja totalmente erradicada”, referiu Lauwerier.

Na Nigéria, país particularmente atingido pela doença, o último caso registado remota a julho de 2014.

Esta doença infecciosa, que destrói o sistema nervoso e que pode causar paralisia e a morte, permanece endémica no Afeganistão e no Paquistão.

“Globalmente, estamos quase a erradicar totalmente uma doença pela segunda vez na História”, saudou Peter Crowley, responsável do programa da poliomielite da Unicef, recordando o caso da varíola, doença erradicada desde a década de 1980.

O recuo da poliomielite é “um símbolo forte do progresso alcançado no continente africano nos últimos anos”, destacou Crowley.

Direção-Geral da Saúde
O Plano Estratégico Nacional de Prevenção e Controlo da Dor, que substituiu o Programa Nacional de C

Com a aprovação do Plano Estratégico Nacional de Prevenção e Controlo da Dor (PENPCDor), que abrange a população portuguesa e tem um horizonte temporal de três anos, a Direção-Geral da Saúde (DGS) pretendeu dar continuidade aos objetivos que então presidiram à criação do Programa Nacional de Controlo da Dor (PNCD), alguns dos quais mantêm plena atualidade.

A implementação do PENPCDor fez-se através da execução das ações prioritárias nele definidas, realizadas por equipas de trabalho, acompanhadas por um núcleo coordenador e por elementos da Direção-Geral da Saúde, tendo em vista a introdução e reforço da capacidade organizativa e de modelos de boas práticas na abordagem da dor.

 

Pode consultar também as publicações anteriores que estiveram na origem do PENPCDor.

Programa Nacional de Controlo da Dor (2008)                      Plano Nacional de Luta Contra a Dor (2001)

                                              

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Estudo
As contas são do Infarmed - Autoridade do Medicamento. A revisão dos preços permitiu também que alguns hospitais, como o IPO do...

As famílias portuguesas pouparam, nos últimos três anos, 90 milhões na farmácia. A conclusão é de um estudo do Infarmed - Autoridade do Medicamento, que avaliou o resultado da revisão do preço dos medicamentos.

O Infarmed conclui ainda que, contando com as despesas do Serviço Nacional de Saúde e das farmácias dos hospitais, a poupança total foi de 268 milhões de euros.

No caso dos medicamentos para uso hospitalar, a poupança foi mais sentida nos anti-retrovirais, usados no tratamento da SIDA, e nos medicamentos oncológicos.

Em declarações à Rádio Renascença, Francisco Rocha Gonçalves, vogal da administração do IPO do Porto, garante que a medida não constitui qualquer tipo de desinvestimento no tratamento do cancro: “Esta poupança é fruto sobretudo de condições negociais, isto é, não diminuiu o número de medicamentos que é consumido nem se desqualificou o tipo de tratamentos que se faz aos doentes. Aquilo que mudou na área do cancro foi a definição dos preços".

“Aquilo que o Infarmed fez foi definir um cabaz de países com preços relativamente baixos na Europa, para alinhar os preços portugueses. Os medicamentos passaram a entrar mais baratos e em consequência o volume total diminuiu sem ser preciso ter diminuído a quantidade de medicamentos, muito menos a quantidade de tratamentos dados aos doentes”, explica ainda o administrador do IPO do Porto.

Nestas declarações à Rádio Renascença, Francisco Rocha Gonçalves esclarece ainda que o IPO do Porto aproveitou a descida do preço dos medicamentos para introduzir fármacos inovadores - logo mais caros - sem aumentar a despesa global com os medicamentos.

“Aquilo que a diminuição dos preços conseguiu foi abrir espaço para essa inovação e para a entrada em vigor e em uso na instituição de medicamentos novos que vêm mais caros que os anteriores. Aquilo que conseguimos é oferecer aos doentes os tratamentos mais modernos sem aumentar os custos, a manter os custos, sensivelmente, de 2012 a 2014”, esclarece.

Governo dos Açores
O Governo dos Açores anunciou a abertura de um concurso para recrutar 42 médicos, de várias especialidades, para os três...

A autorização para abertura dos procedimentos de recrutamento no âmbito das entidades públicas empresariais no setor da Saúde foi publicada no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores e há agora um prazo de três meses para se realizar.

O executivo açoriano adiantou que a abertura das 42 vagas resultou do levantamento das necessidades efetuado junto dos serviços de saúde. Onze vagas destinam-se à categoria de medicina geral e familiar nas Unidades de Saúde de ilha de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Pico, Corvo, São Jorge e Flores.

Quanto aos três hospitais açorianos, distribuídos pelas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial, pretende-se recrutar especialistas de ortopedia (três), cardiologia (dois), cirurgia geral (dois), medicina interna (dois), anestesiologia (dois), nefrologia (dois), patologia clínica (dois), pediatria (dois), psiquiatria (dois), radiologia (dois), pneumologia (um), infecto-contagiosas (um), medicina intensiva (um), urologia (um), otorrinolaringologia (um), gastrenterologia (um), estomatologia (um) e cirurgia vascular (um)

Sem prejuízo das restrições em vigor no país, o Governo dos Açores argumenta que “não se pode descurar que o número de médicos na categoria de assistente graduado sénior”, por ser “fundamental no âmbito do internato médico, para efeitos de reconhecimento da idoneidade formativa dos serviços e estabelecimentos”.

Para além disso, faz notar que a existência de um maior ou menor número de médicos detentores desta categoria “influencia decisivamente” o funcionamento dos serviços integrados no Serviço Regional de Saúde.

Cursos pós-graduados
Encontram-se abertas as inscrições para os cursos pós-graduados promovidos pelo Instituto de Medicina Preventiva e Saúde...

 

A Unidade de Epidemiologia do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública abriu as inscrições dos seguintes Cursos de Formação Pós-Graduada:

  • Análise Multifatorial
  • Epidemiologia Cardiovascular
  • Métodos Qualitativos
  • Escrita e Submissão Competitiva de Projetos de Investigação Clínica e Epidemiológica
  • Farmacoepidemiologia
  • Construção
  • Validação
  • Aplicação e Interpretação de Questionários e Aspetos Práticos da Investigação Clínica

A data de início de cada curso será combinada com os inscritos, com 2 meses de antecedência, quando se alcançar o número mínimo de inscrições.

Os cursos são destinados a licenciados em Medicina, Enfermagem, Ciências Farmacêuticas, Psicologia, Ciências Sociais e Humanas, Matemática e Bioestatística, Técnicos Superiores de Saúde, Diagnóstico e Terapêutica e outros profissionais com interesse em adquirir conhecimentos em epidemiologia, investigação e análise estatística de dados clínicos.

Pode consultar mais detalhadamente todas as informações em: http://edu.uepid.org/.

Especialistas pedem mais medidas
Cinco anos após a lei que veio regular o teor de sal no pão português, médicos e nutricionistas reconhecem os benefícios da...

A Sociedade Portuguesa de Hipertensão classifica como “excelentes” os resultados do diploma que diminui o sal no pão, mas admite que se deve ir mais longe, reduzindo ainda mais o teor de sal no pão e noutros alimentos.

“Seria uma mais-valia, de uma forma discreta, baixar ainda mais a quantidade de sal no pão. Uma descida lenta, de 10 a 15%, em um ou dois anos não ia ser notado em termos de paladar”, defendeu o presidente da Sociedade de Hipertensão, José Mesquita Bastos.

O médico advoga que esta redução adicional não deve ser feita por legislação, pelo contrário, deveria ser uma iniciativa da indústria feita sem publicitação: “Devia ser de uma forma anónima. Se o público sabe pensa que se não tem sal não tem sabor”.

A Sociedade de Hipertensão frisa que a redução do sal na alimentação é fundamental para diminuir doenças cérebro-cardiovasculares e recorda que desde 2003 houve um decréscimo de 46% da mortalidade por AVC, 12% dos quais atribuídos à redução do sal.

Para a Ordem dos Nutricionistas, estes dados são positivos, mas ainda assim os portugueses continuam a consumir diariamente o dobro do sal que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em declarações, a bastonária Alexandra Bento refere que os adultos ingerem 10,7 gramas de sal por dia e as crianças consomem 7,9 gramas, quando a OMS aconselha um máximo de cinco e 3,5 gramas, respetivamente.

“A lei teve efeitos positivos. Mas a legislação nem sempre é o melhor caminho. Em saúde, as medidas devem ser globais e não isoladas. Para termos uma política de saúde eficaz na área da alimentação temos de ter também ações de sensibilização aos profissionais de saúde e ao público”, afirmou Alexandra Bento, que lembra que 20% do sal ingerido é adicionado na comida pelos próprios consumidores.

O setor da panificação admite que, numa primeira fase, os consumidores estranharam a redução do sal no pão, mas passados cinco anos “as pessoas estão adaptadas e satisfeitas”.

José Francisco, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP), disse à Lusa que o setor tem ido além da legislação e que muito do pão consumido em Portugal tem já metade do teor de sal do que a própria lei define.

“Podemos dizer que hoje em dia muito do pão é comido com meio sal. É fácil encontramos pão com 0,7 ou 0,8 gramas”, afirmou.

A legislação que obrigou o pão português a conter menos sal, e que entrou em vigor a 12 de agosto de 2010, estabelecia um máximo de 1,4 gramas de sal por 100 de pão.

O presidente da ACIP defende que “este esforço, para bem da saúde pública, não pode ser apenas do pão”, tendo de ser transversal a outros setores e alimentos.

Segundo dados da Direção-geral da Saúde, mais de 33% da ingestão de sódio pelos portugueses deve-se ao consumo de sopa de legumes, seguindo-se o leite, o queijo e o iogurte. O pão contribui apenas com 6,4%.

José Francisco apela ainda às autoridades públicas que façam análises periódicas à indústria de panificação e que produzam grelhas analíticas, no que se refere ao sal, um trabalho de acompanhamento que diz que não tem sido feito.

Sobre os caminhos futuros para promover a redução do sal na alimentação, a Sociedade de Hipertensão vai organizar em novembro um fórum com vários especialistas nacionais e internacionais, mas admite já que as empresas de ‘catering’ e as superfícies comerciais que fornecem refeições já prontas são algumas das que devem merecer atenção especial.

O presidente da Sociedade diz que, em análises efetuadas em restaurantes, chegou a ser encontrada uma sopa com três gramas e meia de sal, mais de metade do que deve ser o consumo limite diário.

A Ordem dos Nutricionistas também defende que é preciso “juntar à mesma mesa” os setores da indústria e restauração para que sejam implementadas medidas de autorregulação e conjuntas.

Estudo
Um grupo de cientistas concluiu que a perda de um neurotransmissor, numa determinada classe de neurónios, provoca &quot...

"Verificámos que a perda do recetor 'mGluR5', especificamente nos neurónios parvalbuminérgicos de ratinho, durante o desenvolvimento pós-natal, alterava as funções inibitórias normalmente desempenhadas por esses neurónios na rede neuronal", disse um dos autores do trabalho, o cientista português António Pinto-Duarte.

A consequência é o aparecimento de "defeitos comportamentais semelhantes às verificadas em doenças como a esquizofrenia e o autismo" e que incluem "comportamentos repetitivos e problemas de socialização", explicou, em resposta escrita a partir dos EUA.

Investigador da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD), António Pinto-Duarte faz parte do grupo de cientistas desta instituição que, juntamente com especialistas do Salk Institute, trabalharam neste estudo, publicado na revista Molecular Psychiatry, especializada em psiquiatria.

O estudo foi efetuado em ratinhos e centrou-se na identificação do recetor que, faltando num tipo específico de neurónios, leva a alterações semelhantes àquelas observadas em doenças relacionadas com o desenvolvimento anormal do sistema nervoso.

Esta descoberta permitiu, segundo os seus autores, "reforçar a ideia de que a configuração da rede neuronal pode ser afetada no período pós-natal, e não apenas durante a gravidez, confirmando a particular vulnerabilidade e suscetibilidade desse período a fenómenos patofisiológicos".

O resultado do trabalho agora publicado "é relevante, não apenas por identificar um novo alvo terapêutico, mas também por servir de motivação a estudos futuros", que possam permitir compensar esse défice através de estratégias farmacológicas ou por terapia genética, salientou António Pinto-Duarte.

A importância do recetor, denominado mGluR5, tinha já sido demonstrada por outros trabalhos científicos, através das consequências relacionadas com a sua eliminação total no cérebro.

No entanto, explicou o investigador, "até agora, ninguém tinha estudado a sua função específica numa classe de células nervosas inibitórias denominadas 'neurónios parvalbuminérgicos', que se pensa serem cruciais para os mecanismos cognitivos".

Ministério da Saúde
A taxa moderadora para a interrupção voluntária da gravidez vai ser de 7,75 euros, valor que é igual ao aplicado numa consulta...

O Ministério revelou que decidiu “dar seguimento a um parecer da Direção-Geral da Saúde, no sentido de a taxa moderadora, a ser cobrada, vir a corresponder ao valor de uma consulta de especialidade”, ficando isentas os restantes procedimentos associados à interrupção.

“Tendo em conta o objetivo de promover o planeamento familiar e proteger a saúde da mulher grávida, a taxa moderadora para a interrupção voluntária da gravidez (IVG) é apenas referente ao ato de interrupção da gravidez”, acrescenta o Ministério.

A proposta do Governo, que será operacionalizada depois de a lei entrar em vigor, garante que todo o acompanhamento médico até ao ato da interrupção da gravidez é gratuito, bem como a consulta posterior ou consulta de seguimento.

“Desta forma, pretende-se assegurar e promover um planeamento familiar informado, efetivo e seguro, sem comprometer o acesso à saúde, evitando futuras interrupções voluntárias de gravidez e IVG clandestinas e evitando também um retrocesso nesta matéria”, refere ainda o Ministério.

No passado dia 22 de julho, a maioria PSD/CDS-PP aprovou a introdução de taxas moderadoras para a IVG, assim como a obrigatoriedade de aconselhamento psicológico e social e de consultas de planeamento familiar às mulheres que recorrem a este ato e o fim do registo dos médicos objetores de consciência.

A aprovação destas alterações seguiu-se a um debate muito intenso no parlamento, que foi antecedido, no início da votação, por protestos nas galerias.

Aprovada a 17 de abril de 2007, na Assembleia da República, a Lei da IVG (16/2007) permite a interrupção da gravidez até às 10 semanas a todas as mulheres grávidas que o solicitem, desde que realizado em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido.

Entre 2008 e 2013 houve um decréscimo de 1,6% do número de abortos por opção da mulher e, em 2014, manteve-se a tendência decrescente – menos 9,5% em relação ao ano anterior.

Estudo
O consumo de ácidos gordos ómega 3 pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de esquizofrenia, nomeadamente...

Para chegar a esta conclusão, investigadores australianos e austríacos deram suplementos alimentares à base de ómega 3 durante 12 semanas a um grupo de 41 pessoas com idades compreendidas entre os 13 e os 25 anos, consideradas como muito expostas ao risco de desenvolver psicoses.

Em simultâneo, os investigadores constituíram um segundo grupo também com cerca de 40 jovens, com as mesmas idades e com os mesmos níveis de risco, que receberam apenas um placebo (substâncias sem ação biológica).

Os especialistas concluíram que apenas 10% dos jovens do primeiro grupo desenvolveram esquizofrenia ao longo dos sete anos seguintes, contra 40% do segundo grupo.

De acordo com o estudo, o grupo que recebeu apenas placebo desenvolveu globalmente mais cedo os sintomas de esquizofrenia. Os jovens do segundo grupo também desenvolveram outras doenças mentais durante o período do estudo.

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que se manifesta através de uma perda de contacto com a realidade e que geralmente surge na adolescência ou no início da idade adulta.

Os ácidos gordos ómega 3 são essenciais para o bom funcionamento do cérebro, sistema nervoso e da retina, mas também apresentam efeitos benéficos ao nível do coração e da saúde mental.

São encontrados em grande quantidade em peixes gordos, como é o caso do salmão e da sardinha, ou em frutos secos como as nozes.

"Nascer Utente"
Os bebés que nasçam nos hospitais algarvios já podem receber número de utente e ter médico de família atribuído logo na...

Segundo Bárbara Menezes, coordenadora do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, os pais que optem por fazer o registo civil e como utente dos recém-nascidos nas maternidades não têm depois que esperar pela ida ao centro de saúde para que o bebé seja associado à lista do médico de família da mãe.

O projeto "Nascer Utente", implementado no Algarve no final de julho, é uma das fases de um projeto mais alargado que o Ministério da Saúde está a desenvolver com outros parceiros, prevendo-se que até ao final do verão a possibilidade de registar os recém-nascidos como utentes nos hospitais se estenda a todo o país.

"É um procedimento que não só facilita a vida dos pais, como permite que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) fique a conhecer os seus utentes logo à nascença, o que é uma grande mais-valia", afirmou, sublinhando que, desta forma, é "mais fácil identificar no sistema as famílias que precisem de uma intervenção diferenciada".

De acordo com a responsável, a inscrição dos bebés no SNS à nascença só é possível quando os bebés forem registados como cidadãos nas maternidades, processos que não são automáticos e que dependem da vontade dos pais, sendo possível mais tarde optarem por outro médico de família que não o da mãe.

Na calha está ainda outro projeto, mas da Direção-Geral de Saúde, que prevê a criação de um boletim eletrónico de saúde infantil e juvenil, o que irá permitir aceder ao histórico de saúde da criança em qualquer parte do mundo, desde que haja ligação à Internet.

Também neste caso, a opção pelo e-boletim - processo que está em curso e que deverá estar concluído até ao final do ano -, depende da vontade dos pais.

Segundo Bárbara Menezes, neste momento está a proceder-se à certificação das entidades privadas para que possam, com garantias de segurança, aceder à plataforma de dados da saúde.

O objetivo é que o e-boletim possa ser acessível em todo o sistema nacional de saúde, quer se tratem de entidades públicas ou privadas, concluiu.

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