Unidades de saúde familiar (USF)
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, defendeu hoje que o próximo Governo deve...

“Não podemos continuar numa lógica ‘hospitalocêntrica’, disse o governante, na Lousã, no distrito de Coimbra, preconizando “a manutenção da saúde, antes mesmo de tratar da doença”.

Na sua opinião, “deve ser este o caminho” e o desenvolvimento das USF “deve prosseguir no próximo ciclo governativo”.

Ao Governo que resultar das eleições de 04 de outubro, cabe o “reforço do conceito” das USF, disse Leal da Costa, que intervinha na inauguração do novo Centro de Saúde (CS) da Lousã, que custou 2,3 milhões de euros, incluindo construção e equipamento, e serve quase 18 mil pessoas.

Fernando Leal da Costa frisou que, desde junho de 2011, na vigência do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, foram criadas no país 125 daquelas unidades, “mais do que as 100 que o principal partido da oposição” – o PS, de António Costa – “se propõe criar” nos próximos quatro anos, se chegar ao poder.

Em resposta a uma reclamação do presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, sobre a conclusão das obras no ramal ferroviário da Lousã, iniciadas em 2009, no âmbito do projeto do metro, e depois suspensas, Leal da Costa disse que acompanha as preocupações do autarca socialista quanto à necessidade de um sistema de mobilidade que assegure também o acesso das populações aos cuidados de saúde.

Afastado da área urbana da Lousã, no distrito de Coimbra, o CS foi construído em terreno cedido pela autarquia e começou a funcionar em dezembro, mais de dois anos e meio após conclusão das obras, em 2012, albergando duas USF.

O projeto foi contemplado com um financiamento europeu de 1,7 milhões de euros, na sequência de uma candidatura que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro apresentou ao Programa Operacional do Centro.

Além das USF Serra da Lousã e Trevim Sol, funcionam no novo edifício os polos da Unidade de Saúde Pública e da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte.

O Centro de Saúde da Lousã tem 17.613 utentes inscritos nas duas USF, “todos com médico de família atribuído”, segundo uma nota da ARS do Centro.

Na cerimónia, além de Fernando Leal da Costa, interveio o autarca Luís Antunes e os coordenadores das duas USF, João Rodrigues (Serra da Lousã) e Marília Pereira (Trevim Sol).

O concurso público internacional foi lançado em dezembro de 2009, tendo a empresa vencedora cumprido o prazo de 18 meses de execução dos trabalhos.

“Ao longo deste processo, os profissionais de saúde nunca foram informados sobre o seu desenrolar, tendo detetado várias lacunas estruturais que nunca ficaram corrigidas, apesar de não envolver acréscimo de custos”, disse à agência Lusa João Rodrigues.

Um dos “pontos negativos”, segundo o médico, é a localização do Centro de Saúde, “dificultando a acessibilidade e contrariando um critério base da medicina e enfermagem familiar: proximidade às residências dos utentes”.

Marília Pereira, por sua vez, criticou outras lacunas do edifício, como o facto de as salas de espera não permitirem “isolar as pessoas” nos casos de epidemia, entre outras.

 

Violência contra profissionais em serviços de saúde
Em 60% dos casos de violência contra profissionais relatados à DGS as vítimas foram enfermeiros. Houve 262 casos de pressão moral.

No ano passado os casos de violência contra profissionais em serviços de saúde motivaram 72 queixas na polícia, mais do dobro do que no ano anterior. 

O relatório anual da Direcção-Geral da Saúde sobre o sistema de notificação de violência contra profissionais de saúde criado em 2007, voluntário e anónimo, revela que na maioria das vezes os profissionais optaram por não formalizar queixa. Ao todo foram reportadas 531 situações e, ainda assim, em 108 casos as vítimas precisaram de tratamento. A maioria ficou insatisfeita com a forma como a instituição lidou com o caso e entende que a situação podia ter sido prevenida.

No ano passado verificou-se um número recorde de notificações deste tipo de incidentes, mais do dobro do que no ano anterior, em que tinham sido comunicadas apenas 233 situações. A DGS insiste que não se pode inferir que haja mais conflitualidade nem tece considerações sobre as causas das agressões. O departamento de qualidade do organismo considera apenas que existe uma maior adesão ao sistema de notificação e propõe que seja elaborada uma norma sobre medidas de prevenção e de intervenção nos serviços de saúde.

hospitais com mais casos Das 531 situações, 503 verificaram-se no sector público e 28 do sector privado. A maioria (302) aconteceu em hospitais, seguindo-se os centros de saúde (151) e unidades de desabituação (58). Nos hospitais, o espaço mais referido foi a consulta externa, seguindo-se as urgências, os serviços de medicina e os serviços de psiquiatria. Verificaram-se ainda 58 situações em serviços administrativos e de atendimento.  

vítimas e agressores Os enfermeiros são o grupo profissional mais vezes agredido, como aliás já se tinha verificado em anos anteriores. Em 531 situações, 193 envolveram enfermeiras e 131 enfermeiros, o que significa que em 60% dos casos as vítimas são enfermeiros. Foram ainda reportados 86 casos de agressão a médicos, 64 em que as vítimas foram assistentes técnicos e 44 assistentes operacionais foram também agredidos. 

Na maioria das vezes os agressores foram doentes (291 casos), seguindo-se outros profissionais de saúde da unidade (85), familiares ou acompanhantes do doente (95). Dominam situações de discriminação/ameaça (312), injúria (271) e pressão moral (262). Resgistaram-se ainda assim 133 situações de violência física e 33 de dano contra a propriedade.

Número de dadores de órgãos regista
O número de dadores de órgãos registou nos primeiros seis meses deste ano o “maior recorde de sempre”(162), disse à agência...

De acordo com dados publicados na página da Internet do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), entre 01 de janeiro e 30 de junho foram registados 162 dadores, mais cinco do que em igual período de 2014 (157).

Segundo os mesmos dados, citados na edição de hoje do Diário de Notícias e publicados na página do IPST, no primeiro semestre deste ano houve um aumento do número de dadores cadáver e de órgãos colhidos para níveis superiores aos de 2009, ano em que Portugal atingiu valores recorde.

Até junho deste ano foram colhidos 459 órgãos, número idêntico ao de 2014, indica o IPST.

Em declarações à agência Lusa, hoje, a coordenadora nacional na área da transplantação do IPST, Ana França, disse que os dados “são os melhores de sempre”.

“Estes dados fazem-nos animar. Animam-nos a prosseguir. É importante transmitir à população que estamos a trabalhar para minimizar os tempos de espera. Quanto mais cedo os doentes forem transplantados, melhor qualidade de vida terão, e é para isso que nós lutamos”, salientou.

Ana França adiantou que Portugal atingiu no primeiro semestre deste ano os 15,5 dadores por milhão de habitantes, acima dos 14,8 de 2009.

De acordo com os dados do IPST, foram realizados até junho de 2015, 392 transplantes, tendo sido registado um aumento do renal e do número de dadores vivos de rim, transplante hepático e cardíacos para níveis superiores aos de 2012.

Os dados indicam ainda que 80% dos dadores morrem por causa médica, sendo a principal o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Associações de bombeiros
Os uniformes dos bombeiros portugueses são, na maior parte das vezes, lavados nas casas de cada um e nunca descontaminados,...

A propósito da exigência dos bombeiros de Maiorca, Espanha, de que também a roupa que usam debaixo dos uniformes seja descontaminada, a Lusa perguntou a representantes dos bombeiros portugueses como era em Portugal e as duas associações negaram que haja qualquer cuidado.

Em Maiorca, os uniformes são descontaminados em Barcelona mas não a restante roupa, que também é exposta a gases e fumos durante um incêndio, e os sindicatos já denunciaram o caso junto da Inspeção do Trabalho, como noticiou o jornal El Mundo.

Em Portugal, no entanto, nem sequer os uniformes são descontaminados, assegura o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, explicando que, por norma, os bombeiros levam a roupa para casa e são responsáveis pela sua lavagem.

Tal tem o inconveniente, além de não haver uma descontaminação, de as roupas perderem propriedades de resistência ao fogo, por não serem lavadas das formas adequadas. “É uma questão que se impõe, toda a roupa deve ser sujeita a uma descontaminação, mas nada disso é feito”. Alguns lavam em casa e, em alguns quarteis, lavam-se os uniformes mas não a roupa interior, assegura.

Pela saúde dos bombeiros e pela sustentabilidade do fardamento a questão devia de ser tida em conta, diz, assegurando que não há legislação sobre a matéria, apesar de os “decisores políticos” já terem sido alertados. “Também não se faz qualquer rastreio aos bombeiros após um grande incêndio”, afirma.

A matéria também preocupa a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários. Quando questionado pela Lusa, o presidente, Rui Moreira da Silva, ironiza e responde: “Se nem sequer se faz uma espirometria [exame dos pulmões] aos bombeiros!”.

“A saúde dos bombeiros nunca foi prioritária. Nunca se investiu na proteção respiratória, mesmo as máscaras que filtram as poeiras, não é muito normal vê-las”, diz à Lusa.

A propósito da “normalidade” que é lavar os uniformes em casa, alerta o responsável: “Estamos a falar de produtos químicos, que uma vez misturados podem provocar uma reação. Posso estar a levar para casa produtos cancerígenos dificilmente removíveis, até da máquina de lavar”.

Ainda que no jornal espanhol também se faça essa ligação entre a predominância de diversos tipos de cancro e o ser bombeiro, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, desvaloriza. “Não vejo essa preocupação em incêndios florestais, e, nos que acontecem com matérias perigosas, a roupa, e os bombeiros até, é sempre descontaminada”, diz.

O responsável garante que são tomadas todas as medidas no caso de incêndios com produtos químicos e diz que raramente há situações em que os bombeiros se colocam em risco. E acrescenta: “Se em cada incêndio florestal tivéssemos de descontaminar as roupas, não havia roupas para os bombeiros”.

De resto, diz, não há casos detetados de problemas devido à contaminação dos equipamentos dos bombeiros em incêndios florestais, que ele pelo menos não conhece nenhum em “50 anos a apagar fogos”.

Na notícia do El Mundo fala-se de um relatório dos bombeiros de Madrid, com “evidências científicas da relação entre uma descontaminação inadequada da roupa e o aparecimento de casos de cancro”, e de estudos, como um belga, que dão conta de que roupas contaminadas podem converter-se num meio de transmissão de doenças ao estar em contacto com a pele.

Há alguns anos houve várias mortes de bombeiros em Lisboa, mas nunca se fez um estudo sobre isso, diz Fernando Curto.

Estudo
A ocorrência de demência, incluindo Alzheimer, parece estar a estabilizar nas nações mais ricas, de acordo com um estudo...

Dados da Suécia, Holanda, Reino Unido e Espanha mostram que a percentagem de população com demência – um termo que abrange as doenças neurodegenerativas do cérebro – se encontra estável, bem como o número de novos casos, indica o estudo publicado na revista The Lancet Neurology.

Investigadores liderados por Carol Brayne, professora no Instituto de Saúde Pública da Universidade de Cambridge, compararam a ocorrência de demência em pessoas idosas em dois períodos diferentes nas últimas décadas.

Encontraram poucas diferenças nos dois períodos e num caso, até uma pequena diminuição, na percentagem de população afetada.

Esta tendência pode ser o resultado de melhores condições de vida e educação, bem como melhorias no tratamento e prevenção de doenças vasculares que levam a enfartes e paragens cardíacas, dizem os investigadores.

Se confirmadas, as conclusões deste estudo representam boas notícias e sugerem que a iminente “epidemia da demência” – maioritariamente devido a uma população envelhecida – pode ser menos severa do que se receava.

Estas conclusões são, no entanto, contestadas por outros especialistas.

Aproximadamente 7% das pessoas com mais de 65 anos sofre de algum tipo de demência – essa percentagem sobe para 40% aos 80 ou 85 anos, de acordo com diferentes estimativas.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
A deputada socialista Elza Pais apelou hoje ao bom senso do ministro da Saúde, Paulo Macedo, para que continue a assegurar o...

Este serviço, gerido pelo Grupo Português de Ativistas sobre Tratamento de VIH/SIDA (GAT), foi encerrado depois de o Ministério da Saúde ter parado o financiamento, há oito meses.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, através da Direção-geral de Saúde, apoiou o serviço, com cerca de 34 mil euros por ano, verba que servia para pagar análises, reagentes e 'kits' médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

Em comunicado, a deputada socialista condena o encerramento da consulta, dirigida a homens que têm sexo com outros homens e onde estes podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

“Esta atitude traduz a pouca atenção que o Governo tem dado às pessoas que precisam de cuidados ao nível da prevenção de tratamento do VIH/SIDA”, considera Elza Pais.

Na opinião da deputada socialista, trata-se de uma situação “inadmissível”, já que “vai deixar a população à qual se destinava sem qualquer tipo de apoio”.

De acordo com o presidente do GAT, Luís Mendão, o encerramento daquele serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de atendimento, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

Nesse sentido, Elza Pais aproveita para apelar “ao bom senso do ministro da Saúde para continuar a assegurar este apoio ou outro qualquer que garanta o acesso a este tipo de cuidados de saúde aos homens homossexuais e a uma consulta que também faz educação para a saúde”.

Entretanto, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT) garantiu estar a trabalhar “afincadamente” numa solução para o serviço de consulta de doenças sexualmente transmissíveis, no CheckpointLX.

“A ARS/LVT espera, no mais curto espaço de tempo, poder apresentar ao GAT uma solução expedita que permita aquela instituição cumprir a sua importante missão”, lê-se no comunicado.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT) garantiu hoje estar a trabalhar “afincadamente” numa...

Este serviço, gerido pelo Grupo Português de Ativistas sobre Tratamento de VIH/SIDA (GAT), foi encerrado depois de o Ministério da Saúde ter parado o financiamento, desde há oito meses.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, através da Direção-Geral de Saúde, apoiou com cerca de 34 mil euros por ano, verba que servia para pagar análises, reagentes e kits médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a ARS/LVT diz que está a “trabalhar afincadamente na solução do problema, o qual tem também de ser enquadrado nas recomendações do Tribunal de Contas, para a celebração de acordos entre o setor público e outras instituições”.

Adianta que esse trabalho está a ser feito ao abrigo do Princípio da Prossecução do Interesse Público e tendo em conta a importância da área de intervenção do GAT.

“A ARS/LVT espera, no mais curto espaço de tempo, poder apresentar ao GAT uma solução expedita que permita aquela instituição cumprir a sua importante missão”, lê-se no comunicado.

A ARS/LVT aproveita para explicar que existem especificidades no enquadramento jurídico-legal que regula os acordos entre as ARS e, nomeadamente, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), como o GAT, que obrigaram a que fosse encontrada “uma solução tecnicamente correta e juridicamente adequada”.

“O que não permitiu a rapidez com que gostaríamos que este tema fosse resolvido”, justifica a ARS/LVT.

A ARS/LVT diz ainda que já reuniu com o GAT no sentido de encontrar uma solução para o problema que o serviço de consultas atravessa, nomeadamente permitindo que o GAT possa requisitar a realização de análises clínicas no laboratório do INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

O CheckpointLX é um centro dirigido a homens que têm sexo com outros homens, onde podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

O encerramento deste serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de serviço, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

Em três anos de funcionamento, mais de mil homens tiveram consulta no CheckpointLX, tendo sido identificados mais de meia centena de jovens homossexuais em risco de cancro anal. Foram também feitos cerca de seis mil testes rápidos ao VIH/SIDA.

Ordem dos Médicos
Médicos podem vir a ter de fazer provas periodicamente, de acordo com novo estatuto da Ordem dos Médicos. Sindicatos estranham...

Os médicos vão poder ser avaliados ao longo da carreira para assegurar que continuam aptos a exercer medicina. É uma medida que está equacionada na revisão do estatuto da Ordem dos Médicos (OM) e que prevê a possibilidade de submeter os profissionais a provas periódicas, eventualmente de cinco em cinco anos, segundo revela o bastonário, José Manuel Silva.

O bastonário admitiu ao Diário de Notícias que este será um dos novos poderes da Ordem, apesar de avisar que, primeiro, será necessário criar um regulamento. No âmbito da revisão do estatuto da Ordem, José Manuel Silva propõe a realização de uma prova para aferir as capacidades profissionais dos médicos.

"É uma notícia precipitada", comenta o presidente da Secção Regional do Norte da OM, Miguel Guimarães, lamentando que dê a ideia de que "os médicos não estão preparados, que são uns malandros e que não se actualizam".  O que está previsto, precisou ao PÚBLICO, é a possibilidade de "recertificação de competências médicas", mas esta questão ainda não foi sequer "discutida internamente" na Ordem.

O debate sobre a avaliação só agora vai começar de facto, mas o bastonário foi avançando já alguns parâmetros que defende. No início, o processo será voluntário e os médicos serão avaliados pelos respetivos colégios de especialidade. Ouvido pela TSF, José Manuel Silva precisou que o objectivo passa por reduzir os erros médicos e garantir melhores cuidados de saúde à população.

Miguel Guimarães esclarece que a recertificação não terá que passar necessariamente por uma avaliação periódica, nem por provas públicas, até porque os médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde já são obrigados a fazer várias, ao longo da sua carreira, ao contrário do que acontece com os que trabalham no sector privado.

"Temos que fazer um exame de acesso à especialidade, um exame final de especialidade, provas para concorrer para assistente, depois para assistente graduado e ainda para assistente graduado sénior", enumera. O que a OM quer, explicitou, "são regras que sejam cumpridas por todos, mas integrando o que já existe na carreira médicas" 

É uma ideia que se baseia naquilo que se faz na pilotagem. "Os pilotos têm que demonstrar quantas horas têm de voo", entre outras coisas, lembra o presidente da OM/Norte. Os médicos terão, porventura, que provar que participaram em determinadas acções de formação, diz, frisando mais uma vez que tudo isto ainda está por debater e por definir.

De facto, é cedo para perceber como é que isto vai ser funcionar na prática.  "Ainda não está decidida a forma como será feita a avaliação, mas a ideia é que seja periódica, por exemplo de cinco em cinco anos. A recertificação irá garantir que os médicos continuam aptos, sejam eles especialistas ou sem especialidade”, adiantou José Manuel Silva ao DN. O bastonário admite que inicialmente esta avaliação será voluntária, "para que os médicos e os doentes se habituem a esta cultura". No entanto, também poderá haver situações em que a OM o fará por sua iniciativa, por exemplo em casos de maior risco ou em que haja afastamento há algum tempo da prática clínica.

Sem conhecer ainda os detalhes desta ideia, os responsáveis dos dois sindicatos que representam os médicos manifestaram de imediato a sua “estranheza” ao PÚBLICO. "A ideia de uma recertificação é muito infeliz",  é "estranha”, criticou a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Merlinde Madureira, que prefere não acrescentar outros comentários enquanto não conhecer a proposta  em pormenor. Também Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Indpendente dos Médicos, quis deixar clara a sua "estranheza pela circunstância de isto aparecer assim, desgarrado, quando os médicos já têm um conjunto muito exigente de avaliações ao longo da sua vida profissional".

Associação de Coimbra promove
A Associação de Saúde Infantil de Coimbra anunciou hoje a realização de um campo de férias para crianças e adolescentes com...

Em comunicado, aquele organismo salienta que o campo de férias vai decorrer de 31 de agosto a 04 de setembro, na Tocha, em Cantanhede, no distrito de Coimbra, em parceria com o Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (HP-CHUC).

"Queremos sensibilizar estas crianças para a importância da adesão ao tratamento e de um estilo de vida saudável", explica a pediatra Graça Rocha, citada no documento, que segue estas crianças e jovens no HP-CHUC.

O campo de férias vai contar com a participação de 70 pessoas, entre crianças e jovens com VIH, entre 1 e 19 anos, respetivas mães, também elas, na sua maioria, portadoras da doença, e outros familiares.

Trata-se da 14.ª edição do projeto "A Brincar também se aprende", desenvolvido pela consulta de doenças infecciosas HP-CHUC e pelo Serviço Social e Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte em parceria com a Associação de Saúde Infantil de Coimbra.

Este ano, sob o tema da prevenção (infeções sexualmente transmissíveis, risco cardiovascular e acidentes), as crianças vão ter a oportunidade de participar em vários 'workshops', ateliês, arraiais, jogos interativos, desportos radicais e dançar numa discoteca.

"Pretendemos promover o seu bem-estar social, psicológico e afetivo através de um evento que cultiva ambientes amistosos e lúdicos que promovem a autoestima e a entreajuda", refere a assistente social Rosa Gomes, que acompanha as famílias dos doentes no HP-CHUC.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
O serviço de consulta de doenças sexualmente transmissíveis no CheckpointLX, em Lisboa, gerido pelo Grupo Português de...

O CheckpointLX é um centro dirigido a homens que têm sexo com outros homens, onde podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do GAT explicou que este serviço, existente desde há três anos, contava com um apoio financeiro anual de cerca de 34 mil euros por parte do Ministério da Saúde, através da Direção-geral de Saúde.

Esta verba, de acordo com a informação disponível no site do GAT, servia para pagar análises, reagentes e kits médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

“O GAT investia, dos apoios privados que recebe, um valor semelhante para completar a falta de financiamento, e muitos dos profissionais de saúde que asseguravam a consulta trabalhavam ‘pro bono’”, adiantou Luís Mendão.

De acordo com o responsável, o apoio financeiro foi acordado em 2011 e tinha a duração de três anos, tendo terminado em dezembro de 2014, sem que o atual Governo tenha apontado uma alternativa ou razão para a sua cessação.

“Mantivemos a consulta com trabalho ‘pro bono’ e com o dinheiro que conseguimos manter, mas, no final do mês passado, depois de olharmos para as contas, decidimos que não podíamos continuar a assegurar o pagamento ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical e ao Instituto Português de Oncologia”, revelou.

Isto porque, explicou, era para estes dois institutos que eram encaminhadas as análises, depois de recolhidas na consulta.

“Estamos a tentar estabelecer um protocolo com o Ministério da Saúde para enviarmos as análises para o INSA [Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge], que é o laboratório nacional de referência para as IST [infeções sexualmente transmissíveis], apenas para que o Ministério pagasse as análises que nós para lá enviássemos”, adiantou Luís Mendão.

Segundo o responsável, o encerramento deste serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de serviço, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

“Estamos indignados porque o serviço do CheckpointLX, incluindo a consulta, foram considerados exemplos de boas práticas e de inovação pela Organização Mundial de Saúde e pela ECDC [Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças]”, apontou.

Luís Mendão diz não compreender esta situação, quando, apontou, não existe outro serviço, incluindo no Serviço Nacional de Saúde, que assegure este tipo de consultas a um preço tão baixo como aquele que o GAT propõe.

“Parece-nos que é contra a ideia de saúde pública, de prioridade ao controlo da infeção por VIH/SIDA”, criticou.

A Lusa contactou o Ministério da Saúde, que remeteu o caso para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a qual disse que dará uma resposta durante o dia de hoje.

Em três anos de funcionamento, mais de mil homens tiveram consulta no CheckpointLX, tendo sido identificados mais de meia centena de jovens homossexuais em risco de cancro anal. Foram também feitos cerca de seis mil testes rápidos ao IHV/SIDA.

 

Estudo
Trabalhar 55 horas ou mais por semana aumenta em 33% o risco de enfarte, quando se compara com uma jornada laboral entre 35 a...

Com base em 17 investigações envolvendo 528.908 homens e mulheres, seguidos durante 7,2 anos, o aumento do risco de enfarte mantinha-se mesmo quando se retirava da equação o consumo de tabaco e álcool e a atividade física.

O estudo, publicado pela revista The Lancet, conclui que, em comparação com pessoas que têm uma semana regular, aqueles que trabalham entre 41 e 48 horas tinham um risco acrescido de 10%, enquanto os que trabalham entre 49 e 54 horas enfrentam um risco extra de 27%.

No caso de se trabalhar 55 horas ou mais por semana, o risco de enfarte aumenta em 33%, indica o estudo.

Uma longa semana de trabalho também aumenta o risco de doenças cardíacas coronárias em 13%, mesmo tendo em conta fatores de risco como a idade, o género e o nível socioeconómico, revela o estudo.

Os investigadores sugerem que a baixa atividade física, o elevado consumo de álcool e o stresse frequente elevam o risco.

“Os profissionais de saúde deviam estar conscientes de que trabalhar longas horas está associado a um significativo aumento do risco de enfarte e, possivelmente, também a doenças cardíacas coronárias”, pode ler-se no estudo.

 

Estudo
O efeito da obesidade sobre o tecido mamário favorece o desenvolvimento de cancro na mama, segundo um estudo hoje divulgado na...

O aumento da rigidez no tecido adiposo dos seios modifica a comunicação química entre as células e isso estimula o crescimento de tumores, concluiu o estudo, elaborado por especialistas de três instituições dos Estados Unidos.

Os cientistas estudaram o tecido mamário de pessoas obesas, pessoas com peso saudável e de ratinhos com obesidade.

O diagnóstico para as mulheres com cancro na mama que são obesas é muito pior do que para mulheres que têm peso saudável, mas muito poucos tratamentos para aquele cancro são dirigidos a pessoas com obesidade.

A importância da pesquisa é permitir saber o que acontece a nível celular para desenvolver tratamentos mais eficazes.

Doar sangue
A dádiva de sangue por parte de homossexuais vai passar a ser permitida, uma decisão que decorre das recomendações de um grupo...

O relatório “Comportamentos de risco com impacto na segurança do sangue e na gestão de dadores”, a que a Lusa teve acesso, estabelece “a cessação da suspensão definitiva dos candidatos a dadores homens que têm sexo com homens (HSH) [homossexuais e bissexuais]”, uma decisão tomada por unanimidade entre os oito elementos do grupo de trabalho.

Quer isto dizer que termina a proibição de este grupo poder dar sangue, passando aquilo que é hoje considerado como “critério de suspensão definitiva” para critério de suspensão temporária”.

Na prática, os HSH passam a poder ser dadores de sangue, estando sujeitos à aplicação de um período de suspensão temporária que pode ser de seis ou 12 meses após o último contacto sexual ou de seis meses após um novo parceiro sexual “com a avaliação individual do risco”.

Entre os pontos de decisão deste grupo de trabalho, contam-se a revisão e adequação do questionário de saúde feito ao dador antes da dádiva, a elaboração de história clinica que investigue comportamentos de risco associados, bem como o desenvolvimento de um modelo de avaliação do risco infecioso VIH, face ao período de suspensão adotado, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Considerando que “deve ser garantida a não discriminação dos dadores”, o grupo de trabalho assume também como prioritário que seja garantida a segurança da transfusão.

Este é um aspeto destacado igualmente pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde (SEAMS), que assina o despacho que aceita as recomendações e incumbe a DGS de elaborar a respetiva Norma de Orientação Clínica (NOC) até ao final do mês de outubro.

No despacho, a que a Lusa teve acesso, lê-se que “a DGS deverá, em colaboração com o IPST, elaborar NOC com critérios nacionais de inclusão e exclusão de dadores” e que “em situações de dúvida deverá sempre aplicar-se o princípio cautelar de segurança máxima”.

O documento determina que os “pontos de decisão” deverão ser assumidos e cumpridos pelas entidades centrais competentes, nomeadamente o IPST e a DGS, e que até 31 de outubro “terá de haver divulgação da NOC”, na qual “será clara a decisão quanto à exclusão a aplicar a potenciais dadores com risco infecioso inalterável, nomeadamente por comportamento sexual ou outro”.

 

Lusa

Lentes de contacto
A má utilização das lentes de contacto pode ser crucial no surgimento de afeções oculares, uma situação que quando não é...

"Um dos principais problemas associados à má utilização das lentes de contacto ou à falta de higiene das mesmas é a ceratite por acanthamoeba, uma situação causada por um parasita que ataca a córnea e que pode comprometer gravemente a visão das pessoas, podendo até causar cegueira", revela Rui Branco, coordenador da Unidade de Oftalmologia do Hospital Lusíadas Albufeira.

O oftalmologista salienta ainda a necessidade de visitas periódicas ao oftalmologista como forma de deteção de possíveis alterações oculares indicativas de infeção e alerta para os casos em que existe dor e olho vermelho, o que pode significar "uma infeção em que é fundamental o tratamento com antibióticos para evitar a perda de visão".

Os utilizadores das lentes de contacto devem ainda ter atenção a outras recomendações dos  especialistas: retirar as lentes antes de ir dormir, na prática do desporto, antes de entrar na piscina ou ir à praia, pois o cloro, suor e vento excessivos comprometem a segurança das lentes.

"É de extrema importância que as pessoas utilizem as lentes de contacto num contexto de benefício risco, tendo sempre em conta que as indicações médicas que se lhe propõe para a obtenção de uma melhor qualidade de visão, ponderam a melhor escolha terapêutica como indicação para a sua utilização. Por outro lado, é igualmente essencial o cuidado no seu manuseamento para que as lentes sejam limpas e armazenadas com recurso a soluções esterilizantes e não com água da torneira", acrescenta.

Sindicato anuncia
O Sindicato de Enfermeiros anunciou hoje a existência de mais quatro casos de tuberculose latente no hospital de Portimão e...

Segundo avançou à Lusa o dirigente da delegação de Faro do Sindicato de Enfermeiros, foi recentemente diagnosticada tuberculose latente a dois enfermeiros e dois assistentes operacionais, estando ainda em tratamento outros cinco profissionais de saúde cujo diagnóstico foi feiro em maio.

Nuno Manjua alertou para a necessidade de rastreios aos profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Algarve e a contratação de um médico do trabalho, além da vigilância da saúde nos termos legais.

Por outro lado, o sindicato reivindica a contratação de mais enfermeiros, a existência de um quarto de isolamento que cumpra todos os requisitos e o internamento de doentes em condições condignas para prevenir infeções em contexto hospitalar.

A 10 de agosto, o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) refutou a notícia de que os rastreios aos profissionais de saúde não estavam a ser feitos em conformidade, sustentando que o segundo caso foi detetado no âmbito do rastreio realizado.

Um dos problemas apontados pelo sindicato é a inexistência no hospital de Portimão de um quarto de isolamento, designado por quarto de pressão negativa, que permita conter possíveis surtos contagiosos, procedendo-se atualmente o isolamento de doentes com tuberculose ou outras doenças contagiosas no serviço de urgências com uma cortina.

O CHA explicou esta segunda-feira, através de comunicado, que existia uma divisão sem condições para o isolamento de doentes que a anterior administração pretendia transformar num quarto de pressão negativa mas não o chegou a concretizar.

“Por absoluta falta de condições, nomeadamente perigoso afastamento do núcleo central do Serviço de Urgência, nunca ou muito raramente este espaço terá servido para internamento de doentes, funcionando, na prática, como armazém de material clínico. Foi este espaço, inadequado à prática de medicina de qualidade, que a atual administração transformou numa excelente sala de triagem de enfermagem”, referiu o CHA.

Esta segunda-feira, o conselho de administração do CHA qualificou como “falsas e caluniosas” as denúncias do Sindicato dos Enfermeiros considerando que o caso está a ser alvo de aproveitamento político.

Ordem dos Médicos Veterinários
A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) apelou hoje à criação de incentivos fiscais para quem tem animais domésticos, como a...

À porta das legislativas, a OMV enviou uma carta aberta aos partidos políticos, na qual apela à redução do IVA (atualmente fixado em 23%) e à dedução das despesas das famílias em sede de IRS em cuidados médico-veterinários com animais de companhia.

Esta carta surge da necessidade sentida pela OMV de alertar para as dificuldades e os constrangimentos económicos sentidos pelas famílias na prestação de cuidados aos seus animais de estimação e para o abandono de animais, em parte decorrente do elevado número existente em Centros de Recolha Oficial (CROs).

“Esta carta aberta a todos os partidos políticos tem como objetivo levá-los a que considerem a sua atuação futura e façam refletir no orçamento do Estado de 2016 medidas fundamentais que permitam um apoio às famílias portuguesas na garantia dos cuidados básicos aos seus animais de companhia”, afirma a bastonária da OMV, Laurentina Pedroso.

Entre os argumentos apresentados pela OMV, está, em primeiro lugar, a necessidade de muitos desses cuidados veterinários para garantir a saúde e o bem-estar dos animais, considerados por muitas famílias como mais um dos seus elementos.

Em segundo lugar, a OMV recorda que vários dos cuidados médico-veterinários decorrem de “uma imposição legal”, estando o Estado a delegar nas famílias que detêm animais domésticos os custos necessários à salvaguarda da lei, “não somente no que respeita à saúde e proteção animal, mas também da saúde pública”.

Estas responsabilidades incluem profilaxia, como a vacinação antirrábica, a identificação animal, o registo e licenciamento de cães e gatos, de renovação anual.

A Ordem recorda ainda que muitos dos cuidados voluntários de saúde que as famílias assumem com os animais e “que financiam sem qualquer apoio ou benefício do Estado” têm impactos que ultrapassam a saúde animal e se “refletem e são cruciais na manutenção da saúde humana”, como a desparasitação regular e o controlo de agentes zoonóticos.

A OMV lembra ainda que as famílias garantem outros procedimentos associados à saúde animal, como a esterilização, uma medida fundamental para prevenir um elevado aumento do número de animais e, consequentemente, diminuir a população vadia, o abandono e a grande quantidade de animais nos CROs.

Aumento da natalidade em Portugal
Números do primeiro semestre superam os de igual período de 2014. Se a tendência se confirmar, 2015 pode ser o ano em que curva...

O ano 2015 poderá vir a ser o da recuperação da natalidade em Portugal. O número de nascimentos continua a subir, com o primeiro semestre a manter a tendência verificada no final do ano passado. 

Os números são do Instituto Ricardo Jorge e levam em consideração, além do número de nascimentos, o número de exames de diagnóstico precoce - o chamado teste do pezinho, que é obrigatório à nascença. 

As conclusões são sintetizadas e divulgadas esta quarta-feira, no “Diário de Notícias”. A média de nascimentos nos primeiros sete meses de 2015 subiu em quase todo o país, o que acontece pela primeira vez em cinco anos. 

Se a tendência se confirmar, 2015 pode ser o ano em que curva descendente - com mais de 50 anos - começa a inverter-se. 

As mulheres com mais de 25 anos, e até ao limite da idade fértil, são as que mais têm contribuído para o aumento da natalidade. Até Julho, nasceram mais 1.500 bebés do que em igual período de 2014. 

O Porto lidera o “ranking”, com 8.847 nascimentos - mais 450 do que nos primeiros sete meses do ano passado. Aveiro, pelo contrário, é o distrito com menos nascimentos: 2.371 desde Janeiro e menos 56 do que em igual período de 2014. 

Os distritos de Bragança, Guarda, Setúbal, Beja e a Região dos Açores também contrariam a tendência ascendente, com menos nascimentos. 

De acordo com uma pesquisa da Renascença na plataforma Pordata, que agrega dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal passou dos 24,1 nascimentos por mil habitantes, em 1960, para os 7,9, em 2013 e 2014, considerados os piores anos em matéria de natalidade desde que há registo estatístico de nados vivos residentes no país.

Agência do medicamento dos EUA
A Agência para a Alimentação e Medicamentos (FDA) norte-americana deu terça-feira luz verde para a comercialização do...

A FDA, que rejeitou a comercialização da droga em 2010 e 2013, seguiu finalmente as recomendações de um comité consultivo de peritos que voltou em junho a recomendar a comercialização do medicamento.

O Flibanserin, destinado a mulheres que não estejam na menopausa, pode ter efeitos secundários significativos, incluindo náuseas, tonturas e sonolência.

Duas tentativas de trazer a droga para o mercado falharam em 2010 e 2013, porque os especialistas descreveram as vantagens como inconclusivas.

Segundo documentos na página na Internet da FDA, as mulheres que tomaram Flibanserin relataram, em média, 4,4 encontros sexuais satisfatórios por mês, contra 3,7 das que tomaram um placebo (medicamento ministrado com fins sugestivos).

OMS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que uma em cada cinco crianças no mundo não recebe as vacinas de rotina e que...

“Um total de 18,7 milhões de crianças com menos de um ano não receberam a vacina contra a difteria, como recomendamos”, disse o responsável pelo departamento de vacinação da OMS, Philippe Duclos.

A agência das Nações Unidas manifestou hoje a sua preocupação face à corrente que defende a não utilização de vacinas, um dos aspetos que dificulta as metas mundiais de imunização.

Para o responsável, não é possível traçar o perfil das pessoas que recusam a vacinação com base em parâmetros como a classe social, escolaridade, nacionalidade ou origem étnica

De acordo com Philippe Duclos, um alto nível de educação não significa a aceitação automática das vacinas.

Também não depende do nível socioeconómico do país, segundo frisou o responsável, que recordou um caso registado numa região do Reino Unido, onde várias pessoas defendiam que certas vacinas provocavam graves doenças neurológicas nas crianças.

O representante da OMS também mencionou um caso mais recente verificado em França, onde também existiu uma corrente contra a vacina da hepatite B.

Philippe Duclos explicou que a recusa da vacinação pode ser atribuída a vários fatores, como as crenças baseadas em mitos, a desinformação, a desconfiança face aos profissionais de saúde e ao sistema sanitário, a influência dos líderes comunitários, os custos e as barreiras geográficas.

O medo de agulhas também pode funcionar como um impedimento. Sobre este aspeto, a OMS vai publicar em breve um conjunto de recomendações para atenuar a dor no momento da injeção.

“Não existe uma estratégia única, mas poderá passar pela participação de líderes influentes para promover a vacinação junto das comunidades, pela mobilização social, pelos meios de comunicação, bem como pela criação de melhores acessos à vacinação”, disse o perito.

A taxa de vacinação a nível mundial é atualmente de 86% e o objetivo da OMS é chegar aos 90% até ao final deste ano.

ULS do Nordeste anuncia
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste anunciou hoje que pretende realizar 800 cirurgias extra até ao final do ano com o...

No âmbito deste plano, os doentes serão submetidos a cirurgia mais rapidamente e a meta é até ao final de 2015 “diminuir de forma assinalável a lista de espera na ULS do Nordeste, eliminando-se mesmo por completo as listas de espera existentes nas especialidades referidas”, de acordo com informação divulgada pelo gabinete de Comunicação e Imagem.

Estas cirurgias serão realizadas fora do horário normal de funcionamento dos blocos para cirurgia programada e ao abrigo do Plano de Intervenção em Cirurgia do Ministério da Saúde.

O Governo atribuiu a esta unidade local de saúde uma verba suplementar de “aproximadamente um milhão de euros” para concretizar os objetivos propostos.

A ULS do Nordeste que serve cerca de 130 mil utentes do distrito de Bragança prevê realizar até ao final do ano 700 operações às cataratas, 20 à hérnia discal e 80 artroplastias da anca.

A entidade responsável pela saúde no Nordeste Transmontano ambiciona “reforçar o desempenho no acesso à cirurgia”, indicando que regista atualmente “apenas 2,9 % de doentes” que esperam mais do que o tempo máximo de resposta estipulado para as cirurgias.

Segundo ainda aquele organismo, os números desta região são inferiores aos da Administração Regional de Saúde (ARS) Norte, com 7,6% dos doentes em espera com tempo superior ao máximo de resposta garantida, e à média nacional que é de 12,1%.

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