Taxas moderadoras
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) denunciou hoje que alguns hospitais estão a solicitar aos utentes o...

Num comunicado assinado pela delegação regional de Santarém da DECO, esta organização revela que alguns consumidores têm denunciado situações em que os hospitais continuam a enviar cartas aos utentes a solicitar o pagamento de taxas moderadoras com mais de três anos.

A DECO recorda a lei que define o regime de cobrança de dívidas pelas Instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo a qual “os créditos prescrevem no prazo de três anos, contados da data da cessação da prestação dos serviços que lhes deu origem”.

Por esta razão, a DECO informa os consumidores que sejam confrontados com uma carta de um hospital a reclamar o pagamento de valores referentes a cuidados de saúde prestados há mais de três anos de que poderão opor-se ao seu pagamento, “invocando expressamente a prescrição e solicitando a anulação dos valores exigidos”.

A prescrição deve ser efetuada antes do pagamento do valor em dívida e através de carta registada com aviso de receção, ficando com cópia da carta e guardando os registos de envio.

Estudo
Diogo Pimentel é um dos principais autores de trabalho publicado na revista Nature, no qual se descreve uma experiência com...

A verdade é que ninguém sabe por que é que precisamos de dormir. Se a resposta imediata for, simplesmente, porque estamos cansados, saiba desde já que isso não chega para perceber o funcionamento do nosso cérebro nessa parte das nossas vidas que nos “rouba” 1/3 do tempo. O cansaço não é uma explicação, pelo menos para qualquer neurocientista. Uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford, em Inglaterra, já conseguiu perceber o mecanismo que actua no grupo de neurónios que controla o sono das moscas da fruta e que é capaz de as acordar. Se ele estiver desligado, as moscas dormem muito mais tempo. Por isso, os cientistas chamaram-lhe "João Pestana" (ou "Sandman", na versão inglesa).

Diogo Pimentel é investigador de pós-doutoramento na Universidade de Oxford, onde está há cerca de seis anos. “Há três ou quatro anos que trabalho no sono”, explica o bioquímico, que se especializou em neurociências. “Estamos interessados no sono porque todos temos de passar uma parte substancial da nossa vida a dormir, mas ainda não sabemos por que é que temos de dormir. E acho que do ponto de vista das neurociências é um dos grandes enigmas que estão por resolver”, referiu ao PÚBLICO.

Nem sabemos o que significa estar cansado do “ponto vista neurológico”, se essa for a explicação para a necessidade de dormir, adianta. “O que é que o cérebro precisa de fazer durante o sono que justifique o risco e a perda de produtividade que temos quando dormimos? É um terço da nossa vida em que não podemos fazer nada e que, do ponto de vista evolutivo, nos coloca numa posição de desvantagem. Alguma coisa vital e muito importante tem de compensar o investimento de tanto tempo a dormir”, argumenta Diogo Pimentel. O trabalho que agora foi publicado na revista científica Natureainda não esclarece o enigma, mas representa mais um passo nesse sentido.

“Se compreendermos como é que o sono é regulado, ficamos a um passo mais perto de perceber por que é que precisamos de dormir”, defende o investigador, que esteve a observar um conjunto de cerca de duas dúzias de neurónios no cérebro das moscas da fruta (os cientistas acreditam que algo semelhante se passa no cérebro dos humanos) que já tinham sido associados ao controlo do sono em estudos anteriores.

Estes cerca de 24 neurónios são uma espécie de termostato no nosso cérebro para o sono, a que os investigadores chamam “homeostato do sono”. “O que esse homeostato faz é detectar quando estamos acordados há tempo de mais, para então ligar o programa do sono e vamos dormir. O que esclarecemos neste estudo é que o mecanismo que desliga estes neurónios nos faz acordar quando estamos a dormir.”

O reverso deste circuito – ou seja, o mecanismo que “liga” estes neurónios para nos fazer dormir – ainda não foi esclarecido e será o próximo passo da investigação da equipa da Universidade de Oxford.

A explicação do nome

“Para já, sabemos que o que desliga os neurónios é o neurotransmissor da dopamina, que inicia um processo intracelular que depende de um canal iónico [uma molécula de membrana celular] a que chamámos 'Sandman' e que em português seria o' João Pestana'”, explica Diogo Pimentel.

O nome dado a este canal que viabiliza a transmissão de impulsos eléctricos entre os neurónios parece contraditório com o seu efeito, uma vez que nos acorda. Mas, segundo esclarece o cientista, esta é a tradição em estudos de genética com moscas da fruta. “Quando se descobre uma mutação [genética], normalmente nomeia-se a proteína de acordo com o efeito da mutação – ou seja, neste caso, se tirarmos o 'Sandman' destes neurónios, o que acontece é que as moscas dormem praticamente o dia todo.”

Essa foi uma experiência que a equipa fez. O canal iónico "João Pestana", que funciona como um interruptor neste conjunto de neurónios, foi retirado destas células e as moscas ficaram a dormir entre 20 a 22 horas por dia, quando normalmente o seu sono fica pelas 12 e as 14 horas.

Com um mecanismo completamente diferente, a dopamina pode também ser capaz de acordar as moscas durante um curto período de tempo. Porém, quando se fala em acordar depois de dormir o suficiente para então começar a funcionar de novo, “o 'Sandman' tem um papel decisivo porque, a partir do momento em que ele entra para a membrana, aqueles neurónios já não conseguem funcionar normalmente e a mosca fica acordada por um período prolongado”.

Tiago Pimentel acredita que a descoberta pode vir, um dia, a ser útil para os humanos e, mais do que isso, a investigação sobre este termostato do sono – peça por peça – pode levar-nos a esclarecer um dos muitos mistérios das neurociências. “Se conseguirmos perceber que existe um mecanismo semelhante a este nos humanos e noutras espécies, julgo que o 'Sandman' poderia ser um alvo interessante para a indústria farmacêutica para formular melhor medicação para dormir. Por outro lado, acho que agora que começámos a abrir esta caixinha, que é o homeostato do sono, estamos a desmontar as peças e a perceber como isto tudo funciona. No dia em que compreendermos esta regulação, estaremos a um passo de saber por que é que precisamos de dormir e esse motivo é universal. As moscas precisam de dormir pelos mesmos motivos que os humanos.”

Medicamentos
Primeira autorização do Infarmed em 2013 a laboratório do Reino Unido. Empresa australiana está no Alentejo desde 2015.

Espanha é já um dos maiores produtores mundiais de ópio legal, com o primeiro lugar a ser ocupado pela Austrália. As plantações de papoila, autorizadas pelos governos e exploradas por empresas ou laboratórios farmacêuticos, são fonte de matéria-prima para a produção de medicamentos usados, sobretudo, para o tratamento da dor. Portugal também já faz parte dos países produtores. Começou em 2013, quando a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) deu a sua autorização à Macfarlan Smith Ltd., farmacêutica escocesa especializada na produção de alcaloides de ópio e outras drogas controladas. E já não é a única. A TPI Enterprises, uma das maiores empresas australianas de produção de papoila, começou a plantar no Alentejo no ano passado.

Segundo o jornal El País, Espanha é um dos maiores produtores mundiais de ópio legal, apenas superado pela Austrália (19 500 hectares de plantação). Em apenas um ano a superfície plantada em Espanha cresceu 62,5%. Passou de oito mil hectares plantados, em 2014/2015, para 13 mil hectares. O processo segue regras apertadas, de forma a cumprir a Convenção das Nações Unidas sobres Estupefacientes, de 1961. Todos os países que ratificaram este acordo, caso de Portugal, têm de o seguir.

A localização exata dos campos é secreta, mas segundo o El País sabe-se que ficam nas zonas de Castilla--La Mancha, Castilla y León, La Rioja e País Basco. É preciso autorização do governo para a plantação e exportação do produto e os agricultores têm de ter o aval dos ministérios da Agricultura e da Saúde espanhóis. Alcaliber, uma das maiores produtoras de morfina do mundo, recebeu autorização de exploração do governo espanhol em 1973.

Alqueva, zona de eleição

A aventura portuguesa começou muito mais tarde. Depois de dois anos de testes, a primeira autorização do Infarmed para plantação de ópio em território nacional foi dada à Macfarlan Smith Ltd, em março de 2013. As origens da farmacêutica escocesa remontam a 1815 e é responsável por várias plantações no Reino Unido. Por cá, a zona de eleição para testar as possíveis plantações foram Serpa, Cuba e Monte Novo. O objetivo é garantir matéria-prima para a unidade de produção de medicamentos em Edimburgo, na Escócia.

A empresa começou com pouco mais de cem hectares de plantação mas, como foi noticiado em 2013, com o objetivo de expandir até aos quatro mil hectares nos três anos seguintes. Na equação, ainda a possível construção de uma fábrica no Alentejo para fazer separação das sementes do resto da planta.

As zonas de regadio do Alqueva - com bom terreno e acesso a água - atraíram mais uma empresa para Portugal: a TPI Enterprises, uma grande produtora australiana, que até ao ano passado não tinha unidades fora do país de origem. Numa entrevista ao Diário Económico, Jarrod Ritchie, presidente-executivo da empresa, explicava que tinham começado com 700 hectares de plantação de papoila branca, mas que esperavam aumentar a área até três mil hectares este ano. O investimento também cresceu: de dois milhões de euros para dez milhões.

O modelo de negócio será semelhante em ambos os casos: contratar agricultores locais para fazerem a produção. São necessárias autorizações dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, Agricultura e Saúde e há um processo obrigatório de licenciamento. O secretismo também parece ser um ingrediente obrigatório neste negócio. Aos agricultores foi-lhes pedido que não revelassem os locais das plantações. Um documento do Ministério da Agricultura e do Mar, de 2014, estabelecia as regras para o cultivo da papoila do ópio: o agricultor tem de ter um parecer favorável do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, o terreno não pode estar perto de estradas ou caminhos de acesso fácil ao público, caso seja necessário tem de se criar uma barreira com um mínimo de 30 metros de largura, tem de estar isolada de outras culturas, toda a semente não usada tem de ser devolvida às empresas e após a colheita o restolho tem de ser destruído.

Alerta radiação ultravioleta
Vinte e seis regiões do país apresentam hoje risco “Muito Elevado” de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o...

Apenas o Porto apresenta um índice ‘Elevado’ de exposição à radiação UV. Viana do Castelo está com risco ‘Moderado’ para o dia de hoje.

As regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Viseu, Porto Santo, Angra do Heroísmo, Santa Cruz das Flores, Horta e Ponta Delgada estão hoje com risco ‘Muito Elevado’, segundo o Instituto.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste até ao meio da manhã, persistindo até ao início da tarde a norte do Cabo Carvoeiro.

Nas regiões do interior Norte e Centro, o IPMA prevê um aumento temporário de nebulosidade durante a tarde.

O vento soprará em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste no litoral oeste a sul do Cabo Carvoeiro e nas terras altas, em especial durante a tarde.

É ainda esperada uma pequena descida de temperatura, em especial nas regiões Norte e Centro.

Na Madeira está previsto céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul da ilha da Madeira, e o vento a soprar fraco a moderado predominando de nordeste.

Já nos Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, tornando-se encoberto, aguaceiros fracos na madrugada e períodos de chuva fraca para a noite.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 16 e 27 graus Celsius, no Porto entre 14 e 20, em Braga entre 13 e 26, em Viana do Castelo entre 13 e 20, em Vila Real entre 14 e 28, em Viseu entre 13 e 27, na Guarda entre 17 e 27, em Bragança entre 15 e 32, em Coimbra entre 13 e 25, Castelo Branco entre 15 e 32, em Santarém entre 14 e 29, em Évora entre 14 e 33, Beja entre 15 e 33, em Faro entre 21 e 31, no Funchal entre 20 e 26, em Ponta Delgada na Horta entre 22 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 20 e 26.

 

Direção-Geral da Saúde
O extremo calor que se sentiu no país nos primeiros 10 dias de agosto terá sido responsável pela morte de mais 31 pessoas, face...

Em declarações, a sub-diretora geral da Saúde Graça Freitas explicou que nos primeiros 10 dias de agosto se registaram mais 186 óbitos, por todas as causas, em relação ao período homólogo dos dois anos anteriores.

Desses, estima-se que 31 mortes se devam ao calor.

“Considerando a tendência e variabilidade observadas na mortalidade ao longo de 2016, estima-se que, esta diferença represente, efetivamente, mais 31 óbitos, distribuídos pelos 10 dias decorridos de agosto”, refere a DGS.

INEM
Portugal conta já com 1.375 desfibrilhadores distribuídos por diversos espaços públicos, afirma o INEM, num balanço de sete...

O Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) do INEM assinala hoje sete anos de existência: no dia 12 de agosto de 2009 foi criada a legislação que permite, mediante licença emitida pelo INEM, a utilização de DAE por leigos em locais de acesso ao público e em Ambulâncias de Socorro ou Transporte tripuladas por operacionais não pertencentes ao INEM.

Num balanço de sete anos de programa, o INEM revela que atualmente existem 1.375 DAE licenciados, distribuídos por aeroportos, centros comerciais, hipermercados, bancos, aeronaves, casinos, unidades hoteleiras, entre outros espaços públicos.

O INEM refere que desde 2009 promove a adesão de empresas e instituições a este programa, que tem “verificado um franco desenvolvimento, fruto também do empenho e preocupação de empresas e/ou instituições que, com elevada responsabilidade social, consideram o acesso à desfibrilhação automática externa uma importante mais-valia no reforço da cadeia de sobrevivência no nosso país”.

No total, são 1.181 os espaços públicos, ambulâncias ou viaturas tripuladas por operacionais não pertencentes ao INEM que dispõem atualmente dos 1.375 equipamentos de DAE.

O INEM recorda que fora do âmbito dos Programas de DAE licenciados, circulam em Portugal 627 veículos equipados com este aparelho: trata-se de meios próprios do INEM (154) e ambulâncias disponibilizadas e operadas por Corporações de Bombeiros e Núcleos da Cruz Vermelha Portuguesa (473), às quais o INEM atribuiu este equipamento.

Direção-Geral da Saúde
A subdiretora-geral de Saúde, Graça Freitas, diz que as pulseiras anti-insetos, muito em voga, “não substituem nenhum dos...

Com a vaga de calor que tem afetado Portugal, por estes dias a “bicharada” dá sinais da sua presença, tornando-se incomodativa e, muitas vezes, especialmente para crianças, um suplício.

No mercado, surge, entretanto, um novo produto, as pulseiras anti-insetos, algumas vendidas como específicas para crianças, mas a subdiretora da Saúde diz que, segundo a Rádio Renascença, nada existe que confirme a eficácia das pulseiras, pelo que "as pessoas devem utilizar também os mecanismos habituais para evitar as picadas”.

“A recomendação mais genérica é que as pessoas usem repelente, utilizem roupa de fibras naturais, larga e de cor clara que cubra a maior parte do corpo. Devemos ter especial atenção aos pés, porque as pessoas aplicam o repelente mas esquecem-se dessa parte do corpo”, acrescenta Graça Freitas.

Quando se fala deste tema costuma-se dizer que a ingestão de bebidas alcoólicas, a transpiração ou mesmo o tipo de alimentação podem propiciar as picadas de insetos, mas trata-se de mitos.

“Os insetos têm preferência por algumas características das pessoas. Mas existem muitos mitos no que toca a este assunto. As nossas recomendações têm evidência científica. Outras questões não passam de mitos, modas e informação sem fundamento científico”, esclarece a subdirectora da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo Graça Freitas, qualquer pessoa pode ser picada por insetos. No entanto, algumas “devem ter mais precauções que outras pessoas”, incluindo-se aqui “grávidas, crianças e pessoas vulneráveis”.

A DGS avisa as pessoas para estarem particularmente atentas às águas paradas que são uma verdadeira incubadora para o aparecimento de insetos, e à entrada de moscas ou formigas em casa, pelo perigo que representam como portadores de matérias nocivas. 

"Treino cerebral"
Realidade virtual e computação avançada permitiram a recuperação do controlo de músculos que, há décadas, não eram dominados...

Depois de dez meses de "treino cerebral", oito paraplégicos conseguiram mexer as pernas e recuperar alguma sensibilidade nessa região do corpo. Esta conquista inédita resulta de um prática experimental que recorreu a um exoesqueleto artificial, dispositivos de realidade virtual e sistemas não invasivos que ligam o cérebro a um computador para reintroduzir nesses pacientes a consciência da decisão do movimento.

A descoberta parece sugerir que, mesmo quando a rotura da espinhal medula é considerada total, os tecidos nervosos dessa região permanecem abertos aos estímulos, explicam os cientistas no artigo publicado na Scientific Reports citado pelo The Guardian. A experiência foi realizada no Brasil, em São Paulo.

Todos os pacientes relataram a restauração parcial dos movimentos musculares e da sensibilidade e, embora nenhum deles consiga andar sem ajuda, alguns conseguem fazê-lo, segundo o Diário de Notícias, com a simples ajuda de muletas e de equipamento que apoie as pernas.

Cada participante foi equipado com um conjunto de elétrodos que permitiram o registo dos sinais dos eletroencefalogramas (avaliação da atividade bioelétrica do cérebro), durante os quais os cientistas pediram aos pacientes que "pensassem" em mover as pernas. Inicialmente, nenhum deles conseguia fazê-lo.

A introdução dos dispositivos de realidade virtual, aparelhos de auxílio dos movimento (usados na fisioterapia comum) e arneses completos marcaram o estágio seguinte da pesquisa que integra o programa internacional Walk Again.

O uso de realidade virtual acabou por permitir a produção da ilusão do movimento das pernas e simulou sensações distintas como andar na relva ou na areia. Gradualmente e a ritmos diferentes, os participantes começaram assim a sentir reações musculares voluntárias abaixo da área da rotura da espinhal medula.

"Tropeçamos nesta recuperação clínica, o que é quase um sonho, porque levou a abordagem para um nível totalmente novo", conta Miguel Nicolelis, co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke e investigador na Associação de neuroreabilitação Alberto Santos Dumont em São Paulo.

Agora, dez meses depois, um dos pacientes foi já capaz de sair de casa e conduzir um carro. Outra de dar à luz, sentindo, efetivamente, as contrações. Alguns foram requalificados como "parcialmente paralisados".

O ensaio clínico cujo objetivo original era melhorar a eficácia das próteses robóticas comandadas pelo cérebro submeteu os oito participantes a mais de duas mil sessões de "treino cerebral" num total que mais de duas mil horas. Embora tenham registado melhorias significativas (e surpreendentes), estes pacientes continuam 

Estudo
Quem anda de carro pesa, em média, mais quatro quilos do que quem opta pela bicicleta. Essa é a conclusão preliminar de um...

O estudo "Atividade Física Através de Transporte Sustentável" é um projeto europeu financiado por fundos comunitários conduzido em sete cidades europeias - Barcelona, Antuérpia, Londres, Örebro, Roma, Viena e Zurique.

A investigação pretende relacionar a saúde e os hábitos de transporte de onze mil pessoas, escreve o Sapo.

O trabalho consistiu em perguntar aos participantes como se movem na sua cidade, que meios de transporte usam e quanto tempo passam em viagens, relacionando esses dados com informação biométrica dos participantes.

Os resultados preliminares deste projeto que contou com um financiamento de 4,5 milhões de euros mostram que as pessoas que habitualmente se movem de bicicleta tendem a pesar menos quatro quilos do que aqueles que optam pelo carro.

O sedentarismo mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano e aumenta o risco de doenças crónicas, como o cancro, obesidade e diabetes, escreve o jornal El País.

Segundo David Rojas, investigador do Instituto de Saúde Global de Barcelona, uma das instituições que participou no estudo, os resultados finais do estudo serão publicados até ao final do ano e incluirão dados sobre a pegada ambiental dos transportes.

"O estudo é uma mensagem importante para os políticos e urbanistas que desenham as cidades", cita o referido jornal.

Relação com o doente
A comunicação é uma ferramenta fundamental na relação entre o profissional de saúde e o doente.

De acordo com Carlos Sequeira, professor da Escola Superior de Enfermagem do Porto e coordenador do livro “Comunicação Clínica e Relação de Ajuda”, “é através da comunicação que os profissionais de saúde conhecem os problemas das pessoas e propõem propostas terapêuticas”, sendo por isso  “fundamental a utilização da comunicação com rigor”.

Se por um lado é essencial que conheçam “em profundidade e utilizem estilos e técnicas de comunicação terapêuticas”, por outro, os profissionais de saúde devem ter ainda, na opinião deste especialista, “consciência do impacto que a comunicação pode ter ao nível da saúde e dos cuidados”.

O  livro “Comunicação Clínica e Relação de Ajuda”  surge, neste contexto, como um manual de aprendizagem, para profissionais, que visa melhorar a sua relação com o doente, tendo em vista a otimização de resultados ao longo de todo o processo terapêutico.

“Sempre que há interação humana há comunicação, e este novo livro é útil para garantir que, onde quer que haja interação em contexto clínico, a comunicação que  se estabelece deve ser terapêutica e de ajuda para as pessoas que necessitem”, explica Carlos Sequeira.

A comunicação para além de permitir ou facilitar o diagnóstico, funciona também como uma ferramenta que consegue potenciar o valor terapêutico de qualquer atividade do profissional de saúde. “Saber comunicar, habitualmente, é terapêutico”, revela. “Muitas vezes, situações de sofrimento podem ser aliviadas pela comunicação, através da escuta, do toque, etc”, justifica o professor.

Por outro lado, a comunicação pode influenciar o potencial terapêutico da atividade por via da confiança, da empatia ou da adesão. “Por exemplo, se um doente não confiar num profissional tem maior probabilidade de não seguir as suas orientações, tem maior probabilidade de procurar outra clínica (duplicando os cuidados)”, explica.

Neste contexto, é extremamente importante que o profissional de saúde seja capaz de identificar o seu interlocutor adequando a forma como comunica caso a caso. “É fundamental que o profissional de saúde se centre no outro e não utilize de forma constante o seu estilo de comunicação, independente do doente em interação”, afirma Carlos Sequeira, reforçando a ideia de que, deste modo, conseguirá ser mais empático e mais assertivo, acrescentando, sem qualquer sombra de dúvida, mais valor terapêutico às suas intervenções.

“Cada pessoa é única, com uma história de vida singular e quando adoece continua a ser única e singular. Por isso, um estilo de comunicação pode ser terapêutico para uma pessoa e não o ser para outra”, esclarece.

“Uma pessoa com uma experiência negativa relativa a uma intervenção cirúrgica prévia necessita de estratégias de comunicação diferentes de uma pessoa com uma experiência positiva”, demonstra o especialista.

Ao comunicar com o doente o profissional de saúde deve ter em conta não só a sua situação de saúde/ doença, mas também “o seu contexto, o seu estado de desenvolvimento, o seu estado emocional, o seu temperamento, as suas expetativas, a família, o impacto da situação para o seu futuro, as suas experiências anteriores, etc”. As variáveis são, por isso, muitas. “No entanto, o mais importante a ter em conta é tentar compreender a sua realidade e as suas principais necessidades”, reforça.

Fatores que influenciam a eficiência da comunicação

“O ambiente, a disponibilidade, a linguagem e vocabulário, a clareza e concisão, a oportunidade e relevância, o ritmo, a aparência pessoal, os gestos, a postura e as atitudes corporais, o contato visual, a expressão facial e a respiração”, são, de acordo com Carlos Sequeira, alguns dos fatores que promovem a relação médico/doente.

Tão importante como a comunicação verbal, a comunicação não-verbal tem a capacidade de aproximar os sujeitos.

A linguagem cinésica, por exemplo, “conhecida como a linguagem do corpo” pode ser, tal como explica o especialista,  “determinante para tranquilizar uma pessoa e para a criação de uma relação de confiança”.

“As configurações faciais demonstram estados afetivos, tendo sido descritas como: alegria, raiva, surpresa, desprezo, interesse”, apresentam uma importância fundamental em complemento à comunicação verbal.

No entanto, existem diversas barreiras que podem dificultar este processo de comunicação.

“As dificuldades são várias e dependem muito dos contextos e dos profissionais. Em termos genéricos consistem em dificuldades relacionadas com escassez de tempo/disponibilidade, inexperiência, falta de conhecimentos, dificuldades em gerir as emoções, dificuldades em gerir situações complexas, insuficiente formação, informação demasiado técnica, falta de atenção aos diferentes tipo de de ruídos na comunicação e privilegiar “o computador” em detrimento da pessoa”, refere.

Como consequência, Carlos Sequeira destaca a insatisfação dos utentes com a qualidade dos cuidados como um dos riscos de uma comunicação deficiente.

Por outro lado, podem ainda surgir erros de avaliação e diagnóstico ou dificuldades no processo de adaptação à doença.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proteção Civil
O combate aos incêndios foi mais calmo esta noite, mas continuam a existir vários fogos que preocupam os bombeiros e cujo...

A noite de hoje foi menos violenta que a de quarta para quinta-feira devido à diminuição da intensidade do vento, disse hoje à agência Lusa Carlos Guerra, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

“Em termos de condições meteorológicas foi melhor pois o vento foi mais calmo e permitiu-nos avançar um pouco com as operações de combate, o que não tinha sido possível na noite anterior porque tínhamos estado a fazer defesa das pessoas e habitações”, explicou.

Carlos Guerra adiantou que durante a noite os bombeiros conseguiram avançar sobretudo a norte em Viana do Castelo e em Braga com o domínio de alguns incêndios, mas a situação continua “muito preocupante”.

“Mantêm-se dois incêndios em Viana do Castelo [distrito], um no concelho de Caminha e outro no de Viana do Castelo que ainda não conseguimos dominar. Pensamos que durante o dia de hoje com a possibilidade de colocar meios aéreos pesados possamos evoluir e dominar estes e os outros incêndios”, disse.

Carlos Guerra deu ainda conta de um incêndio que deflagrou perto da 01:00 em Mondim de Basto, no distrito de Vila Real.

“Este fogo no Parque Natural do Alvão tem neste momento um conjunto de situações que nos podem vir a causar alguma preocupação e é também aquele onde vamos ter de agir já às primeiras horas do dia com meios aéreos”, disse.

O adjunto de operações da ANPC destacou também os quatro incêndios que lavram no distrito de Aveiro e que continuam a “preocupar” os bombeiros.

“Em Águeda temos neste momento 340 operacionais que vamos ter de reforçar de imediato às primeiras horas com meios pesados. Ontem não conseguimos usar os meios aéreos: de manhã por causa do vento e à tarde por causa da má visibilidade”, contou.

Também por dominar continua o fogo em Arouca, que segundo Carlos Guerra é o que tem maior perímetro e por isso os meios terão de ser reforçados.

“Quero ainda salientar um fogo em Sever do Vouga que surgiu ontem cerca da meia-noite, mas que evoluiu desfavoravelmente às primeiras horas da noite, o que obrigou a colocação de alguns operacionais no terreno e que também está a preocupar-nos”, disse.

Quanto ao de Anadia, que na quinta-feira levou à evacuação do hotel do Buçaco, o adjunto de operações disse que tem uma frente ativa com uma extensão de vários quilómetros e cujo combate vai ser também reforçado com meios aéreos.

Carlos Guerra adiantou ainda que durante a noite de hoje ainda houve necessidade de retirar pessoas de algumas povoações no distrito de Aveiro, mas a situação foi mais calma, tendo as populações regressado às habitações.

“Não há vítimas a registar, apesar dos nossos receios com a intensidade do vento, cujas rajadas chegaram a atingir 70 quilómetros por hora, tivemos apenas intoxicações e ferimentos ligeiros”, disse.

Carlos Guerra adiantou ainda que a circulação da Linha da Beira Alta, que na quinta-feira tinha sido suspensa no troço entre Santa Comba Dão e Carregal do Sal, devido a um incêndio, já foi restabelecida.

Instituto do Mar e da Atmosfera
Vinte e seis concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Porto e Braga apresentam hoje...

Os concelhos de Monchique (Faro), Mação, Sardoal (Santarém), Oleiros, Vila de Rei, Sertã (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra, Góis, Oliveira do Hospital, Arganil (Coimbra), Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Miranda do Corvo (Coimbra), Sabugal, Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira (Guarda) estão hoje em risco ‘Máximo’ de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estão também em risco ‘Máximo' de incêndio os concelhos de Vila Nova de Paiva, Castro Daire, São Pedro do Sul, Castelo de Paiva, Marco de Canaveses, Valongo (Porto), Cabeceiras de Basto e Póvoa do Lanhoso (Braga)

O Instituto colocou também em risco ‘Muito Elevado’ e 'Elevado' de incêndio vários concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre ‘Reduzido' e 'Máximo'.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia, relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para o quadrante norte a partir do início da tarde, e sendo moderado a forte nas terras altas até meio da manhã e a partir do final da tarde. Prevê também uma pequena subida de temperatura no interior das regiões norte e centro.

Na Madeira está previsto céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte da ilha, em especial até ao fim da manhã e vento moderado do quadrante norte.

Nos Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco a bonançoso e possibilidade de aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã em São Miguel e Santa Maria.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 21 e 35 graus Celsius, no Porto entre 20 e 31, em Braga entre 17 e 36, em Viana do Castelo entre 18 e 32, em Vila Real entre 15 e 33, em Viseu entre 17 e 34, na Guarda entre 14 e 30, em Bragança entre 13 e 32, em Coimbra entre 21 e 35, Castelo Branco entre 20 e 36, em Santarém entre 19 e 39, em Évora entre 18 e 38, Beja entre 20 e 38, em Faro entre 23 e 33, no Funchal entre 20 e 26, em Ponta Delgada na Horta entre 20 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 27.

Agência Portuguesa do Ambiente
A Agência Portuguesa do Ambiente alertou hoje para a possibilidade de Portugal continental e a Madeira serem afetados por uma...

As previsões referem "a ocorrência de intrusão de massa de ar proveniente do Norte de África contendo partículas e poeiras em suspensão que poderão afetar a qualidade do ar hoje”, situação que pode prolongar-se para sexta-feira.

Trata-se de um fenómeno natural que afeta a qualidade do ar ambiente, e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estima que pode contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10), mais intensas (entre 20 a 40 microgramas por metro cúbico - mgm-3), nas regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e centro, e menos (entre 10 a 20 mgm-3) no norte.

Para o arquipélago da Madeira, "estima-se que este fenómeno possa contribuir para um aumento máximo das concentrações à superfície na ordem de 40 mgm-3", segundo a APA .

Para as partículas PM10, a Organização Mundial de Saúde aponta o limite de 20 microgramas por metro cúbico, e a União Europeia refere uma média anual de 40 microgramas por metro cúbico.

Estas partículas podem entrar no aparelho respiratório e constituem, segundo a OMS, um risco para a saúde ao aumentar a mortalidade nas infeções respiratórias e causar doenças, como cancro do pulmão, ou problemas cardiovasculares.

A APA explica que a "persistência de uma situação sinóptica, anticiclone a sudoeste das Ilhas Britânicas e uma depressão centrada no norte de África que se estende até à Península Ibérica, resultam numa circulação do quadrante leste nos níveis baixos da atmosfera".

Esta circulação favorece o transporte de uma massa de ar formada sobre os desertos do norte de África contribuindo para o aumento de partículas e poeiras em suspensão em Portugal continental e arquipélago da Madeira.

Proteção Civil
A Proteção Civil alertou para a continuação do tempo quente e seco, condições agravadas pela intensificação do vento, que &quot...

"De acordo com a informação atualizada e disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), salienta-se, para as próximas 48 horas, a persistência das condições associadas a tempo quente e seco, agravadas pela intensificação do vento", refere a proteção civil, num aviso à população.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) afirma que as condições meteorológicas e de qualidade do ar, associadas à ocorrência de incêndios florestais, "podem ter efeitos significativos na saúde pública, particularmente nos grupos mais vulneráveis da população". Por outro lado, "estas condições meteorológicas dificultam a supressão dos incêndios e facilitam a sua propagação".

A ANPC apela à população para que tenha cuidados redobrados e adote comportamentos de precaução, para evitar os incêndios florestais, escreve o Sapo. Entre as condições meteorológicas enumeradas pela Proteção Civil estão, nas regiões do litoral, vento de noroeste até 35 quilómetros por hora, com rajadas de cerca de 60 quilómetros por hora, durante a tarde, e, temporariamente, de sudoeste, na costa sul do Algarve.

Nas terras altas do norte e centro, haverá "fluxo de nordeste moderado a forte, a partir do início da tarde, em particular acima dos 800 metros". A humidade relativa do ar ficará abaixo de 15% no interior do país.

Churrascos e queimadas proibidos
A Proteção Civil recorda que, nesta altura do ano, não é permitido nos espaços rurais realizar queimadas ou fogueiras para recreio ou lazer, utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos. Lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes, fumar ou fazer lume nos espaços florestais e vias que os circundem também não são permitidos.

Beber água, manter a casa arejada e evitar a exposição ao sol, nas horas de mais calor, são outros conselhos da Proteção Civil, além de recomendar atenção especial aos recém-nascidos, crianças, pessoas idosas e pessoas doentes, que podem não sentir, ou não manifestar sede, mas devem hidratar-se.

Estudo
Um professor americano, do National Drug Research Institute, conseguiu identificar qual o tipo de bebida alcoólica que causa...

Normalmente quando estamos de ressaca temos o hábito de relacionar o nosso mal-estar com algum excesso cometido na noite anterior, escreve o Sapo. Mas sabia que a ressaca nem sempre é provocada pela quantidade de álcool que ingere?

A resposta reside nos congéneres, responsáveis por conferir cor e sabor às bebidas alcoólicas, refere o site ABC Health&Wellbeing. De acordo com Steve Allsop, diretor do National Drug Research Institute, quanto maior for a concentração de congéneres mais escura vai ser a cor da bebida, como é o caso do vinho tinto ou do whisky.

Então mas porque razão é que quando ingerimos bebida alcoólicas ficamos de ressaca? Tal como revela o académico, esse mal-estar que sentimos prende-se com a toxicidade dos congéneres, resultante do processo de fermentação. Ou seja, quanto mais congéneres consumir maior vai ser a nossa ressaca no dia seguinte.

Mas Allsop refere que a ressaca pode ser evitada de forma muito simples, controlando as quantidades que são ingeridas e a velocidade com que se bebe. Por outro lado também é importante ingerir bastante água e nunca consumir álcool de estômago vazio.

Estudo
Um novo estudo desenvolvido por cientistas brasileiros descreveu pela primeira vez com detalhe como a infeção por zika em...

De acordo com a autora principal do estudo, Vanessa Van Der Linden, neuropediatra do Hospital Barão de Lucena, no Recife, a análise mostrou que a artrogripose dos bebés não está relacionada com anomalias específicas das articulações, mas tem origem neurogénica, isto é, ligada ao processo de formação dos neurónios.

“Dois estudos anteriores, feitos no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, já tinham identificado três pacientes com zika e artrogripose, levantado a possibilidade de que a má-formação também estivesse ligada à infeção pelo vírus. Mas até agora nenhum trabalho havia descrito as deformidades em detalhe nem investigado se esta tem origem neurogénica”, segundo Vanessa.

De acordo com a investigadora, escreve o Diário Digital, a artrogripose pode estar relacionada com várias causas e é diagnosticada quando há deformidades em articulações em pelo menos duas partes diferentes do corpo. Para estabelecer a relação com o zika, os cientistas excluíram todas as outras possíveis causas da má-formação, usando exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

“Fizemos estudos detalhados dos cérebros e das articulações de sete crianças com artrogripose e diagnóstico de infeção congénita por zika. Nenhuma delas apresentava alguma das demais causas desse tipo de deformidade congénita”, disse.

Seis das sete crianças tinham microcefalia e todas apresentavam sinais de calcificação no cérebro, problema causado pela acumulação de cálcio nos tecidos cerebrais. Segundo Vanessa, a hipótese é de que o vírus zika destrói células do cérebro, formando lesões semelhantes a “cicatrizes”, onde o cálcio é depositado.

Ao observar as imagens de alta definição das articulações e dos tecidos próximos, os cientistas descobriram que não havia anomalias na parte óssea nem nos ligamentos. “Isso levou-nos a concluir que a artrogripose tinha origem na parte neurológica. Por isso, fomos investigar”, afirmou Vanessa.

A principal hipótese é de que a má-formação seja produzida por um processo que envolve os neurónios motores - as células cerebrais que controlam a contração e o relaxamento dos músculos -, levando a posturas fixas no útero que provocariam as deformidades. “Observamos também que quatro crianças apresentavam uma medula espinhal mais fina do que o normal e danos cerebrais, mostrando que realmente existe uma associação entre a artrogripose e as consequências neurológicas da infeção por zika”, disse a investigadora.

Segundo Vanessa, o estudo ajudará a entender melhor os sintomas provocados pelo vírus zika, o que contribuirá para entender os seus mecanismos de infeção. Os cientistas recomendam na pesquisa que a síndrome do zika congénita seja acrescentada ao diagnóstico diferencial de infeções congénitas e de artrogripose.

 

O facto de um dos bebés não ter microcefalia também é relevante, segundo Vanessa. “Isso levou-nos a concluir que não há uma correlação necessária entre a gravidade da infeção por zika, uma vez que o caso de uma das crianças não era grave, com a artrogripose.”

Em todo o país
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ e ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o...

As regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Angra do Heroísmo, Santa Cruz das Flores, Horta e Ponta Delgada estão hoje com risco ‘Muito Elevado’, segundo o Instituto.

A região de Viana do Castelo apresenta hoje risco ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade durante a tarde no interior da região sul, vento fraco a moderado do quadrante leste, soprando temporariamente de noroeste no litoral oeste durante a tarde.

Nas terras altas prevê-se vento moderado do quadrante leste, sendo moderado a forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, até meio da manhã e a partir do final da tarde.

Está também prevista uma pequena subida de temperatura nas regiões Centro e Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul, vento moderado de nordeste, soprando por vezes forte nos extremos leste e oeste da ilha, rodando para norte durante a tarde e pequena descida da temperatura mínima.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos no grupo oriental (Santa Maria e São Miguel) e vento leste fraco a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 20 e 25 graus Celsius, no Porto entre 19 e 30, em Braga entre 16 e 34, em Viana do Castelo entre 18 e 31, em Vila Real entre 14 e 30, em Viseu entre 15 e 31, em Bragança entre 10 e 29, na Guarda entre 12 e 28, em Coimbra entre 21 e 35, em Castelo Branco entre 19 e 34, em Portalegre entre 21 e 34, em Santarém entre 20 e 39, em Évora entre 17 e 37, em Beja entre 19 e 37, em Faro entre 22 e 33, no Funchal entre 20 e 27, em Ponta Delgada e na Horta entre 20 e 25 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 26.

Médio da Juventus
Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre tem realizado cirurgias a diversos atletas de alta competição.

O médio da Juventus e da Seleção da Itália, Rolando Madragoa, foi operado hoje ao pé direito pelo Prof. Doutor Niek van Dijk, Dr. Bruno Pereira e equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FMCE, no Hospital Santa Maria – Porto. A sua recuperação ficará a cargo da Juventus.

A equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence - a única clínica em Portugal reconhecida como "Centro Médico de Excelência da FIFA” –, continua desta forma, a afirmar-se como destino preferencial para realizar cirurgias a atletas de alta competição de clubes como FC Porto, FC Paços de Ferreira, SC Braga, Real Madrid, AC Milan, Wigan, Tottenham, Al-Ahli, Al Jazeera, Nottingham Forest, Verona, entre outros.

Recordamos que foram já realizadas por esta equipa, uma série de cirurgias de traumatologia desportiva relacionadas com diversas lesões dos ligamentos, cartilagem, menisco, tornozelo, entre outras, recuperando atletas internacionais de diversas áreas desportivas e de várias nacionalidades.

Sobre a Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical Centre of Excellence – Estádio do Dragão: A Clínica Espregueira Mendes nasceu em 1986 e resulta do trabalho de três gerações de ortopedistas que, desde 1926 e ao longo dos anos, procuraram um objetivo em comum: servir os doentes. O nosso objetivo é proporcionar um espaço de saúde dirigido ao Sistema Locomotor, onde é possível realizar consultas, exames auxiliares e tratamentos médicos. Para isso, reúne um grupo de médicos, enfermeiros e técnicos de excelente formação, reputação e experiência. Disponibilizamos consultas de Ortopedia e Traumatologia, Traumatologia Desportiva, Fisiatria, Reumatologia, Podologia, Fisioterapia, Avaliação Médico-Desportiva, Provas de Esforço Cardio-Pulmonares, Enfermagem, entre outras.

O exercício físico é importante na saúde e no bem-estar, por isso, a clínica dedica especial atenção à Medicina Desportiva (Dr. João Pedro Araújo – Al Jazira; Dr. Nuno Loureiro – FC Paços de Ferreira), tendo o privilégio de apoiar, entre muitos outros, os atletas amadores e profissionais do grupo Futebol Clube do Porto. No entanto, pretende ser uma clínica acessível e aberta a todos, apoiada em seguros e subsistemas.

A Clínica do Dragão é um projeto de saúde dirigido pelo Prof. Doutor Espregueira-Mendes e situada no Estádio do Dragão. O objetivo é proporcionar uma resposta global de saúde para toda a família, onde é possível realizar consultas, exames auxiliares e tratamentos médicos em ambulatório. Para isso, a clínica reúne um grupo de médicos, enfermeiros e técnicos de excelente formação, reputação e experiência. Existem diversas especialidades: Traumatologia Desportiva, Ortopedia, Fisioterapia com várias piscinas, Check-ups, Radiologia, Análises Clínicas, Endoscopias Digestivas, Avaliação Médico-Desportiva, Avaliação Saúde Atlântica Cardio-Vascular, Saúde Oral, Saúde Materno-Infantil, Medicina do Trabalho, Tratamento da Obesidade e Diagnóstico Oncológico Precoce, entre outras. Tem uma vocação especial para a Traumatologia Desportiva recebendo atletas de todo o Mundo para cirurgias. 

Instituto Nacional de Reabilitação
Mais de 500 pessoas com deficiência apresentaram queixa no ano passado por discriminação, mas a maior parte dos processos...

De acordo com a informação do Relatório Anual – 2015 sobre a prática de atos discriminatórios em razão da deficiência e do risco agravado de saúde, publicado pelo Instituto Nacional de Reabilitação (INR), em 2015 foram apresentadas 502 queixas por pessoas com deficiência.

Destas 502 queixas, a maior parte foi apresentada ao Provedor de Justiça, que recebeu 357 reclamações, por alegadas práticas discriminatórias em áreas como as acessibilidades, segurança social, prémios desportivos, estacionamento, educação, saúde, banca ou fiscalidade. Destas, 207 acabaram arquivadas.

Outro dos organismos que recebeu queixas foi a Entidade Reguladora da Saúde, à qual 46 pessoas reclamaram, por causa de “potenciais situações de discriminação, em razão da deficiência e do risco agravado de saúde”, sendo que 33 processos estão ainda a ser analisados pelos serviços competentes.

O Instituto de Registos e Notariado (IRN), por seu lado, recebeu 16 reclamações por causa da falta de acessos ou acessibilidade reduzida das pessoas com deficiência motora e também pela falta de apoio de intérprete de língua gestual, sendo que foram todas arquivadas.

Estas são apenas algumas das 17 entidades que receberam queixas de pessoas com deficiência e deram conhecimento delas ao INR que, por sua vez, recebeu 12 queixas, totalizando 18 os organismos que receberam queixas de pessoas com deficiência.

Contabilizando só as 17 entidades, sem o INR, foram apresentadas 490 queixas, a maior parte das quais (271) por causa de situações de limitação do exercício de direitos. Em segundo lugar aparecem as queixas por causa de recusa ou limitação de acesso aos cuidados de saúde (14%), seguindo-se a recusa ou limitação de acesso a estabelecimentos de ensino (9%).

No total, incluindo as queixas do INR, houve 502 reclamações, sendo que apenas em 48 (9,5%) “foi dado do devido encaminhamento” e só quatro (0,79%) resultaram em processos contraordenacionais, já que a maioria das queixas (282) foram arquivadas e 172 (34,2%) ainda têm processo a decorrer.

“Em comparação com o ano de 2014, verificou-se um aumento significativo no número de queixas apresentadas, uma vez que em 2014 foi registado um total de 353 queixas e, no ano de 2015, foram contabilizadas 502 queixas”, lê-se no relatório.

Estes números significam que, entre os dois anos, houve um aumento de 42,2%.

De acordo com o INR, continua a haver dificuldade em definir de forma correta o que é discriminação, com base na deficiência ou risco agravado de saúde e em fazer prova.

Especificamente no que diz respeito ao facto de só terem havido quatro processos de contraordenação em 2015, o INR justifica com o “facto de algumas entidades com competência instrutória e sancionatória nos termos legais, optarem por analisar as situações objeto de queixa no âmbito de procedimentos de outra natureza”, havendo outras que põem em causa a sua competência para abrir processos de contraordenação.

Apesar do aumento no número de queixas poder mostrar que as pessoas estão mais informadas e sensibilizadas, o INR entende que continua a haver um “longo caminho para percorrer”.

“Há que continuar a aposta na informação e sensibilização e na adoção de dinâmicas de promoção da não-discriminação e da igualdade de oportunidades, de forma a permitir-se uma utilização mais eficaz dos mecanismos disponíveis”, lê-se no relatório.

Como proceder?
As férias são altura de descanso e de quebrar a rotina, permitindo alcançar a máxima “corpo são em m

Ao definir o orçamento para as férias, é fulcral ter a saúde em consideração. Neste sentido, os cuidados a ter podem ser muito diferentes consoante se vá viajar dentro do país ou para o estrangeiro, variando também largamente conforme os continentes e/ou países visitados.

Numas férias dentro de Portugal, mesmo que surja uma emergência médica (imagine que foi andar de bicicleta com os filhos e caiu, fraturando um osso, por exemplo), resolver uma situação deste género dentro do país é obviamente mais fácil. Para além da existência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), diversas são as seguradoras que oferecem uma ampla gama de seguros e de planos de saúde com acordos em clínicas e hospitais por todo o território nacional.

Todavia, o caso muda de figura quando se vai para fora, sendo que, neste caso, os cuidados devem ser redobrados. Uma urgência no estrangeiro pode custar muito caro a quem não se encontra preparado para essa eventualidade. Desde logo, depende do país para o qual se vai e de questões como o clima, a alimentação e as condições de saneamento básico presentes no local, que aumentam a propensão a adoecer e a exposição a determinados vírus e bactérias a que o corpo não está habituado.

Dentro da região constituída pela União Europeia (UE), bem como na Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, já existem mecanismos que protegem os cidadãos dos Estados-membros face a contingências médicas, podendo apontar-se, neste âmbito, a existência do Cartão Europeu de Seguro de Doença. Perante uma situação em que o estado de saúde do viajante se encontre comprometido, este instrumento permite que não precise de regressar ao país de origem para receber os cuidados necessários, uma vez que com o mesmo pode ser tratado em qualquer hospital público dos países abrangidos.

Por seu turno, fora da UE, a assistência médica não funciona da mesma forma. Desde logo, especialmente se for para países com clima tropical, em África ou na América do Sul, por exemplo, deve ir a uma consulta do viajante na qual será informado sobre todas as vacinas e medicação a tomar para combater doenças tropicais (malária ou dengue, a título exemplificativo). Viajar em segurança é essencial.

Cabe salientar ainda que muitos países não possuem infraestruturas públicas que possam acolher os viajantes. Podem ter hospitais privados, mas estes geralmente são dispendiosos e, neste sentido, nada como viajar com meios de pagamento que facilitam a gestão do orçamento em caso de surgirem despesas de saúde inesperadas.

Até para evitar recorrer a casas de câmbio e estar sujeito a taxas para trocar dinheiro por moeda local, importa ter noção de que existem cartões de crédito (especialmente os de milhas aéreas) que, mediante o pagamento integral da viagem com o mesmo, possuem seguros de viagem acoplados que normalmente cobrem a assistência médica no estrangeiro, o transporte dos pacientes e a sua hospitalização. “Não é seguro, de todo, viajar com muito dinheiro na carteira, para além de que pagar desta forma é vantajoso em caso de emergências médicas e a oferta do mercado é ampla”, aconselha Sérgio Pereira, diretor geral da plataforma de simulação financeira ComparaJá.pt.

A saúde não tira férias e quanto mais precavido estiver, menores serão as preocupações. Desta forma, viajar descansado também contribui para melhorar os merecidos dias de folga.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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