Nada existe que confirme a eficácia das pulseiras anti-insetos
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Com a vaga de calor que tem afetado Portugal, por estes dias a “bicharada” dá sinais da sua presença, tornando-se incomodativa e, muitas vezes, especialmente para crianças, um suplício.
No mercado, surge, entretanto, um novo produto, as pulseiras anti-insetos, algumas vendidas como específicas para crianças, mas a subdiretora da Saúde diz que, segundo a Rádio Renascença, nada existe que confirme a eficácia das pulseiras, pelo que "as pessoas devem utilizar também os mecanismos habituais para evitar as picadas”.
“A recomendação mais genérica é que as pessoas usem repelente, utilizem roupa de fibras naturais, larga e de cor clara que cubra a maior parte do corpo. Devemos ter especial atenção aos pés, porque as pessoas aplicam o repelente mas esquecem-se dessa parte do corpo”, acrescenta Graça Freitas.
Quando se fala deste tema costuma-se dizer que a ingestão de bebidas alcoólicas, a transpiração ou mesmo o tipo de alimentação podem propiciar as picadas de insetos, mas trata-se de mitos.
“Os insetos têm preferência por algumas características das pessoas. Mas existem muitos mitos no que toca a este assunto. As nossas recomendações têm evidência científica. Outras questões não passam de mitos, modas e informação sem fundamento científico”, esclarece a subdirectora da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo Graça Freitas, qualquer pessoa pode ser picada por insetos. No entanto, algumas “devem ter mais precauções que outras pessoas”, incluindo-se aqui “grávidas, crianças e pessoas vulneráveis”.
A DGS avisa as pessoas para estarem particularmente atentas às águas paradas que são uma verdadeira incubadora para o aparecimento de insetos, e à entrada de moscas ou formigas em casa, pelo perigo que representam como portadores de matérias nocivas.