Brasil e Colômbia
Bactéria deverá impedir o contágio do Zika e outros vírus de mosquitos para humanos. Mosquitos do Brasil e Colômbia vão ser...

As autoridades de saúde do Brasil e da Colômbia vão infetar mosquitos com uma bactéria que deverá impedi-los de contaminar pessoas com o vírus Zika. A bactéria Wolbachia existe naturalmente em algumas espécies de mosquitos e diminui as probabilidades de transmissão de vírus para humanos, segundo a Reuters.

O plano é libertar mosquitos infetados com a bactéria Wolbachia nas cidades do Rio de Janeiro, no Brasil, e de Antioquia, na Colômbia, no próximo ano, para que estes procriem com os mosquitos que carregam o vírus Zika.

Vai ser assim criada naturalmente uma nova geração de mosquitos infetados com o vírus e com a bactéria que não conseguirá contaminar humanos com o Zika, escreve o Diário de Notícias.

Esta solução tem sido testada nos últimos anos por investigadores ao serviço do Programa para Eliminar a Dengue, criado na Austrália. Os cientistas encontraram uma forma de passar a bactéria para a espécie de mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a Dengue, a Febre Amarela, a Chikungunya e agora o Zika.

As experiências tiveram resultados positivos em cinco países - entre os quais a Austrália, Indonésia e Vietname, segundo o Guardian - e mostraram que em poucos meses a maioria dos mosquitos transportam a bactéria que poderá proteger os humanos. Quando isso acontece, os casos de contaminação diminuem.

A nova campanha de larga escala para combater o vírus Zika, considerado pela Organização Mundial de Saúde como uma emergência de saúde pública global, deverá custar 18 milhões de dólares e vai ser financiada pelos governos britânico e norte-americano e duas fundações de caridade, a Bill & Melinda Gates Foundation e a Wellcome Trust global.

"O uso da Wolbachia é uma possível solução inovadora e sustentável para reduzir o impacto deste surtos pelo mundo e principalmente entre as pessoas mais pobres", disse o secretário de desenvolvimento internacional britânico Priti Patel, segundo a Reuters.

Trevor Mundel, diretor do departamento de saúde global da fundação Gates, disse ter esperança de que esta bactéria possa trazer "uma forma revolucionária de proteção contra as doenças transmitidas por mosquitos". "É acessível, sustentável e parece proteger do Zika, Dengue e outros vírus", afirmou Mundel num comunicado, segundo a Reuters, e declarando-se ansioso por ver os resultados nos países mais pobres.

Acidente Vascular Cerebral
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), embora seja mais frequente no idoso, pode ocorrer no adulto jove

No jovem, o AVC está mais associado a alterações vasculares hereditárias ou adquiridas (como a disseção arterial cervicocefálica) a defeitos cardíacos (alterações cardíacas estruturais) e a cardioembolismo, a estados de hipercoagulabilidade, tabagismo, álcool e uso de drogas ilícitas, doenças metabólicas, aterosclerose prematura e, possivelmente, enxaqueca. A hipertensão, a diabetes e a hipercolesterolemia também podem estar presentes no jovem e constituem fatores de risco para o AVC.

O risco de AVC isquémico num adulto jovem com doença cardíaca congénita pode ser 10 vezes superior ao da população em geral.

O uso de cocaína e metanfetaminas pode ser causa de AVC por hipertensão, vasoespasmo ou vasculite. Outras substâncias – como a heroína, outros opiáceos, marijuana, canabinoides sintéticos – podem estar associadas a AVC. E o uso de anticoncetivos orais está também associado a AVC.

Portanto, perante um AVC no adulto jovem é importante procurar outras causas que, normalmente, não estão presentes no AVC do idoso. No entanto, apesar de toda a avaliação diagnóstica, a causa de AVC isquémico no jovem fica por determinar em 1/3 dos casos.

Em 2014, só o AVC isquémico representou cerca de 20 mil episódios e 250 mil dias de internamento em Portugal.

Vários estudos a nível internacional têm revelado um aumento da incidência de AVC isquémico em indivíduos menores de 50 anos, associado a um aumento do número de hospitalizações. As razões são multifatoriais: a identificação do AVC ao longo dos anos tem melhorado, quer da parte do doente, ao procurar cuidados médicos; quer da parte do clínico; o uso de técnicas de imagem cada vez melhores, especialmente em doentes com sintomas minor ou transitórios, permite identificar mais casos; o aumento da prevalência da obesidade da diabetes e hipercolesterolemia são fatores de risco para o AVC; outros fatores contributivos são as mudanças no estilo de vida e hábitos, por evolução das sociedades.

Embora a incidência de AVC isquémico no adulto jovem tenha um pequeno impacto na incidência global de AVC (face ao peso do AVC no idoso), tem, todavia, um grande impacto socioeconómico. É necessário melhorar a prevenção do AVC no adulto jovem através de informação melhorada e precoce e educação da população na correção dos fatores de risco corrigíveis.

O seguimento a longo prazo é importante para reduzir o peso do AVC no adulto jovem, ultrapassada a fase aguda de tratamento e a prevenção secundária precoce. A vigilância epidemiológica contínua reveste-se da maior importância, quer para analisar a evolução temporal e avaliar necessidades no que diz respeito a serviços dedicados, quer para guiar e avaliar prioridades de prevenção e terapêuticas futuras.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ajuda financeira
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro apelou hoje à generosidade dos portugueses no peditório da organização, que...

“Se a população responder com a generosidade que lhes é habitual vamos conseguir contribuir para um apoio económico de praticamente um milhão se euros por ano na ajuda” a estes doentes, disse Vítor Veloso.

Em 2015, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) prestou 21.264 apoios financeiros, no total de 757.409 euros, mais 3.754 apoios do que em 2014 e mais 4.228 face a 2013.

Vítor Veloso explicou que esta verba é disponibilizada para ajudar os doentes na compra de medicamentos, próteses, óculos, transporte para consultas e tratamentos, alimentação, mas também para ajudar a pagar as contas de eletricidade e a renda da casa.

“As situações de miséria são cada vez mais visíveis e é por isso que a liga recebe mais pedidos de apoio”, disse o oncologista.

Esta situação é explicada por Vítor Veloso com o facto de as pessoas que eram da classe média e caíram numa situação de pobreza devido à crise terem perdido a vergonha de pedir ajuda.

“Essa vergonha já está menos visível e recorrem mais à liga e nós queremos que recorram porque para nós é fundamental auxiliar todos aqueles que precisam”, sublinhou.

Segundo Vítor Veloso, a Liga tem conseguido responder a todos os pedidos dos doentes carenciados. “Se for preciso parar alguns programas nós paramos para acudir a todas essas famílias e a todos esses doentes”.

Destacou também a importância do peditório, que se estende até quarta-feira, para manter “as inúmeras atividades de apoio ao doente oncológico”, como o rastreio do cancro da mama, as ações de prevenção, o fomento do estudo e da investigação em oncologia.

“São situações que gostaríamos de dar continuidade”, disse o oncologista, confiante “na grande generosidade da população portuguesa” e de conseguir angariar os 1,5 milhões alcançados no ano passado.

Este apoio “é muito importante” para a instituição, porque “não tem qualquer ajuda estatal, o que é dramático para organizações como a Liga”.

“Vemos com desgosto que se gastam centenas de milhões de euros em fundações que não fazem absolutamente nada, ao passo que nós prestamos contas de tudo aquilo que fazemos, mas é uma situação que nos dá satisfação porque cada cêntimo que entra é justificado, é auditado, segue todos os trâmites e nada é mal gasto”, sublinhou.

Em 2015, a LPCC realizou 4.800 consultas e apoiou 812 doentes, através do programa de consultas de psico-oncologia, acompanhou 7.332 doentes em centros de dia e recebeu 97 doentes em lares da instituição.

Realizou ainda 295.122 mamografias em 27 unidades móveis e seis fixas, no âmbito do programa nacional de rastreio de cancro da mama, uma “gigantesca tarefa” da Liga, que está encarregada de “fazer todo o rastreio do país”, disse Vítor Veloso.

Dia Mundial da Terceira Idade
Uma alimentação adequada, equilibrada, variada e completa é essencial e deve ser adaptada às necessi

Esta etapa da vida é caracterizada pela perda de peso, pela diminuição da força e da massa muscular (sarcopénia), da densidade óssea e por uma maior fragilidade.

Por outro lado, verifica-se um aumento de massa gorda.

A obesidade sarcopénica traduz-se precisamente pela perda de massa muscular e aumento, em simultâneo, da massa gorda. Esta situação verifica-se, habitualmente, ao longo da vida e, em particular, nos indivíduos seniores.

Esta alteração da composição corporal pode passar despercebida numa fase inicial, uma vez que pode não haver alteração do peso corporal (quando a perda de músculo é igual ao ganho de gordura).

No que diz respeito às necessidades nutricionais, a taxa de metabolismo basal diminui, ou seja, as necessidades energéticas (de calorias) diminuem.

Contudo, as necessidades de proteína, hidratos de carbono, gordura, fibra (homem 30g/dia; mulher 21g/dia) e micronutrientes (vitaminas e minerais) são muito semelhantes às necessidades dos adultos.

O cálcio e a vitamina D são a exceção. Estes são os micronutrientes cujas necessidades estão aumentadas.

As necessidades de vitamina B12 mantêm-se, mas a sua carência tende a ser  maior na população idosa, devido ao menor consumo de alimentos ricos nesta vitamina.

É igualmente importante ter em atenção que é uma etapa da vida onde se torna mais frequente o aparecimento e desenvolvimento de algumas patologias, que requerem um plano alimentar e uma terapêutica nutricional adequada e mais específica, nomeadamente diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias (alterações do perfil lipídico, por exemplo: colesterol e/ou triglicéridos elevados).

Recomendações importantes:

- Tomar sempre o pequeno almoço e evitar longos períodos de jejum;

- Fazer refeições a horas certas e distribuir os alimentos por 5 a 7 refeições diárias, evitando estar mais de 3 horas sem comer;

- Procurar manter um peso equilibrado como consequência de escolhas alimentares saudáveis e de um estilo de vida ativo;

- Beber água ou infusões (camomila, cidreira, menta, …) ao longo do dia. As infusões digestivas, por exemplo,  podem ser uma ajuda depois das refeições principais (funcho, erva príncipe);

- Planear as refeições para a semana e elaborar uma lista de compras em concordância, de forma a organizar as refeições mais facilmente. Com antecedência, a ajuda de familiares ou amigos pode ser essencial para fazer as compras de supermercado mais pesadas, ou quando a mobilidade é mais reduzida;

- Evitar ter em casa alimentos ricos em sal (caldos, enlatados, enchidos, queijos, manteiga…), açúcar (refrigerantes, bolos, biscoitos, bolachas, doces, chocolates e guloseimas) e gorduras saturadas (presentes em produtos de origem animal) e trans (presentes alimentos processados e ultracongelados).

A alteração das capacidades sensoriais, nomeadamente do paladar e do olfacto e a dificuldade em deglutir e mastigar podem levar a que o idoso perca o interesse na escolha dos alimentos e refeições, optando por pratos rápidos, pouco variados.

Quando as refeições são monótonas e pouco variadas corremos o risco de não estar a fornecer ao organismo os diferentes tipos de nutrientes e vitaminas essenciais que se encontram em distintos alimentos.

De forma a evitar esta situação deve optar por sopas ricas em legumes passados e enriquecidas com batata doce, massa, leguminosas e peixe ou ovo picado.

Para além disso, como consequência das dificuldades motoras, manipular os utensílios de cozinha e preparar os alimentos pode tornar-se um desafio ou até um obstáculo para cozinhar.

Saltar refeições e optar por pratos simples e desequilibrados pode ser evitado cozinhando com a colaboração de familiares ou amigos, podendo inclusivamente cozinhar em quantidades maiores que permitam congelar a comida e ter assim as refeições da semana já pré-preparadas.

As refeições devem ser:

- Completas. Começar as refeições principais com um prato de sopa de legumes, seguida pelo prato principal. A sobremesa de eleição é a fruta, de preferência fresca e da época (quando há dificuldade em mastigar, a fruta cozida ou assada pode ser uma alternativa).

- Variadas. Privilegiando o consumo de hortofrutícolas (de preferência da época e de produção local), peixe, carnes magras, ovos e hidratos de carbono complexos como o arroz, massa, leguminosas e batata.

- Coloridas. Com alimentos ricos em diferentes vitaminas e minerais.

- Preparadas com métodos de confeção variados, evitando os fritos e refogados.

- Saborosas. Utilizar ervas aromáticas, alho, cebola e especiarias, reduzindo o consumo de sal (adicionado e naturalmente presente nos alimentos)

- Pobres em açúcares e gorduras saturadas e trans,

- Realizadas em ambientes calmos e tranquilos.  Mastigue bem os alimentos.

O risco de desidratação é maior, sobretudo, devido à redução da percepção da sensação de sede, o que faz com que o idoso não sinta necessidade de beber água. Esta situação pode agravar-se quando há preguiça de beber água.

Em média, deve-se ingerir 1,5 litros de água (6 a 8 copos) mesmo sem sentir sede.

Como alternativa à água podemos optar por tisanas, chá (quando não há necessidade de restringir a ingestão de cafeína) ou infusões e águas caseiras aromatizadas não açucaradas.

De forma a otimizar o estado de saúde e o bem-estar, a alimentação deve ser personalizada, adaptada às características fisiológicas, aos gostos e às necessidades nutricionais de cada um!

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Com 72 anos
O neurocirurgião João Lobo Antunes faleceu hoje aos 72 anos, revelou fonte do Ministério da Saúde.

João Lobo Antunes era atualmente presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa com uma média final de 19,47 valores, foi professor catedrático de neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa e foi diretor de serviço de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

O neurocirurgião dedicou-se principalmente ao estudo do hipotálamo e da hipófise.

No ano passado, foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Saúde 2015, altura em que foi recordado como o primeiro médico da história a implantar um olho eletrónico num cego, um implante que desde então já foi feito em 15 invisuais, permitindo-lhes ver algumas formas e distinguir certas cores.

No último dia de 25 de abril recebeu das mãos do Presidente da República a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Já antes tinha recebido a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã Cruz da Ordem Militar de Sant’Iágua de Espada.

Depois de agraciado em 1996 com Prémio Pessoa, recebeu em 2003 a Medalha de Ouro de mérito do Ministério da Saúde e em 2013 o Prémio da Universidade de Lisboa.

Foi Vice-Presidente para a Europa do World Federation of Neurosurgical Society (1990), Presidente da Sociedade Europeia de Neurocirurgia (1999-2003), do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação (2003-2006), da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e da Academia Portuguesa de Medicina e Professor Convidado da Universidade de Pequim.

A nível político, foi mandatário nacional das candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio, em 1996 e de Cavaco Silva em 2006.

Com Cavaco Silva, Lobo Antunes fez depois parte do Conselho de Estado.

Estudo confirma
Seis em cada dez doentes de Psoríase afirmam que a doença tem um impacto negativo na sua vida e mais de metade apresentam...

Entre os 300 pacientes inquiridos, 44% acrescentam que passaram a ter uma vida mais sedentária e com menos atividade física e 44,3% referem ter dores no corpo. No dia Mundial da Psoríase que se assinala dia 29 de Outubro, Hélder Flor - psicólogo e terapeuta de Medicina Tradicional chinesa, alerta para os perigos da falta de sensibilidade para esta doença e para o sub-diagnóstico.

Recorde-se que a Psoríase é uma doença inflamatória e sem cura que afeta aproximadamente 3% da população mundial, o que equivale a cerca de 250 mil portugueses, tanto do sexo masculino como do feminino e de qualquer idade. No entanto, continua sub diagnosticada. “Muitas vezes é confundida com outras doenças de pele, como as micoses, e até com alergias ou caspa, quando afeta o couro cabeludo. Isto faz com que o diagnóstico e o tratamento sejam tardios. Além disso, há muitas pessoas que acabam por não procurar ajuda porque se sentem mal com o aspeto de descamação e vermelhidão da pele da zona afetada e, simultaneamente, acabam por se fechar e sair o mínimo de casa”, refere o psicólogo e especialista em medicina tradicional chinesa Hélder Flor.

“O desconforto, a baixa auto-estima, o desconhecimento da doença e até o receio de ser contagiosa acabam por deixar estes pacientes mais isolados e com sinais frequentes de depressão e ansiedade.” continua o especialista que explica como a prevenção dos surtos de psoríase pode ser feita recorrendo à acupunctura que diminui o stress, um dos fatores que está na origem destas crises. Segundo Hélder Flor, esta técnica milenar chinesa ajuda a equilibrar a circulação de energia e do sangue, reduz o stress e até a ansiedade, além de ter a vantagem de não apresentar toxicidade nem efeitos secundários. “Seguimos muitos casos de pessoas com Psoríase já que a acupuntura não tem qualquer efeito secundário e pode ser efetuada em todos os casos e alivia muito no tratamento dos sintomas.”

Parar de fumar, diminuir o consumo de álcool, apanhar sol, mas com proteção UV, e fazer exercício físico para controlar o stress e a ansiedade também são importantes mudanças de comportamento que o especialista recomenda.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Encontro realiza-se amanhã, dia 28 de outubro, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Eurodeputada Marisa Matias vem...

Que políticas sociais e de saúde são dirigidas às pessoas com demência e aos seus cuidadores? Este é o tema de uma mesa-redonda, amanhã à tarde (15h30), na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), no âmbito do 7º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, que contará com as participações de Maria Rosário Zincke dos Reis (Associação Alzheimer Portugal) e de Marisa Matias (eurodeputada).

As duas oradoras falarão, respetivamente, sobre “Os apoios sociais e equipamentos: enquadramento social específico” e “Estratégias europeias: implementação de políticas de saúde”.

Subordinado ao tema geral “Doença de alzheimer e outros compromissos neurocognitivos”, o 7º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, que é organizado pela Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso, da ESEnfC, começa pelas 9h30 (no Polo B da instituição, em S. Martinho do Bispo) com a sessão de abertura, seguindo-se, meia hora depois, a mesa-redonda “Doença de Alzheimer e outros compromissos neurocognitivos”, em que intervirão Isabel Santana (neurologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) – vai falar sobre “Tipos de demências: diagnóstico e tratamento” – e Manuela Grazina (professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), que tratará a temática d’ “A perda de memória na doença de Alzheimer - fatores ligados à genética e à neuro-química cerebral”.

A conferência do dia, intitulada “Avaliação da pessoa com défices neurocognitivos”, será proferida, às 11h30, pelo professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Mário Simões.

Após o almoço, haverá também uma mesa-redonda, sobre “Estratégias de intervenção na pessoa com compromisso neurocognitivo” (às 14h00). João Apóstolo (professor na ESEnfC) falará de “Estimulação cognitiva como boa prática” e Rosa Silva (Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica - Porto) abordará a questão do “Programa de estimulação cognitiva individual para os cuidadores”. “Um programa de reminiscência”, por Isabel Gil (docente na ESEnfC) e “A atividade física e qualidade de vida nos idosos”, por Raúl Agostinho (Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra) fecham as comunicações desta mesa-redonda.

“O envelhecimento populacional tem levado a um aumento na prevalência das demências, estimando-se que o número total de pessoas com esta perturbação duplique a cada 20 anos, para 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050”, refere a organização deste colóquio, sendo que “a maior parte das pessoas que atualmente vivem com demência não são devidamente diagnosticadas”.

Para mais informações sobre o 7º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, podem os interessados consultar a página web do evento, em http://www.esenfc.pt/event/7cesc, o mesmo local destinado às inscrições.

Cientistas britânicos
Uma equipa de cientistas desenvolveu um novo tratamento comunicacional que poderá ser o primeiro a ser verdadeiramente eficaz...

Uma equipa de cientistas britânicos acredita ter descoberto o primeiro tratamento verdadeiramente eficaz para o autismo, doença que afeta uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos da América e uma em cada 100 no Reino Unido. A descoberta, divulgada na revista The Lancet, foi feita depois de os investigadores terem seguido durante seis anos um grupo de 152 crianças, entre os dois e os quatro anos de idade, sujeitas a uma terapia comunicacional que também envolveu os pais.

Durante os primeiros seis meses, escreve o Observador, as famílias tiveram de visitar uma clínica duas vezes por semana. Os pais eram deixados a sós com os filhos e uma caixa de brinquedos. Quando as crianças tentavam interagir, os pais eram encorajados a responder da mesma forma: quando lhes era oferecido um brinquedo, davam um brinquedo de volta e quando os filhos diziam uma palavra, repetiam-na.

A terapia prolongou-se durante os seis meses seguintes, mas com menos intensidade. As primeiras melhorias fizeram-se sentir logo ao fim do primeiro ano, mas os maiores desenvolvimentos aconteceram nos cinco anos seguintes, refere o The Guardian. Ao fim dos seis anos, os sintomas diminuíram em 17%. Quando o estudo foi iniciado, a percentagem de crianças com autismo profundo era de 55%. No final do tratamento, o número tinha descido para 46%.

Num outro grupo de crianças, que não foi sujeito à terapia, a gravidade dos sintomas foi aumentando ao longo dos anos. No início, 50% das crianças tinham autismo profundo. No final, o número tinha aumentado para 63%.

Apesar da falta de interação que muitas vezes existe entre pais e crianças com autismo, o estudo mostra que uma terapia iniciada em idade pré-escolar pode ajudar a diminuir os sintomas a longo prazo. “Quando mudamos a forma de interação dos pais, isso faz com que as crianças tentem comunicar com eles”, explicou Jonathan Green, que liderou a equipa de cientistas das universidades de Manchester, Londres e Newcastle, à CNN. “E isso está relacionado com a mudança de sintomas”.

Apesar do sucesso, Jonathan Green frisou que este tratamento não é uma cura para o autismo, uma vez que as crianças não irão deixar de ter sintomas. Contudo, a terapia “sugere que trabalhar com os pais” e ajudá-los a interagir com os filhos “pode levar a uma melhoria dos sintomas a longo prazo“.

“A vantagem desta abordagem é que tem potencial para afetar o dia-a-dia da criança”, referiu ainda o investigador da Universidade de Manchester, citado pelo The Guardian. “As nossas descobertas são encorajadoras, uma vez que representam uma melhoria nos sintomas principais do autismo que anteriormente eram muito resistentes a serem alterados.”

Fim das experiências-piloto
O Ministério da Saúde decidiu acabar com as experiências-piloto dos enfermeiros de família. A partir de janeiro arranca...

O Ministério da Saúde decidiu revogar a portaria, de 2015, onde estava definido que a atividade dos enfermeiros de família no Serviço Nacional de Saúde (SNS) se desenvolveriam através de 35 experiências-piloto por todo o país, nos próximos dois anos. Em contrapartida vai criar mais um grupo de trabalho para desenvolver “boas práticas do enfermeiro de família” e que irá funcionar durante um ano e meio.

A portaria publicada esta quarta-feira em Diário de República revela ainda que, a partir de janeiro do próximo ano, segundo o Observador, se começará a desenrolar o processo para a criação de “um enquadramento profissional específico para o trabalho do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde familiar, mediante titulação conferida pela Ordem dos Enfermeiros, que certifique o perfil de competências detidas e garanta a segurança e qualidade da prática clínica”.

Neste diploma, o ministério de Adalberto Campos Fernandes admite ainda aumentar a remuneração destes profissionais: “A prazo e de par com as demais especialidades que integram a profissão de enfermagem” e “atentas as disponibilidades orçamentais existentes”, o Governo poderá atribuir uma “diferenciação remuneratória pelo valor acrescido do seu desempenho e responsabilidade associada”.

Há muitos anos que se discute a criação da figura do enfermeiro de família nos centros de saúde e mesmo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já o tem defendido, sendo que alguns países europeus já possuem enfermeiro de família. Em Portugal, o Governo, tinha criado em 2012 um grupo de trabalho multidisciplinar para estudar esta questão, mas o diploma que criou a figura do enfermeiro de família foi publicado apenas em agosto de 2015 e só em janeiro deste ano foi regulamentado.

Da carteira de serviços do enfermeiro de família faziam parte, segundo a portaria de 2015, os programas de vigilância, educação e promoção da saúde, o Programa Nacional de Vacinação, a Deteção Precoce de Doenças não Transmissíveis, os programas de Gestão do Risco e da doença crónica, os Programas de Visitação Domiciliária, bem como outros programas adequados à realidade sociodemográfica. Acrescentava-se a este rol, o enfoque na família como um todo e nos membros da família individualmente, prestando cuidados nas diferentes fases da vida da família, e envolvendo os utentes ativamente na gestão da sua saúde, ou doença, consoante a situação em que estivessem.

Agora tudo isto cai por terra por se ter reconhecido “que os resultados esperados não se vêm verificando na medida esperada” e o novo grupo vai identificar os processos assistenciais onde existe um potencial de obtenção de ganhos de acesso, eficiência, efetividade, qualidade e de saúde para os utentes, por via de uma utilização mais adequada e eficiente dos recursos disponíveis e de uma melhor integração de cuidados.

Onconet-Sudoe
A Universidade de Coimbra integra um consórcio internacional, com um financiamento europeu de 1,7 milhões de euros, para...

A empresa portuguesa ResearchTrial, de Óbidos, faz igualmente parte do Onconet-Sudoe, projeto europeu criado para estudar as políticas adotadas em Portugal, Espanha e França na área da oncologia.

O financiamento comunitário de 1,7 milhões de euros, recentemente aprovado, foi atribuído através do programa de cooperação Interreg Sudoeste Europeu.

Liderado pela Universidade Toulouse III Paul Sabatier (França), o Onconet-Sudoe pretende “estabelecer uma rede de excelência no que diz respeito à prevenção, diagnóstico, terapia e utilização das tecnologias de informação na área da oncologia”, afirma uma nota da Universidade de Coimbra (UC).

“Vários países europeus têm vindo a adotar planos nacionais de prevenção e de controlo de doenças oncológicas com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de incidência e de mortalidade do cancro”, refere.

O projeto Onconet, criado para estudar as políticas adotadas em Portugal, em Espanha e em França, visa “analisar as ações desenvolvidas no domínio da prevenção, diagnóstico, terapêutica e utilização das tecnologias de informação na gestão de doentes com cancro”.

Esta abordagem poderá levar à partilha de meios e à uniformização de práticas profissionais na área da oncologia, acreditam os responsáveis pelo projeto.

A equipa da UC, constituída por investigadores das faculdades de Direito e de Medicina, estudará “as políticas e práticas profissionais adotadas em Portugal, no âmbito da prevenção, diagnóstico e terapêutica de doentes com cancro”, e avaliará “as questões éticas e sociais associadas à implementação de novas tecnologias da informação”.

Entre os aspetos inovadores do projeto, a UC destaca, designadamente, a avaliação do impacto da investigação translacional na evolução das práticas clínicas (“investigação, tratamento, cuidados primários e cuidados continuados”), o estabelecimento de “condições médicas e económicas necessárias para garantir a igualdade de assistência ao doente” e “a igualdade de acesso à inovação terapêutica”.

Os especialistas esperam também “fomentar uma reflexão ética e transversal”, que permita avaliar a medida em que as políticas públicas na luta contra o cancro podem “conciliar os recursos coletivos e a justiça social”.

Da equipa do projeto fazem parte os investigadores Maria Filomena Botelho, Ana Margarida Abrantes, Ana Salomé Pires, Mafalda Laranjo, André Pereira, Ana Elisabete Ferreira e Carla Barbosa, da UC, e Ana Catarina Mamede, da Research Trial.

Para além das universidades de Coimbra e de Toulouse e da Research Trial, estão também envolvidas no projeto as fundações Miguel Servet, Centro Nacional de Investigação Oncológica, Parque Tecnológico de Ciências da Saúde de Granada e Investigação Biossanitária de Andaluzia Oriental, de Espanha, entre outras entidades.

A propósito do Dia Mundial do AVC
A partir de sexta e até segunda-feira, os jogadores da 9ª Jornada da Liga Portuguesa de Futebol Profissional vão entrar em...

“Este pode ser o jogo da sua vida” é uma iniciativa conjunta do Serviço de Neurologia do Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental E.P.E. –, da Nova Medical School da Universidade NOVA de Lisboa, da Sociedade Portuguesa de Acidente Vascular Cerebral e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia de Intervenção. A campanha visa sensibilizar a população para os sinais de alerta do AVC, principal causa de mortalidade e incapacidade em Portugal.

Basta o aparecimento de um dos chamados “3Fs”: dificuldade em falar, desvio da face (boca ao lado), falta de força num braço, para suspeitar de um AVC e acionar de imediato o 112. Responder rapidamente aos sinais de alerta pode fazer a diferença entre a recuperação e a incapacidade, pois o sucesso do tratamento de fase aguda depende do tempo entre o início dos sintomas e a chegada do doente ao hospital.

“O AVC é tratável, mas para que o tratamento tenha sucesso o respeito pelo tempo é fundamental – tempo é cérebro – pelo que o AVC tem que ser encarado como uma situação de Emergência”, explica o Prof. Doutor José Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral.

O neurologista acrescenta que “a Via Verde do AVC (ativada através de chamada para o 112) está organizada em Portugal para encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados”.

Face ao imperativo de “ser mais rápido que um AVC”, esta ideia teve por base “a extraordinária visibilidade dos jogos da Liga NOS em Portugal, que permitirá passar esta importante mensagem a um grande número de portugueses”, explica o Dr. João Pedro Marto, do Serviço de Neurologia do Hospital Egas Moniz.

Conforme avança o coordenador da Campanha, “entre os dias 28 e 31 de outubro, nove jogos da referida jornada ficarão marcados pela ação de sensibilização que integra: 1) entrada das equipas em campo com t-shirts alusivas ao Dia Mundial de AVC; 2) banners publicitários sobre AVC atrás das equipas no alinhamento inicial; 3) leitura de texto sobre AVC pelo speaker do estádio antes do jogo começar e no intervalo”.

Todos os anos, mais de 6,5 milhões de vidas são perdidas em todo o mundo e 1 uma em cada 6 pessoas vai ter um AVC. Em Portugal, a cada hora 3 portugueses sofrem um AVC, um dos quais resulta em morte. Dos restantes, metade ficará com sequelas incapacitantes.

Neste contexto, os especialistas da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia de Intervenção lembram que “muitas vidas podem ser melhoradas com mais consciencialização e ação de todos os intervenientes – os decisores políticos, os profissionais da saúde, os media e a comunidade, e é sobretudo para a comunidade que chamamos particularmente a atenção neste dia”.

Investigadores de Coimbra
Uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde de Coimbra desenvolveu um método inovador que...

Francisco Alves, docente na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, explicou que a técnica desenvolvida consiste na produção "de Gálio-68 em alvos líquidos, de uma forma mais simples do que a clássica, com vantagens económicas".

"Por este método vai ser possível produzir o Gálio-68 de forma mais simples e possibilitar que esteja mais acessível aos pacientes e ao Serviço Nacional de Saúde, porque economicamente é muito mais barato", sublinhou o coordenador da investigação.

O Gálio-68 é um dos radioisótopos que é utilizado na marcação de radiofármacos de crescente relevância para o diagnóstico de tumores neuroendócrinos e da próstata, através da Tomografia por Emissão de Positrões.

De acordo com Francisco Alves, o método está "completamente estabelecido e as moléculas também".

"Só estamos à espera que o método seja aprovado pelo Infarmed- Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para ser usado em humanos, o que está na iminência", referiu.

O investigador adiantou ainda que foi também efetuado um pedido à Agência Europeia do Medicamento, pelo que a nova técnica deverá, em breve, estar disponível para ser usada.

Até ao final do ano deverá estar também registada a patente do método, cujo processo se encontra a decorrer.

O avanço científico da equipa liderada por Francisco Alves foi premiado com o IBA Award, que premeia anualmente um trabalho científico na área da produção de radioisótopos, à margem do congresso da Sociedade Europeia de Medicina Nuclear (EANM) que decorreu recentemente, em Barcelona.

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil acaba de lançar a lancheira solidária “Heróis da Fruta - Missão 1...

No evento de lançamento desta campanha de solidariedade que teve lugar no Foyer do Casino Estoril estiveram presentes alguns dos embaixadores e figuras públicas que aceitaram o convite da APCOI para dar a cara pela iniciativa: a socialite Biba Pittá, a atriz Mafalda Teixeira, os cantores Nélson e Sérgio Rosado (Anjos), o maestro Mário Rui Teixeira, os desportistas Elisabete Jacinto (piloto), Ricardo Diniz (velejador), e Sónia Lopes (ciclismo - BTT), o presidente da união de freguesias Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares, e ainda o cantor infantil Carlos Vidal (Avô Cantigas).

A lancheira solidária “Heróis da Fruta - Missão 1 Quilo de Ajuda” é o resultado de uma parceria entre a APCOI e a Fruut, fábrica portuguesa de fruta desidratada, e irá desde já permitir distribuir cabazes todas as semanas, até ao final do ano letivo, a pelo menos 400 alunos carenciados, o dobro do ano letivo anterior."

Ao longo do ano letivo 2015/2016 o fundo social “Missão 1 Quilo de Ajuda” beneficiou 207 crianças que por razões financeiras não levam lanche para a escola, no entanto registaram-se no total 2.263 candidatos a este apoio, entre os quais, casos urgentes de alunos que chegam à sala de aula de barriga vazia, ou seja, que não tomam pequeno-almoço.

Mas para que nenhuma criança carenciada fique por ajudar, os portugueses podem juntar-se a esta importante causa e contribuir para tornar mais saudável e feliz a vida destas crianças em situação de carência alimentar. Para isso, basta adquirir a lancheira solidária “Heróis da Fruta - Missão 1 Quilo de Ajuda”, disponível em todas as lojas Jumbo, Pão de Açúcar, El Corte Inglés, Intermarché, Eleclerc, Apolónia e nas estações de serviço Repsol pelo valor de 2,99€. Por cada lancheira vendida, estará a doar 5% à “Missão 1 Quilo de Ajuda”.

Todas as lancheiras solidárias “Heróis da Fruta - Missão 1 Quilo de Ajuda” contém cinco doses individuais (uma para cada dia da semana escolar) de fatias crocantes de maçã desidratada, um snack 100% saudável da Fruut, sem corantes, nem conservantes, e incluem ainda a oferta de 5 cromos autocolantes de uma coleção lúdico-pedagógica especialmente desenvolvida pela APCOI para ensinar às crianças quais os "Super Poderes" que ganham sempre que comem fruta.

Com esta caderneta de cromos, disponível no verso de cada lancheira, a APCOI pretende igualmente incentivar as famílias solidárias com esta missão a praticarem também elas uma alimentação mais saudável, uma vez que 7 em cada 10 alunos em Portugal, não ingerem fruta diariamente na quantidade recomendada. Depois de completar a caderneta, os mais pequenos vão poder trocá-las por prémios que as convidam a saltar do sofá e a praticar atividade física dentro ou fora de casa, nomeadamente: cordas de saltar, piões, iô-iôs e óculos de sol.

É ainda possível participar nesta causa solidária através de uma simples chamada para o número 760 45 00 60, disponível até 31 de dezembro. O custo da chamada é de 0,60€ (+ IVA), dos quais 0,50€ revertem para a “Missão 1 Quilo de Ajuda”.

A “Missão 1 Quilo de Ajuda” surgiu há um ano, integrada no projeto escolar “Heróis da Fruta”, atualmente o maior programa gratuito de educação para a saúde em Portugal e foi criada com o objetivo de promover a inclusão social e o reforço nutricional dos alunos mais carenciados do país, através da oferta semanal de cabazes de fruta em várias escolas de diferentes regiões. As crianças que recebem cabazes fruta no âmbito desta missão são provenientes de turmas onde, pelo menos, metade dos alunos têm escalão A ou B de Ação Social Escolar.

A fruta distribuída nas escolas é “fresca, da época, adquirida localmente e cada aluno recebe no mínimo uma peça de fruta por dia, para comer no lanche da manhã ou da tarde” clarifica Mário Silva, Presidente da APCOI.

A “Missão 1 Quilo de Ajuda” conta a partir de agora com o apoio de todos os portugueses!

Saiba mais em www.heroisdafruta.com

Telemedicina
O governo criou o Centro Nacional de TeleSaúde, o qual visa reforçar a estratégia nacional para a promoção da telemedicina e...

De acordo com uma Resolução do Conselho de Ministros, publicada hoje em Diário da República, fará parte do Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS) uma unidade coordenadora central que funciona no seio dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Deste novo serviço farão parte “unidades temáticas de prestação de cuidados de telesaúde em articulação com unidades prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Estas unidades ainda serão definidas por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde e, na medida das condições existentes, com os estabelecimentos prisionais e centros educativos a definir por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da justiça e da saúde”.

Existirá ainda “uma unidade de teleformação para o SNS, que corresponde ao recurso aos serviços partilhados de teleformação a fornecer pela SPMS, em articulação com as entidades interessadas e capacitadas do SNS e do meio Académico”.

Na região Centro
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica instaurou dois processos-crime por distribuição e comercialização ilegal de...

Segundo um comunicado da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foi instaurado um processo-crime por fraude sobre mercadorias, com apreensão de cerca de 200 litros de azeite, no valor aproximado de 600 euros.

"Foi ainda instaurado um outro processo-crime por ter sido detetada a quebra de selos e descaminho de mais de 8.000 litros de azeite falsificado anteriormente apreendido pela ASAE durante uma ação de fiscalização", acrescenta a nota.

Os dois processos-crime foram instaurados no âmbito das ações de fiscalização e combate à distribuição e comercialização ilegal de azeite realizadas na última semana pela Unidade Regional do Centro.

"Benefícios do Treino Combinado em Doenças Cardiovasculares"
O exercício físico combinado (força e cardiorespiratório) diminui o risco de doenças cardiovasculares, segundo os resultados...

Segundo Marco António, colaborador do programa "O coração é a razão", que teve início em fevereiro, na Mealhada, os indivíduos que se sujeitam a treino combinado "esforçam menos o coração, o que diminui o risco de doença cardiovascular".

Além disso, acrescenta, a atividade física combinada apresenta resultados "muito favoráveis" em quem sofre da diabetes, glicemia alta, síndrome metabólico e diminui a percentagem de gordura corporal e perímetro abdominal.

Os "Benefícios do Treino Combinado em Doenças Cardiovasculares", que faz parte da tese de doutoramento de Marco António, vai ser uma das quatro comunicações livres a apresentar nas II Jornadas Científicas da Juventude, promovida pela Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

O trabalho de Marco António pretende aferir o benefício da atividade física para idosos e pessoas em grupos de risco, de modo a sensibilizar os médicos e professores de educação física a encaminhá-los para treinos combinados.

"Pretendemos sujeitar estas pessoas ao exercício combinado e saber a resposta que causa neles e, de um modo geral, as respostas têm sido positivas", frisou o jovem professor de educação física e doutorando em Ciências do Desporto, salientando também que estas pessoas têm "menos possibilidade de sofrer de angina de peito".

O programa o "Coração é a razão" é desenvolvido em parceria com a Misericórdia e município da Mealhada, Universidade de Coimbra e Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

As II Jornadas Científicas da Juventude decorrem no auditório do Estádio Universitário de Coimbra sob o lema "STOP - Se Tás na Onda Previne!".

A iniciativa pretende dar oportunidade aos jovens universitários de apresentar os seus trabalhos e projetos na área da prevenção cardiovascular, proporcionando-lhes troca de conhecimentos com profissionais de outras áreas científicas.

A conferência de abertura, intitulada "O coração e a atividade física", vai ser proferida por Manuel Teixeira Veríssimo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e médico internista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

No último painel, dedicado ao Serviço Nacional de Saúde e atividade física, são oradores o advogado António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, e os presidentes da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos e da Administração Regional de Saúde do Centro, Carlos Cortes e José Tereso, respetivamente.

Estudo
Um relatório da indústria farmacêutica coordenado pelo antigo ministro Correia de Campos concluiu que falta ao SNS uma...

“Temos um programa bem desenhado que lentamente tenta disseminar-se, o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, mas não existe um sentido de determinação nacional para um problema que continua a revelar dimensão assustadora”, lê-se no documento, que será hoje apresentado no Porto.

No relatório são recordados os dados da Infeção Associada a Cuidados de Saúde (IACS) em Portugal, onde a taxa de prevalência é superior a 10 por cento, “praticamente o dobro da média dos restantes países europeus”.

O primeiro estudo europeu, promovido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) em 2011 e 2012, concluiu que as infeções mais frequentes em Portugal eram as respiratórias (29,3%), as do trato urinário (21,1%) e as do local cirúrgico, com 18%.

As infeções da corrente sanguínea e as infeções gastrointestinais apresentam prevalências de 8,1% e 5,9%, respetivamente.

Para os autores do estudo “Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde: Contributo da Indústria de Meios de Diagnóstico in Vitro para o seu controlo”, “a estratégia de cooperação em vez da imposição é a correta”, mas “será insuficiente se não for acompanhada de um feixe de intervenções, não apenas informativas, mas também normativas” e “se não for apoiada pela inovação tecnológica” em redor, “de que são exemplo os testes de diagnóstico rápido”.

O estudo, coordenado pelo antigo ministro da Saúde António Correia de Campos para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), defende que “a mudança cultural deve ser persuasiva” e que “a relação desconfortável que o SNS [Serviço Nacional de Saúde] tem com a inovação tem que ser ultrapassada”.

“O SNS receia a tecnologia, pelos custos acrescidos desta e por não ter a certeza de serem compensados por benefícios correspondentes. Tende a olhar a inovação sempre no curto prazo, no contexto das limitações orçamentais anuais. Dificilmente consegue ver à distância”, lê-se no documento.

Para o fazer, sugere, “teria que substituir a sua posição reativa por uma postura prospetiva que antecipasse o conhecimento e planeasse a disseminação controlada da tecnologia”.

Os autores do documento elaboraram um conjunto de recomendações, entre as quais o alargamento e aprofundamento do conhecimento de “tudo o que respeita à IACS: clínico, organizativo, social e económico, nomeadamente através de estudos que permitam melhor conhecer a dimensão do problema, os seus custos, as alternativas de ação, os riscos e resultados, na linha da proposta apresentada neste relatório”.

“Conduzir, dentro do SNS, uma visão estratégica e de médio-prazo sobre o investimento em inovação tecnológica nos meios de diagnóstico e terapêutica, o planeamento antecipado da tecnologia, a recolha constante de informação e a comparabilidade de resultados” são outras das recomendações.

Outras propostas passam por “aperfeiçoar a logística interna do hospital de modo a encurtar os períodos de tempo despendido entre a terapêutica empírica e a terapêutica dirigida” e uma “especial atenção sobre as unidades de cuidados continuados a idosos e cidadãos em situação de dependência”.

Para os autores, deve ser integrado “o setor privado de saúde na recolha de informação e cumprimento das orientações e boas práticas sobre a IACS, recomendadas pela DGS”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em cada 100 doentes internados, sete nos países desenvolvidos e 10 nos países em desenvolvimento adquirem infeções hospitalares.

Estudo
Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho concluiu que a proteína AP2gama consegue "estimular a produção de...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) adianta que os investigadores do seu Instituto de Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde concluíram, "ao contrário do que se pensava", que o cérebro adulto tem a capacidade de "produzir continuamente" novos neurónios.

O estudo, publicado quarta-feira como tema de capa da revista internacional "Molecular Psychiatry", do grupo Nature, demonstrou ainda que em ratinhos sem a proteína AP2gama a "produção de novos neurónios ficou comprometida", provocando défices na produção e arquivo de novas memórias ou na capacidade de navegação espacial.

"Descobrimos que a AP2gama, inicialmente associada à proliferação de células malignas no cancro da mama, estava também presente no cérebro. Para percebermos a sua função, utilizámos ratinhos geneticamente manipulados para não produzirem esta proteína ou para a produzirem em excesso e estudámos os seus efeitos", explicam Luísa Pinto e Nuno Sousa, que coordenaram a investigação.

Segundo a academia minhota, "esta possibilidade poderá beneficiar terapias para doenças neurológicas e psiquiátricas como a doença de Alzheimer e a depressão".

O texto aponta que "ao contrário do que se pensava, sabe-se agora que o cérebro de um indivíduo adulto tem a capacidade de produzir continuamente novos neurónios", um processo designado por neurogénese e que "é fundamental no controlo de diversas funções cerebrais e tem sido estudado na perspetiva de tratamento de diversas doenças do sistema nervoso central".

A investigação, diz o comunicado, mostra como a "falta" da AP2gama "prejudica vários domínios do comportamento".

"Foi ainda surpreendente concluir que a proteína AP2gama comanda a produção de uma população de neurónios decisiva para várias regiões do cérebro comunicarem entre si", acrescentam os coautores da investigação António Mateus-Pinheiro e Nuno Dinis Alves.

A equipa procura agora perceber se a desregulação desta proteína estará também envolvida no desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como a ansiedade ou depressão.

O estudo envolveu ainda Patrícia Patrício, Ana Machado-Santos, Eduardo Campos, Joana Silva, Vanessa Sardinha, Joana Reis, Hubert Schorle, João Oliveira e Jovica Ninkovic.

O estudo pode ser consultado na morada eletrónica www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp2016169a.html

Global Forest Biodiversity Initiative
Um professor português integrou um grupo de cerca de 80 investigadores que realizaram um estudo alargado sobre biodiversidade e...

Helder Viana, docente da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu, foi o único português a integrar o grupo de pesquisa internacional Global Forest Biodiversity Initiative, que desenvolveu o estudo que vem apresentar dados e conclusões sobre a relação entre a variedade de espécies de árvores num mesmo ecossistema e a produtividade desse ecossistema.

O estudo, publicado na edição de outubro da revista Science, "traz uma avaliação feita em parcelas de floresta de 44 países, que permitiu chegar à conclusão que a biodiversidade tem uma influência tremenda na produtividade", sublinhou o investigador português.

Com base em mais de 777 mil parcelas de inventário, em 44 países com mais de 30 milhões de árvores de 8.737 espécies, neste trabalho comparou-se a evolução da produtividade em volume das árvores, em função da riqueza em espécies.

"Os resultados mostram uma relação positiva consistente da biodiversidade na produtividade florestal em todo o mundo, mostrando que a perda de biodiversidade continua resultaria num declínio da produtividade florestal em todo o mundo", referiu.

Com este estudo, constata-se que a relação biodiversidade/produtividade apresenta uma variação geoespacial considerável em todo o mundo.

A mesma percentagem de perda de biodiversidade levaria a um maior (ou seja, percentual) declínio relativo da produtividade nas florestas boreais da América do Norte, Nordeste Europa, Sibéria Central, Leste da Ásia e regiões dispersas de Sul-África Central e do Sul-Ásia Central.

Na Amazónia, África Ocidental e Sudeste, Sul da China, Myanmar, Nepal e do arquipélago malaio, no entanto, o mesmo percentual de perda de biodiversidade levaria a uma maior declínio absoluto da produtividade.

Helder Viana, diretor do Departamento de Ecologia e Agricultura Sustentável da Escola Superior Agrária de Viseu, possui vários artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais e participa em inúmeros projetos em Portugal e em diversos países.

29 de outubro - Dia Mundial do AVC
Na comemoração do Dia Mundial do AVC em 2016, as Sociedades Portuguesas do AVC e de Neurorradiologia de Intervenção aderem à...

“Mas para que o tratamento tenha sucesso o respeito pelo tempo é fundamental – tempo é cérebro – pelo que o AVC tem que ser encarado como uma situação de Emergência”, alertam as sociedades.

A Via Verde do AVC (ativada através de chamada para o 112) está organizada em Portugal para encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados.

Os especialistas da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC) e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia de Intervenção (SPNI) explicam que “estes tratamentos incluem medicamentos que dissolvem o coágulo (trombólise farmacológica), e a remoção do obstáculo à circulação cerebral (trombectomia mecânica), que aumentam as taxas de sobrevivência e reduzem a incapacidade”. Acrescentam ainda que “o tratamento multi-modal do AVC, que integra a trombectomia além do tratamento habitual do AVC, está a decorrer 24/24 horas nos Hospitais Centrais dos grandes centros urbanos, o que implica a necessidade de coordenação eficaz e rápida entre as várias Unidades Hospitalares, para que os doentes que se verifique que necessitam destes tratamentos possam ser referenciados para esses hospitais em tempo útil”.

O AVC pode acontecer a qualquer pessoa, em qualquer idade, em qualquer momento e envolve todos: sobreviventes, familiares, amigos, profissionais de saúde, locais de trabalho e comunidade em geral. Responder rapidamente aos sinais de alerta pode fazer a diferença entre a recuperação e a incapacidade.

Basta o aparecimento de um dos chamados “3Fs”:

- Dificuldade em falar

- Desvio da face (Boca ao lado)

- Falta de força num braço

para suspeitar de um AVC e acionar de imediato o 112

Todos os anos, mais de 6,5 milhões de vidas são perdidas em todo o mundo e 1 uma em cada 6 pessoas vai ter um AVC. Em Portugal, o AVC é a primeira causa de morte e de incapacidade.

“Conheça os factos: o AVC, independentemente das importantes medidas preventivas de saúde publica, quando ocorre pode ser tratável e muitas vidas podem ser melhoradas com mais consciencialização e ação de todos os intervenientes – os decisores políticos, os profissionais da saúde, os media e a comunidade, e é sobretudo para a comunidade que chamamos particularmente a atenção neste dia”, apelam as Sociedade Portuguesas do AVC e de Neurorradiologia de Intervenção.

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