Relatório revela
O maior número de sempre de órgãos colhidos e de transplantes realizados foi registado no ano passado em Portugal, segundo...

De acordo com o relatório da Coordenação Nacional da Transplantação sobre a atividade de doação e transplantação de órgãos entre 2012 e 2017, no ano passado foram colhidos 1.011 órgãos e realizados 895 transplantes.

Ao nível dos transplantes realizados em 2017, assinalou-se um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior (864).

Também os dadores aumentaram, atingindo os 351 em 2017, mais 14 do que no ano anterior.

A maioria dos dadores estava em morte cerebral (330), 79 eram dadores vivos, 21 encontravam-se em paragem cardiocirculatória e dez eram dadores sequenciais.

A principal causa de morte dos dadores foi clínica (80%), seguindo-se a traumática (20%).

O maior número de dadores é oriundo do sul (137), seguido do norte (110) e do centro (104).

Em relação aos órgãos, o aumento foi de 8% em relação ao ano anterior, registando-se a colheita de 1.011 em 2017. A idade média do dador foi de 53,8% (55,1% em 2016).

Em dador vivo, registaram-se 77 doações de rins e dois de fígado.

Fundação Guy's & St Thomas Charity
Um grupo de médicos e organizações sem fins lucrativos para a área da educação, cultura ou apoio social que trabalha com a...

O financiamento, para os próximos dois anos, foi concedido pela Fundação Guy's & St Thomas Charity, associada aos hospitais públicos de Guy's e St. Thomas, que servem a comunidade portuguesa residente no sul da capital britânica, sobretudo no município de Lambeth.

A Lambeth Portuguese Community Wellbeing Society Partnership (LPCWSP) [Associação para o Bem Estar da Comunidade Portuguesa de Lambeth] foi formada na sequência de um projeto iniciado pelo médico britânico Vikesh Sharma após abrir atividade num centro de saúde perto de Stockwell, o bairro chamado "Little Portugal".

Na área vivem mais de 30 mil portugueses, a maioria imigrantes que chegaram nos anos 1970 e 1980 do continente e da ilha da Madeira sem muitas qualificações e que mantêm dificuldade em comunicar em inglês.

As barreiras linguística e cultural acabam por desencorajar o uso dos serviços de saúde britânicos, agravando problemas como diabetes e doenças cardiovasculares.

Depois de, juntamente com o português Cristiano Figueiredo, ter iniciado em 2015 a tradução de folhetos e iniciado uma aproximação à comunidade portuguesa, Vikesh Sharma continuou a desenvolver o projeto.

O objetivo é informar os portugueses sobre os diferentes serviços de saúde britânicos e o seu funcionamento e ajudar a resolver problemas como alcoolismo, saúde mental, isolamento ou violência doméstica.

No passado mês de novembro, a LPCWSP organizou em Stockwell um magusto onde estavam presentes profissionais de saúde, associações culturais e representantes de organizações oficiais e não-governamentais para promover boas práticas de saúde.

Entre estas estavam as organizações Respeito, Native Scientist, Luso Academy, o consulado-geral de Portugal em Londres, o Centro Desportivo e Cultural Português e a Polícia Metropolitana.

O evento aberto ao público que celebrou o Dia de São Martinho mobilizou 360 pessoas e mais de uma centena de outros participantes, a maioria voluntários e empresas, que ofereceram conselhos e realizaram atividades, em paralelo à animação cultural e gastronómica.

Para o médico Vikesh Sharma, o dinheiro disponibilizado pela Fundação Guys & St Thomas Charity vai permitir aprofundar o "trabalho e visão" desenvolvidos nos últimos dois anos.

"Acreditamos que, para realmente capacitar os indivíduos, para melhorar o seu bem-estar, para evitar que se fiquem mal, temos que criar uma nova maneira de proporcionar cuidados holísticos. Uma forma que envolve especialistas de todas as áreas - saúde, educação, habitação, organizações voluntárias, etc", explicou.

O importante, vincou, é que a comunidade portuguesa esteja envolvida, pelo que pretende mais parcerias com outras organizações lusófonas.

"Esperamos providenciar um novo espaço sustentável na comunidade onde as pessoas possam encontrar o bem-estar", declarou Sharma.

A Fundação Guy's e St Thomas Charity, que tem como principal objetivo melhorar a saúde dos residentes das áreas de Lambeth e Southwark, este apoio insere-se numa estratégia lançada recentemente para compreender melhor as causas de problemas de saúde como, por exemplo, a obesidade infantil, e procurar identificar possíveis soluções.

"Estamos focados em abordar alguns dos problemas de saúde mais complexos que afetam pessoas que vivem em comunidades urbanas, diversificadas e desfavorecidas", disse o diretor de Programa, Michael Wright.

O apoio à LPCWSP poderá ajudar a conhecer melhor a comunidade portuguesa, as suas necessidades específicas e perceber as melhores formas de a ajudar.

"Com o tempo, esperamos que, trabalhando em parceria com a comunidade, possamos começar a melhorar a saúde das pessoas que vivem com várias doenças crónicas e depois partilhar o que aprendemos com outros", concluiu.

Estudo
Investigadores canadianos concluíram que aumentar o dinheiro investido em apoio social faz mais pela saúde da população do que...

"Gastar mais em saúde sugere que haveria melhorias na saúde, mas o nosso estudo sugere que não se passa assim e que gastar no apoio social pode trazer benefícios a toda a gente", afirmou Daniel Dutton, da universidade de Calgary.

"Se os governos gastarem um cêntimo a mais nas despesas sociais por cada dólar gasto na saúde, movendo dinheiro entre os dois setores, a esperança de vida poderia ter aumentado 05 por cento e a mortalidade que pode ser evitada ter-se-ia reduzido 03% num ano", referiu Dutton.

A lógica é que tratar dos fatores sociais como rendimento, educação ou condições de vida pode ajudar a reduzir as causas de doenças e problemas de saúde.

O investigador da faculdade de Política Pública indicou que na realidade canadiana, se gasta "pouco em serviços sociais por pessoa, portanto, redirigir dinheiro dos cuidados de saúde para os serviços sociais teria pouco impacto".

No estudo examinaram-se dados de nove das dez províncias canadianas desde 1981 até 2011 para perceber se as despesas estatais sociais e de saúde estão ligadas ao estado de saúde das populações.

Estudo
As infeções sexualmente transmissíveis e as dúvidas sobre a seriedade das relações estão entre as principais preocupações dos...

O estudo, coordenado por Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana, consistiu em entrevistas a 1.166 jovens com idades entre os 18 e os 24 anos.

Dos jovens inquiridos, 89,6 por cento já tiveram relações, com 16 anos como idade média de início, segundo as respostas obtidas, em que se referem as infeções sexualmente transmissíveis, as gravidezes indesejadas e a "insegurança em relação à 'lealdade' nas relações afetivas" estão entre as principais preocupações relatadas.

O preservativo é o método contracetivo mais usado no início da atividade sexual - 78,8% na primeira relação - mas vai baixando - apenas 48,95% declaram tê-lo usado na relação mais recente -, o que assinala "a diferença entre uma escolha informada e uma desmotivação".

"Quando a relação se prolonga no tempo, deixam de utilizar o preservativo e passam a utilizar a pílula contracetiva", mas no início das relações e em situações pontuais, é o método mais prevalente, refere o estudo.

A decisão de ter relações sexuais é tomada "em geral num quadro de partilha afetiva" mas "há ainda situações de coação a exigir ação educativa e sociojurídica urgente", uma vez que "a violência e a coação associadas à sexualidade são ainda uma realidade".

Entre as razões apontadas pelos jovens para a violência no namoro estão "baixa autoestima e medo de solidão que algumas raparigas (especialmente) têm", enquanto nos casos em que são os rapazes os agredidos, "é menos falada por vergonha".

A maioria dos inquiridos afirmou ter "conhecimentos básicos" em relação a infeções como a Sida, com 61,8% expostos a programas de educação para a prevenção do VIH/Sida, mas a esmagadora maioria (92,2%) a admitir que não se lembra da última mensagem preventiva que ouviu.

Os investigadores recomendam à tutela, nomeadamente os ministérios da Educação e da Saúde, que promovam o uso do preservativo, combatendo o "estigma associado" com acesso facilitado e barato a este meio contracetivo, "vacinas, testes de despiste e outro aconselhamento em saúde sexual e reprodutiva".

Recomendam ainda que se foque "o lado emocional da sexualidade" e se aponte o abuso nas relações como "um risco para a saúde física e mental".

No estudo, promovido pela multinacional biofarmacêutica Gilese, participaram outras instituições de ensino superior, como a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o ISPA - Instituto Universitário.

Escassez de medicamentos
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou um “plano de medicina tradicional” para encorajar a população a tratar-se...

O "Plano medicina 100% natural" pretende reavivar a saúde tradicional, as receitas da avó, anunciou Nicolas Maduro numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, adiantando na ocasião que se estava a curar de uma “gripe terrível” graças à camomila, aloe vera, limão e um pouco de mel.

“É uma receita tradicional da minha família (…). A medicina cientifica e a medicina tradicional devem andar juntas”, defendeu o chefe de Estado.

Desde o ano passado que manifestações contra a falta de medicamentos e outros produtos para colmatar necessidades básicas agitam o país.

A organização não governamental Coligação das Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida denunciou uma “falta total e prolongada” de medicamentos essenciais para tratar doenças como a insuficiência renal, o cancro ou a esclerose múltipla.

A escassez atinge igualmente os antibióticos ou os medicamentos para a tensão arterial.

Em novembro último, doentes e respetivas famílias manifestaram-se junto às embaixadas do Canadá, Costa Rica, Holanda e Peru para pedir a estes países que façam pressão sobre Caracas no sentido de ser criado um corredor humanitário que permita a entrada de medicamentos no país.

Um mês antes, o Governo de Maduro relançou um plano de distribuição de medicamentos através de uma linha direta.

Para poderem beneficiar deste sistema os cidadãos devem possuir um Cartão da Pátria que permite aceder a programas de ajudas sociais que a oposição classifica como um “instrumento de controlo social”.

O Governo venezuelano nega a existência de uma crise humanitária e denuncia que as sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos dificultam a importação de alimentos e medicamentos.

Infarmed
O grupo de trabalho que vai analisar os impactos da eventual transferência da sede do Infarmed para o Porto tem em mãos “pelo...

O ex-presidente do Infarmed e coordenador do grupo de trabalho, Henrique Luz Rodrigues, disse à Lusa que neste momento o grupo de trabalho está em conversações com a câmara municipal do Porto e tem, “pelo menos, quatro possibilidades” em análise para a localização da nova sede da autoridade portuguesa do medicamento nessa cidade, não adiantando quais são por considerar que é ainda “muito prematuro” falar em locais.

O grupo de trabalho esteve hoje reunido, em visita às instalações do Infarmed, em Lisboa, tendo mantido reuniões quer com a comissão de trabalhadores, quer com a direção do organismo, ambas críticas da eventual deslocalização, tendo Henrique Luz Rodrigues afirmado que é notório o “ambiente de crispação” por parte de funcionários e direção em relação à matéria.

Sublinhou, no entanto, que o grupo trabalha sob orientação das linhas vermelhas traçadas pela tutela e que qualquer eventual proposta de deslocalização terá que garantir os direitos dos trabalhadores, assim como não comprometer o funcionamento do Infarmed.

Da direção do organismo, o grupo de trabalho obteve hoje a confirmação de que existem pedidos de saída em mobilidade por parte dos trabalhadores, mas nenhum ainda concretizado.

“Se houver qualquer alteração há um compromisso por parte da direção do Infarmed de que avisará o grupo de trabalho”, disse Luz Rodrigues, adiantando ainda que questionou o conselho diretivo sobre as áreas de atividade das pessoas que manifestaram intenção de sair, mas não obteve resposta.

A presidente do Infarmed assumiu na quinta-feira no parlamento que o anúncio da transferência da sede de Lisboa para o Porto está a perturbar a atividade habitual da entidade, da qual 20 funcionários pediram este mês para sair.

Sobre as críticas da comissão de trabalhadores por ter sido excluída do grupo de trabalho, na quinta-feira reafirmadas no parlamento, onde também foi ouvida pela comissão parlamentar de Saúde, Luz Rodrigues manifestou “total abertura” para ouvir a comissão de trabalhadores no âmbito do grupo de trabalho sempre que esta entenda ter algo a acrescentar.

O coordenador do grupo de trabalho disse ainda ser “ponto de honra” a entrega das conclusões a 30 de junho, a data limite, acrescentando que dificilmente o relatório poderá ficar pronto mais cedo, uma vez que “a situação é complexa, não é simples de analisar e há muita análise a fazer”.

O anúncio de que a sede da Autoridade Nacional do Medicamento sairia de Lisboa para o Porto foi feito pelo ministro Adalberto Campos Fernandes a 21 de novembro de 2017 durante uma conferência em Lisboa e apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição.

O anúncio foi feito um dia depois de se saber que o Porto não foi a cidade escolhida para receber a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Num inquérito promovido pela comissão de trabalhadores a maioria dos funcionários do Infarmed manifestou-se contra a mudança para o Porto, tendo a comissão de trabalhadores apresentado um relatório de avaliação preliminar que demonstrava que a transferência ultrapassaria as linhas vermelhas traçadas pela tutela para uma decisão final: não comprometer a missão do Infarmed e respeitar a vontade dos seus trabalhadores.

Estudo
Investigadores criaram no Canadá um novo vírus sintético que poderá levar ao desenvolvimento de vacinas mais eficazes e a...

O estudo, a cargo de uma equipa de virologistas e microbiologistas da Universidade de Alberta, no Canadá, assinala que o vírus sintético criado, e que originalmente causa uma doença nos cavalos caracterizada por erupções na boca e na pele, pôde ser utilizado como vacina protetora contra a infeção da varíola humana em ratos.

Para um dos coordenadores da investigação, o microbiologista David Evans, métodos como este "promovem a capacidade de produção de vacinas da próxima geração e são promissores como ferramentas para gerar vírus sintéticos complexos que irão ser necessários para tratar o cancro".

Para produzir o vírus sintético, Evans e restante equipa usaram uma sequência de genoma (conjunto de informação genética) publicada e fragmentos de moléculas de ADN fabricados inteiramente com métodos químicos.

De acordo com a Universidade de Alberta, o vírus que os cientistas reproduziram, em colaboração com uma farmacêutica, é o que reúne até agora mais informação a partir de ADN sintetizado quimicamente.

Na sua forma original, o vírus é um 'parente' do vírus 'vaccinia', que foi usado na vacina para erradicar a varíola há 40 anos.

A mesma equipa científica utilizou previamente tecnologias de ADN recombinado mais tradicionais para gerar um vírus 'vaccinia' que melhorasse o tratamento do cancro da bexiga.

Em ensaios pré-clínicos com ratos, o vírus infetou e matou células cancerígenas ao mesmo tempo que promoveu a resposta imunitária necessária para evitar o reaparecimento de cancro.

Em Lisboa
A Misericórdia de Lisboa iniciou hoje o processo de construção de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Média e...

A cerimónia da consignação da obra da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), que vai ficar instalada no Parque de Saúde Pulido Valente, decorreu hoje à tarde.

A unidade, um investimento da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), vai acrescentar 44 camas à Rede Nacional de Cuidados Continuados.

De acordo com a SCML, esta unidade será a primeira de cuidados continuados integrados de média e longa duração em Lisboa, que “tem uma grande necessidade nesta área”, dispondo atualmente de apenas duas pequenas unidades de convalescença.

O tempo previsto para a construção desta empreitada é de cerca de seis meses, esperando-se que “as camas estejam disponíveis no último trimestre deste ano”.

A Santa Casa salientou ainda que, além da obra que arranca hoje, “está previsto para breve o arranque da obra do Hospital da Estrela”.

“Neste caso, estamos a falar de 78 camas, que também farão parte da rede nacional. Além das camas, o Hospital da Estrela irá oferecer um suporte de equipamentos que vão servir a unidade de pediatria e doentes com demência”, acrescentou a SCML.

A UCCI cujas obras agora começam resulta de um protocolo assinado em novembro de 2016 entre a Instituição e o Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Pulido Valente.

Centro de Informação Antivenenos
As cápsulas de detergente provocaram no ano passado 68 situações de intoxicação, sobretudo em crianças até aos três anos de...

O INEM lançou recentemente uma campanha de sensibilização na rede social Facebook, depois de ser conhecido um desafio que está a ser lançado na internet por jovens, que consiste na ingestão destas cápsulas de detergente e publicação do respetivo vídeo.

“Comer cápsulas é estúpido! Come bolachas” é o mote da campanha do INEM que circula no Facebook.

No entanto, o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM não tem, até ao momento, conhecimento de casos de intoxicações provocados no decorrer deste desafio.

Também a PSP já publicou um comunicado na mesma rede social, alertando para “um novo desafio viral na Internet que consiste na ingestão destas cápsulas ou na sua colocação na boca, filmando e partilhando nas redes sociais”.

“Estas cápsulas são altamente concentradas e projetadas unicamente para o seu fim. Devem ser armazenadas longe do alcance de crianças, independentemente das circunstâncias”, lê-se no alerta da PSP.

Sem relação com este desafio, o CIAV do INEM atendeu no ano passado 68 casos relacionados com a exposição a detergente em cápsulas. Em 2016, este organismo registou 115 ocorrências e no ano anterior 140.

Dados do INEM a que a Lusa teve acesso revelam que “a maioria das situações ocorrem nos escalões etários mais baixos com particular incidência nas crianças até aos três anos de idade inclusive”.

Em 2017, 14 das situações ocorreram em menores de dois anos, 19 tinham dois anos e 17 eram crianças com três anos.

A via digestiva foi o principal meio de exposição ao detergente em cápsulas (46), seguindo-se a ocular (17) e a cutânea (5).

Segundo o CIAV, “as cápsulas de utilização unitária de detergente para lavagem de roupa ou loiça contêm entre 30 a 50 ml de um detergente concentrado, revestidas por um invólucro solúvel em água”.

“As suas cores brilhantes e chamativas são particularmente atrativas para as crianças que as podem confundir com guloseimas, rebuçados ou doces”, prossegue o organismo.

De acordo com o CIAV, “ainda que a maior parte destas situações seja de gravidade relativa, dependendo de diversos fatores, podem, no entanto, provocar lesões, nomeadamente ao nível ocular, com consequências potencialmente mais graves”.

Estudo
Um novo teste sanguíneo experimental permitiu detetar precocemente os oito cancros mais frequentes em 70 por cento dos casos,...

Mais de mil pacientes diagnosticados com cancro participaram na investigação conduzida na universidade Johns Hopkins, em Baltimore, para se chegar ao CancerSEEK, que procura mutações em 16 genes ligados a diferentes tipos de cancro e identifica determinadas proteínas a circular na corrente sanguínea associadas a cancros.

Com experiências realizadas também em 850 pessoas sãs, o novo método de diagnóstico foi eficaz a detetar os casos de cancros do ovário, fígado, estômago, pâncreas, esófago, colorrectal, pulmão e mama.

Nas 1.005 amostras de sangue recolhidas dos pacientes com cancro, a taxa de deteção variou entre 33 e 98%, dependendo do tipo.

Nos cancros dos ovários, fígado, estômago, pâncreas e esófago, que são os mais difíceis de detetar, o teste funcionou em 69% dos casos.

O objetivo último da equipa é detetar os cancros antes mesmo de haver sintomas.

De acordo com os investigadores, "é muito baixa" a probabilidade de haver falsos positivos com este teste.

A equipa já pediu a patente do teste, que acredita poder ser colocado no mercado por cerca de 400 euros.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A região Centro regista uma redução "significativa" na mortalidade por cancro da mama, disse o presidente do Núcleo...

"O núcleo destaca-se numa área em particular que é o rastreio do cancro da mama, que começámos há 27 anos, em 1990, que tem há vários anos cobertura total na zona Centro, e em que foram precisos 25 anos para se encontrar o seu impacto", disse o académico Carlos Oliveira.

Segundo o presidente do núcleo, na região Centro há uma "diminuição significativa da mortalidade, que é o grande objetivo do rastreio, e isso já foi provado por estudos realizados e publicados, em que há efetivamente uma redução da mortalidade".

A região Centro, sublinha, foi a primeira em Portugal a iniciar o rastreio organizado do cancro da mama, 10 anos antes dos núcleos do norte e sul.

"Infelizmente, até hoje, a zona da grande Lisboa e península de Setúbal não têm rastreio de cancro da mama", disse Carlos Oliveira, considerando esta situação "uma vergonha, porque todos os anos os políticos dizem que o rastreio vai arrancar e não arranca".

Apesar dos resultados positivos, Carlos Oliveira estimou que, em Portugal, até 2030, o cancro da mama cresça 17%, o da próstata entre 35 a 40% e o do intestino (colorretal) mais de 30% em homens e mulheres.

Para o especialista, "há que desenvolver efetivamente rastreio em áreas em que são tecnicamente possíveis".

Carlos Oliveira considera que, no caso do cancro colorretal, é "necessário por a funcionar o rastreio", salientando que, neste momento, desde há três ou quatro anos, existem alguns projetos-piloto nalguns centros de saúde da zona Centro e pouco mais".

Referindo que existe uma cobertura "muito fraca" relativamente ao rastreio do cancro colorretal, o presidente do núcleo regional do Centro frisou que, atualmente, as mulheres morrem mais de cancro do intestino do que do cancro da mama e apelou a uma maior atenção e vigilância deste órgão.

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro presta acompanhamento aos doentes oncológicos, aos seus familiares e cuidadores, através do voluntariado hospitalar, e dá apoio social diretamente aos doentes, em áreas como os transportes, alojamento, alimentação, medicamentos e outras dificuldades que possam eventualmente surgir no âmbito do ambiente familiar.

Segundo Carlos Oliveira, os apoios sociais atribuídos anualmente pelo núcleo do Centro rondam os 350 mil euros.

O voluntariado, "outra área importantíssima", que faz funcionar a Liga Contra o Cancro, tem aumentado e envolve atualmente 2.000 pessoas, o que faz dele o maior do país, distribuídas por 78 grupos locais, que funcionam em todos os concelhos da região Centro.

São eles os responsáveis pelo peditório anual que rende cerca de 600 mil euros, adiantou o presidente do núcleo, que, o ano passado, face aos incêndios, esperava uma redução de 20% daquele valor, mas que apenas contabilizou um decrescimento de 05%.

Entre a sua atividade, o núcleo regional destaca ainda as ações de educação para a saúde, que "tem sido algo muito importante", as consultas gratuitas de psico-oncologia e o apoio jurídico a doentes, que contabilizou 300 atendimentos em 2017, e o voluntariado ocupacional, que aproveita a arte a favor da recuperação dos doentes.

Criado em 20 de janeiro de 1968, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro comemora no sábado meio século de existência, com uma homenagem aos médicos fundadores Dário Cruz e Rocha Alves, responsáveis pelo arranque da campanha de rastreio de cancro da mama.

Alimentação saudável
Os portugueses consumiram menos 5.500 toneladas de açúcar em 2017 devido à taxa das bebidas açucaradas e o governo prepara-se...

Em entrevista, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, congratulou-se com o impacto da taxa das bebidas açucaradas que, além de se traduzir num encaixe de 80 milhões de euros para o pagamento das dívidas do Serviço Nacional da Saúde (SNS), levou a indústria a produzir bebidas com menos açúcar.

Segundo Fernando Araújo, os resultados desta medida superaram as melhores expectativas do Governo, levando a uma redução do consumo calculada em 5.500 toneladas de açúcar.

O secretário de Estado sublinhou que o consumo das bebidas mais açucaradas (com mais de oito gramas por 100 mililitros) diminuiu para metade.

Esta redução deveu-se à redução do consumo em si, mas também à “reformulação dos produtos”, adiantou.

No próximo orçamento do Estado, a medida vai ser novamente analisada e poderá levar em conta uma das pretensões da indústria de serem criados escalões mais baixos da taxa.

Outra mudança poderá passar pelo destino da verba resultante desta taxa, superior a 80 milhões de euros no ano passado, que vai ser aplicada no pagamento das dívidas do setor, mas que a tutela veria com bons olhos se pudesse ser usada na área da prevenção.

Esse seria, aliás, o destino da taxa do sal, chumbada na Assembleia da República, e que resultaria em 30 milhões de euros anuais para a área da promoção da saúde.

A propósito deste chumbo, Fernando Araújo disse que esse chumbo lhe mereceu “alguma preocupação”.

“O objetivo não era angariar verbas, mas pressionar [a indústria] para reformular os produtos” e produzi-los com menos sal, explicou.

O objetivo de tornar a alimentação dos portugueses mais saudável vai agora ser retomado através de um acordo que o Ministério da Saúde está a preparar com a indústria agroalimentar, com vista à reformulação de produtos.

"Vamos com eles (indústria) discutir objetivos concretos para determinado conjunto de gamas de produtos, ao longo de vários anos. A nossa proposta é de três anos com metas anuais de redução de sal e de açúcar nos produtos que consideramos mais importantes para ver se conseguimos por esta via melhorar a qualidade da alimentação dos portugueses", afirmou Fernando Araújo.

Na mira do governo estão três áreas: o açúcar, o sal e as gorduras, nomeadamente as ‘trans’ (gorduras artificiais criadas pela indústria de alimentos).

“Vamos colocar objetivos de redução anuais, de modo a que estejam alinhados com as boas práticas europeias”, disse.

Alimentos como cereais, refrigerantes, batatas fritas, sopas prontas a consumir, bolachas, iogurtes, leite com chocolate ou tostas deverão ser reformulados no seguimento deste acordo, explicou Fernando Araújo, adiantando que no acordo ficarão definidas as responsabilidades das partes que, no caso da indústria, será produzir alimentos com menos quantidades de sal e açúcar.

“Vamos propor que seja elaborado um cabaz dos [alimentos] mais representativos. Nos cereais, por exemplo, vamos tentar perceber quais os que 80 % da população consome e depois, anualmente, iremos medir o açúcar (…) de modo a saber se estamos a conseguir reduzir a quantidade de sal e açúcar que ficar definido com acordo com a indústria”, referiu.

A ideia é “chegar a acordo” e não criar mais taxas. Ainda assim, Fernando Araújo garante que se a redução de sal e açúcar não se registar, segundo o acordado entre as partes, “há outros instrumentos”.

“Há condições para que a indústria portuguesa e europeia faça essa alteração de conteúdo”, acrescentou.

Indústria da panificação
As padarias que vendam pão com um grama de sal por 100 gramas de pão antes de 2021 vão ter um selo de qualidade que atesta o...

Segundo Fernando Araújo, a medida está a ser analisada com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a indústria da panificação que tem mostrado “uma grande abertura” para produzir pão com menos sal.

A lei atual impõe como limite máximo de sal no pão 1,4 gramas por cada 100 granas de produto, enquanto “países como Inglaterra já estão em um grama”, disse.

Fernando Araújo recordou que Portugal tem um terço de pessoas hipertensas e as mais elevadas taxas europeias de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

“É necessário fazer alguma coisa”, sublinhou.

O acordo firmado com a indústria da panificação estabelece que até 2021 será reduzida a quantidade de sal no pão, até atingir um grama de sal por 100 gramas de produto.

Trata-se de “uma meta a quatro anos, ao fim dos quais será reduzido 30% do sal no pão”, destacou.

O acordo vai agora ser transformado em lei e caberá ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) realizar “um plano de amostragem anual às padarias de todo o país” para averiguar se a lei será cumprida.

“A indústria da panificação mostrou uma grande abertura para reformular a forma de produzir os pães, incluindo os tradicionais que estão excluídos da lei atual”, disse.

Segundo Fernando Araújo, as padarias que atinjam antes de 2021 o objetivo definido para essa data – um grama de sal por 100 gramas de pão – terá um selo de qualidade que poderá usar de forma visível no estabelecimento.

Esse selo deverá atestar que essa padaria cumpre “o objetivo ambicioso de 2021”.

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Os telefonemas dos utentes para os centros de saúde que não sejam atendidos vão passar a ser encaminhados para uma central que...

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reconheceu que por vezes é muito difícil os utentes contactarem por telefone o seu centro de saúde.

“É uma necessidade básica e não está cumprida (…) Não é adequado alguém ligar e ninguém atender”, disse Fernando Araújo.

O governante considera que a contratação de mais recursos humanos para os centros de saúde para esta situação específica pode não ser o mais adequado e adianta que o centro de contacto SNS 24 está a estudar uma forma de passar a receber estas chamadas não atendidas nas unidades de saúde.

“Está neste momento a ser estudada a forma de desenvolver [esta medida] e espero que ocorra muito em breve, ainda em 2018”, afirmou.

Segundo explicou Fernando Araújo, quando um utente ligar para o seu centro de saúde e não for atendido, a chamada será reencaminhada ao fim de algum tempo para uma operadora, que ficará com os dados e questões colocadas, no sentido de se voltar a contactar o doente se necessário.

Questionado, o governante admitiu ter relatos das dificuldades que muitos utentes têm em ser atendidos por telefone nos centros de saúde e diz que o Ministério da Saúde não esconde a situação.

DGS
O pico da epidemia de gripe já terá sido atingido e a atividade gripal tenderá a decrescer nas próximas semanas, disse a...

“Teremos na maior parte das regiões e na maior parte do país atingido já o pico e estaremos na situação de decrescer a atividade gripal e essa é apesar de tudo uma boa notícia”, disse a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa para fazer um balanço da atividade gripal no país, que ainda se encontra em fase epidémica, ainda que a tendência seja decrescente.

A diretora-geral de Saúde disse que “continua a haver pressão” nos internamentos, na procura de cuidados de saúde, quer urgências, quer cuidados de saúde primários, quer ainda a Linha de Saúde 24, mas que também nestes indicadores a tendência é decrescente e que “tudo está a tender para uma situação mais normal”, destacando ainda a “boa capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”.

Graça Freitas disse que este ano a atividade gripal “ficou aquém do que se verificou no ano passado, o que não é de estranhar dado as características do vírus predominante em circulação”, do tipo B, menos agressivo do que o de tipo A e que geralmente tem associada uma atividade gripal menos intensa.

Nas primeiras três semanas morreram mil pessoas, “o que é normal para a atividade gripal” registada, e um número mais baixo do que os cinco mil registados no ano passado.

“Também em impacto na mortalidade esta época não foi uma época de grande gravidade”, considerou Graça Freitas.

De acordo com os dados do último boletim de vigilância epidemiológica da gripe, na semana entre 08 e 14 de janeiro houve 10 casos de internamento em cuidados intensivos reportados pelas unidades hospitalares, maioritariamente devido a vírus da gripe de tipo A, mas a diretora-geral de Saúde diz que “há que desmistificar a gravidade da gripe A”, que agora é “uma gripe absolutamente normal”.

“Foi grave em 2009 quando apareceu, agora é um vírus igual aos outros residentes que circulam na natureza”, disse Graça Freitas, explicando que quando surgem em circulação os vírus têm capacidade de gerar uma situação pandémica como a que se viveu em 2009, mas que rapidamente o corpo humano cria defesas e imunidade.

Graça Freitas referiu também que há vários outros vírus em circulação, que provocam “as habituais constipações” e doenças infecciosas respiratórias, os quais também têm levado muitas pessoas a procurar cuidados de saúde.

“Parece que a pior fase do inverno já terá passado. Vamos esperar, de qualquer maneira, pelas próximas semanas. O vírus da gripe é traiçoeiro, pode ainda sofrer alguma alteração, as temperaturas podem ainda descer e pode haver algum fenómeno estranho. Se não houver fenómenos estranhos tenderemos para a normalidade”, concluiu a diretora-geral de Saúde.

Comissão parlamentar de Saúde
A presidente do Infarmed assumiu no parlamento que o anúncio da transferência da sede de Lisboa para o Porto está a perturbar a...

Maria do Céu Machado foi ouvida, a pedido do PSD, numa comissão parlamentar de Saúde extraordinária sobre a transferência da sede do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, anunciada em novembro pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

"É difícil continuarmos o trabalho normal pensando que vamos estar seis meses sem saber o que vai acontecer", afirmou, numa referência ao grupo de trabalho criado pela tutela para avaliar a viabilidade do processo, e que tem que apresentar um relatório até ao fim de junho.

A presidente do Infarmed considerou que o que está em causa não é a localização, mas "mexer numa estrutura pesada, com uma rotina diária com tanta pressão externa, e tão intensa, e à qual se consegue dar resposta".

Uma das consequências do anúncio do governo, contestado pela maioria dos trabalhadores, foi o pedido em janeiro, até à data de hoje, da saída de 20 funcionários da instituição, salientou.

A pediatra frisou que não foram ainda "demonstradas as razões" de que a transferência da sede do Infarmed será "uma mais-valia", e que qualquer mudança na instituição "será muito mais difícil e disruptiva" se o conselho diretivo e os trabalhadores, excluídos do grupo de trabalho, não forem envolvidos no processo.

Segundo Maria do Céu Machado, a transferência da sede tem também "um impacto financeiro que não é pequeno", que não contabilizou.

A presidente da entidade reguladora do medicamento "é a favor da descentralização" de serviços, na ótica de o Infarmed "ter algumas áreas de crescimento" na sua atividade, como ter núcleos de inspeção e farmacovigilância em várias zonas do país.

Nas suas intervenções, PSD, BE, PCP e CDS-PP questionaram a credibilidade do anúncio da transferência da sede do Infarmed, invocando que o plano estratégico da entidade, aprovado em setembro, não prevê esta medida, e criticaram a exclusão do conselho diretivo e da comissão de trabalhadores do grupo de trabalho que vai estudar os impactos da mudança, e que, de acordo com Maria do Céu Machado, integra especialistas que prestam serviço ao próprio Infarmed.

O PS invocou que "não há uma decisão definitiva, mas uma intenção", respondendo a uma "orientação política" do Governo, a da "descentralização dos serviços como forma de alcançar a coesão territorial". O partido assinalou que os interesses dos trabalhadores serão salvaguardados.

Estudo
Certas mutações genéticas no vírus da gripe A podem ajudar a contrariar os "efeitos de enfraquecimento" de outras, o...

Os vírus da gripe sazonal estão continuamente sujeitos a mutações que os ajudam a invadir o sistema imunitário humano. Contudo, algumas destas mutações podem diminuir a potência do vírus.

Num estudo publicado na revista PLOS Pathogens, uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas de Maryland, nos Estados Unidos, descobriu que certas mutações no genoma (conjunto de informação genética) do vírus da gripe A podem ajudar a contrariar os "efeitos de enfraquecimento" do vírus gerados por outras mutações.

A investigação focou-se nas mutações de hemaglutinina - uma glicoproteína que tem como função ligar um vírus ao recetor da célula hospedeira de um organismo - para compreender melhor os mecanismos pelos quais os vírus da gripe A mantêm a capacidade de se replicar apesar das contínuas variantes genéticas.

Os cientistas centraram-se nas estirpes da gripe A com mutações que lhes permitem 'escapar' aos anticorpos de ratos, porquinhos-da-índia e galinhas.

Estudo
O vírus da gripe espalha-se pelo simples ato de respirar e o contágio é mais fácil do que se pensava, segundo um novo estudo,...

"Descobrimos que os casos de gripe contaminam o ar à sua volta com vírus infecciosos só com a respiração, sem tosse ou espirros", afirmou Donald Milton, professor de saúde ambiental na Escola de Saúde Pública da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

O investigador indicou que as pessoas engripadas geram "aerossóis infecciosos, pequenas gotículas que ficam suspensas no ar durante muito tempo, mesmo quando não estão a tossir, especialmente nos primeiros dias da doença".

"Quando alguém tem gripe, deve ir para a casa e não ficar no emprego a infetar outras pessoas", defendeu.

A investigadora Sheryl Ehrman, da Universidade Estadual de San Jose, afirmou que os resultados da investigação sugerem que as recomendações habituais, como manter as superfícies limpas, lavar muitas vezes as mãos e evitar pessoas com tosse, "não protegem completamente da gripe".

"Ficar em casa e evitar os espaços públicos pode fazer a diferença na disseminação do vírus da gripe", reforçou.

O estudo foi publicado no boletim da Academia Nacional das Ciências norte-americana.

Como agir
Depois do alerta lançado sobre um novo desafio praticado entre jovens, e que consiste na ingestão de

Os jovens no seu desenvolvimento têm a vontade intrínseca de fazerem experiências, de viverem aventuras, buscarem alguma adrenalina e muito também de se sentirem iguais aos seus pares, ou respeitados por eles.

A combinação deste factores com as diferentes personalidades de alguns dos jovens, ou as inseguranças que vivem, aumentam  a probabilidade de se sujeitarem a fazer coisas, desafios, experiências que colocam a sua vida em risco. Às vezes intencionalmente, pois esse é o desejo, outras vezes na total ignorância dos riscos, por imaturidade ou falta de conhecimento.

Haverá sempre jovens dispostos a fazer algumas destas coisas, que nos parecem disparates e irresponsabilidades que não compreendemos, por isso, temos todos que estar sempre muito atentos ao seu desenvolvimento para perceber se estes são ou estão saudáveis, seguros de si, capazes de tomar decisões e acima de tudo informados sobre muitos dos riscos de se fazerem coisas que não sabem ao certo quais são os impactos.

Os educadores, pais e professores, têm um papel crucial: o do diálogo. Temos todos que ajudar os jovens a discernir o que é saudável, ainda que às vezes possa ser um pouco arriscado (mas que faz parte da experimentação), do que se pode tornar num desafio letal.


Tide Pod Challenge é o novo desafio viral que consiste em comer cápsulas de detergente, filmar e publicar na internet. Em Portugal, não há conhecimento de qualquer caso relacionado com o desafio mas a PSP decidiu lançar em alerta, por prevenção.

Temos todos de ir prestando apoio e atenção ao desenvolvimento infantil para que o jovem não se sinta excessivamente pressionado pelos pares a ponto de aceitar desafios que coloquem a sua saúde e integridade física em risco. E sempre que possível “abrir” a porta da comunicação, de forma a que os jovens se sintam à vontade para falar.
Alertas como estes são muito importantes para que os educadores estejam informados sobre estes desafios e modas, pois nem sempre são óbvios, e porque só assim se consegue actuar junto dos jovens, explicando, desmistificando e acima de tudo, ajudando o jovem a se sentir capaz de dizer não a tais convites ou experimentações.
Como se diz nos Estados Unidos, “Boys will be boys”, os jovens irão ao longo do seu tempo de juventude fazer coisas que são indevidas e possivelmente até perigosas, temos de educar preventivamente e com atenção aos seus comportamentos típicos e a todas as alterações de comportamentos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo
Os médicos em formação só vão poder trabalhar um máximo de 12 horas semanais em serviço de urgência, uma alteração legislativa...

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que o Governo está a finalizar um diploma legal sobre a formação médica que limita a um máximo de 12 horas semanais o trabalho dos médicos em formação que fazem urgência, com a possibilidade de fazer um turno extra de 12 horas.

De acordo com Fernando Araújo, a proposta deve ir em breve a Conselho de Ministros e segue-se a quase um ano de debate com vários intervenientes no setor, como sindicatos e ordens profissionais.

Atualmente, os médicos ainda em formação de especialidade não têm limitações de horas que podem trabalhar em urgência e, segundo o secretário de Estado, esta medida visa precisamente “evitar o uso excessivo de internos em horas de urgência”, até porque isso “nem sequer é adequado para a sua formação”.

Esta alteração introduzida vem colocar num patamar de maior igualdade os internos e os médicos especialistas, que atualmente já têm um limite de horas realizadas em urgência.

Em entrevista, o bastonário da Ordem dos Médicos denunciou o que considera ser uma “exploração ignóbil” e ilegal dos médicos internos nalguns hospitais.

Miguel Guimarães diz que há hospitais em que os médicos internos estão a fazer urgência sozinhos, uma situação “completamente ilegal”.

O bastonário avisa que esta situação viola as regras do internato médico, viola o código deontológico e que “pode ter implicações disciplinares”, além de não proteger os doentes.

A Ordem pode suspender o internato médico nas unidades em que isto aconteça e Miguel Guimarães afirma que vai atuar sobre estes casos: “Não podemos aceitar isto. Pode ter implicações disciplinares para quem tiver obrigado os médicos internos a fazê-lo. E aí não vou hesitar”.

O bastonário afirma ter relatos de pelo menos três situações em grandes hospitais, como o São João e o Santa Maria, e adianta que vai verificar se há outras denúncias junto das secções regionais da Ordem dos Médicos, uma vez que nem todas as queixas chegam diretamente ao responsável máximo da Ordem.

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