Desafios e experiências entre jovens adolescentes
Os jovens no seu desenvolvimento têm a vontade intrínseca de fazerem experiências, de viverem aventuras, buscarem alguma adrenalina e muito também de se sentirem iguais aos seus pares, ou respeitados por eles.
A combinação deste factores com as diferentes personalidades de alguns dos jovens, ou as inseguranças que vivem, aumentam a probabilidade de se sujeitarem a fazer coisas, desafios, experiências que colocam a sua vida em risco. Às vezes intencionalmente, pois esse é o desejo, outras vezes na total ignorância dos riscos, por imaturidade ou falta de conhecimento.
Haverá sempre jovens dispostos a fazer algumas destas coisas, que nos parecem disparates e irresponsabilidades que não compreendemos, por isso, temos todos que estar sempre muito atentos ao seu desenvolvimento para perceber se estes são ou estão saudáveis, seguros de si, capazes de tomar decisões e acima de tudo informados sobre muitos dos riscos de se fazerem coisas que não sabem ao certo quais são os impactos.
Os educadores, pais e professores, têm um papel crucial: o do diálogo. Temos todos que ajudar os jovens a discernir o que é saudável, ainda que às vezes possa ser um pouco arriscado (mas que faz parte da experimentação), do que se pode tornar num desafio letal.
O Tide Pod Challenge é o novo desafio viral que consiste em comer cápsulas de detergente, filmar e publicar na internet. Em Portugal, não há conhecimento de qualquer caso relacionado com o desafio mas a PSP decidiu lançar em alerta, por prevenção.
Temos todos de ir prestando apoio e atenção ao desenvolvimento infantil para que o jovem não se sinta excessivamente pressionado pelos pares a ponto de aceitar desafios que coloquem a sua saúde e integridade física em risco. E sempre que possível “abrir” a porta da comunicação, de forma a que os jovens se sintam à vontade para falar.
Alertas como estes são muito importantes para que os educadores estejam informados sobre estes desafios e modas, pois nem sempre são óbvios, e porque só assim se consegue actuar junto dos jovens, explicando, desmistificando e acima de tudo, ajudando o jovem a se sentir capaz de dizer não a tais convites ou experimentações.
Como se diz nos Estados Unidos, “Boys will be boys”, os jovens irão ao longo do seu tempo de juventude fazer coisas que são indevidas e possivelmente até perigosas, temos de educar preventivamente e com atenção aos seus comportamentos típicos e a todas as alterações de comportamentos.