INEM
O Hospital Fernando Fonseca dispõe, desde ontem, de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que até ao início da tarde...

"Esta Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) era mesmo necessária. Nós em Portugal temos seis saídas de VMER por dia, nos vários locais, [e] esta, ainda estamos a meio do dia, e já saiu oito vezes", salientou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

O governante, que falava no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), por ocasião da entrada em funcionamento da VMER, acrescentou que "a sua necessidade era real" e a viatura pretende "tornar mais capaz a resposta do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) nesta região".

O secretário de Estado adiantou que esta é a 43ª VMER no país, e que, em abril, deverá também ficar operacional outra para servir a zona do Barreiro-Montijo.

Fernando Araújo sublinhou ainda o esforço no aumento de meios do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Algueirão-Mem Martins e manifestou a confiança na concretização, ainda durante 2016, da construção de novos centros de saúde e "mais médicos de família".

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), congratulou-se com a entrada ao serviço da VMER, tal como havia sido prometido pelo ministro da Saúde.

"Durante muito tempo, Sintra foi esquecida em termos de política de saúde, temos que o dizer com clareza, e ainda bem que, neste momento, está a ser lembrada", afirmou o autarca, considerando que a VMER é essencial na resposta às necessidades das populações.

Para Basílio Horta, satisfeito por ver cumprido o lema "palavra dada, palavra honrada", o município de Sintra aguarda agora que seja possível avançar com a construção de novos centros de saúde, principalmente em Agualva e Queluz.

A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), também considerou que a instalação da VMER "era uma necessidade urgente" e espera que a viatura seja dotada dos meios humanos para o seu funcionamento.

O presidente do conselho de administração do Fernando Fonseca e o presidente do INEM assinaram o protocolo segundo o qual a unidade hospitalar assegura as equipas que vão trabalhar na VMER.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu no início de fevereiro que o hospital de Amadora-Sintra já devia estar dotado, desde há cerca de quatro anos, de uma VMER e prometeu resolver a situação "no princípio de março".

"O hospital Amadora-Sintra tem sido muito sacrificado, foi dimensionado para 300 mil habitantes e está a servir 600 mil. Nós temos de encontrar novas respostas", salientou o ministro, após uma reunião com o presidente da autarquia sintrense.

A falta de uma VMER no Fernando Fonseca tem sido criticada, sobretudo na sequência da morte do ator José Boavida, com uma paragem cardiorrespiratória, em Queluz, que teve de ser assistido por uma viatura do Hospital São Francisco Xavier, apesar da maior proximidade da unidade que serve Amadora e Sintra.

O secretário de Estado visitou depois a SUB de Algueirão-Mem Martins, instalada nas antigas instalações da fábrica de máquinas de escrever Messa, que classificou como "muito importante na resposta aos utentes de Sintra".

O SUB passou a contar "com mais três médicos e dois enfermeiros, criando condições para que os casos de saúde menos urgentes possam ser ali avaliados em vez de recorrerem à urgência central do Hospital Fernando Fonseca", informou uma nota da unidade hospitalar.

A equipa passará a ser composta "por cinco médicos, um dos quais especialista, e quatro enfermeiros", adiantou uma fonte oficial do Amadora-Sintra, acrescentando que está "a ser equacionada a instalação de um ecógrafo".

"Nos planos de reforço desta urgência básica está ainda a dotação das instalações com equipamentos de radiologia, um técnico em permanência e a instalação de um laboratório de análises", esclarece o comunicado.

O SUB serve as populações abrangidas pelos centros de saúde de Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Pêro Pinheiro e Sintra e, no último ano, registou 52.115 episódios de urgência, dos quais apenas 7.229 (cerca de 14%) justificaram o reencaminhamento para a urgência do Amadora-Sintra.

O serviço, "com uma média diária de 160 doentes atendidos", vai passar a realizar mais análises clínicas e raio-x, e os utentes que precisem de consultas futuras de especialidades no Fernando Fonseca serão inscritos no sistema, deixando de ter de se deslocar à Amadora.

Dieta alcalina
Uma dieta rica em alimentos ácidos e pobre em alimentos alcalinos pode ser responsável por inúmeros

A função corporal ideal depende do equilíbrio correto entre as partículas ácidas e de base (ou alcalinas) no sangue, linfa, urina e outros fluidos corporais.

Na realidade, todos os mecanismos de regulação, como a respiração, circulação, digestão ou produção hormonal, têm como finalidade equilibrar o pH através da remoção de resíduos de ácidos cáusticos metabolizados a partir de tecidos do corpo sem células vivas prejudiciais.

A existência de ácido acumulado, em determinada parte do corpo, pode levar ao mau funcionamento dos órgãos que estão próximos

Este excesso de ácido, também conhecido por acidose, pode ser provocado ainda pelo consumo de álcool, nível de açúcar no sangue e através da toma de certos medicamentos.

De acordo com alguns investigadores, a acidose pode conduzir a várias doenças. Alguns acreditam, por exemplo, que a acidez elevada pode esgotar os ossos, uma vez que o nosso organismo tem de lhes “roubar” minerais alcalinizantes (sobretudo, cálcio) para manter o fator pH dentro dos valores considerados normais, conduzindo a situações de osteoporose ou osteoartrite.

Por outro lado, também as doenças cardíacas ou renais, a hipertensão arterial, o acidente vascular cerebral ou a asma, entre outros problemas de saúde, lhe parecem estar associados.

Alguns estudos demonstram que, quando a nossa dieta contém mais ácidos do que elementos alcalinos, o nosso organismo tenta compensar este desequilíbrio servindo-se das nossas “reservas”.

É por esta razão, e tendo em conta as suas repercussões para a saúde, que alguns especialistas recomendam o aumento da ingestão de alimentos alcalinos – fruta, legumes, sementes, cereais e grãos integrais, proteínas magras como peixe, ovos ou frango – em detrimento da carne, lacticínios, pão, alimentos salgados ou refrigerantes, conhecidos por serem alimentos formadores de ácidos.

Para saber se o seu corpo é alcalino ou ácido, pode fazer um teste à sua saliva ou urina. Basta testá-la com uma tira de pH, ao acordar, e comparar a cor resultante com a tabela inclusa neste teste.

Para obter melhores resultados devem-se testar os níveis de pH durante 10 dias.

Saiba que um pH neutro é 7. Se o resultado foi maior, é alcalino. Se o pH for muito baixo (ou menos de 7) significa que é ácido, recomendando-se o aumento do consumo de frutas e vegetais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nos 18 anos da Ordem dos Enfermeiros...
Caro Cidadão: No ano em que a Ordem dos Enfermeiros comemora 18 anos de existência (mais exatamente

Trata-se duma escolha pessoal, que pretende levá-lo não só pelos caminhos da história e da contemporaneidade, mas, também, pelo humor, pelas biografias de pessoas que marcaram a história da enfermagem em Portugal e, ainda, partilhar o pensamento crítico e reflexivo de enfermeiros que pensam a enfermagem, com vista a potenciar a qualidade e a segurança dos cuidados de enfermagem, para que os cidadãos usufruam de mais saúde e bem estar.  Espero que fique a conhecer melhor a nossa identidade e reconheça o nosso valor. Boas Leituras. Ler dá mais saúde! Siga o nosso precioso conselho.

Faces e Fases da Enfermagem de Fátima Silva & Lígia Bastos, Edição/reimpressão: 2013, Editor: Editorial Novembro, ISBN: 9789898136688.

Sinopse: Histórias de profissionais valorosos que, duma forma ou outra, mudaram um pouco do mundo em que vivemos e que tinham em comum o facto de serem enfermeiros! Um projeto talvez um pouco louco de pesquisar e descobrir histórias sobre enfermeiros do mundo, verdadeiros heróis da enfermagem. Pela sua ação no dia a dia, enquanto enfermeiros, mudaram a vida daqueles que os rodeavam, mudando também a História da Humanidade.

A Arte de Enfermeiro: Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca de Ana Isabel Silva, Edição/reimpressão: 2008, Editor: Imprensa da Universidade de Coimbra, ISBN: 9789898074995.

Sinopse: Nesta obra é analisada a evolução histórica da Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca, desde a sua fundação até ao ano de 2004 (1881-2004). Criada em 1881 por Costa Simões, administrador dos Hospitais da Universidade de Coimbra, com o objetivo de instruir o respectivo pessoal de enfermagem, a Escola teve inicialmente uma duração efémera, só voltando a funcionar em 1919. Em 1931 foi-lhe atribuído o nome de Ângelo da Fonseca, em homenagem ao diretor dos Hospitais.

Um Olhar Sobre o Ombro - Enfermagem em Portugal de Lucília Nunes, Edição/reimpressão: 2009, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383602.

Sinopse: O livro aqui apresentado é um importante tributo à história da enfermagem portuguesa. Encontra-se dividido em duas partes distintas - uma, relativa à procura do conceito de Ser Humano na História da Enfermagem em Portugal (1881-1954), e outra, que se fundamenta na descrição e análise de eventos mais recentes. No global, “Um Olhar sobre o Ombro” remete ao relancear os olhos para trás, visualizando o caminho percorrido para poder permitir um melhor enquadramento do hoje.

Ser Enfermeiro - Da Compaixão à Proficiência de Margarida Vieira, Edição/reimpressão: 2008, Editor: Universidade Católica Editora, ISBN: 9789725401958.

Sinopse: Apesar da evolução e mudanças ocorridas, a Enfermagem continua a ser uma profissão exigente, para a qual é necessário uma forma de ser compassiva, um saber teórico específico, um fazer técnico próprio, e capacidade para tomar decisões em situações de grande complexidade ética, na relação permanente com outras pessoas. Neste pequeno livro de bolso,  espera-se deixar uma ideia clara da situação atual da enfermagem em Portugal, do que move o grupo profissional e daquilo que se pode esperar de um enfermeiro.

Vidas de Enfermeiras de Marília Pais Viterbo de Freitas, Edição/reimpressão: 2012, Editor: Lusociência, ISBN: 9789728930844.

Sinopse: A partir da segunda metade do século passado, alguns historiadores iniciaram o estudo da história das mulheres, sua vida, saberes e áreas de trabalho, mas pouco ou nada existe sobre história das mulheres na área da saúde. Assim, apresentam-se 25 biografias de enfermeiras portuguesas que exerceram a sua actividade tanto na área da prestação direta de cuidados como nas áreas da docência, da gestão e investigação.

 

Tocados pelo Amor - Momentos Especiais na Vida dos Enfermeiros de Jim Kane, Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383763.

Sinopse: Todos os dias, por esse mundo fora, há enfermeiras e enfermeiros que tocam as vidas e corações de muita gente. "Tocados pelo Amor" conta histórias pessoais das vidas de muitas enfermeiras e enfermeiros. Esta colectânea de narrativas que abrange muitos anos e muitas culturas, exprime o espirito e a essência da enfermagem.

 

 

A Enfermeira Saturada de Saturnina Gallardo, Edição/reimpressão: 2014, Editor: Editora Guerra & Paz, ISBN: 9789897021091.

Sinopse: "Senhora Enfermeira, o soro tem ar e vai-me matar. Senhora Enfermeira, eu é que sei em que veia me deve picar. Senhora Enfermeira, está aqui para me ajudar e eu é que tenho de trabalhar?". Bem-vindo ao mundo da Enfermeira Saturada, onde o delírio se mistura com o humor, às vezes negro, mas sempre muito refinado. O mundo onde o dia a dia do hospital supera sempre a ficção.

 

 

Do ENEE à Ordem de Rui Cavaleiro, Edição/reimpressão: 2013, Editor: Chiado Editora, ISBN: 9789895105083.

Sinopse: Este livro retrata um percurso, uma evolução mais ou menos rápida, em alguns aspetos da vida, de alguém que escolheu como curso base Enfermagem. Com uma visão particular de alguns assuntos, apresenta a globalidade de outros. Adequado à realidade que por vezes custa aceitar, tem a humildade do nosso pequeno país, mas a necessidade de progresso para ir mais longe. Inova em alguns assuntos, recua noutros, mas é isso que se espera quando o objetivo é contar as verdades sempre presentes, que ainda não foram escritas por aí.

Do Silêncio à Voz - O que as enfermeiras sabem e precisam de comunicar ao público de Bernice Buresh & Suzanne Gordon, Edição/reimpressão: 2014, Editor: Lusociência, ISBN: 9789897480072.

Sinopse: Este livro foi escrito por duas jornalistas que agarraram a profissão de enfermagem mais ou menos da mesma forma que um médico agarra um doente em risco de vida, numa situação que tem cura mas que exige cuidados intensivos e de longo prazo. O diagnóstico, segundo as autoras é silêncio. “Mantendo-nos silenciosas, perdemos a oportunidade de nos mostrarmos consequenciais nos cuidados que prestamos. O remédio para o silêncio é voz – erguer a nossa voz na conversação, em primeiro lugar e mais importante com as nossas famílias, amigos e doentes e, também, com o público em geral.” Buresh e Gordon valorizam o uso de todos os tipos de meios para ajudar a tornar visível a profissão de enfermagem.

Se a Enfermagem Falasse... de Rodrigues Martins Cardoso, 2014, Edição de Autor, Publisher: CreateSpace Independent Publishing Platform, ISBN: 978-1497567603.

Sinopse: Qual é o contributo dos enfermeiros para a saúde dos cidadãos? Que valor é que estes incrementam na economia e no desenvolvimento das sociedades contemporâneas? Que imagem devem transmitir? Como dar a conhecer a profissão aos outros? Pensa que já sabe tudo sobre aqueles que promovem a saúde, mitigam o sofrimento e podem vir a salvar a sua vida? Abandone todos os preconceitos e aceite o que a Enfermagem tem para lhe dizer! “Se a Enfermagem Falasse” resulta da compilação de reflexões levadas a cabo nos últimos dois anos, suportadas pela evidência científica, discussão com peritos e pela produção noticiosa nacional e internacional.

Vidas Partidas - Enfermeiros portugueses no estrangeiro de Claúdia Pereira, Edição/reimpressão:2015. Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789898075567.

Sinopse: Este livro destina-se a assinalar uma época histórica para a enfermagem portuguesa. Histórica pelas piores razões, como bem sabemos - cerca de 12.500 enfermeiros emigraram nos últimos anos, quase sempre tendo como destino a Europa. O livro “Vidas Partidas” será de consulta obrigatória quando um estudante, um investigador, um curioso, um político, se quiserem debruçar sobre a área da saúde em Portugal na primeira metade da segunda década do século XXI.

Notas Sobre Enfermagem - Um Guia para os Cuidadores na Actualidade de Florence Nightingale,  Edição/reimpressão:2011, Editor: Lusociência, ISBN: 9789728930660.

Sinopse: Florence Nightingale escreveu "Notas sobre Enfermagem" para os cuidadores em casa e é notável quão actual permanece esta obra nos dia de hoje. Esta edição tenciona complementar o trabalho de Florence Nightingale, alargando o seu saber e conhecimento às novas gerações encarregues de cuidar os entes queridos. O Concelho Internacional de Enfermeiros e a Fundação Internacional de Florence Nightingale (FNIF) prepararam esta moderna edição, 150 anos após a publicação original, como forma de marcar o aniversário dos 75 anos da fundação que tem o nome da "mãe" da Enfermagem moderna.

Teóricas de Enfermagem e a Sua Obra - Modelos e Teorias de Enfermagem de Ann Marriner Tomey & Martha Raile Alligood,  Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383749.

Sinopse: "Teóricas de Enfermagem e Sua Obra" é o livro sobre teoria de enfermagem mais abrangente que existe, apresentando descrições e análises claras, concisas e actualizadas de 28 teorias de enfermagem.

 

 

Enfermagem Pós-Moderna e Futura - Um Novo Paradigma da Enfermagem, de Jean Watson, Edição/reimpressão:2007, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383374.

Sinopse: Neste notável livro Jean Watson, mantém a sua procura pelo âmago da enfermagem, desenvolvendo as teorias que inspiram enfermeiros em todo o mundo. Delineando com base na sabedoria de Nightingale do século XIX, a Professora Watson estabelece um modelo para a enfermagem do século XX. À medida que avançamos para além da alta tecnologia, do carácter da cura a todo o custo da era “moderna”, a autora sustenta que a enfermagem precisa de redescobrir a sua essência de cura, e devolver as artes de cuidar às suas práticas. O livro descreve como isto deverá ser feito, no sentido de assegurar o futuro da enfermagem, como a profissão de cuidar-curar para o próximo milénio.

História e Memórias da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto, Obra colectiva da Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto, Edição/reimpressão: 2004, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728383565.

Sinopse: A Escola Superior de Enfermagem da Cidade do Porto nasceu há vinte anos. Na sua juventude pujante inscreveu percursos de formação pioneiros de um profissionalismo exigente na formação especializada em enfermagem. Adaptou-se a um mundo em constante evolução em sintonia com as políticas de saúde e as necessidades do meio envolvente, desenvolveu-se permanecendo aberta aos grandes debates contemporâneos.

Escola Superior de Enfermagem Artur Ravara, de Vários Autores, Edição/reimpressão: 2009, Editor: Lusodidacta, ISBN: 9789728930417.

Sinopse: Uma instituição, como a Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara, com mais de um século a formar profissionais, encerra uma história, um património, uma cultura, memórias, conhecimento e um legado, indeléveis no tempo e no espaço. A obra apresentada é um pouco isso, é a sucessão natural dos factos, são os antecedentes, é a criação, são os protagonistas, enfim, a construção e a consolidação de uma instituição de referência, a qual não se dissocia das suas reformas curriculares, dos seus projetos pedagógicos, das suas direções, das atividades da sua comunidade educativa, em suma, do seu património.

Anjos na Guerra - A Aventura das Enfermeiras Paraquedistas Portuguesas de Susana Torrão, Edição/reimpressão: 2011, Editor: Oficina do Livro, ISBN: 9789895557806.

Sinopse: Na guerra colonial, o corpo de enfermeiras pára-quedistas socorreu militares e civis em Angola, Moçambique e Guiné. Estas mulheres que caiam do céu para tratar dos feridos e travar o sofrimento enfrentaram, ao lado dos soldados, a dureza do mato e a violência dos combates. Mas não só. Enfrentaram também o preconceito de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para um cenário de conflito era vista com enorme desconfiança. Esta é a história dessas pioneiras improváveis, que quase passaram despercebidas ao seu país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.

Histórias de Vida de Uma Enfermeira de Maria de Lurdes Mixão, Edição/reimpressão: 2015, Editor: Chiado Editora,  ISBN: 9789895140527.

Sinopse: "Histórias da Vida de Uma Enfermeira" relata algumas das vivências que marcaram e moldaram o percurso profissional da vida de Lurdes Mixão, bem como de outros enfermeiros do Departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria (HSM). Para a autora, a principal ideia é a importância de cuidar com o coração. O enfermeiro não deve só cuidar tecnicamente, mas com a sabedoria do coração, com sentido crítico, compaixão e carinho pelas crianças.

Seleção de Livros realizada por Pedro Quintas, Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária, ACES Pinhal Litoral – USF Marquês, [email protected]

Nota: 
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“Ladrão silencioso da visão” afeta 100 mil portugueses
Associando-se às iniciativas inseridas na Semana Mundial do Glaucoma, entre 6 e 12 de março, o Grupo Português de Glaucoma da...

Estas iniciativas contam com a colaboração de vários especialistas em Glaucoma que procuram sensibilizar a população para os perigos de uma doença que se estima que afete mais de 100 mil portugueses e cuja incidência tende a aumentar com a idade.

Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar do tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e apesar de em Portugal não ter o mediatismo das cataratas ou da retinopatia diabética, representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o Mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

Segundo o coordenador do Grupo Português de Glaucoma (GPG), José Moura Pereira, é fundamental “combater o desconhecimento generalizado sobre esta doença”. “A prevenção é decisiva em qualquer situação clínica”, adverte, mas é-o “especialmente” neste contexto. “O glaucoma é irreversível: não é possível recuperar as fibras do nervo ótico que se perdem com a progressão da patologia, pelo que é preciso tentar travá-la; quanto mais cedo, melhor.”

A “importância do diagnóstico precoce” deste que constitui “um problema de saúde pública, incapacitante para muitos indivíduos”, é igualmente vincada por Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O GPG vai promover ações de sensibilização em conjunto com os especialistas de glaucoma nos Hospitais de Coimbra, Braga, Viseu, V.N. de Gaia-Espinho, Aveiro e Leiria, com destaque para a reunião científica anual de debate sobre esta patologia que decorrerá na cidade de Viseu, nos dias 11 e 12 de março.

Serviço Nacional de Saúde
O governo está a avaliar a comparticipação dos medicamentos para a cessação tabágica e quer que todos os Agrupamentos de...

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado e adjunto da Saúde, Fernando Araújo, no final da apresentação do relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, em Lisboa.

De acordo com este documento, o consumo de tabaco matou mais de 32 pessoas por dia em 2013, tendo sido a primeira causa de morte em Portugal, mas no geral o número de fumadores tem vindo a diminuir.

“Por vezes as pessoas têm vontade e não têm capacidade [de tentar deixar de fumar] e nós temos a obrigação de ajudar”, disse Fernando Araújo, sobre uma eventual comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos medicamentos de cessação tabágica.

Segundo o governante, o governo está atualmente “a fazer um estudo, uma avaliação do ponto de vista clínico do impacto, bem como do ponto de vista económico, para saber o custo destas medidas, mas é expetável que durante este ano possamos tomar decisões que se possam traduzir em resultados concretos em 2017”.

Para Fernando Araújo, o SNS precisa de aumentar a acessibilidade e responder de forma mais eficaz aos apelos dos fumadores que querem deixar de fumar.

Nesse sentido, o secretário de Estado aposta no papel da medicina geral e familiar que pode ser “determinante”.

O que se pretende é “disponibilizar em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) pelo menos uma agenda de apoio intensivo à cessação tabágica”, afirmou.

Fernando Araújo quer, até ao final do ano, diminuir para metade a percentagem (30 por cento) de ACES que ainda não disponibilizam este serviço.

Relativamente aos espaços para fumadores – nomeadamente na restauração e hotelaria – o objetivo do Ministério da Saúde é evitar que haja “capacidade legal para a abertura de novos espaços para fumadores”.

Os que existem, prosseguiu, terão de respeitar “exigências, do ponto de vista técnico, cada vez maiores para proteger quem não fuma da inalação do tabaco”.

Uma dessas medidas entrará em breve em vigor e obriga a que os espaços fechados onde é possível fumar – com mais de 100 metros quadrados – tenham de ter pressão negativa.

Segundo o Diretor Geral da Saúde (DGS), presente na apresentação deste relatório, a pressão negativa é “absolutamente essencial para evitar que o fumo do tabaco passe de uma área para a outra”.

“A pressão deve ser no mínimo 5 pascais (unidade), para a propagação do fumo do tabaco encontrar um bloqueio à sua expansão”, disse.

Especialista afirma
Os doentes com síndrome da apneia obstrutiva do sono têm um risco acrescido de neoplasias, disse Marta Drummond, presidente do...

“Ficou demonstrado que os doentes com apneia têm mais risco de ter neoplasia de todo o tipo do que os que não tem apneia. Agora é preciso saber quais são os tipos de neoplasia mais prevalentes e se há rastreio que se possa fazer”, sublinhou a pneumologista do Hospital de São João, no Porto.

Segundo Marta Drummond, este será um dos temas principais em debate no XXIII Congresso de Pneumologia do Norte e será abordado pelo investigador espanhol responsável pelo estudo que demonstrou a relação entre a apneia do sono – doença com prevalência elevada em Portugal – com o aumento de risco de neoplasia.

A apneia do sono é um distúrbio provocado por frequentes obstruções parciais ou completas das vias respiratórias durante o sono, o que leva a episódios repetidos de cessação da respiração enquanto o paciente dorme.

“É um tópico recente mas, sobretudo, o que sabemos é que temos de tratar a apneia do sono e diagnosticá-la o mais precocemente possível para evitar complicações”, sublinhou a pneumologista.

A relação da apneia do sono com a doença cardiovascular já há muito é conhecida e “agora sabemos também que tem mais riscos de neoplasias. Quais neoplasias e que tipo de rastreio temos de fazer ainda não sabemos, mas sabemos que temos de tratar estes doentes o quanto antes”, frisou.

Segundo explicou, “o tratamento é absolutamente eficaz para controlar as pausas respiratórias e com isso controlar as consequências nefastas dessas pausas”.

“Creio que o número que precisava de usar ventilação noturna e que não usa será de facto grande, é preciso chamar esses doentes ao tratamento porque é muito importante para eles, mas é muito importante também para a comunidade, porque estes doentes tem muito sono durante o dia, o que os põe em risco aumentado de acidentes de viação, de acidentes de trabalho e de menor rentabilidade no trabalho, por exemplo”, acrescentou.

Outros assuntos em debate no encontro são a telemonitorização em medicina e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) que, tal como a apneia, é uma doença crónica.

Provocada em 95% dos casos pelo tabagismo, a DPOC tem um tratamento que “diminui os sintomas, consegue atrasar a sua progressão e diminuir a mortalidade”.

Quanto melhor se qualificar os vários tipos de doentes “mais capazes seremos de reduzir essa mortalidade e de controlar a progressão da doença”, daí a necessidade de “individualizar a terapêutica”, disse.

“Estamos a caminhar nesse sentido, o que é uma enorme mais-valia, porque assim permite-nos não usar medicações que tem riscos e que não têm assim tanto benefício para o doente e dirigir a terapêutica para algo que é mais eficaz em determinado grupo de doentes”, acrescentou.

A pneumologista disse ainda que a prevalência da DPOC em Portugal tem aumentado, referindo que “há cerca de dez anos um estudo mostrava que seis por cento tinham DPOC, dez anos depois mostrou que eram 14%, ou seja, mais do que duplicou”.

O XXIII Congresso de Pneumologia do Norte pretende ser o fórum de discussão e atualização dos temas emergentes da Pneumologia, reunindo este ano mais de 300 especialistas da área e contando com a participação de oradores não só nacionais, mas também de outros países europeus, como Espanha, Itália, Eslovénia e Suíça.

Como temas centrais, fazem parte do programa, a Patologia Respiratória Obstrutiva, Infeções Respiratórias, Tabagismo, Neoplasia Pulmonar, Patologia Respiratória do Sono, Patologia Pleural e Ventilação Não Invasiva.

Especialista afirma
Os doentes com síndrome da apneia obstrutiva do sono têm um risco acrescido de neoplasias, disse Marta Drummond, presidente do...

“Ficou demonstrado que os doentes com apneia têm mais risco de ter neoplasia de todo o tipo do que os que não tem apneia. Agora é preciso saber quais são os tipos de neoplasia mais prevalentes e se há rastreio que se possa fazer”, sublinhou a pneumologista do Hospital de São João, no Porto.

Segundo Marta Drummond, este será um dos temas principais em debate no XXIII Congresso de Pneumologia do Norte e será abordado pelo investigador espanhol responsável pelo estudo que demonstrou a relação entre a apneia do sono – doença com prevalência elevada em Portugal – com o aumento de risco de neoplasia.

A apneia do sono é um distúrbio provocado por frequentes obstruções parciais ou completas das vias respiratórias durante o sono, o que leva a episódios repetidos de cessação da respiração enquanto o paciente dorme.

“É um tópico recente mas, sobretudo, o que sabemos é que temos de tratar a apneia do sono e diagnosticá-la o mais precocemente possível para evitar complicações”, sublinhou a pneumologista.

A relação da apneia do sono com a doença cardiovascular já há muito é conhecida e “agora sabemos também que tem mais riscos de neoplasias. Quais neoplasias e que tipo de rastreio temos de fazer ainda não sabemos, mas sabemos que temos de tratar estes doentes o quanto antes”, frisou.

Segundo explicou, “o tratamento é absolutamente eficaz para controlar as pausas respiratórias e com isso controlar as consequências nefastas dessas pausas”.

“Creio que o número que precisava de usar ventilação noturna e que não usa será de facto grande, é preciso chamar esses doentes ao tratamento porque é muito importante para eles, mas é muito importante também para a comunidade, porque estes doentes tem muito sono durante o dia, o que os põe em risco aumentado de acidentes de viação, de acidentes de trabalho e de menor rentabilidade no trabalho, por exemplo”, acrescentou.

Outros assuntos em debate no encontro são a telemonitorização em medicina e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) que, tal como a apneia, é uma doença crónica.

Provocada em 95% dos casos pelo tabagismo, a DPOC tem um tratamento que “diminui os sintomas, consegue atrasar a sua progressão e diminuir a mortalidade”.

Quanto melhor se qualificar os vários tipos de doentes “mais capazes seremos de reduzir essa mortalidade e de controlar a progressão da doença”, daí a necessidade de “individualizar a terapêutica”, disse.

“Estamos a caminhar nesse sentido, o que é uma enorme mais-valia, porque assim permite-nos não usar medicações que tem riscos e que não têm assim tanto benefício para o doente e dirigir a terapêutica para algo que é mais eficaz em determinado grupo de doentes”, acrescentou.

A pneumologista disse ainda que a prevalência da DPOC em Portugal tem aumentado, referindo que “há cerca de dez anos um estudo mostrava que seis por cento tinham DPOC, dez anos depois mostrou que eram 14%, ou seja, mais do que duplicou”.

O XXIII Congresso de Pneumologia do Norte pretende ser o fórum de discussão e atualização dos temas emergentes da Pneumologia, reunindo este ano mais de 300 especialistas da área e contando com a participação de oradores não só nacionais, mas também de outros países europeus, como Espanha, Itália, Eslovénia e Suíça.

Como temas centrais, fazem parte do programa, a Patologia Respiratória Obstrutiva, Infeções Respiratórias, Tabagismo, Neoplasia Pulmonar, Patologia Respiratória do Sono, Patologia Pleural e Ventilação Não Invasiva.

Associação Todos com a Esclerose Múltipla
A Associação Todos com a Esclerose Múltipla saudou o alargamento do regime especial de invalidez a mais doenças crónicas,...

O novo regime especial de proteção na invalidez entrou em vigor a 1 de janeiro sob críticas de médicos, associações de doentes e partidos, que estavam contra os novos critérios para atribuição da pensão de invalidez, nomeadamente o facto de só poder ser atribuída a doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos".

Com a atual lei deixou de existir uma lista de doenças abrangidas pelo regime de proteção especial na invalidez, passando a ser aplicada, a título experimental, a Tabela Nacional de Funcionalidades

Estas alterações aprovadas pelo anterior governo PSD-CDS/PP ao regime especial de invalidez foram agora revogadas no Decreto n.º 11/XIII, publicado no Diário da Assembleia da República e que aguarda promulgação do Presidente da República.

O decreto-lei, que produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2016, abrange os doentes com “prognóstico de evolução rápida para uma situação de perda de autonomia com impacto negativo na profissão”, originada por paramiloidose familiar, doença de Machado Joseph, VIH/sida, esclerose múltipla, doença do foro oncológico, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e doenças raras.

Em declarações, o presidente da Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), Paulo Silva Pereira, congratulou-se com esta alteração à legislação, alegando que vai abranger mais doenças crónicas e manter as que estavam na lei de 2009, indo ao encontro do que a associação sempre defendeu.

Apesar de estar “à espera de mais”, Paulo Silva Pereira disse perceber “perfeitamente que foi aquilo que foi possível mexer nesta altura”.

Por outro lado, criticou o facto do relatório da Comissão Especializada – divulgado pelo Bloco de Esquerda – que esteve na base da atual lei (decreto-lei n.º246/2015) ter sido elaborado “por dez pessoas, das quais 40% eram médicos, mas nenhum especialista” em doenças crónicas.

“Por isto, é normal que dê a aberração que deu a famosa lei que batizámos de subsídio para morrer”, disse o presente da TEM.

Segundo o novo decreto-lei, são ainda abrangidos pelo regime especial de invalidez os beneficiários que se “encontrem em situação de incapacidade permanente para o trabalho decorrente de outras doenças de causa não profissional ou de responsabilidade de terceiro, de aparecimento súbito ou precoce que evoluam rapidamente para uma situação de perda de autonomia com impacto negativo” na sua profissão.

As principais alterações do decreto-lei 246/2015 foram anuladas na sequência de uma apreciação parlamentar requerida pelo Bloco de Esquerda e que levou à aprovação do novo documento com os votos favoráveis do PS, Bloco, PCP, Verdes e PAN e a abstenção do PSD e do CDS.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Profissionais e estudantes terão de desenvolver competências psicossociais para melhorarem gestão da falha clínica, propõe...

Uma investigação de uma professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) aponta para a necessidade de os enfermeiros mudarem a forma como encaram os erros na prática clínica, ao ponto de defender que esta temática figure nos currículos da oferta formativa.

De acordo com os resultados do trabalho que Cidalina da Conceição Ferreira de Abreu desenvolveu, no período de 2008 a 2015, em 17 hospitais da zona centro do país e com a colaboração de 1165 enfermeiros, “a emoção mais frequente” experienciada por estes profissionais de saúde, relativamente às consequências do erro na prática clínica, “foi a raiva, seguida da culpa”.

Para Cidalina Abreu, é necessário que os profissionais, e até mesmo os estudantes, “desenvolvam competências psicossociais na gestão do erro clínico”, desde o 1º ciclo de estudos (licenciatura) e numa perspetiva de formação ao longo da vida.

A investigadora da ESEnfC defende a “necessidade de se obter uma cultura de segurança” que remeta para a mudança do “paradigma tradicional, centrado na punição”, para “uma cultura mais aberta e de aprendizagem face ao erro comedido”.

Os erros mais reportados por aquela amostra de enfermeiros situaram-se ao nível da categoria “Administração Segura de Medicação”, seguidos das falhas em matéria de “Técnica e Procedimentos”, “Responsabilidade/advocacia do doente”, “Prevenção” e “Comunicação”.

Quanto às causas percebidas do erro, os enfermeiros “evidenciaram com mais frequência o facto de terem decidido com demasiada rapidez relativamente aos procedimentos a efetuar ao doente”, mas também “o facto de se encontrarem desatentos”, ou “de efetuarem uma avaliação errónea da situação do doente”, afirma Cidalina Abreu.

Já no que toca a fatores do contexto profissional que levaram à ocorrência do erro, “os profissionais inquiridos salientaram o ambiente stressante da enfermaria”, continua a docente da ESEnfC.

“Numa cultura de segurança pretende-se que haja a notificação do erro e que se estabeleça um diálogo no seio da equipa multiprofissional, sem pretensão de qualquer tipo de represálias, no sentido de se conseguir analisar a raiz causal do erro ocorrido”, conclui a professora Cidalina Abreu.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza
Casos de empresas de sucesso, dicas para proteger uma ideia de negócio e oportunidades de financiamento são temas em discussão.

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo dia 9 de março, o “9º Fórum de Empreendedorismo: Inovar na Saúde", dirigido a todos estudantes da instituição.

Este Fórum de Empreendedorismo da ESEnfC tem lugar no Polo A da Escola de Coimbra (Avenida Bissaya Barreto, em Celas), estando a sessão de abertura marcada para as 09h15, com as intervenções de Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC) e Pedro Dinis Parreira (coordenador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC).

“Empreendedorismo: uma oportunidade” (10h45), “Empreendedorismo e Investigação na Saúde” (11h45), “Da proteção da ideia ao financiamento” (14h30) e “Empreender além-fronteiras” (15h15) são os temas dos painéis do dia.

Experiências de enfermeiros em contextos de catástrofe
Serão apresentadas experiências de profissionais em vários pontos do planeta, relacionadas com o cuidar em contextos de catástrofe e com migrantes e refugiados.

Neste Fórum não faltarão exemplos de empresas de sucesso, informações sobre proteção da propriedade intelectual e oportunidades de financiamento de negócios.

O 9º Fórum de Empreendedorismo da ESEnfC pretende, uma vez mais, desafiar os estudantes a serem proativos, incentivando-os na criação de projetos e ideias de negócio que aliem tecnologia, inovação e conforto nos processos de prestação de cuidados aos cidadãos.

A coincidir com o horário do Fórum, entre as 09h00 e as 18h00 decorrerá um “Open Day” (organizado pelo Gabinete de Empreendedorismo e pelo Serviço de Apoio aos Novos Graduados da ESEnfC), com a presença de seis empresas de recrutamento de profissionais de saúde, além da Associação Integrar.

Pode consultar o programa aqui.

Infarmed
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento confirmou as recomendações para minimizar o risco...

A leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) é uma infeção cerebral rara e muito grave causada pelo vírus John Cunningham (JC) que pode causar incapacidade grave e morte.

Assim, a EMA e o INFARMED, I.P. recomendam e informam o seguinte:

Profissionais de saúde
Os fatores de risco conhecidos de desenvolver LMP em doentes tratados com Tysabri são:
- a presença de anticorpos contra o vírus JC;
- a duração do tratamento com Tysabri superior a 2 anos;
- a utilização prévia de medicamentos imunossupressores.
- Os dados de ensaios clínicos sugerem que, em doentes que nunca usaram imunossupressores, o nível de resposta dos anticorpos contra o vírus JC (“índice”) está relacionado com o nível de risco de LMP. De acordo com esta informação, o risco estimado de LMP1 em doentes positivos para o anticorpo contra o vírus JC, tratados com Tysabri foi atualizado conforme descrito na tabela seguinte (tabela 1):
 


Tabela 1 - Estimativa do risco de LMP por 1000 doentes, em doentes com anticorpos contra o vírus JC

- As evidências atuais sugerem que o risco de LMP é baixo para valores de índice ≤ 0,9 e aumenta substancialmente em doentes com valores de índice > 1,5, que tenham sido tratados com Tysabri durante mais de 2 anos. Em doentes sem anticorpos contra o vírus JC, o risco de LMP permanece inalterado, sendo de 0,1 por 1000 doentes.
- Antes do início do tratamento com Tysabri, os doentes e os seus cuidadores de saúde devem ser informados sobre o risco de LMP. Os doentes devem ser aconselhados a consultar o médico se suspeitarem que a doença se está agravar, se tiverem novos sintomas ou sintomas invulgares.
- Antes de iniciar o tratamento com Tysabri, deve ser realizada uma ressonância magnética (de preferência em 3 meses) para referência e a pesquisa de anticorpos contra o vírus JC, para estratificação do risco de LMP.
- Durante o tratamento os doentes devem ser monitorizados regularmente, para deteção de sinais e sintomas de novas disfunções neurológicas e, pelo menos anualmente, deve ser realizado uma ressonância magnética ao cérebro.
- Em doentes com níveis de risco superiores de LMP devem ser realizadas ressonâncias magnéticas com maior frequência (a cada 3-6 meses), podendo considerar-se protocolos abreviados (FLAIR, T2-weighted, e DWI), pois a deteção precoce de LMP em doentes assintomáticos está associada a uma melhor evolução da doença.
- A LMP deve ser considerada no diagnóstico diferencial de todos os doentes que apresentem sintomas neurológicos e/ou novas lesões cerebrais na ressonância magnética. Foram notificados casos assintomáticos de LMP com base na ressonância magnética e presença de ADN do vírus JC no líquido cefalorraquidiano (LCR).
- Em caso de suspeita de LMP, o protocolo da ressonância magnética deve incluir imagens ponderadas em T1 realçadas por contraste e pesquisa da presença de ADN do vírus JC no LCR, usando técnicas sensíveis como a da reação em cadeia da polimerase (PCR).
- Em caso de suspeita de LMP, o tratamento com Tysabri deve ser interrompido até que o diagnóstico de LMP seja excluído.
- Em doentes com resultado negativo para pesquisa de anticorpos contra o vírus JC, o teste deve ser repetido a cada 6 meses. Doentes que tenham valores de índice baixos e que não tenham usado previamente imunossupressores, devem também realizar o teste a cada 6 meses quando o tratamento atingir 2 anos de duração.
- Após 2 anos de tratamento, os doentes devem voltar a ser informados sobre o risco de LMP associado ao medicamento.
- Os doentes e os seus cuidadores dever ser aconselhados a permanecer vigilantes para o risco de LMP durante 6 meses após terminarem o tratamento.

Doentes
- A ocorrência de LMP é um risco raro associado ao medicamento Tysabri.
- Contudo, com as novas recomendações é possível detetá-la precocemente e melhorar a sua evolução.
- Antes de iniciar e durante o tratamento com Tysabri, é necessário fazer análises ao sangue e ressonâncias magnéticas para monitorização periódica.
- Os sintomas de LMP podem ser semelhantes aos da esclerose múltipla, incluindo fraqueza progressiva, dificuldade na fala, problemas de visão e alterações de humor ou comportamentais. Caso verifique o agravamento da sua doença ou se tiver sintomas invulgares (durante ou até 6 meses após terminar o tratamento) deve contactar o seu médico.
- O seu médico irá fornecer-lhe mais informação sobre o risco de LMP através do Cartão de Alerta do Doente. Deve guardar este cartão e informar a sua família sobre o seu conteúdo.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar toas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

1A estimativa do risco de LMP foi obtida através do método da tabela de vida baseada em 21.696 doentes que participaram nos ensaios clínicos STRATIFY-2, TOP, TYGRIS e STRATA. A estratificação do risco de LMP pelo índice de anticorpos contra o vírus JC em doentes que não utilizaram previamente imunossupressores foi obtida a partir da combinação do risco global anual com a distribuição do índice de anticorpos.

Infarmed
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento iniciou uma revisão de segurança dos medicamentos...

Estes medicamentos estão autorizados em vários países da União Europeia (UE) como contracetivos orais e para o tratamento de mulheres com acne moderadamente grave.

Em Portugal, o único medicamento autorizado para ambas as indicações – Sienima - não se encontra comercializado.

Esta revisão foi solicitada pela Agência de Medicamentos do Reino Unido (MHRA) pelo facto de os benefícios da associação dienogest+etinilestradiol não estarem suficientemente demonstrados no tratamento da acne. O MHRA refere ainda que o risco de tromboembolismo venoso não foi suficientemente caracterizado para esta associação de substâncias ativas, realçando a existência de alternativas terapêuticas para o acne.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá avaliar todos os dados disponíveis acerca dos benefícios e dos riscos destes medicamentos no tratamento do acne e emitirá um parecer sobre a manutenção, alteração, suspensão ou retirada da autorizações de introdução no mercado.

Em caso de dúvida, as mulheres que estejam a tomar medicamentos contendo dienogest 2 mg + etinilestradiol 0,03 mg devem consultar o seu médico ou farmacêutico.

Estudo
O sal, e não apenas o açúcar, desempenha um papel importante no desenvolvimento da diabetes, concluem investigadores franceses...

No estudo publicado na revista médica norte-americana Cell Metabolism, os investigadores escrevem que a descoberta pode conduzir a novas formas de prevenção da doença.

"Medidas nutricionais simples, como a diminuição da ingestão simultânea de sal e açúcar, podem prevenir ou tratar a diabetes tipo 2 (a mais frequente)", lê-se no estudo.

Os cientistas chegaram a esta conclusão com base na análise de porcos anões que, segundo o Sapo, passaram por uma cirurgia de obesidade do tipo bypass, que consiste em modificar o circuito alimentar através de um curto-circuito numa parte do estômago e do intestino.

A maioria dos doentes operados a partir deste método apresenta resultados frequentemente positivos em termos de perda de peso, mas também no que diz respeito à diabetes, uma doença bastante associada à obesidade, escreve a agência de notícias France Presse.

"Questionámo-nos por que motivo o bypass tem um impacto tão positivo contra a diabetes, ao promover uma diminuição espetacular da glicemia (taxa de açúcar no sangue) antes mesmo de qualquer perda de peso", explica François Pattou, principal autor do estudo.

A investigação sobre os porcos anões - cuja alimentação é semelhante à dos seres humanos - permitiu mostrar que a absorção global de glicose pelo organismo ficou reduzida quando passou a ser absorvida apenas pela parte baixa do intestino, como ocorreu nos porcos operados, e não na parte alta, como aconteceu nos porcos não operados.

O sal na absorção da glicose
O sal é necessário para a absorção da glicose, explica François Pattou, cirurgião e cientista do Inserm em Lille.

Para confirmar o papel do sal, os investigadores forneceram grandes quantidades deste aos porcos anões e observaram um aumento da glicemia no sangue dos animais após as refeições.

Para Pattou, estes resultados confirmam a influência do sal no aumento da glicemia, já sugerida por um estudo prévio israelita publicado há meses.

No estudo, o conteúdo de sal surgia em quarto lugar nos critérios que influenciam o aumento da glicemia, atrás do conteúdo de açúcar das refeições, do facto de ser diabético e da hora das refeições (a glicemia aumenta mais à noite).

Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório
A cirurgia em regime de ambulatório tem tido, nos últimos anos, um desenvolvimento extraordinário, apresentando atualmente mais...

O fator de sucesso da cirurgia de ambulatório passa pela multidisciplinariedade, onde se envolvam diferentes grupos de profissionais, garantindo segurança e elevados índices de qualidade no tratamento dos doentes, explica Carlos Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório (APCA).

E acrescenta: “A cirurgia de ambulatório poderá ter um papel muito importante na sustentabilidade económica do Sistema Nacional de Saúde, o que irá permitir rentabilizar muitos dos recursos existentes a nível nacional, oferecendo assim excelentes garantias de qualidade e segurança de tratamento aos pacientes.”

Este será um dos temas em debate na 4ª Reunião Nacional de Unidades de Cirurgia Ambulatória, que vai decorrer no dia 14 de Março, pelas 09:00 horas, no Auditório do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto. A iniciativa vai abordar ainda, segundo o Diário Digital, várias questões em cirurgia ambulatória: avaliação pré-operatória, registo no processo clínico do paciente, limites da anestesia, anestesia local, perfil dos profissionais de cirurgia de ambulatório, comunicação no pós-operatório, índices de severidade em ambulatório e a rentabilidade de cirurgia de ambulatório para um hospital.

Em 2015 realizaram-se mais de 416 intervenções cirúrgicas em regime de ambulatório. Este tipo de cirurgia tem vindo a aumentar, representando já 58,5% do total de intervenções realizadas.

A APCA tem como principal objetivo defender, promover e protagonizar o processo de evolução da cirurgia de ambulatório no nosso país.

Estudo
A falta de sono aumenta no sangue um sinal químico que amplifica o gosto por comida e, em particular, por lanches doces e...

O estudo, divulgado na revista Sleep, sobre a relação entre a privação de sono e o aumento de peso, foi realizado entre 14 jovens saudáveis voluntários, que quando privados de sono tinham preferência por comer biscoitos, caramelos ou batatas fritas, alimentos que os cientistas consideraram como "gratificantes".

Os jovens comeram aquele tipo de alimentos apesar de apenas duas horas antes terem ingerido comida que satisfazia 90% das suas necessidades calóricas diárias, escreve o Jornal de Notícias.

"Descobrimos que a falta de sono estimula um sinal que aumenta o aspeto hedonista à ingestão de alimentos ou seja prazer e satisfação através dos alimentos", disse o endocrinologista da Universidade de Chicago, Erin Hanlon, um dos autores do estudo.

A falta de sono, segundo o endocrinologista, "parece aumentar" a vontade de ingerir alimentos, à semelhança daquilo que o ingrediente ativo da marijuana faz ao cérebro.

Os investigadores salientam no estudo que por cada hora extra acordado são necessários 17 calorias extra.

Por cada quatro horas de sono perdido, os voluntários precisariam de cerca de 70 calorias. No entanto, consumiram mais de 300 calorias, o que "pode causar um aumento significativo do peso".

Direção-Geral da Saúde
O consumo de tabaco matou mais de 32 pessoas por dia em 2013, tendo sido a primeira causa de morte em Portugal, mas no geral o...

De acordo com o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, da Direção-Geral da Saúde (DGS), os últimos dados disponíveis sobre a mortalidade associada ao tabaco revelam que fumar foi a primeira causa de morte em Portugal em ambos os sexos, correspondendo a quase 11% do total de óbitos.

As estimativas do Institute for Health Metrics and Evaluation, citadas no relatório da DGS, apontam para mais de 12 mil óbitos em Portugal devido ao tabaco, incluindo a exposição passiva ao fumo.

Entre as mortes ocorridas devido ao consumo de tabaco, mais de metade foram em consequência de cancro e doenças respiratórias.

No total, o consumo de tabaco foi responsável por 21% do total de mortes por cancro, 31% das mortes por doenças respiratórias, 9% de óbitos por doenças do aparelho circulatório, 2,5% das mortes por diabetes e 10% do total de óbitos por tuberculose.

O relatório sublinha ainda que uma em cada cinco mortes ocorridas em pessoas com idades entre os 45 e os 64 anos são atribuíveis ao tabaco.

No que respeita à perda de anos de vida saudável devido ao tabaco, nos homens esta situação é provocada principalmente pelas neoplasias, seguidas das doenças do aparelho circulatório e as respiratórias crónicas.

Entre as mulheres, verifica-se que em primeiro lugar, na perda de anos de vida saudável, estão as doenças do aparelho circulatório, seguidas das respiratórias crónicas e só então as neoplasias.

No entanto, é em particular no sexo masculino que ocorre maior perda de anos vividos com saúde.

O relatório aponta ainda para a estimativa de 400 mortes por exposição ao fumo ambiental, em 2013, embora refira que este tipo de mortalidade “registou uma descida assinalável nos últimos anos”.

Ainda assim, em 2014, 8,6% da população com mais de 15 encontrava-se exposta diariamente ao fumo ambiental do tabaco, principalmente nos espaços de lazer (38,3%), em casa (31%) e no local de trabalho (20,5%).

Em descida está também o consumo global do tabaco, que registou uma ligeira diminuição (de 20,9% para 20%) nos consumidores com mais de 15 anos, entre 2005/2006 e 2014.

A prevalência de consumidores diários baixou quase 2 pontos percentuais (de 18,7% para 16,8%) e a percentagem de ex-fumadores aumentou quase 6 pontos percentuais (de 16,1% para 21,7%).

Discriminando por sexo os consumidores diários, o relatório revela que enquanto os homens estão a diminuir (de 27,5% para 23,5%), as mulheres estão a aumentar, ainda que ligeiramente (de 10,6% para 10,9%).

“Como nota menos positiva, a percentagem de pessoas que nunca fumaram diminuiu quase 5 pontos percentuais, de 62,9%, em 2005/2006, para 58,2% em 2014, o que traduz um aumento da experimentação do consumo”, sublinha o documento.

Este facto permite concluir que a redução na prevalência do consumo de tabaco foi conseguida sobretudo à custa do aumento do número de pessoas que deixaram de fumar.

A este propósito, o relatório revela que 92,1% dos residentes em Portugal que deixaram de fumar fizeram-no sem qualquer apoio, enquanto 3,6% afirmaram ter recorrido a apoio médico ou a medicamentos.

O número de locais de consulta para apoio à cessação tabágica aumentou 10% entre 2013 e 2014, invertendo a tendência que se registava nos últimos anos.

Relativamente ao número de consultas realizadas para deixar de fumar, tem aumentado desde 2010, “com um crescimento assinalável em 2014”.

De acordo com o documento, o número de consultas subiu de 19.620 em 2010 para 22.358 em 2013, tendo depois dado um salto em 2014, para 26.008.

Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral
Os cheques-dentista são alargados aos jovens de 18 anos que já tinham sido beneficiários e concluído o plano de tratamentos aos...

Neste alargamento do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNSO) serão também abrangidos os infetados com VIH/sida que já não façam tratamentos há mais de dois anos, sendo-lhes atribuídos dois cheques-dentista para um ciclo de tratamentos.

Devem receber também cheque-dentista as crianças e jovens de 7, 10 e 13 anos com necessidades especiais de saúde, nomeadamente portadores de doença mental, paralisia cerebral ou trissomia 21 que não tenham ainda sido abrangidos pelo PNPSO.

Assim, crianças e jovens portadores de deficiência que precisam de sedação para tratar dos dentes vão ter acesso a cheques-dentista e poderão ser tratados nos serviços de estomatologia dos hospitais.

Atualmente, o cheque-dentista abrange crianças de 7, 10, 13 e 15 anos que frequentem as escolas públicas, idosos com complemento solidário, grávidas e portadores de VIH.

O programa dos cheques-dentista existe desde 2008 e foram já distribuídos um total de mais de 3,6 milhões de cheques, abrangendo 2,2 milhões de pessoas. A taxa de utilização destes cheques tem tido uma média de 74%.

Europacolon
A Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo apelou ao Governo que promova um rastreio ao cancro do intestino, como...

Há vários anos que a Europacolon Portugal tem vindo a alertar para a necessidade da realização de um rastreio organizado de base populacional no Serviço Nacional de Saúde, à semelhança do que tem vindo a ser feito para os cancros da mama e do colo do útero, disse o presidente da associação, que falava a propósito do Mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino, que começa hoje.

Todos os anos surgem mais de 7.000 novos doentes e morrem 11 pessoas por dia em Portugal, mortes que podiam ser evitadas se a doença fosse detetada e tratada precocemente, disse Vítor Neves.

“Se tivéssemos um rastreio de base populacional - somos dos poucos países da Europa onde esse rastreio não existe - e se estivéssemos interessados em desenvolver atitudes preventivas e diagnósticos precoces, mais de dois terços destes doentes” poderiam ser tratados e curados, frisou.

Perante esta realidade, Vítor Neves apelou ao ministro da Saúde que dê atenção a esta matéria, esperando que 2016 "seja finalmente o ano” em que Portugal vai ter este rastreio, que, afirma, terá ganhos para o Serviço Nacional de Saúde.

Segundo o responsável, o dinheiro a aplicar na prevenção, através do rastreio, “é muito baixo” relativamente ao que se investe no tratamento e na estabilização dos doentes avançados.

São gastos com “cirurgias, radioterapia, quimioterapia, tratamentos inovadores, custos sociais, já para não falar” na morte de 11 pessoas por dia, “um drama social que urge acabar no nosso país”, defendeu.

Enquanto o rastreio não avança, o presidente da Europacolon Portugal aconselha as pessoas com mais de 50 anos, as pessoas cujos pais tenham tido esta doença ou apresentem sintomas, como perda de sangue nas fezes, cansaço, emagrecimento, alteração dos hábitos intestinais ou dores abdominais, a irem ao médico de família e fazerem o despiste do cancro do intestino.

Dados recentes do Registo Oncológico Nacional referem que o cancro do intestino é o que tem vindo a aumentar mais na população portuguesa devido, sobretudo, ao estilo de vida.

Inserido nas atividades do Mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino, a Europacolon realiza durante este mês um rastreio gratuito ao cancro do intestino em 141 farmácias Holon espalhadas pelo país.

A associação participará na quarta-feira, em conjunto com as associações congéneres europeias, numa sessão de esclarecimento no Parlamento Europeu, com o mote “Fazer barulho – Salvar Vidas!”, que alerta para a importância dos rastreios organizados como forma de salvar vidas.

Cientistas identificam
Os cientistas confirmaram que o vírus Zika, que está a espalhar-se na América Latina e que se pensa estar associado a...

Uma equipa de investigadores apresentou a "primeira demonstração de uma ligação entre o vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré", referiu o professor Arnaud Fontanet, responsável da unidade de epidemiologia das doenças emergentes no Instituto Pasteur, em Paris, que coordenou o estudo publicado na revista médica britânica 'The Lancet'.

O estudo foi realizado a partir dos dados recolhidos na Polinésia Francesa, onde houve um surto de Zika entre outubro de 2013 e abril de 2014, afetando dois terços da população.

A doença provocou em 20% a 30% dos casos uma falha respiratória e, nos países mais ricos, cerca de 5% dos infetados acabaram por morrer. Esta síndrome neurológica rara manifesta-se depois da ocorrência de outras infeções virais (como gripe e dengue) mas também, e de forma não negligenciável, seguidamente a uma infeção bacteriana (campylobacter).

Com mais de 1,5 milhões de casos no Brasil e milhares noutros países, incluindo mais de 40.00 casos na Colômbia, os investigadores alertam para a necessidade de reforçar os tratamentos intensivos, em particular fora das cidades.

"Nas zonas que vão ser afetadas pela epidemia do vírus ZiKa, é preciso pensar, nos casos em que for possível, em reforçar as capacidades de tratamento intensivo porque sabemos que há um certo número de pacientes que vão desenvolver a síndrome de Guillain-Barré e, desses, 30% vão precisar de assistência respiratória", disse à AFP o cientista principal da investigação.

OE2016
A Associação Portuguesa dos Profissionais de Acupunctura é ouvida pela comissão parlamentar de Finanças, na expectativa de que...

Segundo disse a porta-voz da Associação Portuguesa dos Profissionais de Acupunctura (APPA), Daniela Antão, a associação é ouvida na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito do debate na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2016 (OE2016).

A associação opõe-se a um ofício da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que desde agosto do ano passado determinou que as atividades terapêuticas não convencionais, como acupunctura, osteopatia e homeopatia, devem pagar 23% de IVA, considerando que não estão isentas do pagamento deste imposto, como era entendido até aqui.

“É uma oportunidade que os deputados não devem perder, a meu ver, para esclarecer esta questão no OE2016”, disse Daniela Antão, apelando a uma “posição pública dos grupos parlamentares” e acreditando que venha a ser apresentada uma proposta de alteração ao OE2016 que reponha a isenção de IVA nas atividades de terapêutica não convencional.

A proposta de OE2016 não contempla nenhuma medida sobre o IVA das atividades terapêuticas não convencionais.

“Uma vez que não se encontra expressamente reconhecida, no Código do IVA, qualquer isenção que contemple as atividades de terapêutica não convencional, o seu exercício constitui a prática de operações sujeitas a imposto e dele não isentas", lê-se no ofício assinado em agosto pelo subdiretor-geral da AT Miguel Silva Pinto.

Ora, a APPA opõe-se a este entendimento do Fisco, “que não teve nos 20 anos anteriores, porque tipicamente tratava os contribuintes das terapias não convencionais isentos” de IVA.

Além disso, a AT “está a notificar terapeutas obrigando-os a pagar IVA com retroativos de quatro anos”, segundo Daniela Antão, o que força os trabalhadores “a sair da atividade, muitos veem-se em situação técnica de falência”.

Isto porque, contabilizou, pagar 23% de IVA de quatro anos corresponde “à quase totalidade (92%) do rendimento de um ano apenas”.

A APPA fez uma simulação do impacto da tributação do IVA nestas terapias convencionais e concluiu que, por ano, o fim da isenção significa uma perda de receita de cerca de 7,4 milhões de euros, “pois o impacto orçamental global na perda de receita de IRS e IRC e de contribuições para a Segurança Social serão superiores ao potencial encaixe de IVA”.

“Sendo que às falências é preciso juntar a perda de postos de trabalho e contabilizar os custos do subsídio de desemprego e outros apoios da Segurança Social”, afirma a associação.

A APPA destaca que a acupunctura é “reconhecida pela lei portuguesa desde 2003, com autonomia científica e deontológica”, considerando que a AT “deve assegurar a isenção de IVA aos tratamentos médicos”.

A associação lembra também que o Tribunal de Justiça da União Europeia “considera serviços médicos as prestações que consistam em prestar assistência a pessoas, diagnosticando e tratando uma doença ou qualquer anomalia de saúde”, sublinhando que “é o que fazem as terapias não convencionais”.

“A Saúde não paga IVA” é o lema da campanha da APPA, que acredita, assim, que os grupos parlamentares possam apresentar propostas de alteração ao OE2016 que mantenham o setor isento do pagamento deste imposto.

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