Investigadores de Coimbra
Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra descobriram a origem das células...

“Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu as células precursoras que dão origem às células estaminais do sangue (CES) durante o desenvolvimento embrionário e como podem dar origem a todos os tipos celulares sanguíneos”, afirma a UC, numa nota divulgada.

A obtenção de CES “compatíveis com as características de cada pessoa é crucial na transplantação celular em casos de doença grave, como o cancro do sangue”, sublinha a UC.

A identificação de precursores de células estaminais do sangue em ratinhos “abre o caminho para os desvendar em humanos no futuro, contribuindo para o desenvolvimento da medicina regenerativa”.

As células precursoras das CES, “localizadas no tecido embrionário e na placenta, foram identificadas em ratinhos através de ‘marcadores’ nas células, ‘etiquetas’ que permitem mapear e descrever o seu comportamento”, sustenta Filipe Pereira, coordenador do estudo desenvolvido no CNC, durante os últimos três anos.

“A descoberta procura dar resposta a um desafio de longa data da hematologia, ramo científico que estuda o sangue”, salienta o investigador.

A equipa de especialistas do CNC criou igualmente um método que atribui às células precursoras as já conhecidas propriedades das CES – a autorrenovação e a multipotencialidade –, o que “permite dar origem a todos os tipos celulares sanguíneos”, adianta a UC.

A investigação já foi publicada na ‘Developmental Cell’, uma das revistas científicas internacionais com mais “impacto na área da biologia do desenvolvimento”.

A descoberta surge na sequência de um estudo realizado, em 2013, pela mesma equipa de especialistas, na “conversão” de células da pele em células estaminais do sangue, através de reprogramação celular.

As ‘etiquetas’ das células foram originalmente identificadas durante aquele processo de reprogramação, as quais permitiram identificar precursores em embriões e placentas – posteriormente foi desenvolvido “um método para provocar a maturação destes precursores que origina as CES”, acrescenta a UC.

“Além de providenciar uma nova fonte potencial de CES, os resultados obtidos podem levar ao desenvolvimento de métodos mais eficazes para aumentar as CES do cordão umbilical e da medula óssea, de modo a que as transplantações tenham mais sucesso”, afirma Filipe Pereira, citado pela UC.

Adicionalmente, este estudo fornece “informação preciosa para melhorar a ‘criação’ de CES a partir de fontes alternativas como as células da pele ou células estaminais embrionárias”, adianta o investigador.

A investigação foi realizada em colaboração com o Ichan School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e o Weatherall Institute of Medicine da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e teve apoio do National Institutes of Health e Revson Foundation, de Nova Iorque.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Reunião, nos próximos dias 10, 11 e 12 de março, junta, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, peritos de vários pontos...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, entre os dias 10 e 12 de março, o 2º Congresso Internacional em Enfermagem de Reabilitação, subordinado ao tema “A pessoa, função e autonomia: reabilitar nos processos de transição no ciclo de vida”.

Caberá a Walter Hesbeen, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade Católica de Lovaina (Bélgica), laureado pela Fundação Van Goethem-Brichant para a Readaptação e responsável pedagógico do GEFERS - Groupe francophone d'Etudes et de Formations en Ethique de la Relation de Service et de soin, proferir, pelas 11h15 do dia 10, a conferência inicial, intitulada “Reabilitação no ciclo de vida”.

Seguir-se-á, pelas 12h15, a abertura solene do Congresso, cujos trabalhos – a primeira sessão plenária começa logo pelas 9h30 – decorrerão sempre nas instalações da ESEnfC em S. Martinho do Bispo (Polo B) e para os quais, até ao momento, já se inscreveram quase 300 interessados.

O 2º Congresso Internacional em Enfermagem de Reabilitação, que reúne dezenas de especialistas portugueses, da Bélgica (Walter Hesbeen) e do Brasil, compreende cinco sessões plenárias, que vão dedicar-se às intervenções da Enfermagem de Reabilitação em neonatologia e na infância, na adolescência, no adulto (seja em contexto hospitalar, seja em contexto domiciliar) e na pessoa idosa.

Ainda no primeiro dia do Congresso, serão apresentadas duas obras da série monográfica “Educação e Investigação em Saúde”, que é editada pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), da ESEnfC. “Enfermagem de Reabilitação: Percursos de Investigação” e “Enfermagem de Reabilitação: Resultados de Investigação” são os títulos das novas publicações, que têm lançamento marcado para as 15h15.

“Na sociedade atual emergem novas problemáticas de saúde decorrentes das alterações demográficas, estilos/comportamentos de vida pouco saudáveis, dos acidentes de viação e de trabalho e da forte incidência e prevalência de doenças crónicas, com importantes custos individuais, familiares, profissionais, sociais e económicos. E assiste-se a um grande número de internamentos, mais ou menos prolongados, que ocasionam um grande número de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais e com baixa qualidade de vida”, afirma a organização do Congresso.

Para os responsáveis deste encontro científico, «a resposta, em termos de cuidados de saúde, terá de caminhar de forma integrada, numa visão global de cuidados às pessoas, em todo o ciclo de vida, colocando-as no centro de decisão e deslocando progressivamente os cuidados para a comunidade».

A sessão de encerramento do Congresso será no sábado (dia 12), às 12h45, após o debate “Enfermagem Avançada: a reabilitação no ciclo de vida – que articulação?”, para o qual foram convidados membros dos vários colégios da especialidade da Ordem dos Enfermeiros.

Dois cursos – “Eletroestimulação em Enfermagem de Reabilitação” e “A Enfermagem de Reabilitação em Portugal, da formação à intervenção prática” – decorrem, ainda, no dia 9 de março, no âmbito da programação pré-congresso.

Mais informações poderão ser encontradas no sítio do Congresso na internet, em www.esenfc.pt/event/congenfreab2.

Em Portugal
O número de histerectomias (remoção do útero) em Portugal baixou 23,8% na última década, em parte por solicitação das mulheres...

De acordo com o presidente da Federação das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia, Daniel Pereira da Silva, que falava durante um encontro com jornalistas sobre a “Saúde da Mulher”, em 2004 foram realizadas 12.046 histerectomias e 9.294 em 2014.

“Cada vez mais mulheres têm consciência e defendem a integridade do seu corpo”, disse o médico, que dirigiu o serviço do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

Por outro lado, também se regista uma “maior sensibilidade da classe médica” para a preservação do útero, optando os clínicos por outras soluções, nomeadamente medicamentosas.

“Estamos mais conservadores, principalmente ao nível dos miomas que, no passado, resultavam em histerectomias”, adiantou.

A título de exemplo, Daniel Pereira da Silva referiu que o Centro Hospitalar e universitário de Coimbra (CHUC) realizou, em 2004, 916 histerectomias e, dez anos depois, esse número baixou para as 655.

Os miomas justificaram 530 destas intervenções (em 2004) e 233 em 2014.

As histerectomias aumentaram por razões oncológicas, passando de 63 em 2004 para 78 em 2014 e devido a prolapso urogenital (de 124 para 154).

Em relação aos miomas uterinos – que atingem cerca de dois milhões de mulheres em Portugal, a maioria dos quais assintomáticos e, por isso, sem necessitar de intervenção – os tratamentos passam pela terapêutica com agonistas GnRH ou pelo acetato de ulipristal, substância que tem reduzido o tamanho dos miomas.

Este fármaco é comparticipado a 37% pelo Serviço Nacional da Saúde (SNS), sendo gratuito nos hospitais públicos.

VIII Jornada de Recolha de Medicamentos
A VIII Jornada de Recolha de Medicamentos do Banco Farmacêutico, realizada no dia 27 de fevereiro, angariou 10.500 medicamentos...

Os medicamentos e produtos de saúde doados pelos portugueses, num valor estimado em cerca de 42.500 euros, serão encaminhados para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que se associaram a esta iniciativa e chegarão a mais de 93 mil utentes destas instituições.

A campanha de 2016 contou com a participação de 166 farmácias dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Leiria, Coimbra, Évora, Beja, Faro, Aveiro, Braga, Porto, Vila Real e Bragança.

Apesar das condições climatéricas adversas que se fizeram sentir em algumas regiões no dia da recolha terem diminuído a afluência às farmácias, o balanço é positivo e os portugueses que se deslocaram às farmácias aderiram com entusiasmo e generosidade. Com mais farmácias, instituições e voluntários (600) do que no ano passado “este resultado prova que os portugueses mantêm a tradição de ser um povo solidário e atento às necessidades dos mais desfavorecidos”, afirma Luís Mendonça, presidente do Banco Farmacêutico.

Em oito anos de Jornadas de Recolha de Medicamentos tem-se registado um crescimento contínuo do número de farmácias e instituições apoiadas. Desde 2009, ano em que a iniciativa decorreu pela primeira vez em Portugal, o Banco Farmacêutico já recolheu 60.000 medicamentos e produtos de saúde.

E em 2017 Luís Mendonça ambiciona chegar ainda mais longe: incluir mais farmácias, mais instituições e chegar a novas regiões do país é o objetivo do Banco Farmacêutico para o próximo ano.

Farmácias, IPSS ou voluntários que queiram participar na próxima edição desta recolha de medicamentos devem contactar o Banco Farmacêutico, acedendo a http://www.bancofarmaceutico.pt/, onde encontrarão mais informação sobre este projeto.

A VIII Jornada de Recolha de Medicamentos contou com o apoio de cada uma das farmácias aderentes, da Ordem dos Farmacêuticos, da Associação Nacional de Farmácias (ANF), da Logista Pharma e da Guess What.

Através da prestação de cuidados de saúde gratuitos
A Delegação Portuguesa da Médicos do Mundo está a assegurar consultas desde a primeira hora, uma vez por semana e sempre que...

Entretanto, através da sua rede internacional, e no âmbito da cimeira UE-Turquia, a Médicos do Mundo (MdM) denuncia a ausência de resposta política e pede uma reação coletiva para a pior crise humanitária desde a II Guerra Mundial.

A Delegação Portuguesa da MdM está a participar na prestação de cuidados de saúde no Centro de Acolhimento Temporário de Refugiados (CATR), no âmbito do Programa Municipal de Acolhimento de Refugiados (PMAR LX) da CML. Um apoio de continuidade que assegura acompanhamento médico e de enfermagem uma vez por semana e sempre que cheguem novos refugiados a Portugal.

O trabalho da Associação é coordenado pela médica especialista em Saúde Pública Maria de Fátima Dias, que é também voluntária da MdM.

“A Delegação Portuguesa da MdM tem acompanhado com preocupação a questão dos refugiados na Europa e no Mundo e apoia veemente as posições da Rede Internacional da MdM sobre esta catástrofe humanitária. Daí que desde a primeira hora tenha integrado a Plataforma de Apoio aos Refugiados e PMAR LX da CML”, explica Fernando Vasco, Vice-Presidente da Delegação Portuguesa da MdM.

“Consequentemente, e dentro das suas possibilidades, a MdM está a mobilizar recursos médicos, de enfermagem e outros para apoiar os refugiados que a partir de hoje cheguem a Portugal. Serão realizadas avaliações do estado de saúde de cada pessoa que nos chegue e sempre que necessário serão prestados os primeiros cuidados médicos e, nas situações mais complicadas, far-se-á o encaminhamento para estruturas do SNS”, acrescenta Fernando Vasco.

Rede Internacional da MdM denuncia falta de resposta política
Através da sua rede internacional a Médicos do Mundo denunciou a falta de resposta política por parte dos Estados europeus e pede uma reação coletiva para a pior crise humanitária na Europa desde a II Guerra Mundial. Milhares de pessoas fogem aos conflitos e extrema pobreza nos seus países, assistindo-se a um verdadeiro êxodo de famílias inteiras: na Grécia, 60% dos doentes assistidos pelas equipas da MdM são crianças e, em Calais, 300 menores esperam acolhimento e proteção.

Desde o encerramento das fronteiras que a solidariedade Europeia foi fortemente posta à prova. As respostas de cada país são desordenadas e desprovidas de visão a longo prazo.

A rede internacional da MdM está presente ao longo de todo o percurso dos migrantes e constata a clara degradação da situação humanitária:

12 Mil pessoas encontram-se actualmente bloqueadas em Idomeni, na fronteira entre a Grécia e a Macedónia, em preocupantes condições sanitárias e de segurança. As equipas da MdM têm identificado patologias dermatológicas, gastroenterites e infecções respiratórias. 

Mais de 25 mil pessoas estão bloqueadas em Atenas, cidade já atingida por mais de 7 anos de crise económica e social.

Por todo o lado a população grega apoia as equipas da MdM e de outras organizações presentes no terreno que tentam aliviar o sofrimento e proteger os mais vulneráveis.

A 2 mil Km de distância, em França, teve início o desmantelamento do bairro de lata de Calais e as soluções de realojamento, propostas de forma precipitada, não correspondem à diversidade dos migrantes.

De acordo com Françoise Sivignon, Presidente da Rede Internacional da Médicos do Mundo, “a situação sanitária e humanitária degrada-se rapidamente, em particular entre as pessoas mais vulneráveis, mulheres e crianças, expostas a maiores riscos de violência e abusos. Enquanto a Grécia mostra a sua solidariedade e acolhe os exilados como pode, a França desmantela e outros países constroem muros. Confiamos nas capacidades da Europa em criar um espaço solidário”. 

Testamento vital
O Ministério da Saúde quer que mais portugueses preencham o testamento vital, o documento que permite registar quais os...

"É uma número fraquíssimo", diz o consultor do Ministério da Saúde, Constantino Sakellarides, que diz ao Diário de Notícias que "todos deviam subscrever este documento, porque determina a forma como não se quer morrer ".

O testamento vital é um dos temas selecionados para um projeto sobre como circular no sistema de saúde, que faz parte do novo Programa Nacional para a Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados, que é apresentado dia 10. O programa vai dar contributos para uma vida mais ativa, "para dar informação às pessoas para que possam decidir e para conduzir à ação", tanto a jovens como a idosos, diz Constantino Sakellarides, membro da task force da Direção-Geral da Saúde para a reforma da saúde pública em Portugal, que trabalha no programa.

Por um lado, pretende-se trabalhar e partilhar a informação e projetos que já existem, em áreas como a " alimentação, o exercício físico, até à parte afetiva, sempre em todos os ciclos de vida".

Mas há áreas e temas menos conhecidos "que podemos tratar mais a fundo, como o testamento vital, que determina o conjunto de cuidados que os portugueses querem ou não ter, sobretudo em situação de risco de vida." O consultor do Ministério da Saúde, e um dos subscritores do manifesto pela despenalização da eutanásia, realça a importância de se exercer um direito que já é permitido. "É um documento muito importante porque nos permite exercer a nossa autonomia, controlar o futuro e decidir como não queremos morrer". Apesar de estar disponível há um ano e meio, apenas 2201 portugueses assinaram as diretivas antecipadas de vontade, segundo os últimos dados da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. "Estes instrumentos não estão a chegar à população portuguesa e é para isso que serve um programa de literacia."

O médico acredita que "nos devemos preparar em todas as fases da vida, para o emprego, reforma, saída da família ou para a fase depois da vida. Temos de ter uma opinião prévia sobre as circunstâncias que podemos passar e que podem ocorrer em qualquer momento. Morrer é certo, mas podemos tentar morrer bem".

A diretiva será para aplicar em fase de incapacidade, inconsciência ou doença terminal, mas não só, já que também permite decidir sobre a entrada ou não em estudos ou sobre a sujeição a transfusões de sangue.

Hoje é possível decidir se se quer ser reanimado, receber medidas paliativas ou meios de suporte artificial de funções vitais. Antes, os serviços tinham pouca margem para cumprir a vontade. "Mesmo que um familiar dissesse que o doente não queria algo ou apresentasse um documento, era difícil provar e era difícil para os hospitais legitimar a vontade. Agora há uma plataforma para isso, legal, e que permite selecionar representantes." A aposta no portal do utente, e no registo de informação pessoais, também vai ajudar a que os serviços do País conheçam todos os dados de um doente.

O grande foco deste programa vai estar no Portal do Serviço Nacional de Saúde, onde estará toda a informação sobre os projetos existentes, o sistema de saúde, direitos e dados de transparência, como os tempos de espera. Inúmeros parceiros vão colocar lá vídeos e outras informações relevantes e previamente validadas.

Estas informações poderão chegar aos utentes via aplicações, folhetos e pelos meios de comunicação social. Mas há uma intenção de as levar "através das televisões que estão nas unidades de saúde. Ainda no outro dia estive numa unidade de saúde familiar, que tinha a televisão apagada", conta o especialista. "Podemos aproveitar esta oportunidade e divulgar estas informações do portal através da televisão e em papel nas unidades, onde passam milhares de pessoas".

A aposta em campanhas, nesta e noutras áreas, ajudará a população a decidir melhor. "Quem tem melhor informação tem melhor saúde. Precisamos de literacia para tomar decisões inteligentes."

Imagens científicas
Duas imagens de células, recolhidas pelas cientistas portuguesas Paula Alexandre e Sílvia Ferreira, a trabalharem no Reino...

Paula Alexandre, que coordena um grupo de investigação no Institute of Child Health, da University College London, ganhou com uma imagem inédita, obtida com um microscópio confocal, da divisão celular no cérebro de um embrião de um peixe-zebra.

Sílvia Ferreira, investigadora no King's College London, venceu, juntamente com Cristina Lopo e Eileen Gentleman, com a imagem de uma célula estaminal humana (célula que se diferencia noutras células e usada na reparação de tecidos) do osso ilíaco de uma pessoa saudável, que doou medula óssea para ajudar a tratar doentes que tiveram complicações após um transplante, escreve o Sapo.

Os prémios, promovidos pela fundação britânica Wellcome Trust, distinguem os criadores das imagens mais informativas, e tecnicamente notáveis, sobre detalhes significativos da ciência biomédica, e serão entregues a 15 de março, numa cerimónia onde será revelado o grande vencedor.

O trabalho da cientista Paula Alexandre incide na compreensão de como as células neuronais se formam normalmente e de como existem alterações quando ocorrem anomalias no cérebro.

O microscópio confocal que utilizou permitiu obter imagens de amostras vivas da sequência de uma divisão celular, neste caso de um 'progenitor neuronal', que dá origem a neurónios (células do sistema nervoso), e de células cerebrais.

Sílvia Ferreira, engenheira biomédica, faz parte da equipa liderada pela investigadora Eileen Gentleman, que se debruça sobre a engenharia de tecidos e a medicina regenerativa.

As 20 imagens vencedoras foram selecionadas por um júri que inclui peritos em artes visuais, medicina, comunicação de ciência e ciências biomédicas.

As imagens podem ser visualizadas na Wellcome Images, um repositório que disponibiliza o acesso ilimitado, e gratuito, a um vasto catálogo de imagens medico-científicas, incluindo de manuscritos, livros raros e ilustrações.

Os prémios Wellcome Image são promovidos, desde 1997, pela Wellcome Trust, uma fundação, com sede em Londres, que apoia a investigação e a educação a favor da melhoria da saúde.

As imagens vencedoras vão ser expostas em 16 centros científicos, museus e galerias no Reino Unido, na Rússia, nos Estados Unidos e na África do Sul, nomeadamente no Museu da Ciência de Londres.

Segundo as estatísticas
Em Portugal nascem mais meninos do que meninas mas, aos 85 anos, por cada cem mulheres, subsistem apenas 46 homens, números que...

Em 1976, por cada cem mulheres com 85 ou mais anos, havia 37 homens, um valor que subiu 10 pontos desde então. A evolução positiva para os homens verifica-se em todas as faixas etárias, mas é sempre desfavorável para eles, a partir dos 30 anos.

Cruzando dados do portal estatístico Pordata, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, por ocasião do Dia da Mulher, na terça-feira, conclui-se que, em termos gerais, foi no sexo feminino a maior evolução nas últimas décadas, havendo, por exemplo, hoje, mais médicas, magistradas e advogadas, do que médicos, magistrados e advogados.

E, no entanto, as mulheres têm à partida uma desvantagem aparente, escreve o Sapo. É certo que são mais do que os homens, em termos de total da população (cerca de mais 500 mil, uma superioridade constante), mas nascem em menos quantidade.

Tomando por base 2014 (a relação é idêntica em todos os anos), desde os zero aos 19 anos, há sensivelmente 104 homens para 100 mulheres. A partir dos 20 anos começa o “descalabro” para os homens e, na faixa etária 30-34, já são só 95 por cem mulheres. A descida vai-se acentuando e, entre os 65-69 anos, há 83 homens para cem mulheres, acabando em menos de metade a partir dos 85 anos.

Mulheres vivem mais três anos
Dizem as estatísticas que as mulheres vivem em média mais três anos do que os homens, uma diferença que vem desde os anos de 1970 (desde quando a Pordata dispõe de números sobre esta matéria), acompanhando o aumento da esperança média de vida. Assim, um homem com 65 anos, em 2013, podia esperar viver mais 17,2 anos, uma mulher “contaria” com mais 20,6, uma média das mais altas da União Europeia.

Além de mostrar a faceta de sobrevivente, o cruzamento de números da base dados da Pordata mostra também que a mulher de hoje é diferente do que era noutras décadas.

Em 1960, casava e tinha filhos aos 25 anos, casou mais cedo ainda nos anos de 1970 e de 1980, e hoje casa e tem o primeiro filho aos 30. E tem menos filhos: 1,21 por mulher em idade fértil (em 2013), contra os 3,16, em 1960. É o valor mais baixo da União Europeia.

Depois também é mais escolarizada do que em 1992, quando quase metade (44,2 por cento) das jovens mulheres adultas deixava de estudar sem completar o ensino secundário, sendo hoje apenas 11 por cento (os rapazes 16,4 por cento). E, no ensino superior, passaram de 42 por cento, em 1978, para mais de 53 por cento, hoje, sendo a maioria dos diplomas superiores atribuídos a mulheres, que representaram 54,8 dos doutoramentos de 2013 (eram 6,7 por cento em 1970).

Uma evolução que faz outros números lógicos, embora impensáveis há poucas décadas: em 2014, estavam inscritas 15.647 advogadas na respetiva ordem, contra 13.690 homens (em 1990 os homens eram três vezes mais), em 2013, eram mulheres 53 por cento dos médicos (40,2 em 1991).

Apesar de todas as conquistas, o cruzamento de dados da Pordata indica que o campo económico não evoluiu da mesma forma e, em alguns casos, até regrediu.

A mulher portuguesa é das que menos trabalha a tempo parcial na União Europeia, é das que sofre maior disparidade salarial, em relação aos homens (aumentou quase para o dobro desde 2007), e uma em cada cinco é considerada pobre, dos números mais altos da União Europeia.

E ainda que o número de mulheres empregadoras tenha aumentado cinco vezes, em relação à década de 1970, ainda só representam 29 por cento do total. Em números concretos, havia em 1974 cerca de 12.000 mulheres empregadoras, que passaram para 62.000, em 2015. Trabalhadoras por conta de outrem eram, no ano passado, quase dois milhões.

De resto, de acordo com a mesma fonte, os homens ainda suplantam as mulheres na utilização de computadores e da internet, são mais do dobro os praticantes de desporto tradicionalmente masculinos (400 mil homens para 141 mil mulheres em 2014) e, na política, também prevalece o homem.

Uma questão de anos, pela tendência evolutiva desses números. Em 1975, para 250 deputados havia 19 mulheres. Em 1991, quando os deputados passaram a 230, elegeu-se mais uma deputada (20 ao todo). E, nas últimas eleições, entraram na Assembleia da República 76 mulheres, quatro vezes mais do que em 1975.

Partilha de experiências
“Deixe de tomar a pílula/porque ela não deixa os nossos filhos nascerem.” Era 1970 e Odair José cantava sobre os comprimidos...

Mais de 40 anos depois, porém, as mulheres dizem-se “presas” à pílula. Elas fazem parte de um movimento que tem vindo a crescer nas redes sociais e discute como parar de tomar o contracetivo e quais são os métodos alternativos, incluindo a tabela. No Facebook, grupos sobre o assunto chegam a ter 25 mil participantes.

Uma página, com 80 mil likes, ajuda a explicar o motivo: em “Vítimas de Anticoncepcionais, unidas pela vida”, mulheres contam as experiências negativas que tiveram ao tomar os contracetivos orais, escreve o Diário Digital.

Os relatos vão de mudanças de humor a enxaquecas diárias e casos de trombose (formação de coágulo nos vasos sanguíneos). Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira), contracetivos com drospirenona, gestodeno ou desogestrel levam a um risco quatro a seis vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso num ano.

Os laboratórios que produzem as pílulas mais populares no país, Bayer (Diane 35, Yaz), Eurofarma (Selene) e Libbs (Elani Ciclo), afirmam que os benefícios para o corpo superam os problemas. Dizem também que os efeitos estão descritos na bula e, com orientação médica, o uso é seguro. Mesmo assim, as participantes dos grupos reclamam que o acompanhamento é insuficiente.

“Nem todos os efeitos colaterais são falados pelo médico”, diz a designer Gabriela, de 28 anos, que faz parte de grupos de discussão online. Utilizadora dos comprimidos desde os 19 anos, ela diz que tinha enxaquecas que duravam semanas.

“Quando as crises pioraram, vomitava. No meu aniversário, foi tão forte que, durante uma hora, perdi a visão completa de um olho.”

Gabriela foi a vários neurologistas, que a aconselharam a parar com o contracetivo oral. Ela poderia ter uma trombose nos olhos. A recomendação é seguida há dez meses.

“Meninas de 14, 15 anos começam (a ingerir) hormonas e nem entendem como o seu corpo funciona”, diz Débora

Outra queixa recorrente são as mudanças de humor, também descritas nas bulas. Distúrbios psiquiátricos e estados depressivos estão nas contraindicações de vários medicamentos.

Estudo
Os efeitos benéficos de alimentar bebés com produtos à base de amendoins para diminuir o risco de alergia foram endossados por...

No ano passado, um outro estudo afirmou que o consumo de amendoins poderia reduzir em 80% as hipóteses de reações alérgicas futuras. Mas os cientistas agora foram além: proteção a longo prazo contra alergias não apenas pode ser obtida, mas mantida mesmo se produtos à base de amendoim forem evitados pelas crianças por um ano.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine, escreve o Diário Digital. Os investigadores estudaram 550 crianças consideradas sob risco de desenvolver alergias - porque tinham sofrido de eczema quando bebés - e prosseguiram o trabalho feito no ano passado por cientistas americanos e britânicos, em que pela primeira vez cientistas perceberam que a exposição de crianças a pequenas quantidades de amendoim poderia evitar alergias.

O novo estudo argumenta que, se houver consumo nos primeiros 11 meses de vida, uma criança de cinco anos de idade pode parar de comer amendoins durante um ano e, ainda assim, não desenvolver alergias.

“Acreditamos que o medo de alergias alimentares é o que chamamos de profecia auto-realizável: o alimento é excluído da dieta e, como resultado, a criança não desenvolve tolerância”, disse à BBC Gideon Lack, um dos principais autores do novo estudo.

Os investigadores usaram as mesmas crianças testadas no estudo original - metade delas tinham recebido alimentos à base de amendoim enquanto bebés e a outra apenas se alimentado de leite materno. Segundo os cientistas, aos seis anos de idade não havia crescimento estatístico significativo em alergia após 12 meses de interrupção no consumo nas crianças que tinham ingerido amendoins.

Para o professor Lack, novos estudos são necessários para estabelecer se a resistência pode durar mais que 12 meses. Segundo dados do estudo, 20 mil bebés por ano são diagnosticados com alergia a amendoins nos EUA e no Reino Unido. E, entre 1995 e 2005, o número de diagnósticos triplicou. Os cientistas afirmam que os métodos de deteção permaneceram os mesmos.

“Os resultados mostram uma nova maneira de analisar os mecanismos de tolerância para comidas alergénicas em crianças sob risco”, afirmou Barry Kay, cientista do Imperial College, em Londres.

Estudo
Um estudo suíço concluiu que dores no peito e falta de ar podem ser causadas não apenas pelo stress emocional despertado por...

De acordo com investigadores do Hospital Universitário de Zurique, pelo menos um entre cada 20 casos da cardiomiopatia de Takotsubo, uma alteração no ventrículo esquerdo do coração ligada ao stress, é causado por alegria em excesso. As conclusões foram divulgadas na publicação científica European Heart Journal.

A condição costuma ser temporária - os pacientes geralmente recuperam.

O estudo do hospital analisou 1.750 pacientes, escreve o Diário Digital. Os médicos descobriram que alguns deles apresentaram problemas cardíacos causados por uma série de ocasiões felizes, entre elas:

  • Uma festa de aniversário;
  • O casamento de um filho;
  • Um reencontro de amigos após 50 anos;
  • Tornar-se avó;
  • A vitória de uma equipa desportiva;
  • Ganhar num casino.

Segundo os investigadores, a maioria dos casos era de mulheres que passaram pela menopausa.

Jelena Ghadri, uma das cientistas, disse que o estudo revelou a existência de mais mecanismos por trás da cardiomiopatia de Takotsubo, desafiando o estereótipo de quem sofre da doença - geralmente definido como paciente da “síndrome do coração partido”.

“A doença também pode ser causada por emoções positivas. Os médicos precisam de estar a par de que pacientes que chegam às urgências de um hospital também podem estar a sofrer da síndrome de Takotsubo mesmo depois de um evento feliz.”

Ghadri afirma que os resultados sugerem que tristeza e alegria partilham o mesmo “caminho emocional” que leva à doença.

Eutanásia
O bastonário da Ordem dos Médicos desdramatizou as afirmações sobre morte assistida do médico António Pereira Coelho à RTP,...

Em declarações, José Manuel Silva disse ser essencial que todos oiçam na íntegra as declarações de Pereira Coelho e percebam que "aquilo a que se refere não é eutanásia ativa", pelo que não se justifica qualquer "alarme social".

O bastonário da Ordem dos Médicos entende que as declarações de Pereira Coelho sobre situações de morte assistida estão a ser "mal interpretadas", inclusivamente pelo próprio, ao "misturar conceitos" de eutanásia, distanásia e ortotanásia, que são distintos.

José Manuel Silva reconheceu que é frequente haver confusão de conceitos, até pelos próprios profissionais de saúde, e disse ser preciso que o debate sobre o tema prossiga "sereno, profundo, esclarecedor e despolitizado".

O bastonário referiu que o que professor António Pereira Coelho aludiu no programa da RTP foi à "morte natural" do próprio pai que estava numa "situação terminal". Em sua opinião, tal situação não se enquadra naquilo que tem vindo a ser discutido, ou seja a eutanásia ativa.

"Não se trata de eutanásia, mas sim de [situações] de morte natural que assistimos todos os dias nos hospitais", acrescentou, notando que nos centros hospitalares não se pratica eutanásia ativa, antecipando a morte dos doentes.

Questionado sobre o tema da eutanásia, Pereira Coelho, conhecido como o "pai do bebé proveta", ex-membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, admitiu já ter vivido a situações dessas.

"Posso dizer que já assisti a alguns casos destes na minha vida profissional nos hospitais”, disse.

Na entrevista revelou que até colaborou no momento da morte do seu pai: “Eu próprio colaborei quando foi da morte do meu pai. Uma morte muito arrastada, prevista e previsível para um curto prazo”, recordou.

Entretanto, numa resposta enviada à Lusa, a Procuradoria-Geral da República referiu que "o Ministério Público não deixará de analisar as declarações em questão" e que "sempre que tem conhecimento de factos suscetíveis de integrarem a prática de crime, age em conformidade, através da instauração do competente inquérito".

Estudo
A saúde é a principal motivação para estudantes universitários praticarem desporto, seguindo-se o fator “prazer” e a ...

O trabalho científico, denominado “Relação dos hábitos desportivos dos estudantes universitários e suas motivações: estudo de comunidade da Universidade do Porto (UP)”, contou com inquéritos a 311 alunos da Faculdade de Desporto da UP, com idades entre os 17 e os 42 anos, conclui que os fatores relacionados com a saúde foram os mais significativos para a prática desportiva, seguidos do fator prazer e satisfação pessoal.

Em entrevista, Olga Freitas, uma das investigadoras participantes no estudo científico, explica que a “preferência pela categoria saúde pode ser explicada pelo conhecimento por parte dos estudantes de informações relacionadas com uma melhor qualidade de vida”.

A amostra global revela também que mais de 40% dos indivíduos não exerce qualquer tipo de prática física, o que mostra que o número é “muito elevado e talvez preocupante”, tendo em conta a idade dos inquiridos.

Dos que praticam exercício físico, a frequência é de duas a três vezes por semana. Mas essa frequência regular de exercício é resultante, principalmente, do elevado número de praticantes do sexo masculino (aproximadamente 55%), em comparação com o género feminino (34%).

“O facto de o sexo masculino apresentar maiores níveis de frequência podem ser explicados pelas diferenças biológicas, socioculturais e de perceção do corpo e atributos de género”, lê-se no estudo.

No âmbito da escolha da prática desportiva, ficou-se a saber que os indivíduos do sexo feminino são mais orientadas para “atividades leves”, fundamentado pela “fragilidade e delicadeza do corpo”, e que os indivíduos do sexo masculino são dirigidos para atividades mais “vigorosas”, com ideias de corpos “fortes e vigorosos”.

Os dados revelam que são os homens que apresentam maior frequência na prática desportiva, enquanto as mulheres têm uma linha mais ténue neste assunto.

Em termos de idades, há uma maior frequência de prática nos sujeitos com idades superiores a 18 anos, e uma menor frequência nas idades iguais ou abaixo de 18 anos, um facto que talvez explique pelo tempo mais limitada de um estudante que está numa fase de preparação para a entrada da faculdade e porque há um maior abandono da prática desportiva antes dos 18 anos.

“A adaptação à nova realidade pode levar mais tarde ao (re) ingresso duma atividade física, levando por isso a um aumento da frequência”, lê-se no estudo.

O número de estudantes universitárias a praticar desporto diminui à medida que a frequência da prática de desporto aumenta é outra das conclusões.

Em Londres
Um médico português envolvido num projeto criado por um clínico britânico para mitigar as dificuldades de acesso da comunidade...

Cristiano Figueiredo, atualmente médico interno na USF Ribeirinha, do Centro de Saúde do Barreiro, foi distinguido com o Prémio Hippokrates 2015, atribuído no início deste ano, pelo intercâmbio junto do colega Vikesh Sharma em Lambeth, no sul de Londres.

"Foi considerado diferente e o melhor estágio de 2015 porque não se limitou a observação, mas foi ativo e interventivo", justificou Figueiredo.

O programa Hippokrates, do Movimento Vasco da Gama, que é composto por 15 países incluindo Portugal e está ligado à Organização Mundial de Médicos de Família [WONKA na sigla inglesa], promove anualmente intercâmbios internacionais.

Interessado pelo sistema de cuidados primários do Reino Unido, Cristiano Figueiredo pretendia inicialmente juntar-se a uma clínica na província, mas foi seduzido pelo projeto de Vikesh Sharma na capital britânica.

"Fui atraído pela possibilidade de trabalhar num projeto com a comunidade portuguesa. Eu gosto da parte social e das determinantes sociais na saúde, nomeadamente migração e interculturalidade", disse.

A zona é conhecida por "Little Portugal" devido à elevada população lusófona: em Lambeth, um sexto dos cerca de 300 mil habitantes fala português.

Esta concentração ainda é mais notória entre os 6.000 utentes do centro de saúde Grantham Centre Practice, pois um terço são lusófonos.

"Precisamos de um intérprete três dos cinco dias da semana e 20 a 30% das consultas são feitas em português", revelou o médico britânico Vikesh Sharma à Lusa.

Além da barreira linguística, apercebeu-se, quando chegou ao centro de saúde, em 2013, que existia um óbice cultural.

"Existe uma relutância no relacionamento com o médico britânico. Há pessoas que ainda vão a Portugal pedir consultas", referiu.

O resultado, lamentou, é o agravamento de doenças como diabetes e a falta de assistência e acompanhamento em problemas de saúde mental como depressão, alcoolismo ou toxicodependência.

A chegada de Cristiano Figueiredo permitiu compreender melhor as diferenças entre os sistemas de saúde português e britânico e desenhar uma solução para contornar as dificuldades.

"Algumas pessoas notava-se que não confiavam completamente no médico britânico, mas não há dúvidas que têm a mesma qualidade, competência técnica e meios técnicos, senão melhores", enfatizou.

Uma das cismas é a menor frequência na realização de exames médicos no Reino Unido.

"Muitos portugueses habituaram-se a essa medicina preventiva, mas isso já mudou em Portugal, já não se fazem exames sem objetivo específico. A ciência mostrou que os exames preventivos não têm benefícios", referiu o clínico português.

Durante a estadia de duas semanas em 2015, Figueiredo adaptou e traduziu para português uma série de folhetos informativos, que os médicos da área podem agora aceder no sistema informático e imprimir durante as consultas.

Àqueles juntaram-se entretanto uma seleção de folhetos da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que estão acessíveis aos médicos britânicos de acordo com palavras-chave.

Entretanto, Vikesh e Cristiano começaram a preparar a criação de um dossiê de boas vindas para os utentes, com um sumário com a lista de direitos, como os exames médicos, e um documento para transferência de cuidados para escrever sobre os problemas existentes.

E em breve terá início uma sessão mensal de informação e sensibilização para os portugueses no centro comunitário em Lambeth.

Além de querer aumentar o número de inscrições no posto médico e reduzir intervenções tardias em certas doenças, Sharma acredita que é importante mudar hábitos.

Por exemplo, num estudo feito descobriu-se que os portugueses ordinários da Madeira têm sete vezes mais propensão a procurar as urgências hospitalares locais do que cidadãos de outras nacionalidades.

Em Londres existem mais opções para serviços de cuidados agudos: além do médico de família e das urgências hospitalares, há médicos "fora de horas" e centros de atendimento permanente [walk-in centres[.

"Os portugueses que emigram para Londres replicam o comportamento que tinham em Portugal: recorrem às urgências para situações que não são graves", admitiu Cristiano.

Mesmo à distância, continua envolvido no projeto porque, salientou, "é importante explicar e passar a mensagem que os cuidados de saúde [no Reino Unido] são diferentes, mas não inferiores".

Cientistas revelam
Cientistas divulgaram ter encontrado a primeira prova de uma ligação biológica entre o vírus Zika, com grande propagação na...

Segundo a equipa de especialistas, testes de laboratório revelaram que o vírus atinge as principais células envolvidas no desenvolvimento do cérebro, destruindo-as ou desativando-as posteriormente.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebé.

Estes resultados são a primeira prova concreta da existência de uma ligação entre o vírus, transmitido por picada de mosquitos infetados, e a microcefalia, segundo Guo-li Ming, professor de neurologia no Instituto Johns Hopkins de Engenharia Celular (Estados Unidos) e um dos responsáveis pelo estudo.

Até agora, de acordo com o mesmo especialista, as evidências encontradas eram circunstanciais.

A investigação, publicada na revista Cell Stem Cell, mostrou que o vírus Zika afetou as células estaminais neurais desenvolvidas em laboratório equivalentes às que compõem o córtex cerebral durante o desenvolvimento do cérebro humano.

Após terem sido expostas ao vírus, as células estaminais foram infetadas em três dias e mostraram uma grande capacidade de resistência, o que pode ser um obstáculo na hora de avançar com um tratamento.

O vírus interferiu diretamente com o crescimento das células e com o seu funcionamento. Algumas células morreram depois de terem sido infetadas.

“É significativo porque somos literalmente os primeiros no mundo a saber que o vírus pode infetar estas células tão importantes e interferir com a sua função”, referiu, num comunicado, Hengli Tang, professor de ciências biológicas na Universidade da Florida e outro dos autores do estudo.

Este estudo foi realizado em apenas um mês, o que mostra a urgência com que está a trabalhar a comunidade científica internacional para responder às questões mais prementes sobre o Zika, nomeadamente a sua possível relação com a microcefalia e o síndrome Guillain-Barré (transtorno neurológico).

Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPS), o continente americano já tem mais de 134.000 casos do vírus Zika suspeitos e 2.765 confirmados, mas a OPS considera os dados conservadores, porque 80% das pessoas não têm sintomas.

O Brasil é um dos países mais afetados, com a estimativa de 1,5 milhões de pessoas infetadas.

Esta semana, as autoridades brasileiras confirmaram 641 casos de microcefalia e 139 bebés com malformações congénitas que morreram, desde o início do surto do vírus Zika em outubro passado.

Lombalgia
Excesso de peso corporal, má postura, infeções virais ou doenças articulares podem estar na origem d

À semelhança do que acontece no resto da Europa, a dor lombar é muitas vezes subvalorizada. No entanto, calcula-se que 80% da população tenha, pelo menos uma vez na vida, um episódio de lombalgia.

Caracterizada como uma dor que ocorre nas regiões lombares inferiores, lombos sacrais ou sacro ilíacas da coluna lombar, tem como principais causas o absentismo, má postura ou fadiga muscular e artrose.

Excesso de peso ou obesidade, infeções virais e traumatismos da região lombar são outros fatores de risco.

A lombalgia pode ser ainda acompanhada de dor que irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas, na distribuição do nervo ciático.

A dor pode ser mais intensa nos dois primeiros dias, diminuindo de intensidade nos dias ou semanas seguintes, ou persistir com a mesma intensidade durante um longo período de tempo, dependendo da causa que está na sua origem.

Sabe-se que 50% das pessoas que recorrem às urgências de Ortopedia, nos grandes centros urbanos, sofre de lombalgia ou outra forma de dor raquidiana.

Por isso, é fundamental que a população esteja mais atenta à saúde da sua coluna, não esquecendo cuidados fundamentais.

Deste modo, controlar o peso corporal, praticar exercício físico, ter uma boa postura e evitar o levantamento de pesos são aspetos essenciais se quer evitar dores de costas.

A lombalgia é por si só um sintoma que não deve ser ignorado nem subvalorizado.

Em episódios de crise prolongada é importante consultar o médico para despistar a origem da dor e lhe ser recomendado o tratamento adequado.

Em alguns casos, é necessária a realização de exames complementares de diagnóstico como a radiografia, tomografia computorizada ou ressonância magnética da região lombar de modo a permitir a avaliação das estruturas ósseas, musculares, cartilaginosas e nervosas.

Caso se suspeite de uma lesão nervosa, pode ser necessário recorrer a uma mielografia e à eletromiografia.

Frequentemente, as causas da lombalgia dão origem a um espasmo muscular que acarreta o aparecimento de dor. Esta dor, por seu lado, volta a dar origem a um espasmo, desencadeando uma espécie de ciclo vicioso que tem de ser interrompido com recurso a algumas intervenções terapêuticas.

Na maioria dos casos, o tratamento de uma lombalgia é relativamente simples. Sendo que, nas primeiras 24 a 48 horas após o aparecimento da dor, o paciente deve permanecer em repouso. Para aliviar a dor, podem ser receitados analgésicos e relaxantes musculares.

No entanto, casos há em que é necessário recorrer à fisioterapia através da aplicação de frio e/ou calor, massagens e alguns exercícios com vista ao fortalecimento dos músculos e região lombar.

Também a estimulação elétrica transcutânea produz efeitos benéficos no tratamento da dor lombar.

Em casos de lombalgia crónica recomenda-se acupunctura.

O recurso à cirurgia apenas acontece quando é necessário tratar algumas causas da lombalgia, como é o caso da hérnia discal, por exemplo.

Se já sofreu algum episódio de lombalgia ou se simplesmente a quer evitar, deixamos-lhe aqui algumas dicas para prevenir a dor lombar:

- evite o excesso de peso corporal;

- mantenha uma postura correta enquanto anda – cabeça e tronco direitos, peito para fora, distribuindo o peso por ambas as pernas enquanto caminha;

- adote uma postura correta sentado, apoiando bem as costas na cadeira, mantendo as pernas em ângulo recto;

- nunca se dobre para apanhar algo do chão, e use a força das suas pernas para levantar pesos dobrando os joelhos;

- pratique exercício físico com regularidade ou faça caminhadas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Registo Nacional de Doentes Reumáticos
Mais de 14 mil doentes estavam inscritos no Registo Nacional de Doentes Reumáticos, no final do ano passado, quando tinham sido...

Num balanço de uma década desde a fundação do Reuma.pt – Registo Nacional de Doenças Reumáticas, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia indica que o projeto atingiu, no final de 2015, os 14 mil doentes registados e 103 mil consultas.

“Durante o ano de 2015 foram inscritos na plataforma – que compila informações e dados sobre as doenças, facilitando o seu estudo – 1.897 novos doentes e 23.275 consultas, dados que representam uma média de 7,44 doentes e 91,27 consultas por cada dia útil”, indicam os dados fornecidos à agência Lusa pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

Durante o ano passado aumentou igualmente o número de centros de reumatologia registados na plataforma, passando de 69, em final de 2014, para 77, no fim do último ano.

O Reuma.pt inclui doentes com artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite, lúpus eritematoso e outras várias doenças reumáticas.

Esta plataforma, além de servir de base de dados para investigação, pode ser usada na consulta diária do doente para fazer uma avaliação sistematizada das várias doenças. Pode até ser usada em substituição do diário clínico do doente, de uma forma mais organizada.

Ministra anuncia
A ministra da Administração Interna anunciou a realização de um estudo para avaliar, com maior rigor, as causas do suicídio nas...

O anúncio da ministra Constança Urbano de Sousa foi feito durante a assinatura de um protocolo entre os ministérios da Administração Interna e da Saúde, para a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos elementos da PSP e da GNR, em risco de suicídio.

Na cerimónia, a ministra da Administração Interna avançou que, no âmbito do grupo de trabalho para a prevenção do suicídio, nas forças de segurança, vai ser feito um estudo, que tem como objetivo “realizar uma autópsia psicológica para melhor se definir e aferir quais os fatores de ricos”.

“Este plano visa sobretudo evitar os fatores de risco e o estudo vai precisamente permitir aferir quais são as causas. É uma autópsia psicológica para aferir com maior rigor quais são as causas para podermos atuar”, sustentou.

Constança Urbano de Sousa avançou também que, neste momento, está a ser estudado “um reforço do número de psicólogos” para os gabinetes de psicologia da PSP e GNR.

Segundo a ministra, a PSP e a GNR têm atualmente cerca de 40 psicólogos.

Sobre o protocolo assinado, que se insere no Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança 2016/2020, a governante afirmou que visa “sobretudo um reencaminhamento muito mais facilitado” dos polícias, em condições de “particular risco de suicídio, para os serviços do SNS”.

A criação deste sistema de referenciação e encaminhamento vai permitir, segundo a ministra, “combater, de forma mais eficaz”, o fenómeno do suicídio nas forças de segurança.

O protocolo visa a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento dos elementos das forças de segurança, considerados em risco de suicídio mediante avaliação dos gabinetes de psicologia da PSP e da GNR, para os departamentos ou serviços de psiquiatria e saúde mental dos estabelecimentos hospitalares do SNS.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que, com este protocolo, os elementos da PSP e da GNR e os seus gabinetes de psicologia vão passar a ter um acesso mais facilitado aos serviços do SNS.

“Uma espécie de via verde, que faça com estes profissionais tenham um atendimento prioritário, porque estão expostos a uma carga e a um risco diferente do resto da população”, disse aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, destacando "a facilidade com que as forças de segurança e os seus gabinetes psicologia" podem passar a aceder ao SNS.

O grupo de trabalho para rever o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança foi criado em novembro de 2015, devido ao número de suicídios registados na PSP e na GNR, no ano passado.

Em 2015, suicidaram-se sete agentes da PSP e cinco militares da GNR.

“Missão 1 Quilo de Ajuda”
“Missão 1 Quilo de Ajuda” foi o nome escolhido para batizar a nova vertente solidária do projeto “Heróis da Fruta” que vai...

A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil apresentou esta manhã a sua mais recente iniciativa solidária, a “Missão 1 Quilo de Ajuda” e reuniu diversas figuras públicas na Escola Básica Eduardo Luna de Carvalho, em Sintra, que aceitaram dar a cara por este projeto. Teresa Guilherme, Ricardo Diniz e Sónia Lopes juntaram-se para entregar simbolicamente o primeiro de muitos cabazes que serão distribuídos todas as semanas até ao final do ano letivo aos alunos mais carenciados do país. 

Para garantir acesso a este alimento essencial para a saúde das crianças, a “Missão 1 Quilo de Ajuda” integrada no projeto pedagógico “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” vai chegar a mais de 200 crianças, de norte a sul do país.

Mário Silva, presidente e fundador da APCOI e mentor do projeto “Heróis da Fruta” e da “Missão 1 Quilo de Ajuda” garante que "segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, existem mais de 100 mil crianças em risco de pobreza em Portugal, entre as quais, casos urgentes de alunos que chegam à sala de aula de barriga vazia, sendo que muitos destes não levam qualquer lanche para a escola. Distribuir fruta para os alunos que mais precisam é uma necessidade que os professores e educadores que participam no nosso projeto Heróis da Fruta nos pedem desde o primeiro dia".

Desde 2011, a maior iniciativa nacional gratuita de educação para a saúde, "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável", tem vindo a estudar os hábitos alimentares, o peso e os estilos de vida das crianças portuguesas e de acordo com os dados do relatório 2013-2014 deste projeto: mais de 5% das crianças em Portugal tem peso a menos. Por outro lado, mais de 74% das crianças portuguesas não ingere fruta diariamente na quantidade que deveria e este baixo consumo provoca carências e consequências graves: diminui os níveis de energia, de concentração, de aprendizagem e das defesas do organismo, tornando as crianças mais sujeitas a doenças como a obesidade ou a diabetes tipo 2, logo desde a infância.

Uma situação que põe em causa o desempenho escolar e a saúde destas crianças, mas que a APCOI pretende resolver com "uma distribuição semanal gratuita de cabazes de fruta às turmas mais carenciadas do país", afirmou Mário Silva. "Todas as crianças, independentemente do seu peso, precisam de comer fruta, porque esta contém nutrientes insubstituíveis. Apesar de a fruta fresca ter um preço bastante acessível, algumas famílias continuam a não poder incluí-la diariamente na alimentação das crianças e é por isso que agora lançamos esta nova vertente solidária do projeto".

O evento foi recheado de surpresas, entre as quais, a apresentação de uma competição nacional de “Hinos da Fruta” para a qual os 52.832 alunos que participam na 5ª edição do projeto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” gravaram 438 telediscos nos quais as crianças partilham a cantar as lições que aprenderam ao longo do projeto e convidam os adultos para eleger os finalistas de cada região através do seu voto no site www.heroisdafruta.com até 10 de março.

Mário Silva lembrou que “este ano cada voto nos hinos da fruta será convertido num donativo para a ‘Missão 1 Quilo de Ajuda’ e acrescentou ainda que “todas as pessoas que votarem solidariamente nos hinos da fruta ficarão também habilitadas a ganhar fantásticos prémios. São mais de duas mil experiências à escolha para parques aquáticos, zoológicos, museus, aquários, centros de ciência viva e parques de diversões. Além disso, há um super prémio para quem mais votar: uma viagem de sonho aos Açores”.

A última revelação da manhã chegou, através de um vídeo, pela voz de Carlos Vidal, o eterno “Avô Cantigas” que integra o Júri que vai avaliar as canções criadas pelas escolas e que é composto por nomes de referência do panorama artístico nacional, nomeadamente: João Gil, Ana Bacalhau (Deolinda), Amor Electro, Maria João, Mário Laginha, Vanessa Silva, Rita Redshoes, OqueStrada, Quinta do Bill, HMB, Frankie Chavez, Filipe Pinto e pelo maestro Mário Rui.

“Os vídeos estarão disponíveis para votação do público no site www.heroisdafruta.com que determinará os finalistas, mas é ao Júri que cabe a difícil tarefa de escolher as letras mais originais e os videoclips mais criativos. Serão escolhidos 3 vencedores entre os finalistas e ainda um outro vencedor entre os hinos menos votados pelo público”, disse Mário Silva.

A apresentadora Teresa Guilherme que esteve também presente na visita a esta escola mostrou-se surpreendida com as respostas “na ponta da língua” destas crianças: “achava eu que estava a explicar a uma aluna que a fruta é boa porque lhe faz bem à barriguinha e ela respondeu-me que mais do que isso, comer fruta é um hábito alimentar saudável, o que só demonstra que este projeto consegue de facto chegar até às crianças e fazer passar as mensagens mais importantes para melhorar a sua alimentação e a sua saúde”.

Mário Silva encerrou o evento com um agradecimento público aos parceiros do projeto "que são também uma peça fundamental para conseguirmos oferecer gratuitamente esta experiência mágica e tão necessária a cada vez mais crianças. É com grande satisfação que agradecemos às empresas mais preocupadas com a saúde das crianças em Portugal: Clube Pelicas da Associação Mutualista Montepio, Fábrica de Óculos do Cacém, Aquafresh, Fruut, Vitacress, Holmes Place, Jumbo, Maçãs de Alcobaça, Águas do Vimeiro, Konica Minolta e Portugal Telecom".

Entre as várias figuras públicas portuguesas que aceitaram o convite da APCOI, algumas quiseram mesmo deixar uma mensagem de incentivo às crianças, escolas e famílias:

Teresa Guilherme, apresentadora e atriz
"Há muitos pais que não têm possibilidades de enviar um lanche para os filhos, da mesma forma que há muitas crianças que só comem o que lhes dão na escola, por isso, estes cabazes semanais da APCOI vão servir de reforço alimentar a muitas crianças"

Sónia Lopes, bicampeã ibérica de 24 horas BTT
"Sou mãe de um menino com a idade destas crianças e por isso atenta às questões da alimentação infantil. Este trabalho que a APCOI está a fazer nas escolas é fundamental para a saúde destas meninas e meninos"

Ricardo Diniz, navegador solitário
"Quando estou sozinho no mar, o que mais sinto saudades é de comer fruta fresca, porque no mar não há fruta. Somos o que comemos e se comermos alimentos saudáveis, vamos ter uma vida melhor. Que esta nova missão dos heróis da fruta se espalhe por todo o país para construirmos um futuro mais saudável para as nossas crianças"

Carlos Vidal (Avô Cantigas), cantor
“Eu admiro muito o projeto Heróis da Fruta e recomendo todos os seus conselhos saudáveis a estas crianças, porque a fruta sempre foi uma coisa muito boa na minha vida!”

Ricardo Carriço, ator e cantor
"Às vezes a falta de tempo, a vida agitada que levamos, faz-nos esquecer de coisas tão essenciais e tão simples, como esta de comer fruta. Bem lembrado, APCOI”

HMB, banda portuguesa
“Para nós é um privilégio podermos associar-nos a esta causa. Usar a música para promover hábitos saudáveis entre as crianças é algo que nos entusiasma e do qual queremos fazer parte! Também nos sentimos mais motivados a comer mais fruta desde que conhecemos este projeto”

Filipe Pinto, cantor (vencedor do talent-show televisivo "Ídolos")
“Associo-me a esta causa porque me identifico inteiramente com os valores promovidos por esta iniciativa: a música, a criatividade e cooperação entre as crianças. Comer fruta proporciona bem-estar ao nosso corpo e espírito.”

Carla Andrino, atriz
“Nunca é demais falar de saúde. Nunca é demais incutir nas crianças o gosto pelos alimentos saudáveis. Contem sempre comigo para ajudar as crianças a comer fruta e para tudo aquilo que as torne pessoas mais felizes no futuro”

Ana Bacalhau, cantora (vocalista dos "Deolinda")
“Fui uma criança gorda e sofri muito com isso. Hoje sinto-me bem porque mudei a minha alimentação. O meu conselho é: comam muita fruta e, sobretudo, divirtam-se com ela. Não há maior benção do que viver-se uma vida plena de saúde e bem-estar”

Amor Electro, banda portuguesa
“Esta iniciativa ajuda-nos a ensinar as crianças de hoje a tornarem-se Heróis saudáveis e felizes amanhã. Muito obrigado por este convite."

Mário Laginha, músico
“Fruta é fundamental por ser um dos alimentos que nos pode dar mais vitaminas. É importante que os filhos peçam aos pais para comer fruta.”

Ministério da Saúde prevê
O Ministério da Saúde prevê integrar este ano mais 400 médicos de família e melhorar a rede de cuidados primários em cerca de...

“Não sabemos qual vai ser a adesão dos profissionais, mas gostaríamos de trazer para dentro do sistema pelo menos 200 médicos [de medicina geral e familiar] aposentados e mais 200 novos”, afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

De acordo com o ministro, estão “a acabar a especialidade perto de 400 jovens médicos de medicina geral e familiar pelo país todo”, mas “ este número vai ser prejudicado porque alguns dos mais velhos se vão aposentar e talvez fiquemos com menos de metade deste valor”.

Os dados divulgados a 24 de fevereiro pela coordenação nacional para a reforma dos cuidados de saúde primários apontam para a existência de um milhão de utentes inscritos sem médico de família e para a necessidade de mais 616 clínicos.

Admitindo que “não será possível resolver tudo este ano” o ministro estima, no entanto, que a situação “possa ser melhorada em 20%” com o incentivo consignado no Orçamento de Estado para os médicos aposentados e as mudanças no concurso para colocação de recém-especialistas.

Adalberto Campos Fernandes falava nas Caldas da Rainha onde hoje deu posse à nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que integra, para além do hospital local, as unidades de Torres Vedras e Peniche.

O novo conselho de administração é presidido por Ana Paula Harfouche e integra ainda Filomena Cabeça, Idalécio Lourenço, António Curado (Diretor Clínico) e a enfermeira-diretora Maria de Lurdes Ponciano.

Durante a cerimónia o ministro anunciou que o CHO passará, em 2017 “do setor público administrativo para Entidade Publica Empresarial (EPE)”, estatuto “importante para a gestão porque permite maior agilidade na contratação de recursos”.

Tanto mais que reconhece a dificuldade de atrair “profissionais qualificados” para estes hospitais dada a proximidade à Área Metropolitana de Lisboa, situação que o Governo quer “contrariar” com a criação de melhores condições de trabalho.

Para isso concorrerá a remodelação do Serviços de urgências do Hospital das Caldas da Rainha, uma obra de 1,5 milhões de euros que Adalberto Campos Fernandes pensa que “poderá ser inaugurada ainda antes do próximo inverno”.

O CHO serve 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.

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