Tribunal de Contas
Em todas as regiões do país os utentes esperam por uma consulta mais do que o definido por lei, 59 dias nas Unidades de Saúde...

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) de seguimento de recomendações formuladas anteriormente sobre o desempenho de unidades funcionais de cuidados de saúde primários refere que “todas as regiões de saúde registam uma média do tempo de espera, entre o pedido de consulta programada (efetuado pelo utente) e a realização efetiva de consulta, superior ao tempo máximo de resposta garantido (TMRG)”.

Reportando-se ao primeiro semestre de 2015, o TdC indicou que o utente esperava em média 59 dias por uma consulta numa USF, enquanto numa UCSP obteria a consulta em 37 dias.

O documento refere ainda que os utentes na Região de Saúde do Alentejo são os que mais esperam entre a admissão administrativa do doente e o início da consulta: 73 minutos.

Na região do norte os utentes esperavam em média 43 minutos para ser observados pelo médico.

Tendo em conta a média do tempo de espera verificado nas UCSP (62 minutos) e nas USF (43 minutos), os autores do documento apuraram o custo de oportunidade associado ao tempo de espera que um utente no ativo enfrenta desde o registo administrativo de confirmação de presença e o início da consulta com o seu médico: 17,32 euros numa UCSP e 10,99 euros numa USF.

“Considerando o número de consultas realizadas, em 2014, aos utentes entre a faixa etária dos 18 aos 65 anos (5.568.081), nas unidades funcionais, o tempo de espera terá representado um custo de oportunidade global de 74.684.400 euros, correspondente a 0,04% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, traduzido na redução da produção de riqueza pelos trabalhadores/utentes que recorreram à prestação de cuidados de saúde nessas unidades”, lê-se no documento.

Relativamente às recomendações que o TDC tinha efetuado, este organismo considera que o Ministério da Saúde não deu resposta aos principais problemas.

“No final do primeiro semestre de 2015 existiam 1.280.425 utentes sem médico de família”, lê-se no relatório.

Para o TdC, a falta de médicos de medicina geral e familiar resulta da eventual cedência a interesses corporativos (numerus clausus restritivos à entrada nos cursos de medicina e condicionamento do acesso à formação pós-graduada) e da limitação do número de prescritores (médicos), por parte do governo, com o fim de restringir a oferta de serviços médicos e da ausência de incentivos eficazes à adequada distribuição territorial dos recursos humanos.

“O rácio de utentes inscritos por médico degradou-se. Registou-se uma diminuição de 71 médicos nos cuidados de saúde primários entre 2013 e o primeiro semestre de 2015”, prossegue o Tribunal.

Este organismo recorda que, em junho de 2015, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) estimava uma necessidade entre 629 e 770 médicos de família e alerta para a carência de médicos que tenderá a “agravar-se pelo crescimento acentuado das aposentações previsto para o período 2016-2021, num total de 1.761 aposentações”.

“Permanece a necessidade de libertação do tempo médico de tarefas administrativas e de outras em que possam ser substituídos por outros profissionais de saúde, tal como recomendado pelo Tribunal”.

O TdC aborda ainda a questão da prescrição eletrónica de medicamentos que “introduziu benefícios, mas igualmente demoras, associadas a ineficácias dos meios informáticos utilizados, ocupando entre quatro a 10 minutos de cada consulta”.

Outra falha apontada é a ausência da “partilha de competências com o enfermeiro de família”.

Neste documento, o TdC aponta para o crescimento dos seguros de saúde, “em resposta a dificuldades de acesso ao Serviço Nacional de Saúde – tempos”.

“Existem mais de quatro milhões de subscrições de seguros e de subsistemas de saúde, o que contribui para o facto de mais de um terço dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não ter recorrido às unidades do SNS”.

1,2 milhões de utentes sem médico
Meia centena de médicos aposentados estão disponíveis para regressar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma das medidas com...

Fonte do Ministério da Saúde disse à agência Lusa que são necessários atualmente 693 médicos de família.

A tutela conta resolver esta falta com o concurso nacional, em curso, para Medicina Geral e Familiar, e a contratação de médicos aposentados.

A mesma fonte indicou que 51 clínicos reformados já manifestaram disponibilidade para regressar ao SNS, nomeadamente para os cuidados de saúde primários.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), de seguimento de recomendações formuladas anteriormente sobre o desempenho de unidades funcionais de cuidados de saúde primários, refere que, “no final do primeiro semestre de 2015, existiam 1.280.425 utentes sem médico de família”.

Para o TdC, a falta de médicos de medicina geral e familiar resulta da eventual cedência a interesses corporativos ('numerus clausus' restritivos à entrada nos cursos de medicina e condicionamento do acesso à formação pós-graduada) e da limitação do número de prescritores (médicos), por parte do governo, com o fim de restringir a oferta de serviços médicos e da ausência de incentivos eficazes à adequada distribuição territorial dos recursos humanos.

“O rácio de utentes inscritos por médico degradou-se. Registou-se uma diminuição de 71 médicos nos cuidados de saúde primários, entre 2013 e o primeiro semestre de 2015”, prossegue o Tribunal.

Este organismo recorda que, em junho de 2015, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) estimava uma necessidade entre 629 e 770 médicos de família e alerta para a carência de médicos que tenderá a “agravar-se pelo crescimento acentuado das aposentações, previsto para o período 2016-2021, num total de 1.761 aposentações”.

SPMI
“Portugal tem um acesso à terapêutica sem paralelo na Europa” ...

No âmbito do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites que se assinala a 28 de julho, o Prof. Armando Carvalho, membro do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, sublinha que “Portugal tem um acesso à terapêutica sem paralelo na Europa, com o custo integralmente suportado pelo Estado”. Apesar de algum atraso que poderá ter ocorrido no tratamento de doentes, este terá estado relacionado com a impossibilidade de dar uma resposta a todos os doentes simultaneamente.

Ao longo dos últimos 25 anos foram tratados vários milhares de doentes em Portugal, sendo curados cerca de 50% deles. Com a comparticipação do sofosbuvir e da associação ledispasvir/sofosbuvir foi possível tratar cerca de 6.000 doentes a nível nacional em 2015. No Congresso Português de Hepatologia, realizado este ano no Porto, foram apresentadas comunicações sobre a experiência de cinco centros portugueses no tratamento da hepatite C em 2015. Em 800 doentes (aproximadamente 50% não respondedores a tratamento anterior e 50% cirróticos), com avaliação às 12 semanas após tratamento houve cura virológica em cerca de 95% dos casos. E os resultados foram muito positivos também em grupos de doentes especiais, como hemodialisados e transplantados renais, até agora difíceis ou impossíveis de tratar. Neste ano e meio foi possível iniciar o tratamento à maioria dos doentes que dele necessitavam e que já eram seguidos em consulta. Este foi o resultado de um enorme esforço da parte da classe médica (gastrenterologistas, internistas e infeciologistas). Mas como refere o especialista «este esforço tem de continuar pois existem ainda muitos doentes por tratar e diagnosticar».

Atualmente estão estabilizados mais de 90% dos doentes que têm hepatite B e, por sua vez, em mais de 95% dos casos de hepatite C foi possível eliminar o vírus. Numa visão do total de infetados em Portugal «concluímos que existem seguramente muitos doentes por diagnosticar, impondo-se uma estratégia de rastreio dirigido a grupos com maior probabilidade de infeção, de modo a levar o benefício do tratamento ao maior número possível de doentes».

Houve uma diminuição da incidência da hepatite B e C, resultado das medidas gerais de prevenção, como o rastreio do sangue, o uso de material irrecuperável para injeções e outros atos médicos e o impacto da vacina da hepatite B. No entanto e apesar de em Portugal já se ter feito muito no que diz respeito à prevenção das hepatites virais, continua ainda a faltar um plano nacional, que já esteve em discussão na Direção Geral de Saúde, mas que continua adiado.

 

Prof. Armando Carvalho
Diretor do Serviço de Medicina Interna A do CHUC
Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Membro do secretariado do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna 

Bexiga Hiperativa
Definida por um conjunto de sintomas relacionados com a bexiga, que se contrai de forma descontrolad

Estima-se que, em todo o mundo, entre 10 a 17 por cento da população seja afetada por uma condição que ainda causa algum embaraço. A bexiga hiperativa, que se caracteriza por um desejo súbito e forte de urinar, “díficil de controlar e que pode ou não ser acompanhado de perda involuntária de urina”, ainda é um tabu e, por esse motivo, acaba por ser subdianosticada e vivida em silêncio.

Em Portugal esta síndrome apresenta uma taxa de 32 por cento, sendo a sua prevalência “semelhante entre homens e mulheres”.

“No entanto, a bexiga hiperativa com incontinência urinária associada é mais frequente nas mulheres”, começa por explicar Geraldina Castro, especialista em Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.

A verdade é que, embora exista sempre o sintoma de urgência miccional, “da vontade imperiosa de urinar”, nem sempre a perda de urina lhe está associada. “Quando os doentes não conseguem controlar esta vontade e perdem urina antes de chegar à casa de banho então diz-se que têm incontinência de urgência associada. Desta forma, a incontinência urinária de urgência é um sintoma da bexiga hiperativa”, esclarece a especialista.

As complicações desta síndrome estão, sobretudo, relacionadas com o impacto negativo na qualidade de vida do doente. “Dependendo da intensidade dos sintomas, a bexiga hiperativa pode alterar por completo a vida de uma pessoas, condicionando a disrupção da vida diária e profissional. Ela afeta negativamente a qualidade de vida de um doente a nível físico (com limitação da atividade física), sexual, psicológico (causando ansiedade, baixa autoestima, depressão), doméstico (necessidade de pensos ou fraldas), laboral e social (através da restrição da interação social)”, explica Geraldina Castro.

Na origem da síndrome podem estar doenças neurológicas, como a Esclerose Múltipla, Parkinson, doença cerebrovascular ou lesões da medula. “Alterações da própria bexiga, do seu músculo  e dos orgãos adjacentes podem também causar esta doença”, adianta a especialista. No entanto, na maioria dos casos não se consegue determinar a sua causa, pelo que esta acaba por ser designada de “bexiga hiperativa idiopática”.

O seu diagnóstico é feito com base nos sintomas e após a exclusão de infeção urinária ou outra patologia, como a diabetes ou cancro da bexiga.

“O diagnóstico, na maioria dos casos, é feito após uma colheita da história clínica (com questões acerca de outra doenças que possam estar presentes, medicação habitual, padrões de micção) um exame físico, com exame ginecológico no sexo feminino, e uma análise à urina. Os casos mais complexos poderão ter de ser encaminhados para um especialista e submetidos a outros exames específicos”, revela a ginecologista.

Tratando-se de uma doença crónica, “o que significa que não é curada”, pode, no entanto, ser controlada “com as diversas armas terapêuticas disponíveis”.

“Esta patologia pode ser tratada com alterações no estilo de vida, tais como, diminuição da ingestão de determinadas bebidas que causam irritação da bexiga, suspensão tabágica e redução do peso”, afirma a especialista da Maternidade Bissaya Barreto.

Bebidas com cafeína (café ou chá preto), bebidas gaseificadas e alcoólicas devem, por isso, ser evitadas. Além de que, “nos doentes com ingestão de líquidos elevada (superior a dois litros por dia) esta deverá ser restringida, principalmente à noite”.

No capítulo dos alimentos a evitar, encontra-se o chocolate, o tomate e os citrinos. “Alimentos condimentados ou ácidos podem causar irritação da bexiga”, justifica a médica.

Também o exercício físico tem um papel importante no controlo da patologia. “O exercício físico é importantíssimo para a saúde e bem estar geral. No caso particular da bexiga hiperativa, o exercício físico com vista a combater o excesso de peso e o fortalecimento dos músculos do pavimento pélvico vão contribuir para o controlo desta doença”, acrescenta.

Por outro lado, as técnicas de treino da bexiga e os exercícios pélvicos poderão ajudar a atenuar os sintomas. “Nos episódios de urgência, a contração dos músculos do pavimento pélvico, de forma sustentada, pode atenuá-la ou fazê-la desaparecer”, afirma a especialista.

No entanto, quando as medidas comportamentais e os exercícios, por si só, não são suficientes para resolverem o problema, é necessária a introdução de medicação específica.

“Os medicamentos disponíveis no mercado vão atuar nos recetores da bexiga. Ao promoverem o relaxamento do músculo da bexiga, vão aumentar a capacidade de armazenamento da urina e diminuir as contrações involuntárias deste músculo. Desta forma, os sintomas de urgência e a necessidade de esvaziar a bexiga irão diminuir”, esclarece Geraldina Castro.

Apenas as situações muito graves, que não respondem a nenhum dos outros tratamentos disponíveis, é que são propostas para terapêuticas cirúrgicas.

Importa ainda referir que, sendo esta uma doença crónica, ela “poderá ter períodos de ausência completa e outros de agravamento” que vão exigir do paciente maior empenho na adoção de um estilo de vida saudável.

No entanto, de acordo com a especialista, “os avanços na medicina também se fazem sentir nesta área e as opções terapeuticas têm aumentado ao longo do tempo”.

Por isso, “se uma pessoa acha que tem sintomas de bexiga hiperativa e que ela condiciona a sua vida, deve pedir ajuda ao seu médico”.

“Não faz sentido viver este problema sozinho”, reforça Geraldina Castro.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Zika
O primeiro bebé com microcefalia causado pelo vírus Zika na Europa nasceu hoje num hospital de Barcelona, anunciou fonte...

Segundo o chefe do serviço de Neonatologia do Hospital de Vall d’Hebron, Félix Castillo, as malformações no feto foram detetadas em maio, às 20 semanas de gestação, mas os pais não quiseram abortar e o recém-nascido vai agora ser submetido a estudos clínicos para se averiguar o estado de saúde.

A mãe contraiu o vírus ao ser picada por um mosquito na América Latina, segundo fonte hospitalar.

O médico afirmou que o bebé, cujo sexo não foi revelado, não precisou de nenhuma reanimação específica, mas nasceu com um perímetro craniano menor do que os normais 33,5 a 34 centímetros. O grau da malformação craniana ainda vai ser medido.

“A microcefalia é uma tradução de um cérebro que não cresceu, de modo que não vai funcionar bem e provavelmente terá uma vida muito dependente dos cuidados de saúde pública”, disse o especialista.

A uma mulher eslovena, que estava grávida de um bebé com microcefalia foi-lhe detetado que era portadora do virus, mas ela decidiu abortar.

Cinco das 21 mulheres grávidas da Catalunha, confirmativamente infetadas com Zika, já deram à luz, mas os bebés nasceram saudáveis.

O número de casos de Zika confirmados em Espanha subiu para 190, dos que 26 são mulheres que estavam grávidas no momento do diagnóstico, segundo dados do Ministério da Saúde espanhol, citados pela agência de notícias EFE.

Doenças infeciosas
Mais de 20 milhões de pessoas na Europa vivem com hepatite C, muitas das quais não sabem que estão infetadas e não sabem que...

Na Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2016, os Estados-Membros da Organização Mundial da Saúde assinaram a primeira "Estratégia de Saúde Global para as Hepatites Virais", com o objetivo de eliminar a Hepatite C, até 2030. A eliminação desta doença, potencialmente fatal, está rapidamente a tornar-se uma realidade e as mulheres estão na vanguarda deste movimento global.

A Raquel Peck é Diretora Executiva da Aliança Mundial para a Hepatite, uma organização internacional composta por 230 instituições, que ela ajudou a criar em 2007, e que trabalham em torno da hepatite. O envolvimento da Raquel foi uma parte vital das decisões políticas que ocorreram em maio e ela continua, com a ajuda de sua equipa, a lutar, sem medo, para que a hepatite consiga o reconhecimento que merece e para que mais pessoas possam ser testadas e recebam o tratamento de que necessitam. A Raquel está, atualmente, a dirigir o movimento global #NOhep para garantir que os governos mantêm o compromisso de eliminar a hepatite ao longo dos próximos 14 anos.

Gloria Taliani e Ana Claudia Miranda estão na vanguarda da área da infeciologia, ajudando a melhorar a vida dos doentes. A Gloria é professora em Roma e a sua especialidade é o desenvolvimento de ferramentas práticas para os doentes, enquanto que a Cláudia Miranda é especializada em doenças infeciosas, exerce em Lisboa, e está envolvida nos cuidados clínicos para doentes com hepatite C ou doentes co infetados com o viros da Sida e da Hepatite.

A Tove Frisch e a Luana De Vita são mulheres que viveram com hepatite C durante mais de 25 anos sem o saberem. A Luana, que se descreve como uma "guerreira" contra a doença, está a abrir caminho para a erradicação da hepatite C através da partilha da sua história, procurando desmistificar a doença e inspirar outros doentes a também darem o seu testemunho. A Tove trabalha na Riksföreningen Hepatit C em Estocolmo, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é garantir que as pessoas com hepatite C têm acesso aos melhores tratamentos.

Estas mulheres, e muitas outras, estão a trabalhar para conseguirem que a eliminação da hepatite C seja a próxima grande conquista da humanidade. Para aumentar a consciencialização para a doença e, mais importante, para o facto de ela ser curável, no Dia Mundial da Hepatite (28 de julho) o Committed to Cure convida todas as pessoas a juntarem-se a uma campanha que procura incentivar as pessoas a assumir o compromisso de curar através da partilha de um "c-selfie” e utilização do hastag #CisForCure nas redes sociais ou no site www.committedtocure.org .

Ajude-nos a espalhar a mensagem: a hepatite C é uma doença potencialmente fatal que agora é curável. Ajude-nos a apoiar um futuro livre da hepatite C.

Volta a Portugal em Bicicleta
Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço - “A PRIMEIRA ETAPA É FAZER O RASTREIO”

A Volta a Portugal em Bicicleta é uma corrida realizada por etapas e a primeira etapa para salvar vidas é fazer um rastreio. Este é o mote da campanha “A PRIMEIRA ETAPA É FAZER O RASTREIO” que o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço vai realizar com o apoio da Liberty Seguros para assinalar o 2º Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço.

 

O Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP), por ocasião do 2º Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço, que se assinala a 27 de julho, com o apoio da Liberty Seguros vai estar presente naquela que é a prova mais esperada do Ciclismo nacional, a 78ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta, com a campanha “A PRIMEIRA ETAPA É FAZER O RASTREIO”.

 

De 26 de julho a 7 de agosto, o GECCP vai percorrer 1.618,7 km de estrada para realizar rastreios gratuitos ao cancro de cabeça e pescoço, uma doença que em Portugal mata três portugueses por dia e que poderia ser diagnosticada e tratada precocemente se houvesse mais informação e sensibilização da população e dos médicos de medicina geral e familiar no nosso país.

 

“No início do desenvolvimento da doença, o tratamento destes tipos de cancro pode ter uma taxa de sucesso entre os 80% e 90%. Todos os anos, são diagnosticados entre 2.500 e 3.000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço em Portugal e 85% das vítimas são fumadores ou ex-fumadores, daí a importância dos rastreios à doença a pessoas com hábitos tabágicos ou de consumo excessivo de álcool” adverte Ana Castro, médica oncologista e Presidente do Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço.

 

Os rastreios gratuitos são sujeitos a uma inscrição prévia na tenda do Grupo de Estudos e vão ser realizados diariamente nos pontos de chegada de todas as etapas da Volta a Portugal durante o período da tarde, entre as 15h00 e as 17h00.

 

DATA

CIDADE

LOCALIZAÇAO STAND GECCP

26/07/16

Oliveira de Azeméis (Apresentação das Equipas)

Avenida Dr. Ferreira de Castro

27/07/16

Oliveira de Azeméis

Avenida Dr. Ferreira de Castro

28/07/16

Braga

Av. da Liberdade - Parque da Ponte

29/07/16

Fafe

Praça Mártires do Fascismo

30/07/16

Macedo de Cavaleiros

Parque Municipal de Exposições

31/07/16

Mondim de Basto (Srª da Graça)

Avenida Dr. Augusto Brito

01/08/16

Viseu

Avenida Professor Júlio Fragata

02/08/16

Viseu (Dia de Descanso)

Avenida Professor Júlio Fragata

03/08/16

Guarda

Praça Dr. Francisco Salgado Zenha Jardim Municipal José Lemos

04/08/16

Castelo Branco

Praça do Município

05/08/16

Arruda dos Vinhos

Av. Eng.º Adriano Brito da Conceição

06/08/16

Setúbal

Largo José Afonso

07/08/16

Lisboa

Praça do Município

 

No stand do Grupo de Estudos vai ainda ser possível assinar a Petição Pública “Reabilitação oral dos doentes com cancro de cabeça e pescoço pelo SNS”. Esta Petição, lançada pelo GECCP e pela ASADOCORAL, no âmbito do Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, pretende levar à discussão na Assembleia da República a cobertura, por parte do Serviço Nacional de Saúde, da reabilitação oral dos doentes de cancro de cabeça e pescoço (cujas terapêuticas obrigam, muitas vezes, à extração de dentes e o SNS não prevê apoios na rehabilitação oral).

 

A seguradora Liberty Seguros, patrocinadora oficial da 78ª edição da Volta a Portugal e da Camisola Azul, através da disponibilização de espaço solidário no evento junto à Ativação da marca e da sua campanha "Ciclas Solidário", este ano associou-se à causa do Cancro de Cabeça e Pescoço.

 

O Ciclas, a Mascote da Liberty Seguros, este ano vai ter o formato de porta-chaves e vai estar disponível no stand do GECCP para aquisição em todas as cidades de chegada por onde a Volta a Portugal vai passar, mediante um donativo de 5 euros. A verba angariada com esta ação de solidariedade reverte na íntegra para a prevenção do Cancro de Cabeça e Pescoço.

Coimbra
O mais pequeno ‘pacemaker’ do mundo, com apenas 2,5 centímetros, um décimo do dispositivo convencional, foi implantado pela...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC revela que o implante foi realizado recentemente pelos médicos Luís Elvas e José Nascimento e "marca uma nova etapa no tratamento das arritmias cardíacas".

"Ao contrário do ‘pacemaker’ convencional, este novo dispositivo é implantado diretamente no coração através de um procedimento minimamente invasivo, sem necessidade de colocação de elétrodos, os quais são os principais responsáveis pelas complicações a longo prazo", explica a nota.

A nova cápsula cardíaca é colocada no coração através de um cateter inserido na veia femoral e fica preso à parede do coração, podendo ser reposicionado, caso seja necessário.

Apesar do seu tamanho reduzido, tem uma bateria que dura, em média, dez anos.

O pequeno dispositivo "responde aos níveis de atividade do doente, ajusta-se automaticamente a cada pessoa e permite ainda que os seus portadores tenham acesso aos meios de diagnóstico mais avançados, uma vez que é compatível com ressonância magnética".

"A colocação de um ‘pacemaker’ é o método mais utilizado para o tratamento da bradicardia, uma perturbação do ritmo cardíaco caracterizada por um batimento lento. Estima-se que exista mais de um milhão de pessoas portadoras de ‘pacemakers’ em todo o mundo", refere o comunicado dos CHUC.

Osteoartrose
Afetando mais o sexo feminino, a Osteoartrose é uma doença degenerativa da cartilagem articular que

De acordo com o Programa Nacional Contra as Doenças Reumáticas (PNCDR), publicado em 2004 pela Direção-Geral de Saúde, as doenças reumáticas são o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários e representam a principal causa de incapacidade temporária para o trabalho e de reformas antecipadas por doença ou invalidez.

Afetando cerca de dois milhões de pessoas no país, a osteoartrose é uma doença degenerativa da cartilagem articular que apresenta como principais sintomas dor, rigidez, limitação dos movimentos e, em fases mais avançadas, deformação.

“A cartilagem articular é um tecido conjuntivo flexível que se encontra nas extremidades dos ossos que se articulam entre si”, começa por explicar Carlos Martinez Evangelista, especialista em Ortopedia.

“Esta cartilagem é nutrida pelo líquido articular ou líquido sinovial que contribui para a lubrificação da articulação, facilitando os seus movimentos para que as cartilagens deslizem umas sobre as outras sem desgaste. Na osteoartrose a cartilagem da articulação ulcera e o osso reage, dando origem a proeminências, conhecidas vulgarmente por «bicos de papagaio», acrescenta.

A osteoartrose pode afetar qualquer pessoa, inclusive indivíduos mais jovens, no entanto, estão entre o grupo de risco as mulheres pós-menopáusicas, pessoas idosas, trabalhadores com atividade físicas repetitivas ou com alterações da ergonomia e desportistas amadores ou ocasionais.

“O risco de osteoartrose aumenta com a idade sendo mais comum nas mulheres, onde a obesidade é um dos principais fatores de risco, e não só pelo fator mecânico do peso como também pelos desequílibrios musculares”, revela o especialista.

Sabe-se, aliás, que esta doença afeta 32,6 por cento das mulheres e 14,5 por cento dos homens, sendo que os fatores hormonais, associados aos desequílibrios musculares são, na realidade, considerados como uma das principais causas de risco de osteoartrose nas mulheres. “Por isso, o período pós-menopausa pode ser mais propício ao desenvolvimento da doença”, explica Carlos Martinez Evangelista.

Por outro lado, existem ainda fatores de risco articular “como a existência de fraturas antigas que com o tempo irão conduzir a um processo artrosico prematuro da articulação, por alteração dos vetores de força na superfície articular em causa”.

Outro dos fatores de risco pode ser a própria profissão, caso esta provoque stress articular. “Nestas alturas pensamos sempre nos desportistas de alto rendimento, quer seja do futebol, andebol, halterofilismo ou outros mais. Mas, também existem hoje jogos, particularmente de consolas, que levam à artrose dos polegares (rizartrose), por uso desmesurado destas”, esclarece o ortopedista.

No entanto, a falta de atividade física pode ser, também, uma das responsáveis pelo desenvolvimento da doença, uma vez que a “inatividade leva a uma rigidez, falta de lubrificação, perda de mobilidade e desgaste por desuso”. 

De acordo com o primeiro estudo epidemiológico nacional sobre doenças reumáticas – EpiReumaPt – estima-se que 24 por cento da população sofra de osteoartrose, “sendo o joelho (12,4%), mãos (8,7%) e anca (2,9%) as articulações mais afetadas”, e cuja incidência tende a aumentar com a idade.

“Até aos 40 anos a incidência da doença é menor, no entanto, pode acontecer em indíviduos mais jovens caso tenham sofrido algum tipo de lesão articular, predisposição genética ou caso haja sobrecarga da articulação”, afirma o especialista em ortopedia.

O diagnóstico da osteoartrose é feito com base nos sintomas, na observação das articulações e na avaliação radiográfica “e eventualmente ecográfica das mesmas”.

“Para lidar e prevenir a osteoartrose existe uma combinação de fatores que devem ser tidos em conta. Alguns dos principais são a alimentação, o exercício físcio, privilegiando os alongamentos e sem carga, assim como a medicação específica ou a suplementação adequada”, avança Carlos Martinez Evangelista.

Segundo este especialista, existem vários estudos que confirmam que alimentos ricos em ácidos gordos (ómega3), frutos e legumes ricos em vitaminas e antioxidantes são essenciais para a manutenção da saúde articular. “A suplementação adicional pode afetivar a absorção dos nutrientes e vitaminas necessários, uma vez que a capacidade do corpo de absorver alguns nutrientes se torna menos eficiente com a idade”, acrescenta.

“Do ponto de vista da suplementação são interessantes as soluções que combinam a glucosamina com nutrientes ómega3, por garantirem resultados nutricionais satisfatórios. As dosagens diárias recomentadas são: Glucosamina 1500 mg, Condroitina 1200 mg, ómega3 400 mg e metilsulfonilmetano 200 mg”,  refere o ortopedista.

Quanto ao exercício físico, este deve ser prática regular e deve acompanhar a alimentação saudável como forma de prevenção.

“O exercício físico foi dos poucos tratamentos estudados que obteve resultados consistentemente positivos para a redução da dor e melhoria da mobilidade articular”, afiança Carlos Martinez Evangelista.

“É importante motivar o doente e avisá-lo que os efeitos benéficos não se fazem sentir ao fim da alguns dias a fazer caminhadas. É necessária a adoção de um estilo de vida saudável, que inclua a prática regular de exercício físico que estimula a libertação de endorfinas analgésicas e aumenta a força muscular, contribuindo, deste modo, para uma maior estabilidade articular e, por isso, para menos dor”, explica.

Os exercícios aquáticos, como a hidroterapia ou a hidroginástica, bem como os exercícos aeróbicos (caminhadas ou bicicleta) e fortalecimento são os mais recomendados por este especialista.

“O exercício dentro de água é particularmente benéfico porque dentro de água o nosso corpo pesa menos e a água quente das piscinas relaxa os músculos, facilitando os movimentos com menos dor”, justifica.

No entanto, tão importante quanto a prática de exercício regular, é saber adaptá-la a cada caso. “Se um doente se queixa que tem dor num joelho após caminhar 15 minutos, deve-se estimular o doente a parar alguns minutos para descansar e depois continuar”, explica o ortopedista.

Na lista dos exercícios desaconselhados a quem sofre de osteoartrose encontram-se atividades como a corrida, step ou musculação com grandes cargas “pois essas podem ser violentas demais para as articulações, nomeadamente do joelho”.

Relativamente ao seu tratamento, “enquanto o doente se preocupa apenas com a redução da dor, os médicos são obrigados a pensar noutras vertentes de tratamento, focando a prevenção ou atraso da progressão das lesões estruturais, ou seja, tentar prevenir a destruição e a deforminade da articulação” com o objetivo de melhorar a função articular e, em última análise, a qualidade de vida.

Como parte integrande do tratamento não farmacológico distingue-se, para a além da prática de exercício físico regular, a reeducação do doente – que inclui a alteração dos hábitos de vida, dieta, perda de peso e parar de fumar.

“A par destes, consideramos também a fisioterapia, que se mostrou benéfica sobretudo para a osteoartrose das mãos, ortóteses adaptadas a cada doente (palmilhas para corrigir diferenças de tamanho entre os membros inferiores ou alterações dos pés), crioterapia (massagem com gelo, compressas frias), estimulação elétrica (TENS) e ultrassons”, adianta Carlos Martinez Evangelista.

A abordagem do tratamento com fármacos passa pela prescrição de analgésicos (paracetamol e opióides), AINEs, anti-artrósicos de ação lenta, Glucocorticóides intra-articulares e Viscossuplementação (ácido hialurónico intraarticular).

“É importante sublinhar que a utilização de estratégias multidisciplinares conjuntas é fundamental para a otimização dos resultados”, afiança o especialista em ortopedia.

A cirurgia surge como último recurso, quando a dor é incapacitante e interfere na qualidade de vida do doente. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra desenvolve
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra está a desenvolver um pâncreas bioartificial...

A equipa liderada pela investigadora Raquel Seiça "focou-se em melhorar as propriedades biológicas" do dispositivo artificial, desenvolvendo uma "microcápsula" em que as células produtoras de insulina são envolvidas numa matriz de hidrogéis de um polímero natural que mimetiza o "microambiente celular ‘in vivo'", explica a Universidade de Coimbra (UC), numa nota de imprensa.

Esta técnica "permitiu aumentar a viabilidade e funcionalidade das células encapsuladas e transplantadas", refere a mesma nota, sublinhando que os sistemas de encapsulamento apresentavam grandes limites no transplante, nomeadamente "a instabilidade dos materiais usados e a sua biocompatibilidade".

Os resultados das experiências 'in vitro' e 'in vivo' (em ratos diabéticos) revelaram-se "bastante promissores", constatando-se uma "melhoria dos níveis da glicose sanguínea e da resistência à ação da insulina" nos animais diabéticos, realçou Raquel Seiça.

Provada a primeira técnica, "os investigadores avançaram para a criação de um novo modelo, o co-encapsulamento de nanopartículas" de uma hormona intestinal que estimula a produção de insulina e de células insoluno-produtoras, "de forma a aumentar a produção e a libertação da hormona".

Com o encapsulamento das nanopartículas e das células produtoras de insulina, "observou-se um aumento muito significativo da secreção de insulina", explanou Raquel Seiça, citada na nota de imprensa, sublinhando que está em curso "a realização de novos ensaios em modelos animais".

No entanto, sublinha a catedrática da UC, "há ainda um longo caminho a percorrer", nomeadamente "reduzir o tamanho da microcápsula, torná-la ainda mais estável, mais viável e mais funcionante para ser transplantada em humanos".

Para Raquel Seiça, este tipo de sistemas, caso se tornem viáveis, permitiriam "libertar os doentes com diabetes tipo I das injeções de insulina e alcançar um melhor controlo dos níveis de glicose com a consequente diminuição das complicações agudas e crónicas da doença".

Em Portugal, a diabetes afeta mais de um milhão de portugueses.

O presente estudo da Faculdade de Medicina teve o seu início há quatro anos, com o projeto de tese de Joana Crisóstomo, em colaboração com o Departamento de Engenharia Química da UC (Jorge Coelho) e Instituto Nacional de Engenharia Biomédica - INEB da Universidade do Porto (Pedro Granja, Cristina Barrias e Bruno Sarmento).

IPMA
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o Instituto...

De acordo com o instituto, em risco ‘Muito Elevado’ estão as regiões de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Horta, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Santa Cruz das Flores.

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente continuação de tempo quente com céu geralmente limpo, vento fraco, soprando temporariamente moderado (20 a 30 km/h), de nordeste nas terras altas do norte e centro e de sueste na costa sul do Algarve até final da manhã, e de noroeste durante a tarde no litoral oeste e neblina matinal no litoral a norte do cabo da Roca.

Na Madeira prevê-se céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de muita nebulosidade nas vertentes norte e na ilha do Porto Santo até final da manhã e a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado de nordeste, soprando moderado a forte do quadrante leste em alguns locais das zonas montanhosas até ao início da manhã, pequena subida da temperatura mínima e da máxima.

Para os Açores, está previsto períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos e vento nordeste bonançoso a moderado.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 23 e 26 graus Celsius, no Porto entre 19 e 32, em Braga entre 17 e 29, em Vila Real entre 19 e 35, em Viseu entre 19 e 36, em Bragança entre 16 e 35, na Guarda entre 17 e 32, em Coimbra entre 18 e 38, em Leiria entre 16 e 34, em Castelo Branco entre 23 e 38, em Portalegre entre 24 e 38, em Santarém entre 20 e 41, em Évora entre 19 e 40, em Beja entre 20 e 40, em Faro entre 23 e 33, no Funchal entre 20 e 29, em Ponta Delgada entre 21 e 26, na Horta entre 21 e 27 e em Santa Cruz das Flores entre 20 e 25.

Ministério da Saúde reconhece
O Ministério da Saúde reconheceu mais instituições hospitalares como centros de referência para o cancro do reto, o hepatobilio...

Segundo um despacho publicado hoje em Diário da República, esta classificação visa “retomar e dar um novo impulso ao processo de reconhecimento pelo Ministério da Saúde” dos centros de referência.

Criados pelo anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi já nos últimos dias do seu mandato que foram conhecidos os primeiros centros de referência, criados para as áreas da epilepsia refratária, da onco–oftalmologia, da paramiloidose familiar, do transplante pulmonar, do transplante do pâncreas e do transplante hepático.

A 11 de março, foram anunciadas mais 13 áreas prioritárias, para as quais foi reconhecido um alargado número de instituições como centros de referência, seguindo assim a proposta da Comissão para o reconhecimento de Centros de Referência.

Estas áreas foram a cardiologia de intervenção estrutural, cardiopatias congénitas, doenças hereditárias do metabolismo, epilepsia refratária, oncologia de adultos-cancro do esófago, oncologia de adultos - cancro do testículo, oncologia de adultos - sarcomas das partes moles e ósseos, oncologia de adultos - cancro do reto, oncologia de adultos - cancro hepatobilio-pancreático, oncologia pediátrica, transplantação renal pediátrica, transplante de coração, transplante rim–adultos.

No despacho hoje publicado, são indicados os centros de referência para as áreas de oncologia de adultos (cancro do reto, cancro hepatobilio/pancreático e cancro do esófago), doenças hereditárias do metabolismo, transplante de rim e de coração (adultos).

Na área de oncologia de adultos (cancro do Reto) foram reconhecidos o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, o Hospital Garcia de Orta e o Hospital de Santarém.

Para o cancro hepatobilio/pancreático, em adultos, foi reconhecido o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, a Sociedade Gestora do Hospital de Loures (Hospital Beatriz Ângelo) e o Centro Hospitalar de Leiria.

O cancro do esófago passa a ter também como centro de referência o Centro Hospitalar do Porto, enquanto na área de doenças hereditárias do metabolismo foi reconhecido o Centro Hospitalar de Lisboa Central.

Na área do transplante de Rim (adultos), passa a ser centro de referência o Centro Hospitalar de Lisboa Norte e, no transplante de coração, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, o Centro Hospitalar de São João e o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

Reino Unido
Um homem de 57 anos é a primeira pessoa no Reino Unido a receber um duplo transplante de parte das mãos após um acidente de...

Chris King, da localidade de Doncaster, foi operado no hospital Leeds General Infirmary, no norte de Inglaterra.

O paciente, que, num acidente laboral com uma máquina de prensar, perdeu parte das mãos, com exceção dos polegares, afirmou que já executa algum movimento e qualificou "a doação" como "formidável”.

“Não poderia pedir nada melhor. É melhor que ganhar a lotaria, porque se sente tudo outra vez”, declarou Chris King aos media, sublinhando: “são as minhas mãos, as minhas mãos realmente. O sangue corre por elas. Os meus tendões estão unidos. São meus”.

O médico Simon Kay, especialista em cirurgia plástica, no centro médico de Leeds, foi o responsável pela operação, a primeira em que se transplantou duas mãos a um só paciente.

Segundo o especialista, nesta intervenção existiram outros aspetos a ter em conta, uma vez que não se tratou de órgãos internos.

“Ninguém se importa com o aspeto de um rim, desde que este funcione”, mas no caso das mãos, os especialistas devem considerar a compatibilidade imunológica, bem como a sua adequabilidade, pois estas “são vistas todo o tempo”, afirmou Simon Kay.

O paciente, Chris King, disse acreditar que rapidamente possa vir a segurar uma garrafa de cerveja e desabafou que as mãos parecem terem sido "feitas à medida”.

DIA MUNDIAL DO CÉREBRO
O alerta é deixado pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) que se une ao mote da World Federation of...

“Entre as várias doenças neurológicas que aumentam de prevalência com o envelhecimento salienta-se o acidente vascular cerebral (AVC), que é a doença neurológica mais comum na população mundial neste grupo etário”, refere Patrícia Canhão, neurologista do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e vice-presidente da SPAVC.

“Cerca de 75% dos casos ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. Representa uma das principais causas de mortalidade e é a primeira causa de incapacidade no mundo”, acrescenta.

Referindo-se a Portugal, a especialista afirma que “é pertinente falar de AVC neste Dia Mundial do Cérebro porque o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal e porque existe possibilidade de tratar os doentes com AVC, desde que cheguem rapidamente aos locais adequados para o tratamento”.

Para isso, os doentes ou acompanhantes deverão reconhecer os sinais de AVC (assimetria da face, alteração da fala, diminuição de força num dos membros) e solicitar ajuda imediata, através do número de emergência 112.

“A outra razão de se falar em AVC neste dia é precisamente porque esta doença catastrófica pode ser prevenível. E todas as medidas de prevenção devem ser iniciadas nas pessoas, mesmo ainda quando são jovens. São bem conhecidos os seus fatores de risco: a hipertensão arterial, diabetes, dislipidémia, problemas cardíacos como a fibrilhação auricular, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Muitos destes fatores de risco são modificáveis e tratáveis. Controlar estes fatores de risco previne o AVC”, acrescenta a vice-presidente da SPAVC.

Neste contexto, Patrícia Canhão deixa algumas medidas simples a adotar para manter um “Cérebro Saudável” no indivíduo em envelhecimento, prevenindo algumas das doenças neurológicas mais frequentes no idoso:

- manter-se mental e socialmente ativo;

-  manter atividade física regular;

- adotar uma dieta saudável;

- controlar o peso, a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue;

- não fumar;

- evitar lesões cerebrais traumáticas (exemplo, usar cintos de segurança, capacetes).

Temperaturas elevadas
A Direção-Geral da Saude alertou hoje a população para as elevadas temperaturas que se prevêem para os próximos dias,...

"Estamos preocupados com a população em geral, mas sobretudo com os grupos mais vulneráveis, que podem ter mais suscetibilidade aos efeitos do calor, desinadamente as crianças, as pessoas com mais de 65 anos, os doentes crónicos e quem desenvolve atividade no exterior, sejam estas profissionais ou de lazer", disse à Lusa Andreia Silva, diretora do serviço de prevenção da doença e promoção da saúde da DGS.

A especialista explicou ainda que este alerta serve sobretudo para a população de risco, mas também para a população em geral, tendo em conta a subida brusca das temperaturas, a manutenção durante alguns dias do tempo muito quente e ao facto de as temperaturas mínimas se manterem igualmente elevadas, levando às chamadas "noites tropicais", o que não permite o arrefecimento natural das casas.

"Devemos estar atentos a nós, mas também aos que nos rodeiam, a quem sabemos que pode ter mais suscetibilidade aos efeitos do calor, a idosos que vivam isolados, familiares ou vizinhos que sabemos estar dentro deste grupo de risco", acrescentou.

A DGS aconselha a população a manter o corpo fresco e hidratado, usar roupas largas, procurar sombras e locais frescos ou climatizados com recurso a ar condicionado, usar protetor solar, óculos de sol e chapéus de aba larga.

O tempo quente e seco estará de regresso no fim de semana, com previsão de temperaturas máximas de 39/40 graus e mínimas a rondar os 20, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo o IPMA, as temperaturas mínimas vão subir no sábado e no domingo, ficando próximas dos 20 graus, podendo em algumas regiões ser superiores.

Mitos e Verdades sobre remoção a laser
Hoje, é possível, com o avanço da tecnologia a laser, remover tatuagens de forma segura e eficaz.

As tatuagens passaram a estar na moda, no entanto, são muitos os que se arrependem de as ter feito. Ou porque não ficaram como imaginaram, ou porque o motivo pelo qual as fizeram perdeu o todo seu significado.

A verdade é que, de acordo com um estudo realizado pela Syneron Candela, que incidiu sobre um universo de mais de 30 mil pessoas maiores de 18 anos, 41 por  cento dos inquiridos com tatuagens mostra-se arrependido de as ter feito.

Um em cada sete não gosta da sua tatuagem porque representa uma recordação de um antigo namoro, enquanto 31 por cento afirma que o seu desenho se tornou “ultrapassado e de mau gosto”. Na realidade, o nome de antigos companheiros(as) é citado, neste inquérito, como a tatuagem que mais arrependimentos gerou, seguido das que foram feitas por causa de uma brincadeira ou desafio, e dos tributos a bandas ou celebridades.

Sabe-se que, por estes motivos, a procura pelo procedimento de remoção de tatuagens aumentou mais de 400 por cento, nos últimos 10 anos, só nos Estados Unidos.  Não só graças ao aperfeiçoamento como ao acesso à técnica a laser.

No entanto, ainda existem alguns mitos sobre a remoção de tatuagem que é importante desconstruir. Maria e Filipe Safont da Clínica Clean Ink esclarecem alguns:

Remover uma tatuagem pouco tempo depois de ser feita é prejudicial para a pele.
Verdade. Devemos esperar pelo menos 30 dias para permitir que a pele cicatrize totalmente após a realização da tatuagem.

A remoção é mais eficiente em algumas partes do corpo do que em outras.
Mito. O laser atua de forma constante em qualquer parte do corpo.

Remover uma tatuagem dói.
Mito. Os pacientes descrevem frequentemente uma sensação de “formigueiro” durante a remoção. No entanto, a sensibilidade à dor e a zona a tratar podem aumentar ou diminuir essa sensação.

Não é possível refazer uma tatuagem na pele que passou por uma remoção.
Mito.  É possível voltar a tatuar qualquer zona do corpo após a remoção.

Tatuagens com cor são mais difíceis de remover.
Verdade.  O laser é menos eficaz em algumas cores mas não significa que não seja possível fragmentar esse pigmento específico.

Tatuagens mais pequenas saem numa sessão.
Mito.  São necessárias várias sessões para que o laser fragmente o pigmento de tinta da tatuagem. No entanto, quanto menos tinta existir mais rápida será a remoção da tatuagem.

É mais fácil remover uma tatuagem nova do que uma antiga.
Verdade. Os pigmentos de tinta das tatuagens mais recentes tendem a estar a uma profundidade menor, o que leva a que o laser tenha um desempenho mais eficaz.

Remover uma tatuagem deixa cicatriz.
Mito. Os lasers desenvolvidos para remoção de tatuagens não causam danos na pele nem nas áreas circundantes, já que estão programados para apenas fragmentar os pigmentos de tinta.

Depois de remover uma tatuagem, a pele tratada fica mais clara.
Mito. A pele da zona tratada não é afetada pela ação do laser. Se forem cumpridos todos os cuidados antes e depois das sessões de remoção e evitada a exposição solar directa, não há motivo para o aparecimento de manchas na pele.

Não se pode apanhar sol antes da remoção da tatuagem.
Verdade. Não se pode expor ao sol a zona a tratar nos 30 dias antes da sessão de remoção e 30 dias depois da sessão.

Os equipamentos de depilação também removem tatuagens.
Mito. Os lasers de depilação causam queimaduras permanentes e não devem ser usados na remoção de tatuagens.

Remover tatuagens a laser provoca cancro.
Mito.  Os lasers de remoção de tatuagens são equipamentos médico-estéticos que cumprem todos os requisitos da EU e da FDA. Os lasers emitem uma radiação não-iónica, a mesma que uma lâmpada.

Não é preciso fazer um intervalo entre sessões de remoção.
Mito. É recomendável fazer um intervalo de 4 a 6 semanas entre sessões para permitir que os fragmentos de tinta sejam eliminados e também permitir que a pele recupere totalmente e esteja apta para uma nova sessão. Quanto mais tempo entre sessões, mais tempo têm os macrófagos de eliminar a tinta. Um a dois meses é um tempo mais que aceitável.

Para remover uma tatuagem a laser é necessário anestesia geral.
Mito. É aconselhável a aplicação de creme anestésico tópico na zona a tratar 30 minutos antes da sessão de remoção para minimizar a sensação de formigueiro que a remoção da tatuagem possa causar.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo liderado por um cientista português ajuda a perceber perturbações no cérebro que levam algumas pessoas a não parar de...

"Além de percebermos a fisiologia do que se passa no cérebro, no dia a dia, [este trabalho] dá um nova visão, apoiada pelas doenças neuropsiquiátricas, de como podemos tratar doenças do movimento e doenças psiquiátricas", disse à agência Lusa Rui Costa, do Centro Champalimaud, que liderou a investigação.

As pessoas que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo não conseguem parar de executar certas tarefas motoras, como lavar as mãos, enquanto aquelas afetadas por perturbação de hiperactividade e deficit de atenção, não conseguem sustentar a mesma ação motora, durante muito tempo, explica uma informação hoje divulgada pela Fundação Champalimaud.

Rui Costa descreveu à Lusa o trabalho desenvolvido e que tem como autor principal Fatuel Tecuapleta, agora a trabalhar na Universidade Nacional Autónoma de México, na Cidade do México.

"Há uma grande necessidade de compreender porque decidimos fazer umas coisas e não outras, o que determina a opção por uma ação e não por outra e por parar o que estava a fazer", referiu.

Muitas das doenças que afetam a área do cérebro chamada gânglios da base, explicou, implicam problemas em que as pessoas ficam muito repetitivas a fazer só uma coisa, como as compulsões na doença de autismo, nas adições, ou em que a pessoa está sempre a mudar, como a hiperatividade ou a esquizofrenia.

São duas as vias principais para a obtenção do movimento nestes casos: uma via direta e uma via indireta, e os especialistas pensavam que a via direta era para fazer o movimento e a indireta para parar, como se "uma fosse o acelerador e a outra o travão".

Mas, salientou Rui Costa, afinal, "uma é a que está a dizer o que fazer e a outra aprova ou não" e são as duas necessárias.

Em caso de existir um problema, como a hiperatividade, "a pessoa gostava de se focar e continuar a fazer a atividade, mas, de repente, o cérebro está sempre a mudar, não consegue focar-se ou ter atenção a uma só coisa" e, neste caso, "pensamos que a via indireta está perturbada", explicou o cientista do Centro Champalimaud.

Ao contrário, nas doenças em que há compulsão, adição ou comportamento repetitivo e a pessoa não consegue parar, "a via direta estaria a dizer vou continuar a fazer isto e a via indireta não consegue vetar", continuou.

Assim, o estudo permite concluir que, em vez de um acelerador e de um travão, existiria um proponente e um aprovador.

"É um desequilíbrio entre a atividade" destas duas vias e "a nossa esperança é que modificações subtis desse equilíbrio possam restabelecer" a normalidade, resumiu o cientista, que vai continuar o trabalho para perceber o funcionamento do cérebro, mas também vai, "provavelmente em colaboração com farmacêuticas, tentar perceber como é que se consegue usar isto para melhorar terapias".

Centro Hospitalar de Lisboa Central
O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) garantiu hoje que desde o final de dezembro de 2015 assegura “de forma...

Em resposta à agência Lusa, a propósito da deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que detetou falhas no atendimento de um jovem que morreu sem a necessária cirurgia a um aneurisma roto, por inexistência de equipas ao fim de semana, o CHLC recordou que desde final de dezembro de 2015 assegura “o tratamento destas situações de forma ininterrupta”.

Esta unidade de saúde integra, desde 01 de fevereiro deste ano, “a Urgência Metropolitana de Lisboa – Modelo para o Doente Neurovascular - que determinou a reorganização da oferta de cuidados de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito da Via Verde do AVC e na resposta a situações de urgência de patologias do Sistema Nervoso Central de etiologia vascular que ocorrem em toda a zona sul do País, através do estabelecimento de uma rede/parceria de quatro Unidades Hospitalares desta região”.

“Estas unidades possuem os recursos humanos e materiais necessários para, de forma articulada, assegurarem a disponibilidade permanente – 24 horas por dia, 365 dias por ano - dos recursos exigíveis face à natureza não programável, imprevisível e flutuante da incidência destas patologias”, prossegue a resposta do CHLC.

No seguimento da deliberação da ERS, este regulador instruiu o CHLC no sentido de este “implementar, atualizar ou introduzir as alterações tidas por adequadas nos procedimentos atinentes ao serviço de urgência” para “garantir, a todo o momento, que aqueles são aptos a assegurar de forma permanente e efetiva o acesso aos cuidados de saúde” e “em tempo útil”.

Isto “independentemente de se tratar de prestação de cuidados de saúde no decorrer do normal funcionamento do serviço, como, em especial, no decurso de fins de semana e feriados”, lê-se na instrução.

A cirurgia de que David Duarte necessitava não foi realizada por não existirem equipas organizadas para atendimento ao fim de semana, tendo sido adiada para segunda-feira, não tendo chegado a realizar-se, por morte do utente.

Lisboa
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) vai monitorizar a atuação de uma clínica da unidade de hemodiálise Diaverum onde seis...

Uma deliberação da ERS, publicada hoje, visou averiguar as circunstâncias em que os seis doentes foram infetados com o vírus da hepatite C na clínica da Diaverum, em Lisboa, e avaliar se a empresa “cumpre os normativos referentes às medidas gerais de controlo de infeção, em geral, e no que toca à infeção do vírus da hepatite C, em especial”.

A ERS recorda que, entre 19 de outubro e 29 de outubro de 2015, foi dado conhecimento da existência de seis doentes infetados com hepatite C durante a realização de hemodiálise naquela unidade.

O regulador constatou “não conformidades que podem pôr em causa a prevenção da transmissão de infeções nos doentes”, entre as quais o facto de o único equipamento de proteção individual utilizado serem as luvas e as viseiras.

“De acordo com as normas de prevenção de infeção devem ser usadas também batas descartáveis e/ou avental aquando dos procedimentos aos doentes”, lê-se no relatório.

Apesar do plano de higiene determinar que o chão deve ser lavado no final de cada turno nas salas de tratamento (preferencialmente após a saída dos doentes da sala) e nas outras áreas uma vez por dia, a ERS verificou que “não se aguarda pelo término do turno para se limpar determinadas zonas da sala e até se verificou que antes do turno da tarde terminar havia já máquinas com circuitos montados, o que pode facilmente ser contaminado pela existência de utentes na sala em tratamento”.

A preparação da heparina também não esteve totalmente de acordo com os procedimentos, como a existência de “um frasco de heparina aberto e já consumido em cerca de três quartos na caixa das heparinas novas, o que vai contra o procedimento apresentado pela entidade”.

Segundo a ERS, do alegado pelo prestador em sede de audiência dos interessados não resultou eliminada a necessidade de adequação do comportamento.

Por esta razão, o regulador instruiu a empresa no sentido desta “atualizar ou introduzir as alterações tidas por adequadas nos procedimentos já implementados, atinentes à prevenção e controlo de infeções”.

O objetivo é garantir que os procedimentos “estão em conformidade com as regras e orientações aplicáveis em matéria de controlo de infeções e segurança do utente e são aptos quer a assegurar de forma permanente e efetiva a prestação de cuidados de saúde de qualidade, quer a assegurar o respeito pelos direitos e legítimos interesses dos utentes”.

A empresa deve ainda “adotar todas as diligências tidas por necessárias e adequadas no que toca à organização e funcionamento das unidades de diálise, no sentido de os conformar com as regras e orientações aplicáveis”.

A ERS vai ainda abrir “um processo de monitorização para acompanhamento da atuação futura da Diaverum” para garantir que esta “se coaduna com as regras e orientações, a cada momento aplicáveis, em matéria de controlo de infeções e segurança do utente”.

IPMA
Onze distritos de Portugal continental vão estar sob ‘Aviso Amarelo’ entre sábado e segunda-feira, devido ao tempo quente, com...

De acordo com o IPMA, os distritos de Évora, Porto, Setúbal, Santarém, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga vão estar sob ‘Aviso Amarelo’ entre as 09:00 de sábado e as 06:00 de segunda-feira devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O 'Aviso Amarelo' é o terceiro mais grave numa escala de quatro e significa "risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica".

Na quinta-feira, a meteorologista do IPMA, Cristina Simões adiantou à agência Lusa que a partir do fim de semana as temperaturas máximas vão voltar a subir, podendo atingir os 39/40 graus Celsius.

“A partir do fim de semana, as temperaturas máximas voltam a subir, atingindo os 39/40 graus Celsius no interior e até no vale do Tejo vão estar acima de 37. Vamos ter no sábado e no domingo céu pouco nublado ou limpo, vento a soprar mais intenso no litoral e nas terras altas, podendo atingir os 30/35 quilómetros por hora no litoral, em especial durante a tarde”, adiantou.

Segundo Cristina Simões, as temperaturas mínimas vão subir no sábado e no domingo, ficando próxima dos 20 graus, podendo em algumas regiões ser superiores.

“No fim de semana vamos ter noites quentes, tropicais”, referiu.

No que diz respeito ao início da semana, Cristina Simões indicou que as temperaturas deverão baixar na segunda-feira no litoral e terça-feira no interior.

Páginas