Estudo
Uma equipa de investigadores da École Normale Supérieure, em Paris, incluindo a portuguesa Mariana Babo-Rebelo, concluiu que...

"Há uma interação entre o cérebro e o coração, que define o sujeito", sustentou Mariana Babo-Rebelo, a finalizar o doutoramento no Laboratório de Neurociências Cognitivas da École Normale Supérieure.

Para chegar a esta conclusão, a equipa, liderada pela cientista Catherine Tallon-Baudry, socorreu-se da magnetoencefalografia, técnica que permite mapear a atividade do cérebro através da medição dos minúsculos campos magnéticos produzidos por correntes elétricas dos neurónios (células cerebrais).

Vinte jovens saudáveis, entre os 18 e os 30 anos, foram submetidos a esta técnica. Enquanto olhavam para um ecrã, os seus pensamentos eram, de vez em quando, interrompidos por um sinal, um 'flash', que aparecia nesse ecrã.

Os investigadores pediram, depois, aos participantes, para que se lembrassem do pensamento que tinham tido antes de serem interrompidos pelo 'flash' e para dizerem se o pensamento se relacionava com eles próprios.

A equipa analisou a atividade do cérebro durante os pensamentos que os participantes tiveram nos dois segundos que antecediam os 'flash' no ecrã.

Posteriormente, mediu a resposta do cérebro ao batimento cardíaco.

"A cada batimento cardíaco, o coração envia um sinal elétrico para o cérebro, que responde a esse sinal. Uma resposta da qual podemos medir a amplitude", assinalou Mariana Babo-Rebelo, que realizou o seu mestrado no laboratório do neurocientista português António Damásio, nos Estados Unidos.

O grupo de investigação da École Normale Supérieure avaliou os sinais emitidos por dois batimentos cardíacos antes de cada 'flash' e a atividade produzida pelos neurónios a seguir a cada um dos batimentos.

Mariana Babo-Rebelo explicou que, "enquanto o sinal cardíaco é o mesmo, não havia aceleração", o sinal cerebral é diferente. "Quanto mais amplo, mais a pessoa está a pensar em si", advogou.

Para a investigadora, o estudo é "mais um passo para a compreensão da 'consciência de si'".

A equipa propõe-se desenvolver novas experiências para confirmar os resultados obtidos e estudar a interação do cérebro com outros órgãos, nomeadamente o intestino, que, segundo Mariana Babo-Rebelo, "pode estar a participar" na definição da consciência da pessoa.

Além disso, os cientistas querem aferir se, por exemplo, existe alguma alteração nesta interação em doentes depressivos e esquizofrénicos, em que a noção de consciência de si próprios diverge.

Os resultados da investigação foram divulgados na publicação científica The Journal of Neuroscience.

Apelo
O presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Helder Trindade, apelou hoje aos portugueses com tipo de...

Helder Trindade ressalvou que, “neste momento, quer em termos nacionais, quer em termos do IPST”, as reservas de sangue estão “estáveis” e “são confortáveis”, com “mais de sete a dez dias, para a maior parte dos grupos” sanguíneos.

Contudo, como “o mês de agosto é complicado para a colheita”, “aproveito para deixar este alerta aos dadores que são A- e 0-“, que são os dois grupos problemáticos, disse Helder Trindade aos jornalistas, no final de uma visita ao centro de transplantação do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde acompanhou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

O apelo aos dadores não regulares, para que “aproveitem esta época de verão para fazer as suas dádivas, permitirá que os doentes tenham o verão com a sua doença, mas sem correr mais riscos, [e] o ISPT esteja tranquilo”, assim como os hospitais, sublinhou.

“Diria que estamos bem - acrescentou Helder Trindade -, mas, no sangue, temos de manter sistematicamente este alerta e, sobretudo, em relação a estes dois grupos”, concluiu.

Transplantes
Portugal está a realizar mais transplantes renais do que os novos doentes que entram em lista de espera, o que vai ...

Este ano já foram realizados em Portugal, 278 transplantes renais, 155 transplantes hepáticos, 16 transplantes de pâncreas, nove de pulmão e 20 de coração, adiantou Ana França, no final de uma visita ao Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação, do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde acompanhou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

Segundo Ana França, esta resposta visa “fazer diminuir as listas de espera”, essencialmente dos doentes renais e hepáticos.

No final de dezembro, havia 158 doentes à espera de um transplante de fígado, tendo sido realizados 155 nos primeiros seis meses do ano, “o que quer dizer que a resposta está dada em relação à lista de espera que havia”, sublinhou.

“Em relação ao transplante renal, estamos a melhorar”, disse Ana França, salientando: “Estamos a ter mais transplante dos que os novos doentes que entram em lista de espera, o que vai contribuindo progressivamente para a sua diminuição”.

Também a resposta à transplantação hepática “é perfeitamente adequada às necessidades”.

Relativamente ao número de dadores de órgãos, Ana França disse que foram 189, no primeiro semestre, mais 17% face ao período homólogo do ano passado.

“Em termos de colheita de órgãos, temos mais 14%”, tendo sido transplantados 478 órgãos, mais 22%.

No final da deslocação, o secretário de Estado da Saúde disse que a visita visou dar “um sinal de apoio e de reconhecimento” ao trabalho realizado no hospital, ao nível da transplantação, um dos setores que mais se desenvolveu nos últimos anos em Portugal.

“Nos últimos quatro anos houve uma diminuição sensível dos transplantes em todas as áreas, mas este ano, até com nossa surpresa, porque não se esperaria um desenvolvimento tão robusto da transplantação em Portugal, nós temos resultados espantosos”.

Como razões para estes resultados, Manuel Delgado apontou “a qualidade da recolha de órgãos” e o trabalho feito pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, a coordenadora nacional da transplantação e a equipa clínica.

“Este centro faz mais de 55% dos transplantes de fígado realizados em Portugal”, salientou.

O coordenador do centro de transplantação, Américo Martins, adiantou à Lusa que foram realizados 90 transplantes no hospital este ano, quando nos anos anteriores eram, em média, 60.

“Estamos a fazer 120, a 130 transplantes anualmente nos últimos quatro anos”, disse o médico.

Para estes resultados, foi determinante o “aumento significativo dos dadores” de fígado, um órgão que “não tem idade”.

“O fígado pode durar 120 a 130 anos, o corpo da pessoa é que não vive”, disse, explicando que uma pessoa de 90 anos, se tiver o fígado a funcionar bem, pode ser dador”.

As listas de espera também diminuíram: Enquanto há três ou quatro anos, tínhamos 120, 130 pessoas em lista de espera, agora temos cerca de 40 a 50, disse o médico

O secretário da Saúde destacou ainda os resultados obtidos com o novo tratamento para a hepatite C, uma das causas da cirrose de fígado que leva à necessidade de um transplante.

Segundo Manuel Delgado, o custo do tratamento é elevado para o Estado, (entre 40 a 100 mil euros por doente tratado), mas “os resultados têm sido muito positivos”, com um nível de cura na ordem dos 95,97% dos casos.

“Temos cerca de 7.000 doentes que iniciaram a nova terapêutica, dos quais 3.000 ficaram curados. Apenas 122 não tiveram cura e mantêm outro tipo de terapêuticas”, sustentou.

“É um esforço brutal”, mas o objetivo é “erradicar a hepatite C em Portugal”, rematou.

Transgéneros
Com o objectivo de retirar as pessoas transgénero da classificação de transtornos mentais da OMS (Organização Mundial da Saúde)...

O estudo, publicado na revista britânica The Lancet Psychiatry, foi apresentado no México por autoridades sanitárias e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa, informaram, é a primeira de várias que já estão a ser feitas no Brasil, França, Índia, Líbano e África do Sul, e que serão apresentadas em 2018 na discussão da 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da OMS, que serve como referência médica para os países-membros.

Esta reclassificação não só vai promover a discussão de novas políticas de saúde para que a comunidade trans tenha melhores acessos aos serviços de saúde e atenção, mas também pode ajudar a reduzir o estigma e a rejeição de que são vítimas.

A pesquisa demonstra que as questões psiquiátricas na população transexual são produto da violência e discriminação que sofrem e não, como se classifica actualmente, produto da sua transexualidade.

«Se não é uma doença agora, então ocorre que nunca foi, que fique claro, não é que antes fosse uma doença e agora não é mais», explicou Eduardo Madrigal, presidente da Associação Mexicana de Psiquiatria.

O estudo de campo consistiu em 260 entrevistas com adultos (maiores de 18 anos) transgénero que recebem atenção médica na clínica especializada Condesa, que trata exclusivamente doenças de transmissão sexual.

A presidente do Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação, Alexandra Haas, afirmou que «é problemático que se assuma a identidade trans como patologia».

«Pensar a identidade como uma doença obriga-nos a procurar uma cura, e em vez disso os esforços institucionais devem focar-se em reconhecer a diversidade, promover a inclusão e garantir os direitos», acrescentou.

Pesquisa aponta
Um novo estudo feito por cientistas brasileiros mostra que um composto encontrado no chá verde (Camellia sinensis) é capaz de...

A substância, epigalocatequina galato (EGCG), é um polifenol conhecido por inibir a actividade de diversos vírus. Segundo os autores, o estudo foi o primeiro a mostrar a acção do composto no vírus da zika, indicando que a droga pode ser, no futuro, uma opção para a prevenção das infecções.

A pesquisa, publicada na revista científica Virology, foi realizada por cientistas do Laboratório de Estudos Genómicos da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em São José do Rio Preto, e do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).

De acordo com a autora principal do estudo, Paula Rahal, professora de Unesp e membro da Rede Zika - uma equipa criada por cientistas paulistas para combater a epidemia -, o estudo demonstrou que a EGCG de facto bloqueia a entrada do vírus em células.

«Essa substância já é utilizada para inibição de outros vírus, como hepatite C, influenza e HIV. O objectivo da pesquisa era fazer os mesmos testes para o vírus da zika. Confirmamos que realmente bloqueia a infecção, sem produzir efeitos tóxicos nas células», disse a investigadora.

Segundo ela, os testes duraram cerca de seis meses. Composto natural encontrado no chá verde, a EGCG foi isolada pelos cientistas e aplicada numa linhagem de células amplamente usadas para testes in vitro.

«A redução da infecção nos testes in vitro foi muito satisfatória. Vamos seguir nessa linha de pesquisa. O próximo passo é testar a eficácia da EGCG em animais», disse Paula, cuja linha de pesquisa principal tem foco em inibidores de infecções virais de vários tipos.

Prevenção do cancro da mama
Investigadores portugueses do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) vão ser financiados por uma...

Em declarações à Lusa, uma das responsáveis pela formação, Ana Barros, indicou que é "habitual" para Portugal "importar modelos de educação de países anglo-saxónicos, mas o inverso não é muito comum", embora existam no país "muitas experiências com excelentes resultados".

A formação, baseada também ela num modelo português, é financiada pela fundação Susan G. Komen, organização dedicada à prevenção e diagnóstico do cancro da mama, e tem por base uma abordagem já anteriormente testada em Portugal, que tira partido do potencial da comunidade escolar na promoção de uma literacia em saúde.

De acordo com o coordenador do projeto - do qual ainda faz parte Luís Moreira -, Filipe Santos Silva, "ficou demonstrado, claramente, um marcante impacto a nível da literacia e das competências dos professores", que se traduziu "em campanhas de prevenção com efeito direto no conhecimento dos alunos".

Alzheimer
Um novo composto que levou 30 anos a desenvolver foi anunciado como o mais eficaz de sempre. Mas há quem esteja cético.

A LMTX, uma nova droga contra o Alzheimer para a qual já estão a decorrer ensaios clínicos em fase final, foi apresentada esta quarta--feira como "promissora" na conferência internacional da Alzheimer Association, em Toronto. "Os nossos resultados não têm precedentes, comparados com quaisquer outros", afirmou o investigador Claude Wishik da Universidade de Aberdeen, na Escócia, e cofundador da farmacêutica TauRx, que desenvolveu a LMTX.

Os dados são ainda preliminares, mas de acordo com Claude Wishik os doentes que foram tratados exclusivamente com aquela droga ao longo de 15 meses evidenciaram uma "redução significativa da progressão da doença", com "retardamento do declínio cognitivo" e com resultados compatíveis nas imagens de ressonância magnética, que mostraram "uma redução entre 33% e 38% da progressão da atrofia cerebral nestes doentes". As boas notícias, porém, acabam aqui. Tomada em combinação com outras drogas, a LMTX não mostrou qualquer efeito, o que levou muitos a olhar com alguma reserva para os dados.

"Tenho de confessar que os resultados que nos foram apresentados são sobretudo um desapontamento", afirmou o neurologista David Knopman, da Mayo Clinic, citado no New York Times.
Os dados apresentados em Toronto por Claude Wishik foram tratados de forma oposta na imprensa britânica e americana. No Reino Unido, onde a droga foi desenvolvida nas últimas três décadas, a LMTX foi apresentada como a mais eficaz até hoje contra o Alzheimer. Nos Estados Unidos, a visão dominante foi a do desapontamento. No press realease divulgado pela própria farmacêutica está escrito que "o estudo falha uma das suas metas, uma vez que a LMTX, enquanto coterapia, não mostra quaisquer benefícios".

Mecanismos misteriosos

O ensaio clínico de fase III cujos resultados foram agora apresentados envolveu um total de 891 doentes com sintomas entre ligeiros e moderados. Durante 15 meses, o grupo maior de doentes fez uma terapia combinada com LMTX e outras drogas, um outro grupo de apenas 15 por cento dos doentes fez uma terapia só com a nova droga e um terceiro grupo tomou um placebo.

A droga só mostrou os efeitos positivos descritos por Claude Wishik no grupo de 15% dos doentes que foram exclusivamente tratados com a nova droga. Em todos os outros a doença progrediu sem retardamento visível dos sintomas.

Doença neurodegenerativa progressiva e sem tratamento, o Alzheimer continua a ser uma doença misteriosa e, apesar das muitas drogas e progressos tantas vezes anunciados para novas terapias, até hoje nunca foi possível desenvolver um medicamento eficaz, capaz de anular as causas e os mecanismos da doença.

"Até agora só tem sido possível agir sobre os sintomas", explica o neurologista Lopes Lima, da Universidade do Porto, sublinhando que "as drogas que existem neste momento só conseguem atrasar a perda de memória e manter mais tempo os doentes autónomos, porque a evolução da doença continua". Em média, com esses medicamentos, há um prolongamento em 20% a 30% do período em que os doentes mantêm a qualidade de vida, o que tem que ver com o retardamento dos sintomas.

Na prática, não se conhece exatamente o mecanismo que desencadeia a doença. Os estudos mostram que há dois processos envolvidos: um deles tem que ver com a formação no cérebro de placas de uma proteína chamada beta-amiloide que destroem os neurónios; o outro envolve outra proteína, a tau, que também se acumula no cérebro com um efeito destrutivo similar. Nas últimas décadas, a busca de compostos capazes de evitar as placas da primeira das duas proteínas pareceu muitas vezes ter conseguido resultados promissores, mas eles nunca se cumpriram.

Já a farmacêutica britânica TauRx, como outras, decidiu investir na busca de um composto capaz de contrariar a acumulação das proteínas tau no cérebro. Os resultados mais recentes dessa busca foram agora divulgados. Claude Wishik diz não saber por que motivo a coterapia com a LMTX não funcionou e diz que os ensaios vão prosseguir e que haverá novos resultados no final do ano.

O neurologista Lopes Lima concorda que estes "não são ainda resultados para grandes entusiasmos". Considera que "é importante"o facto de a ressonância magnética mostrar nos doentes tratados apenas com a LMTX "uma atrofia menos marcada" , mas mostra-se prudente: "Estamos a falar de morfologia, pode não ter um significado direto."

Estudo
Mulheres que começam a menstruar e entram na menopausa mais tarde podem ter mais probabilidades de chegar aos 90 anos, segundo...

O trabalho é o primeiro a associar factores reprodutivos com a sobrevivência até uma idade específica, e foi publicado na revista Menopause. Para chegar à conclusão, os pesquisadores contaram com dados de 16 mil mulheres de etnias diferentes, acompanhadas durante 21 anos.

Os resultados mostram que as jovens que tiveram a menarca, ou seja, a primeira menstruação com 12 anos ou mais, bem como as que entraram na menopausa com 50 anos ou mais apresentaram uma probabilidade de 55% de sobreviver até aos 90. Em geral, quem menstrua mais cedo tende a entrar na menopausa mais cedo também.

A equipa também constatou que as mulheres que menstruaram mais tarde tiveram menos propensão para certos problemas de saúde, como doença arterial coronária, diabetes e tabagismo. Os autores explicam que o tabaco causa danos ao sistema cardiovascular e reprodutor, o que pode resultar numa menopausa antecipada.

Outros estudos já haviam associado a menarca precoce à propensão maior a certas doenças, por isso vale a pena ficar atento ao assunto, uma vez que a puberdade precoce é cada vez mais comum na nossa sociedade.

 

Todas as regiões do país
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o Instituto...

Segundo o instituto, as regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Horta, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores estão hoje com níveis ‘Muito Elevado’.

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral até meio da manhã, com aumento temporário, durante a tarde, de nebulosidade nas regiões do interior Norte e Centro, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros dispersos.

Está também previsto vento fraco, soprando temporariamente moderado, do quadrante leste nas terras altas e na costa sul do Algarve até final da manhã e de noroeste no litoral a norte de Sines durante a tarde, possibilidade de ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal no litoral e pequena descida da temperatura máxima no litoral oeste.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas e vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte nas terras altas até meio da manhã.

Para os Açores, a previsão aponta para céu geralmente pouco nublado, possibilidade de aguaceiros fracos e vento fraco a bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 19 e 31 graus Celsius, no Porto entre 17 e 26, em Vila Real entre 20 e 36, em Viseu entre 21 e 36, em Braga entre 17 e 35, em Bragança entre 19 e 37, na Guarda entre 21 e 33, em Coimbra entre 16 e 31, em Castelo Branco entre 21 e 37, em Portalegre entre 22 e 36, em Santarém entre 16 e 36, em Évora entre 18 e 38, em Beja entre 20 e 36, em Faro entre 21 e 29, no Funchal entre 20 e 24, em Ponta Delgada entre 20 e 25, na Horta entre 20 e 27 e em Santa Cruz das Flores entre 20 e 25.

Lisboa
O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem uma taxa de sucesso nos tratamentos da hepatite C de 96,5%, superior à média nacional...

Segundo dados revelados hoje à agência Lusa, pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), Carlos Martins, foram ou estão a ser submetidos a tratamento cerca de 950 doentes com hepatite C e 804 deles já se encontram curados.

O Hospital de Santa Maria, que integra o CHLN, já tratava a esmagadora maioria dos doentes com hepatite C com tratamentos inovadores em Portugal, mesmo antes do acordo alcançado em fevereiro de 2015, entre o Estado e a indústria farmacêutica.

Aliás, até esse acordo ser assinado, o CHLN tinha em tratamento, com fármacos inovadores, 84 doentes, 50 deles no âmbito de ensaios clínicos, ao abrigo de protocolos com a indústria farmacêutica.

“O CHLN tem estado sempre na linha da frente em termos do tratamento com inovação da hepatite C. Continuamos a ser a unidade hospitalar que mais doentes trata e que tem tido o maior sucesso em termos de resolução do problema da hepatite C”, afirmou Carlos Martins.

O presidente do Centro Hospital, que integra o maior hospital do país, lembra ainda que o tratamento da hepatite C é também um contributo para a economia nacional e para a sociedade: “Cada doente que tratamos com sucesso é um cidadão que devolvemos à vida ativa do país, alguns deles empresários que retomaram a sua atividade profissional. Além do sucesso e da felicidade pessoal, é também um contributo à sociedade e à economia”.

Na quarta-feira, a Lusa divulgou os dados nacionais dos doentes em tratamento para a hepatite C, tendo sido já iniciado tratamento mais de 7.800 utentes, com, pelo menos 3.000 considerados já curados.

Estudo
Caminhar ou pedalar uma hora por dia anula os riscos para a saúde de estar oito horas sentado, revela hoje uma série de estudos...

Divulgada pela revista The Lancet nas vésperas dos Jogos Olímpicos, que decorrem em agosto no Rio de Janeiro, a série de quatro estudos científicos conclui que foi parco o progresso no combate à inatividade física desde as últimas olimpíadas, há quatro anos, e hoje um quarto dos adultos e 80% dos adolescentes não cumpre as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No primeiro estudo a calcular o peso económico global da inatividade física, os investigadores estimam em que os custos desta epidemia - em cuidados de saúde e em perda de produtividade - sejam pelo menos de 67,5 mil milhões de dólares, o equivalente ao Produto Interno Bruto da Costa Rica em 2013.

A inatividade física está ligada a um risco aumentado de doença cardíaca, diabetes e alguns cancros e está associada a mais de cinco milhões de mortes por ano.

Numa análise de 16 estudos científicos que acompanharam mais de um milhão de pessoas ao longo de períodos entre dois e 18 anos, os investigadores concluíram que fazer pelo menos uma hora de atividade física por dia - como caminhar depressa ou andar de bicicleta por prazer - pode eliminar o risco acrescido de morte associado a estar sentado durante oito horas diárias.

"Tem havido muita preocupação com os riscos para a saúde associados aos atuais estilos de vida mais sedentários. A nossa mensagem é positiva: é possível reduzir - ou até eliminar - estes riscos se formos suficientemente ativos, mesmo sem ter de fazer desporto ou ir ao ginásio", disse o principal autor do estudo, Ulf Ekelund, da Escola Norueguesa das Ciências do Desporto e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Citado num comunicado da revista The Lancet, o investigador lembra que para muitas pessoas, que vão de transportes para o trabalho e têm empregos de escritório, "não há como escapar a estar sentado por longos períodos".

"Para essas pessoas em particular, não podemos sublinhar demasiado a importância de fazer exercício, seja fazendo uma caminhada à hora do almoço, seja correndo de manhã, seja indo de bicicleta para o trabalho. Uma hora de atividade física por dia é o ideal, mas se isso for impossível, pelo menos fazer algum exercício todos os dias ajuda a reduzir o risco", afirmou.

No estudo, os investigadores classificaram as pessoas em quatro grupos de dimensões iguais, de acordo com o seu nível de atividade - menos de cinco minutos por dia para os menos ativos e até 60 ou 75 minutos diários para os mais ativos.

As pessoas que estavam sentadas oito horas por dia mas eram fisicamente ativas tinham muito menos risco de morte do que as pessoas que passavam menos horas sentadas mas eram menos ativas.

O estudo sugere que a atividade física é particularmente importante, independentemente do número de horas que passamos sentados.

De facto, o risco acrescido de morte associado a estar sentado oito horas por dia foi eliminado nas pessoas que fizeram um mínimo de uma hora de atividade física por dia e o maior risco registou-se nas pessoas que ficam sentadas por maiores períodos e são mais inativas.

As recomendações da OMS apontam para um mínimo de 150 minutos de atividade física por semana para os adultos, o que fica muito abaixo dos 60 a 75 minutos diários identificados neste estudo.

O estudo também analisa o tempo passado em frente à televisão, num subgrupo de cerca de 500 mil pessoas e conclui que ver televisão por três horas diárias ou mais está associado a um aumento da mortalidade, independentemente da atividade física, exceto no grupo dos mais ativos, onde o risco de morte está significativamente aumentado apenas naqueles que vêm cinco ou mais horas de televisão por dia.

"A atividade física atenua, mas não elimina o risco associado a um tempo elevado a ver televisão", escrevem os autores do estudo, que explicam que esta forma específica de sedentarismo pode estar associada a um estilo de vida menos saudável.

O risco acrescido pode também dever-se ao facto de as pessoas normalmente verem televisão à noite, o que pode afetar o seu metabolismo, ou ao hábito de comer enquanto se vê televisão.

Os investigadores alertam que o estudo inclui sobretudo pessoas com mais de 45 anos dos EUA, Europa ocidental e Austrália, pelo que poderá não representar outras populações.

Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia
A Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia (SPG) defende que todas as pessoas realizem “pelo menos uma vez na vida” o teste à...

A propósito do Dia Mundial das hepatites Víricas, que se assinala hoje, o presidente da SPG lembrou que esta organização já há alguns anos defende a realização de um rastreio à infeção pelo vírus da hepatite C.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) veio também agora defender a realização de um rastreio, tal como nós temos vindo a fazer”, disse José Cotter.

Ao nível mundial, lembrou o especialista, existem 400 milhões de pessoas infetadas com os vírus da hepatite B e C, das quais entre 130 a 150 milhões com hepatite c.

“São números muito assustadores e têm de ter uma grande preocupação da comunidade médica, porque estas infeções deterioram a qualidade de vida das pessoas, mas estas infeções crónicas também levam a estadios terminais de cirrose e de cancro do fígado”, adiantou.

Em 30 a 40 por cento dos casos com infeção por hepatite c mal tratada, a situação evolui para cirrose e, destes, cerca de 10 a 40 por cento terá cancro do fígado.

Em Portugal, segundo José Cotter, deverão existir 150 mil pessoas infetadas com o vírus da hepatite C, sendo que a incidência da hepatite B diminuiu desde que a vacina foi integrada no programa nacional de Vacinação.

No caso da hepatite B o tratamento que existe “raramente é curativo”, ao contrário da hepatite C contra a qual os fármacos de última geração conseguem a cura da doença em cerca de 95 por cento dos casos.

De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a 01 de julho existiam 7.840 tratamentos iniciados.

Do total de utentes que já finalizaram o protocolo de tratamento, 3.005 encontram-se curados e há 122 doentes dados como não curados.

“Há expetativas enormes com este tratamento. Já se fala da erradicação da doença, mas é fundamental uma estratégia”, disse José Cotter.

Essa estratégia passa pela prevenção, a começar no ambiente escolar, pela realização de pelo menos uma análise por ano à infeção pelo vírus da hepatite C e à prevenção de comportamentos de risco, disse.

José Cotter alertou para áreas onde o tratamento não está a chegar devidamente, como as cadeias e os consumidores de drogas injetáveis.

“É preciso entrar no tratamento destes doentes, nas prisões. Mas é preciso uma estratégia”, acrescentou.

A jusante do tratamento, o presidente da SPG considera que se deve começar a pensar em unidades paliativas e o acompanhamento da resposta do programa de transplantes.

Vírus da Hepatite afetam milhões
Para assinalar o Dia Mundial das Hepatites, o especialista em Doenças Infecciosas, Luís Tavares, fal

O fígado é um órgão único, composto por células, os hepatócitos, correspondendo a inflamação, e, a eventual morte destas células, ao que genericamente se designa por hepatite.

Os processos inflamatórios, e morte celular, presentes numa hepatite condicionam a formação de vários graus de fibrose, sendo a cirrose, a forma mais avançada. Alguns doentes poderão desenvolver complicações graves da cirrose como a insuficiência hepática e o carcinoma hepatocelular.

As hepatites têm etiologias muito diversas podendo ser causadas por: produtos químicos, drogas (incluindo, aqui, alguns dos chamados medicamentos naturais), medicamentos, plantas, bactérias, vírus e tóxicos como, por exemplo e em particular, o álcool. Algumas doenças autoimunes, nas quais o sistema imunitário deixa de reconhecer as próprias células produzindo anticorpos contra elas, evoluem, muitas das vezes, também, com quadros de hepatite que apresentam graus de gravidade variável.

O diagnóstico precoce das hepatites é muito importante dado que a suspensão do agente causador e/ou o início de um de tratamento específico pode evitar a evolução para cirrose e para a insuficiência hepática.

Os vírus são agentes etiológicos relevantes, quer pela sua frequência, quer pela potencial gravidade, quer por questões epidemiológicas, de casos de hepatite.

São diversos os vírus que podem causar hepatite no decurso de doença sistémica, como por exemplo o Vírus da Febre Amarela, o Vírus do Dengue ou o Citomegalovírus.

Todavia, associamos à designação de hepatite vírica, a causada apenas pelos vírus que apresentam um tropismo preferencial para o fígado.

Assim, existem seis tipos diferentes de vírus da hepatite: Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, Hepatite D, Hepatite E e Hepatite G e, apesar de todos causarem hepatite, são muito diferentes entre si, por exemplo, o ponto de vista genético o Vírus da Hepatite C é muito mais similar ao vírus do Dengue do que a qualquer outro dos vírus da hepatite.

As hepatites virais são também infeções ou doenças muito diferentes entre si, com tratamentos e prognósticos específicos e distintos pelo que se torna imprescindível um acompanhamento médico especializado.

Coletivamente os Vírus das hepatites A, B e C correspondem a mais de 90% dos casos de hepatite viral a nível mundial.

Hepatites virais

A Hepatite A transmite-se de pessoa para pessoa, pela via fecal-oral, quando os alimentos ou a água estão contaminados, situação que é mais comum em países menos desenvolvidos devido às insuficiências nas redes de saneamento básico, e em crianças e adolescentes.

A Hepatite A pode corresponder apenas a uma infeção, assintomática, ou seja, sem manifestações de doença, num elevado número de casos. A infeção pela Hepatite A, confere imunidade protetora e não evolui para a cronicidade. Existe uma vacina eficaz, conferindo proteção superior a 80% após a primeira (das duas administrações que são preconizadas).

A Hepatite B apresenta múltiplas vias de transmissão possíveis: transmissão sexual, picada por agulhas contaminadas e transmissão vertical, de mãe para filho, incluindo durante o parto. O Vírus da Hepatite B apresenta uma elevada infecciosidade comparativamente a outros, como por exemplo o VIH.

O maior problema da infeção por este vírus reside nas elevadas taxas de evolução para a cronicidade, o que acontece em 5 a 10% dos casos. Nos casos em que a infeção é adquirida no período perinatal esta percentagem de evolução para formas crónicas pode ir até aos 90%.

Apesar de existirem, segundos dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 350 milhões de infetados, a prevalência em Portugal é muito reduzida e existe uma vacina, com eficácia superior a 80%, e, integrada no Plano Nacional de Vacinação.

A Hepatite C apresenta uma via de transmissão, através do sangue, preponderante, sendo a transmissão por via sexual muito reduzida.

A infeção pelo Vírus da Hepatite C é, habitualmente, assintomática ou com os doentes a apresentarem poucos sintomas em 75% dos casos, mas, por outro lado, com cerca de 80% dos doentes a evoluírem para infeção crónica e, dentre estes, cerca de 25% apresentarão evolução para cirrose em 20 a 30 anos após a infeção.

O vírus foi identificado há pouco mais de 25 anos, pelo que apenas atualmente começam a emergir os casos de complicações da infeção crónica.

Dos 170 milhões de infetados a nível mundial estima-se que existam 50 000 a 150 000 em Portugal.

Apesar dos esforços dos investigadores não existe qualquer vacina disponível.

Por outro lado, a investigação recente permitiu obter, nos últimos anos, medicamentos coletivamente designados agentes de ação direta (DAA, sigla em inglês), que representam um avanço muito importante, no tratamento destes doentes, por apresentarem taxas de “cura” em mais de 90% dos casos.

O vírus da Hepatite D, conhecido desde 1977, é um vírus defetivo (defeituoso) que apenas é viável como coinfecção ou superinfeção em doentes com infeção pelo Vírus da Hepatite B.

O Vírus da Hepatite E partilha semelhanças epidemiológicas com o Vírus da Hepatite A, sendo muito rara a ocorrência, atualmente, em Portugal. A sua principal importância reside nos casos em que a infeção ocorre durante a gravidez.

O Vírus da Hepatite G é o mais recentemente identificado (1995) pelo que, para além da transmissão por via sanguínea seja comummente aceite, há poucos dados científicos sólidos. Apresenta aparente evolução para a cronicidade em todos os infetados, mas com ausência de doença hepática associada.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No último ano e meio
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) já curou 307 doentes de Hepatite C no último ano e meio no âmbito do...

Dos 824 doentes submetidos a apreciação para tratamento, o CHUC promoveu o início de tratamento de 618 pessoas "e completou o tratamento (incluindo monitorização dos resultados) de 343 doentes, estando curados 307 doentes".

"A oportunidade histórica de erradicar uma doença potencialmente mortal faz-nos sentir realizados como médicos e coloca Portugal na linha da frente das melhores intervenções mundiais em saúde, com assinalável contributo do CHUC. E isso é um motivo de orgulho para todos", disse o presidente do conselho de administração do CHUC, José Martins Nunes.

Citado num comunicado da unidade hospitalar, a propósito do Dia Mundial do Combate à Hepatite que se assinala hoje, o responsável salientou que "o sucesso desta luta passa pela grande atenção a campanhas de prevenção da doença, diminuindo os comportamentos de risco e assegurando as melhores medidas de controlo da infeção".

"Esta prestação do CHUC está ancorada no esforço e no empenho dos seus profissionais, na sua capacidade de mobilização dos doentes para a prossecução do tratamento e traduz um desempenho do hospital ao melhor nível dos grandes centros hospitalares", refere a mesma nota.

A unidade hospitalar considera que a sua "reconhecida atratividade tem permitido que este elevado número de doentes recorram aos serviços [do CHUC] para diagnóstico e tratamento, sendo claro que os resultados estão em claro alinhamento com as melhores práticas internacionais".

Salienta ainda que, além da qualidade de vida dos doentes, a cura da hepatite "conduz a prazo a um benefício económico-financeiro para a sociedade, com uma redução de despesa pública de cerca de 270 milhões de euros (com tratamentos e seguimentos de doentes com cirrose hepática, carcinoma hepato-celular ou transplantação hepática evitados pelo tratamento)".

O CHUC assinala hoje o Dia Mundial do Combate à Hepatite com várias ações de divulgação de medidas de prevenção na comunidade, na linha dos "Campos de Férias" que anualmente realiza para crianças e adolescentes através da consulta de doenças infecciosas do departamento pediátrico.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o Instituto...

Segundo o instituto, as regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Horta, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores estão hoje com níveis ‘Muito Elevado’.

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O instituto prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões do interior norte e centro durante a tarde e com possibilidade de ocorrência de aguaceiros e vento fraco, soprando temporariamente moderado de noroeste no litoral a norte do Cabo Raso, e sendo moderado a forte do quadrante norte até ao início da manhã e a partir do final da tarde nas terras altas das regiões norte e centro.

A previsão aponta ainda para a possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro matinal no litoral oeste, pequena subida da temperatura mínima no litoral da região norte e no interior das regiões centro e sul e subida da máxima, em especial no litoral oeste.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul, aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas, vento moderado do quadrante norte, soprando temporariamente forte nas terras altas e descida de temperatura nas terras altas.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento fraco a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 18 e 34 graus Celsius, no Porto entre 19 e 31, em Braga entre 18 e 39, em Vila Real entre 19 e 36, em Viseu entre 21 e 36, em Bragança entre 17 e 36, na Guarda entre 18 e 34, em Coimbra entre 16 e 35, em Castelo Branco entre 22 e 39, em Portalegre entre 22 e 37, em Santarém entre 16 e 39, em Évora entre 17 e 39, em Beja entre 18 e 38, em Faro entre 22 e 31, no Funchal entre 20 e 25, em Ponta Delgada entre 19 e 25, na Horta entre 19 e 24 e em Santa Cruz das Flores entre 20 e 24.

Bolsa de recrutamento
O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) abriu uma bolsa de recrutamento para 80 enfermeiros, que vão reforçar os serviços de saúde...

As vagas estão divididas entre contratos a tempo indeterminado e a termo certo, renováveis.

“Estes enfermeiros vão ser contratados para dar resposta a necessidades permanentes, cerca de 40. Os restantes são para aumentar a capacidade de alguns serviços, um reforço temporário”, explicou à agência Lusa Joaquim Ramalho, adiantando que os contratos a termo certo poderão dar origem a contratos por tempo indeterminado.

O responsável sublinhou que o objetivo do conselho de administração do CHA é estabelecer um quadro de profissionais estável e “não estar sempre a admitir, a treinar e a enquadrar novos profissionais”.

O CHA tem atualmente 1.464 enfermeiros em Faro, Portimão e Lagos e nos serviços de urgência básica da região.

As candidaturas deverão ser entregues até esta sexta-feira, um prazo que Joaquim Ramalho acredita que vai ser suficiente.

A bolsa de recrutamento foi autorizada pelo Ministério da Saúde esta terça-feira e, a par do reforço de enfermeiros no CHA, vai viabilizar a mobilidade solicitada por alguns enfermeiros para os cuidados de saúde primários, refere o centro hospitalar em comunicado.

Com esta medida, o conselho de administração do CHA pretende reforçar o número de enfermeiros, garantir um maior rácio do número de enfermeiro por doente e prestar melhores cuidados de saúde à população.

Centro Hospital Tondela Viseu
A Liga de Amigos e Voluntariado do Centro Hospital Tondela Viseu (CHTV) lamentou hoje que a cidade tenha ficado sem um centro...

Em comunicado, a Liga lembra que “a candidatura do CHTV deu entrada fora de tempo, pelo que não foi sequer considerada”, e lamenta que “os responsáveis por tal erro não o tenham tentado corrigir em mais de dez meses”.

“Dez meses daria para fazer reverter a decisão, entregar novo processo, pois o primeiro (de setembro de 2015) não chegou a dar entrada por ter sido enviado fora de prazo”, acrescenta.

A Liga alude a informações que recebeu da secretaria de Estado da Saúde a 20 de junho - com esclarecimentos dados pelo presidente da Comissão Nacional para os Centros de Referência - onde se pode ler que o CHTV apresentou candidaturas a centros de referência para a área de oncologia de adultos (cancro do reto e cancro hepatobilio/pancreático), cujo prazo terminou a 18 de setembro de 2015.

“O Centro Hospitalar Tondela Viseu apresentou candidaturas às referidas áreas, em 22 de setembro de 2015, o que motivou a sua exclusão com fundamento em intempestividade”, justifica o documento.

Apesar de posteriormente o CHTV ter requerido novamente a admissão das candidaturas, “os novos factos alegados pelo centro em nada alteraram o sentido da decisão da comissão que exclui as candidaturas em causa”, refere.

Neste âmbito, “a comissão não tem esclarecimentos adicionais a prestar”, cabendo ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde “tomar uma decisão sobre esta matéria”, acrescenta.

A Liga de Amigos e Voluntariado do CHTV lamenta que os viseenses fiquem sem as cirurgias oncológicas do colo retal e hepatobilio/pancreático, “para as quais há tecnologia e os médicos especialistas altamente qualificados e com provas dadas”, e questiona-se se “os mais altos responsáveis locais” têm feito o que devem.

Aludindo a uma reunião que o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, teve no dia 15, em Lisboa, com o ministro da Saúde, a Liga critica que, nesse mesmo dia, o autarca se tenha apressado a, nas redes sociais, comunicar à população “a vitória” de que o hospital não perderá o serviço de cirurgia pediátrica.

“Não informou, infelizmente, nada sobre o centro de referência ou a oncologia.... dizia ‘estar em estudo’”, acrescentou.

Contactada pela agência Lusa, fonte da autarquia disse que “o município de Viseu não participa de agendas de lutas partidárias nem comenta posições de entidades que as representem”.

“Mantém a defesa intransigente dos serviços de cuidados de saúde das populações, como tem sido público”, sublinha.

3.000 estão já curados
Mais de 7.800 doentes iniciaram tratamentos para a hepatite C em Portugal e há já pelo menos 3.000 utentes considerados curados...

A propósito do Dia Mundial das Hepatites, que se assinala na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde divulgou dados que mostram que 400 milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo e que 95% dos infetados desconhece a doença.

Em Portugal, os números da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), que reportam a 1 de julho, contabilizam 7.840 tratamentos iniciados.

Do total de utentes que já finalizaram o protocolo de tratamento, 3.005 encontram-se curados e há 122 doentes dados como não curados.

O acordo entre o Estado e o laboratório que fornece os fármacos inovadores para a hepatite C foi formalizado há quase um ano e meio, mas os dados do Infarmed abrangem também outros doentes tratados por medicamentos fora do âmbito deste acordo.

O contrato – assinado por dois anos – prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos medicamentos abrangidos é de 100%.

O universo dos doentes potencialmente abrangidos foi definido em 13 mil pessoas, um número que poderá ter oscilações, porque alguns doentes podem não precisar destes fármacos ou outros novos podem registar-se.

Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental
O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), do Porto, está a desenvolver um projeto para obter...

O coordenador do projeto, Vitor Vasconcelos, disse à Lusa que estes micro-organismos marinhos (bactérias, cianobactérias e fungos) podem também ser utilizados em compostos na área da cosmética ou nutracêutica (resulta da combinação dos nutrição e farmacêutica e estuda os componentes presentes nas frutas, legumes, vegetais e cereais).

A biomassa produzida com estes organismos é processada segundo o conceito de biorefinaria (conversão da biomassa em produtos químicos, que minimiza a produção de resíduos industriais), explicou o coordenador, indicando que dessa forma produz-se "resíduo zero".

Os investigadores pesquisam também compostos com atividade antivegetativa, para serem usados, por exemplo, em tintas e acrílicos de navio e outras estruturas imersas, "de forma a evitar o incrustamento", evitando problemas nas indústrias navais, de turismo, aquacultura e pescas.

Para os ensaios do projeto NOVELMAR, a equipa de investigação isola organismos marinhos originários de amostras naturais e de coleções de culturas já existentes.

Uma dessas coleções é a LEGE, considerada a maior de cianobactérias a nível nacional, congregando mais de 400 estirpes destes organismos, reconhecida pela Federação Mundial de Coleções de Culturas e instalada no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.

Neste projeto interdisciplinar, que tem a duração de três anos, estão envolvidos biólogos, geneticistas, microbiólogos, químicos, bioquímicos, farmacêuticos, num total de mais de 100 investigadores, incluindo 40 doutorados, 20 alunos de doutoramento e seis novos contratos de doutorados.

É uma das três linhas do projeto integrador INNOVMAR - Inovação e sustentabilidade na gestão e exploração de recursos marinhos, financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (NORTE2020) através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) com um valor total de 1.4 milhões de euros.

Os envolvidos no projeto pretendem realizar, em setembro de2018, uma exposição de Biotecnologia Marinha com base nos resultados obtidos neste projeto.

Malária
Um grupo de investigação do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), liderado pelo português Miguel Soares, vai ser financiado,...

A equipa irá receber 400 mil dólares (363 mil euros) para investigar se a molécula de açúcar "alfa-gal", expressa pelo parasita da malária, o "Plasmodium", deve fazer parte de uma nova vacina para a malária.

O trabalho inicia-se em agosto, como estudo pré-clínico, com ratinhos, precisou à Lusa o investigador, Miguel Soares.

Em 2014, a sua equipa descobriu, numa experiência com ratinhos, que a molécula de açúcar também se manifesta na superfície de uma estirpe da bactéria "E.coli", que existe no intestino humano saudável, gerando uma resposta de defesa natural do organismo contra a malária.

O grupo concluiu, segundo uma nota anterior do IGC, que a expressão da "alfa-gal" pelas estirpes benéficas de "E.coli", quando existentes no intestino, "é suficiente para induzir a produção de anticorpos naturais anti-alfa-gal, que reconhecem a mesma molécula de açúcar na superfície do Plasmodium".

Os anticorpos ligam-se à molécula de açúcar na superfície do parasita, imediatamente após a sua propagação à pele através do mosquito que transmite a malária.

Na experiência, quando eram vacinados contra uma molécula sintética de açúcar "alfa-gal", os ratinhos produziam elevados níveis de anticorpos anti-alfa-gal "altamente protetores contra a transmissão de malária por mosquitos", de acordo com Miguel Soares.

A investigação, publicada na revista Cell, foi, na altura, cofinanciada pela Fundação Bill e Melinda Gates, nos Estados Unidos, que fixou como meta "um mundo livre de malária até 2020".

O trabalho a realizar nos próximos dois anos pela equipa de Miguel Soares tem a colaboração do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e da Malaria Vaccine Initiative, uma organização norte-americana sem fins lucrativos vocacionada para o desenvolvimento de vacinas contra a malária, uma doença infecciosa que se transmite através da picada de uma fêmea do mosquito "Anopheles", infetado com o parasita "Plasmodium".

A doença, disseminada em regiões tropicais e subtropicais, tem como sintomas febre e dores de cabeça.

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