Hipersónia
Dormir mais do que o habitual, acordar sempre cansado e ter ataques de sono durante todo o dia apesar de fazer sestas pode indicar que sofre de hipersónia.
Muito menos frequente que a insónia, estima-se que esta perturbação do sono possa levar-nos a dormir mais 25% do padrão de sono normal.
Na realidade, as pessoas que sofrem deste distúrbio podem dormir mais de 10 horas por noite e, ainda assim, sentirem que não descasaram nada.
O problema não está, aliás, em adormecer. Pelo contrário, quem sofre de sonolência excessiva, como também é conhecida, adormece a qualquer hora e em qualquer lugar. Por isso é frequente causar alguns constrangimentos a nível profissional e social.
De acordo com a Associação Espanhola de Narcolepsia e Hipersónia, irritabilidade, ansiedade, perda de concentração e problemas de movimento e memória são algumas consequências deste distúrbio.
Embora as suas causas sejam ainda quase desconhecidas, sabe-se que algumas condições como lesões cerebrais ou doenças neurológicas podem desencadear o problema.
Segundo a Associação Americana do Sono, a hipersónia pode ser ocasionada por outros transtornos do sono, fatores genéticos e também pelo uso de alguns medicamentos e drogas.
Este distúrbio pode ser classificado como: hipersónia recorrente – dura algumas semanas e pode surgir periodicamente; hipersónia pós-traumática – que, como o nome indica, pode ocorrer em resultado de um traumatismo; e hipersónia idiopática – frequentemente confundida com a nacrolepsia, uma vez que os sintomas podem ser semelhantes, manifestando-se há pelo menos três meses. Não tem causa conhecida e resiste a qualquer estratégia.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, descobriu uma substância no cérebro que age como um sonífero natural, impedindo que quem sofre desta forma de distúrbio idiopática se consiga manter acordado.
De acordo com estes especialistas, muitos adultos que têm problemas de sonolência libertam uma substância no cérebro que atua como uma “pílula para dormir”.
Esta descoberta permitiu que se realizassem vários testes a medicamentos, de modo a encontrar o tratamento adequado para este distúrbio.
Para além da toma de alguns medicamentos, é essencial criar uma rotina de sono eficaz para combater este problema.