Não sofra em silêncio

Violência doméstica

Atualizado: 
31/07/2019 - 11:31
A violência doméstica é muito comum na nossa sociedade, e o perfil do agressor não se define através da idade, sexo ou estrato social. Qualquer um pode ser a vítima e qualquer um pode ser o agressor.
Olho com hematoma

Define-se violência doméstica pela existência de agressões físicas e/ou psicológicas, temporárias ou permanentes, praticadas principalmente no seio familiar entre casais, namorados, ex-casais, pais e filhos. Habitualmente começa pela violência psicológica podendo, ou não, "evoluir” para a violência física.

Violência física

Agressão

Qualquer forma de contacto físico agressivo que inflija dor à vítima. As marcas da agressão podem nem sempre ser visíveis, pois o agressor, normalmente, tem o cuidado de fazê-lo em partes do corpo que não são expostas e estejam cobertas por roupa.

Sexual

A prática de sexo forçado ou actos sexuais indesejados são também outra forma de violência física.

Violência psicológica

Verbal

Quando o agressor agride verbalmente a vítima na intimidade ou em frente a outras pessoas.

Financeira

Quando existe dependência financeira de uma das partes, esta torna-se numa "arma” usada para chantagem e para controlar a relação. Ameaçar retirar o apoio financeiro e impedir a vítima de arranjar um emprego que lhe garante independência financeira são as atitudes mais frequentes.

Emocional

Tentativas de rebaixar, humilhar e chantagear são constantes provocando na vítima sentimentos de inutilidade e culpabilização que não correspondem à realidade.

A mulher é identificada, pelas autoridades, como a principal vítima de violência doméstica, mas as crianças, os idosos e os homens também sofrem este tipo de violência. Os motivos são variados, e devem-se frequentemente a desentendimentos domésticos associados ao sentimento de posse que o agressor tem em relação à vítima. As estatísticas indicam que grande parte dos casos estão relacionados com o consumo de álcool e drogas, substâncias que potenciam a agressividade já existente.

A violência doméstica funciona como um ciclo. Primeiro gera-se o conflito, depois a agressão seguida do arrependimento e por fim a reconciliação, até que apareça outro motivo para a agressão e os passos se repetirem. É assim sucessivamente ao longo do tempo. Por outro lado, as agressões podem passar a ser mais frequentes (com intervalos menores) e com mais agressividade. Quando existem filhos, estes sofrem um forte impacto negativo ao assistirem às agressões, e isso poderá reflectir-se, também, em actos agressivos durante o crescimento até à idade adulta.

O que fazer?

Não desculpe os actos do agressor baseado/a em crenças do passado. Se é vítima de violência doméstica não deve sofrer em silêncio e permitir que tal aconteça. Existem linhas de apoio e associações, que dão apoio durante todo o processo de ruptura, a quem denunciar a sua situação. A violência doméstica é crime, pode e deve ser denunciada pela própria vítima ou por terceiros às autoridades.

Contactos úteis

Polícia de Segurança Pública - contacte a Esquadra da área da sua residência

Linha Nacional de Emergência Social (LNES) - 144

Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica - 800 202 148

Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) - 116 006

UMAR - 800 202 148

Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - 217 983 000 (Lisboa) - 222 074 370 (Porto)

Associação de Mulheres Contra a Violência - 213 802 160

Associação Portuguesa de Mulheres Juristas - 211 994 816

Casa da mãe - Obra de promoção social do distrito de Coimbra - 239 827 666 / 963 667 059

UMAR Açores - Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres (Delegação da Ilha Terceira) - 295 217 860 - Fax: 295 217 861

Associação Presença Feminina (Funchal) - 291 759 777

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Fonte: 
psp.pt
apav.pt
Nota: 
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Foto: 
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