Verdes consideram novo hospital necessário, mas criticam fim das atuais unidades

Num comunicado, Os Verdes defendem que “o novo hospital é necessário, deverá ter uma gestão pública, deverá servir como complemento à rede das restantes unidades de saúde existentes na cidade, face às graves carências a nível de cuidados de saúde, e nunca justificar o seu encerramento ou desmantelamento”.
Fazem parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Curry Cabral.
Os Verdes relembram que “não se conhece qualquer estudo que justifique aquela decisão, nem estudos de impacto sobre a desativação destas unidades do CHLC, que dispõem de especialidades únicas no País, ao nível das populações afetadas”.
“Lisboa não pode perder as unidades hospitalares ainda em funcionamento, passando a ter cerca de menos dois mil trabalhadores na área da saúde, menos valências, menos 435 camas comparativamente ao número atualmente oferecido nos seis hospitais do CHLC, menos blocos operatórios e equipamentos”, considerou o partido ecologista, salientando que “já foram encerrados os hospitais do Desterro, em 2007, Miguel Bombarda, em 2011, S. Lázaro em 2012 e já antes havia encerrado o Hospital de Arroios”.
O Governo deu luz verde à realização de despesa inerente ao projeto de construção do Hospital de Lisboa Oriental, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada na terça-feira em Diário da República.
Depois de ter sido publicado na segunda-feira a abertura do concurso internacional para a construção do novo hospital, no documento de terça-feira consta que o Conselho de Ministros autorizou a despesa inerente à concretização da futura unidade, a instalar na freguesia de Marvila e que deverá estar pronta em 2023, substituindo os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.
A despesa inerente à celebração do contrato de gestão para a conceção, o projeto, a construção, o financiamento, a conservação, a manutenção e a exploração do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de parceria público-privada, alcança o montante máximo de 415.110.130 euros, repartida por 27 anos, com início previsto para 2023, ao qual acresce IVA à taxa legal em vigor".
Os encargos com a despesa, indica o Governo, não podem exceder, em cada ano económico, de 2023 a 2049, mais de 15.374.449 euros.
Segundo a publicação, devem ainda ser adotadas medidas para o aproveitamento máximo de todo o equipamento transferível das seis unidades cuja atividade irá ser substituída para o novo hospital.
O Conselho de Ministros determinou ainda que deve determinar-se como prioritária a candidatura a fundos europeus para a aquisição do novo equipamento necessário e a escolha do modelo mais adequado de financiamento para as restantes necessidades de investimento.