A meta foi traçada pela ministra da Saúde cabo-verdiana, Cristina Fontes Lima, durante a apresentação oficial da campanha que se prolonga até o dia 3 de Novembro, pedindo o esforço de todos, uma vez que a acção tem por objectivo proteger as crianças e as gerações futuras. A ministra da Saúde destacou o facto de a mesma campanha estar a acontecer nos restantes países da África Ocidental, considerando que a “sincronização” é a prova que todos querem erradicar a pólio até 2018.

“Falta um bocadinho, mas devemos insistir. Desde 2001 que Cabo Verde não registou qualquer caso, mas devemos continuar porque não estamos sós. Temos de estar alerta porque temos casos de recrudescimento, nomeadamente nos Camarões, na Nigéria e na Guiné Equatorial”, alertou.

Considerando que Cabo Verde quer estar na linha da frente da prevenção contra a pólio, Cristina Fontes Lima lançou um apelo para que todos os cabo-verdianos participem e colaborem, como o “exemplo fantástico” da recente campanha de vacinação contra o sarampo e a rubéola.

O acto de apresentação da campanha contou com a presença do novo representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Cabo Verde, Mariano Salazar Castellon, que elogiou as acções do governo na luta contra a paralisia infantil. O médico da Nicarágua disse, porém, que o país deve continuar a ter vontade política, disciplina, organização e fortalecer o programa de erradicação, que foi adoptada na Assembleia Mundial de Saúde, em Maio de 2013 e no “Plano Estratégico global de Erradicação da Pólio 2013- 2018”.

A última campanha de vacinação contra a pólio em Cabo Verde aconteceu em 2010, tendo sido vacinadas cerca de 51 mil crianças com idade até aos cinco anos. A última epidemia no país aconteceu em 2000 e desde então as autoridades sanitárias têm cumprido com o calendário das vacinas, não havendo notificação de qualquer caso desde então.

A poliomielite é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida de pessoa para pessoa, que causa paralisia nos membros inferiores, mas também poderá causas morte.