Universidades portuguesas e estrangeiras criam novo centro de investigação
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Com sede no Avepark - Parque de Ciência e Tecnologia, em Guimarães, este centro pretende centrar-se em investigação multidisciplinar, que será traduzida em métodos inovadores a serem aplicados na prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neuro-degenerativas e cardiovasculares.
“O objetivo é criar algo estruturante para a investigação em Portugal, um centro que seja uma bandeira da ciência portuguesa e um dos principais centros internacionais nesta área da medicina, criando conhecimento de topo e, ao mesmo tempo, produtos e terapias que possam ser utilizadas em pacientes”, disse o vice-reitor para a investigação da Universidade do Minho (UM) – entidade coordenadora - à margem da apresentação, no Porto.
O vice-reitor Rui Reis explicou que o centro não terá uma estrutura física construída de raiz, à parte do edifício sede, sendo utilizados os laboratórios, infraestruturas e equipamentos científicos das universidades envolvidas no projeto.
“Não fazia sentido construir novos equipamentos quando as universidades têm tão bons espaços disponíveis e que, pela sua utilização, irão receber uma contrapartida financeira”, frisou.
Durante os primeiros sete anos de atividade, o novo centro deverá ter um financiamento europeu de 60 milhões de euros, referiu Rui Reis.
“Ao fim dos sete anos, o centro tem de ser autossustentável à custa de financiamento conseguido em concursos, contratos e projetos nacionais e internacionais, o que não nos assusta”, acrescentou.
Prevendo que o Centro de Investigação de Excelência em Medicina Regenerativa e de Precisão começa a funcionar em meados de 2017, depois de tratados os acordos entre universidades, questões jurídicas e aprovação do financiamento, o vice-reitor adiantou que serão contratadas “centenas de pessoas”.
“O centro irá contribuir para o aumento da competitividade do setor da biomedicina e estimular, de forma geral, o emprego científico altamente qualificado e o crescimento económico a vários níveis”, sustentou.
E considerou: “Deverá também ter condições para atrair talento científico internacional”.
Questionado sobre o porquê desta parceria com a ‘University College London’, Rui Reis salientou que nesta área da medicina regenerativa esta universidade é das “melhores do mundo”.
Além disso, frisou, “tem um conjunto de características, não só científicas, mas de valorização do conhecimento passando o que se faz nos laboratórios para terapias”.
“Em Portugal, nós somos muito competitivos em termos científicos, mas não temos um percurso de valorizar o conhecimento e de fazer toda a parte dos ensaios clínicos e passar isto para aplicação real em pacientes”, esclareceu.
O centro conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.