Dia Internacional do Enfermeiro

Uma enfermagem melhor para o cidadão

O Dia Internacional do Enfermeiro, que hoje se comemora, é um momento para refletir sobre o papel na sociedade e sobre o contributo que cada profissional pode oferecer em prol de uma enfermagem melhor.

Numa mensagem hoje dirigida aos colegas, a Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional (SRC) do Centro da Ordem dos Enfermeiros (OE) exorta à reflecção num dia em que em todo o mundo se assinala a efeméride e se evoca o nascimento, em 1820, da britânica Florence Nightingale, percursora da enfermagem moderna.

“Refletirmos sobre o nosso papel na sociedade e refletirmos também sobre como poderemos todos nós, individualmente e em conjunto, contribuir e construir uma enfermagem melhor”, afirma a Enfª Isabel Oliveira, na mensagem que endereçou aos 14 mil colegas a trabalhar nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

A SRC evoca hoje o Dia Internacional do Enfermeiro com o lançamento de um concurso de fotografia e de um número especial da revista Enfermagem e o Cidadão, que oferece nos seis distritos da região em transportes de passageiros, em instituições públicas e na sua sede, em Coimbra.

No editorial da revista, o Enfº Nuno Terra Lopes, secretário do Conselho Diretivo Regional da SRC, lembra que hoje, tal como no tempo de Florence Nightingale, e sempre, “os enfermeiros fazem a diferença”.

Florence Nightingale iniciou o seu contributo no conflito da Crimeia. Com uma nova organização, novas metodologias e uma abordagem sustentada, o sucesso das suas intervenções foi tão evidente que conseguiu reduzir a taxa de mortalidade para índices surpreendentes: de aproximadamente uma morte em cada duas vítimas, passou a duas mortes em cada cem vítimas!

Tal como acontece com os enfermeiros de hoje, as resistências médicas, por motivos corporativistas, não a conseguiram demover. Argumentou sempre com recurso às ciências exatas e médicas e norteou incessantemente as suas intervenções para o bem dos doentes.

Em vida e na morte foi alvo das maiores homenagens, do povo, de personalidades, de políticos e da realeza. Foi convidada para colaborar na reforma do sistema de saúde britânico, tendo idealizado alguns princípios que ainda hoje se respeitam, nomeadamente na administração hospitalar. Vários países pediram seus pareceres críticos para a criação de escolas de enfermagem.

O Enfº Nuno Terra Lopes recorda que foi a primeira mulher a ser agraciada com a ordem de mérito concedida pelo rei Eduardo VII. A ela se deve a fundação da primeira escola de enfermagem. Inspirou também a criação de uma das maiores organizações humanitárias internacionais: a Cruz Vermelha.

Na altura da sua morte, 13 de Agosto de 1910, foi recordada porque “fez da enfermagem uma ciência e deu-lhe leis”.

Foi um dos primeiros reconhecimentos populares desta profissão enquanto ciência, lembra o autor do editorial.

A edição especial da revista Enfermagem e o Cidadão, no seu número 43, publica artigos da autoria de enfermeiros. Uns são relatos pessoais do ofício da enfermagem. Outros abordam temas como a relevância política da enfermagem, os novos rumos da saúde mental, os direitos dos doentes, o cuidar em oncologia ou a importância da Unidades de Cuidados na Comunidade.

Aqui pode consultar e descarregar a edição especial de Enfermagem e o Cidadão

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E aqui aceder à mensagem da Presidente do Conselho Diretivo Regional da SRC

Fonte: 
GCIC - Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.