UE quer mecanismo de retirada de pessoal médico das zonas afectadas
Numa conferência de alto nível sobre o Ébola, em que participaram membros do executivo comunitário, representantes dos 28 Estados-membros e de organizações como as Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde (OMS), foi acordada a importância de haver planos de retirada de cooperantes no terreno, em caso de necessidade.
“Concordámos que é de importância crucial ter mecanismos de retirada médica para cooperantes humanitários e pessoal médico das áreas afectadas, mantendo uma resposta internacional efectiva no terreno”, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Bruxelas quer, assim, ver desenvolvido um mecanismo comum para retirada de pessoal médico, com base numa proposta francesa.
O secretário de Estado da Cooperação, Campos Ferreira, que representou Portugal na reunião garantiu que Portugal está preparado para transportar para território nacional qualquer pessoa infectada com o vírus, tendo apresentado na reunião o plano nacional de prevenção, elaborado pelo Ministério da Saúde.
O governante apresentou ainda, em Bruxelas, os acordos de parceria com a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Moçambique, que passam pelo fornecimento de medicação, material médico e de laboratório e formação específica.
O plano nacional de prevenção prevê o encaminhamento de doentes para hospitais de referência, entre várias medidas.
A Comissão Europeia já contribuiu com quase 150 de euros para ajudar os cinco países afectados pelo vírus do Ébola na África Ocidental: Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal. A epidemia já causou 2.296 mortes, segundo os últimos dados da OMS.