UE disponibiliza 8 milhões de euros para grávidas e crianças
Em comunicado a União Europeia anuncia ter rubricado com o Governo guineense um protocolo para compra de medicamentos e fornecimento de serviços básicos em 50 centros de saúde. A União Europeia pretende responder às necessidades das populações de aldeias remotas cujas zonas de residências distam mais de 5 quilómetros dos centros de saúde, lê-se ainda no comunicado.
Durante 27 meses, as grávidas e crianças terão consultas e medicamentos essenciais de forma gratuita.
O encarregado de negócios da União Europeia em Bissau, Hannes Hauser, afirmou que o apoio "reflecte o compromisso contínuo" dos 28 em prol do povo guineense para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
"Muitas das vezes, a gravidez e o parto representam um risco para as mulheres da Guiné-Bissau, e muitas crianças sofrem os efeitos da falta de cuidados", disse Hauser, salientando ser intenção da União Europeia "promover uma mudança real" nas condições de vida das gerações presentes e futuras da Guiné-Bissau.
A situação da saúde da Guiné-Bissau é caracterizada pela persistência de altas taxas de mortalidade, especialmente da mãe e filho.
Menos de 50 por cento dos partos acontecem em estruturas adequadas e apenas uma em cada três crianças menores de 5 anos que vivem em áreas rurais recebe antibióticos em caso de suspeita de pneumonia.
Embora o novo Governo esteja a dar importância ao apoio do desenvolvimento dos recursos humanos e ter isentado ao pagamento de consultas às grávidas e crianças, os custos dos medicamentos e de transporte representam uma barreira económica para o acesso aos cuidados de saúde.