Tratamentos de cancro da pele custaram mais de 140 ME em quatro anos
O estudo analisou os custos inerentes aos tratamentos dos cancros realizados em ambulatório e internamento nos hospitais públicos do Continente, que representaram 118 milhões de euros nos “cancros de pele não melanoma” e de 23,9 milhões de euros nos casos de melanoma.
Perante estes resultados, o estudo alerta para a importância do registo dos cancros da pele não melanoma.
“É essencial para a planificação e dotação de recursos humanos e financeiros para o tratamento precoce e mais adequado destes cancros da pele”, defende o estudo, que é apresentado hoje num encontro promovido pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), no âmbito da celebração do Dia do Euromelanoma, Dia dos Cancros da Pele que, este ano, decorrerá em Portugal no dia 16 de maio.
Neste dia, irão ser realizados rastreios de cancros da pele em mais de 40 serviços de dermatologia do país, adianta a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo em comunicado.
Para sensibilizar a população para a prevenção desta doença, a associação vai desenvolver uma “rede de Representantes da APCC, liderada por médicos dermatologistas que, em colaboração com voluntários da APCC, seja médicos de medicina geral familiar, seja enfermeiros, farmacêuticos e educadores”, vão dinamizar ações de junto das populações.
Será também criado um “Roteiro de Verão”, liderado por dermatologistas, com apoio de vários voluntários, que irão percorrer nos fins de semana de julho praias marítimas ou fluviais de todo o país, levando “mensagens concretas de proteção solar adequada” e explicando como se diagnostica precocemente os diferentes cancros da pele.
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2018, sejam diagnosticados mais de 12.000 novos casos e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma, adianta a associação.
“A maioria destes cancros da pele está relacionada com a exposição solar exagerada ou inadequada ao longo da vida, seja por motivos profissionais ou de lazer, (como as atividades desportivas ao ar livre no horário inadequado ou sem a correta proteção solar, sobretudo com o chapéu e vestuário que cubra toda a pele incluindo antebraços e decote)”, refere a associação.