Stress = Expectativas desmesuradas + pensamentos infelizes
Os pensamentos geram comportamentos, portanto se queremos ter melhores comportamentos, temos de ter melhores pensamentos! Se queremos falar bem com os nossos colegas, familiares e amigos, se queremos saber lidar melhor com as situações então é melhor começarmos por trabalhar em nós e no que vai na nossa cabeça.
Numa versão simplificada da questão, vejo duas grandes frentes na resolução desta situação:
- A gestão das expectativas que temos
- A gestão dos pensamentos que temos
Colocar mais uma tarefa na nossa lista de tarefas, que por si já está a “abarrotar” de coisas para fazer, a probabilidade é de não conseguirmos fazê-la ou se conseguirmos poderá ficar mal feita ou realizada de acordo com um padrão de qualidade que não é o nosso. Isso, só por si gerará stress e, portanto, pode ser pior a ementa que o soneto.
Ter expectativas é, epistemologicamente, a condição de quem espera para que algo aconteça. Para que o ditado «quem espera sempre alcança» se efetivar então há que aumentar a sua consciência e realmente perceber do que é capaz e do que ao ser capaz, poderá perder. Isto é, fazer mais um relatório ao final do dia, ou marcar presença na reunião que foi marcada para as 18h00, poderá significar ir buscar o seu filho mais tarde à escola, ou já não chegar a tempo para a sua aula favorita no ginásio.
Portanto, é importante sabermos até que ponto as expectativas que temos não estão elas próprias a gerar-nos stress. Claro que há o “stress bom”, que nos motiva e impele para a ação. Este artigo refere-se ao stress mau, ao que nos deixa física, emocional e mentalmente exaustos.
Nesta gestão das expectativas há que ter em conta:
- sermos conscientes do que conseguimos fazer e ser;
- refletirmos sobre as escolhas disponíveis e
- tomarmos aquela escolha que vai gerar um stress que estamos dispostos a gerir e/ou que é gerível (passível de ser gerido).
- Se o stress gerado não é passível de ser gerido, então abrace o momento e pratique o desapego quanto ao resultado a que chegará.
Quanto aos nossos pensamentos, temos de ser os nossos melhores amigos. Quantas vezes nas sessões de Coaching que dou, os meus clientes respondem de imediato e com boa energia à pergunta “Imagine que era o seu melhor amigo que estava perante essa mesma situação, que conselhos lhe daria?”
Que tal sermos então os nossos melhores amigos? Porque uma coisa é certa, nós vivemos connosco 24 horas do dia, 7 dias por semana, 52 semanas por ano, convém pois que nos tratemos a nós de uma forma boa, com carinho, paciência, que nos proporcionemos força e coragem para continuar, ao invés das várias rasteiras que às vezes nos passamos a nós mesmos ou aquele verbatim redutor e destruidor e que continuamente utilizamos quando estamos a falar connosco.
Nós viemos a este mundo para aprender e não tarda nada já nos vamos embora, então que esta passagem seja bonita, leve e sobretudo seja de bem com a vida e em paz consigo. Aprenda a conhecer-se para que consiga fazer desta passagem o seu melhor destino!
Conte comigo se precisar de um acompanhamento individualizado.
Um abraço.