Stress contínuo engorda e faz pior do que se imaginava
Ter um trabalho que envolva situações de stress ao longo de 15 anos aumenta o risco de cancro do pulmão, cólon, reto, estômago e de linfoma não-Hodgkin, segundo um novo estudo publicado no Canadá.
Agora, um estudo liderado por Sarah Jackson da Universidade College de Londres, no Reino Unido, demonstrou que quem sofre de stress crónico tende a ter um peso superior, assim como um Índice de Massa Corporal (IMC) mais elevado.
Para o estudo, a equipa de investigadores usou dados de 2.527 adultos com 54 anos ou mais, provenientes de um estudo inglês sobre envelhecimento, escreve o Sapo.
Para medir os níveis de cortisol dos participantes, os investigadores utilizaram amostras de cabelo de dois centímetros recolhidas o mais próximo possível do couro cabeludo. As madeixas representavam cerca de dois meses de crescimento do cabelo.
"O cortisol no cabelo é uma medida relativamente nova que oferece um método mais eficaz e fácil para avaliar as concentrações crónicas de cortisol na investigação do peso", explicou a autora principal do estudo, citada pela imprensa britânica.
"A análise do cortisol no couro cabeludo reflete a exposição a cortisol sistémico durante um período prolongado de tempo – dois meses neste estudo – sendo assim não afetado pela altura em que a amostra foi recolhida ou por stress agudo", acrescentaram os autores.
Os cientistas procederam também à recolha de dados biométricos, como os perímetros da cintura dos participantes ao longo de quatro anos. Foi observado que os participantes que apresentavam níveis mais elevados de cortisol no cabelo, tinham perímetros da cintura, peso e IMC mais elevados do que os participantes com baixos níveis de cortisol.
Os adultos considerados obesos – com cinturas com mais de 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres – apresentavam níveis mais elevados de cortisol.