Soluços: porque acontecem e como pará-los?
Já todos passámos por situações de algum constrangimento quando de repente e sem aviso prévio surgem, descontroladamente, os soluços. Capazes de provocar uma gargalhada nas pessoas que nos rodeiam, não deixam de ser incómodos para quem os tem.
Estes acontecem devido a um estímulo involuntário dos músculos relacionados com a respiração, quase sempre o diafragma. As contracções do diafragma e dos músculos intercostais aceleram a inspiração com o fecho súbito da glote e geram uma respiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório e com um ruído característico devido ao encerramento das cordas vocais.
Não há uma causa específica para os soluços, no entanto existem alguns factores que podem favorecer a sua ocorrência, são eles:
- Distensão gástrica causada pela ingestão de bebidas com gás;
- Entrada no estômago de ar ou alimentos em grande volume;
- Mudanças súbitas de temperaturas dos alimentos ingeridos ou mesmo da pele;
- Ingestão de álcool;
- Stress, excitação ou gargalhadas.
Para parar os soluços é necessário interromper o ciclo respiratório, sustendo a respiração até que o seu ritmo volte ao normal.
Conheça algumas técnicas usadas para parar os soluços:
- Beber um copo de água de uma só vez, sem respirar;
- Respirar profundamente e regularmente até que os soluços parem;
- Engolir bocados de pão seco;
- Comer gelo triturado;
- Ingerir uma colher de açúcar;
- Dobrar as pernas sobre o abdómen;
- Respirar para dentro de um saco;
- Apanhar um "susto";
Normalmente e na maior parte dos casos os soluços duram curtos períodos de tempo sem prejudicar a respiração, no entanto quando acontecem por longos períodos, como horas ou até mesmo dias, poderão indicar um problema de saúde grave. Estes casos estão associados a causas metabólicas e neurológicas, podendo reflectir a presença de um traumatismo, acidente vascular cerebral ou mesmo um tumor cerebral. A insuficiência renal com altos níveis de ureia no sangue ou uma diminuição de dióxido de carbono no sangue podem igualmente desencadear soluços, tal como uma introdução acidental de objectos no ouvido.
Nestes casos a consulta médica é aconselhável.