Síndrome do 'olho fantasma' continua a inquietar médicos
Uma equipa de pesquisadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, voltou a focar as atenções da ciência naquela que é uma das condições mais inquietantes da saúde: a síndrome do ‘olho fantasma’, escreve o Sapo Saúde.
Conta a BBC que as pessoas que, por algum motivo, tiveram que remover um olho continuam a sentir dores nesse mesmo olho que já não têm. Além disso, dizem ter visões, mesmo sabendo que se trata de uma situação (até agora humanamente) impossível, mas que a ciência quer provar ou pelo menos tentar explicar.
Depois de analisarem 179 pessoas com melanoma intraocular, os cientistas detetaram que um terço dos inquiridos sofria desta síndrome – também comum no caso de outros membros amputados – e que sentiram dificuldades em abstrair-se desta condição, ou seja, dificuldades em esquecer o facto de já não ter o olho.
Alguns conseguiram contornar os efeitos desta síndrome de forma natural, outros tiveram mesmo que recorrer a distrações para não voltarem a sentir dores no olho que já não têm, nem ter mais visões, na grande maioria das vezes sob a forma de cores e padrões ‘esborratados’.
Embora pareça estranho e inexplicável, Laura Hope-Stone, coordenadora do estudo, diz que esta condição é bem comum do que o pensado, que afeta os mais jovens e que uma em cada quatro pessoas diz ser capaz de ‘ver’ através do olho fantasma.
Mesmo sem conclusões concretas sobre esta condição, relata a BBC, a equipa britânica aponta para a complexidade do sistema nervoso a responsabilidade pela sensação de dor em órgãos que já foram amputados.