Serra Leoa impõe recolher obrigatório de quatro dias
De 18 a 21 de setembro, toda a população da Serra Leoa terá de permanecer nas suas casas, informou uma fonte oficial da Presidência do país, citada pelo jornal britânico The Guardian.
A medida tem como objectivo permitir que os profissionais de saúde identifiquem e isolem novos casos de Ébola, para evitar que a doença se espalhe ainda mais, disse Ibrahim Ben Kargbo, um conselheiro presidencial.
"A abordagem agressiva é necessária para lidar com a propagação do Ébola de uma vez por todas", afirmou.
Até agora, o vírus do Ébola já infectou cerca de 3.500 pessoas na Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria, Senegal e Nigéria, e provocou mais de 2.000 mortes.
Até sexta-feira, a Serra Leoa tinha registado 491 casos mortais.
A infecção pelo vírus do Ébola resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes, tais como sangue, urina, fezes ou sémen.
O vírus provoca uma febre hemorrágica, com sintomas que incluem febre elevada de início súbito, mal-estar geral, dores (cabeça, garganta, peito, abdominais, musculares), manchas na pele, náuseas, vómitos, diarreia e hemorragias.