Sardinha
Peixe abundante nas águas portuguesas encontrado em zonas de mar aberto alimenta-se de plâncton e é extremamente rico em ácidos gordos ómega 3. Esta gordura polinsaturada garante vários benefícios ao corpo humano: auxilia na diminuição dos níveis de triglicéridos e do colesterol LDL, comummente chamado de "mau” colesterol, enquanto pode favorecer o aumento do colesterol HDL, o "bom” colesterol.
O corpo humano é incapaz de produzir naturalmente estes ácidos gordos tão benéficos à saúde, pelo que têm de ser obtidos a partir dos alimentos que ingerimos. Os peixes de águas frias e profundas como o salmão (selvagem, não o de aquacultura/cativeiro), o atum e o bacalhau são exemplos de boas fontes desta gordura polinsaturada.
A sardinha sendo uma habitante de águas amenas, não estaria, à partida, como candidata a fornecer ácidos gordos ómega 3. Tal dá-se pelo facto de a sardinha ser um peixe migratório e necessitar de reservas energéticas para as suas longas jornadas. No entanto, a sua alimentação rica em algas, que contêm bastante deste polinsaturado, colocam-na como uma excelente opção para a ingestão de ómega 3.
Além do ómega3, a sardinha é ainda rica em proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, o ferro e o selénio, que têm acção anti-cancerígena. Ajuda também o organismo a libertar mercúrio. Dessa forma, ajudam na prevenção de uma série de males em locais díspares como o coração, intestinos e as articulações. Sem falar que ainda entram na constituição da retina e da massa cinzenta.
Finalmente, como qualquer peixe que se preze, ela é fonte de proteínas de excelente qualidade, ideais para manter os músculos em forma e fósforo, um mineral que participa da mineralização dos ossos.
Deve ser consumida duas ou três vezes por semana. A versão em lata é uma alternativa válida de vez em quando, pois o peixe em conserva vem geralmente imerso em óleos ou molho de tomate. Evite a primeira opção. Ela é fonte de ómega 6, gordura típica da alimentação ocidental e que, em excesso, provoca inflamações.
Os ácidos gordos em ómega 3 podem ser encontrados em óleos extraídos da soja, do girassol, do milho. Está ainda presente em alguns vegetais "verdes” como os brócolos, a rúcula, a couve, e os espinafres.
Tem sido comprovado em estudos actuais que o consumo de alimentos como a sardinha previne alguns tipos de doenças cardiovasculares, por conter uma elevada quantidade de ácidos gordos essenciais do tipo ómega 3 na sua composição nutricional.
O efeito benéfico ao nível das doenças cardiovasculares proporcionado pelo consumo deste alimento advêm de:
• Diminuição dos triglicéridos e colesterol total no sangue;
• Diminuição do colesterol plasmático LDL e aumento do colesterol plasmático HDL;
• Redução da pressão arterial de indivíduos com hipertensão leve;
• Alteração da estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando o sangue mais fluído.
A sardinha, apresenta ainda uma excelente fonte de proteínas completas e de alto valor biológico, ferro, fósforo, magnésio, vitaminas A, B, D, E e K.