Estudo

Residentes em lares com défice cognitivo têm mais casos de demência grave

Um estudo sobre pessoas com demência revela que os residentes em lares com défice cognitivo têm o dobro da percentagem de casos de demência grave dos utentes que moram em casa e são seguidos nos cuidados de saúde primários.

“Estudo sobre Necessidades de Cuidados em Pessoas com Demência” é um trabalho financiado pelo Programa Nacional de Saúde Mental que visa “caracterizar os doentes-tipo existentes no país, com base em amostras epidemiologicamente representativas de cada região de saúde, possibilitando estruturar os planos de cuidados mais adequados”.

Para já, e segundo consta do relatório “Portugal - Saúde Mental em Números – 2015”, foram conhecidos os dados relativos à região norte, cujo trabalho começou em 2013.

Dos 171 utentes dos cuidados de saúde primários com problemas de saúde mental e avaliação compreensiva em casa ou no centro de saúde, 151 (88,3%) foram identificados como tendo défice cognitivo.

Destes, 44,8% tem défice cognitivo ligeiro, 24% demência ligeira, 23,4% demência moderada e 7,8% demência grave.

Por seu lado, dos 153 residentes em lares, 51 apresentavam défice cognitivo: 23,5% tinham défice ligeiro, 25,5% demência ligeira, 29,4% demência moderada e 15,7% demência grave.

O relatório cita as conclusões dos resultados preliminares deste estudo, segundo as quais “o rastreio e triagem precoce de pessoas com défice cognitivo e respetiva referenciação ou acompanhamento são essenciais para garantir cuidados adequados às pessoas mais velhas, nomeadamente as que têm demência”.

O estudo insere-se nas Parcerias Europeias de Inovação (EIP, 2012), das quais a Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos (UNIFAI) do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto é parceira.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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