Repensando a doença
Muitas vezes utilizamos expressões do tipo “lutar contra esta doença”, como se ela fosse um intruso e aprendemos a vê-la e a senti-la como o inimigo, que devastou o nosso mundo.
E quando integramos esta forma de pensar, quase que todo o nosso ser, o nosso corpo, o nosso espírito se põe em posição de batalha, de luta, de guerra, em que muitas vezes “vale tudo” e o que se quer apenas é ganhar. Ganhar a qualquer custo.
Mas será isso mesmo o que precisamos? Será esse estado de alma que nos vai devolver a tranquilidade ao nosso mundo, que nos vai ajudar a (re)conquistar a nossa paz interior?
Convido-o a pensar a sua doença de outra forma, como se ela tivesse algo para lhe dizer. Talvez até para lhe ensinar. E tal como se faz em “conversações de paz”, onde os vários lados se sentam a uma mesa para conversar, negociar e escutar, convido-o a si a parar um pouco e a disponibilizar-se para escutar “o outro lado”, para ouvir dessa doença que agora habita em si, e que de certa forma faz parte de si, é parte de si, e ouvir o que tem para lhe dizer.
E nessa reflexão em que começará a olhar para a sua doença de outra forma e, por outras palavras, a olhar para si de forma diferente, convido-o a nova reflexão, na qual identifica 3 coisas que na verdade vai conseguir obter, até mesmo ganhar, com essa situação. Estas coisas ou se quiser estes ganhos, podem ir desde alterações favoráveis a emoções e sentimentos até a mais tempo para si, ou aprendizagens e mesmo novos relacionamentos.
Sei que em momentos complicados pode-nos ser difícil pensar de outra forma e sobretudo de uma forma mais positiva. Não desista enquanto não tiver 3 coisas boas que esta doença lhe trouxe ou lhe pode trazer. E com essa mão cheia de coisas boas, volte a conversar consigo e negoceie então com aquele que o habita (a doença), qual é a melhor forma de (con)viverem juntos durante esta fase da sua vida.
Se e quando precisar de mim, aqui estou para si.
Um abraço,