Regulador aponta falhas ao S. José no caso do jovem com aneurisma roto
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Uma deliberação da ERS hoje publicada refere que o jovem (David Duarte) não viu, da parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a que pertence o Hospital de São José, acautelado “o seu direito de acesso de universal e equitativo ao serviço público de saúde, bem como o seu direito à prestação de cuidados de saúde de qualidade”.
A ERS identificou “falhas no acesso e na qualidade dos cuidados prestados” a este jovem, transferido do Hospital de Santarém para o serviço de urgência do Hospital de São José, a 11 de dezembro do ano passado, numa sexta-feira.
Apesar de necessitar de uma cirurgia para clipagem do aneurisma, a mesma não foi realizada porque na altura o Hospital de São José não dispunha de equipas multidisciplinares disponíveis à sexta-feira e durante o fim-de-semana, pelo que ficou a intervenção adiada para segunda-feira.
Entre as falhas identificadas pela ERS está o facto do CHLC- HSJ não possuir “capacidade para a prestação de cuidados de saúde específicos, nomeadamente, realização de cirurgia em situação de rotura de aneurisma cerebral por falta de recursos humanos especializados, essenciais à sua realização, após ter sido diagnosticada a rotura do aneurisma”.
Mas também porque esta unidade de saúde, “considerando que o utente demonstrava já sinais de agravamento clínico”, não procurou “uma alternativa efetiva de acesso para o utente, seja através de convocação da equipa necessária para a realização da cirurgia” ou “através de transferência do utente para outra unidade hospitalar”.
O hospital poderia ainda ter adotado “uma intervenção de tipo 'life saving'”, prossegue o regulador.