Unidades de Saúde aderem lentamente

Registo de incidentes e eventos adversos

O ministro da Saúde reconheceu hoje que ainda é “lenta” a progressão de unidades que aderem ao sistema nacional de notificação de incidentes e de eventos adversos, defendendo que esta participação seja incentivada.

Paulo Macedo falava aos jornalistas, à margem da Conferência “Reconhecimento da Qualidade no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, que decorre em Lisboa, durante a qual foi hoje lançado um renovado sistema nacional de notificação de incidentes e de eventos adversos, agora designado de “Notifica”.

Questionado sobre a reacção dos profissionais de saúde a este sistema, Paulo Macedo reconheceu que esta ainda não é a ideal, registando-se uma “progressão lenta” do número de unidades que aderem.

Ainda assim, o ministro disse que o sistema foi “bem acolhido” quando foi disponibilizado.

“Isto deve continuar a ser incentivado, porque é através da correcção e do seu estudo que se regista uma melhoria contínua dos serviços”, adiantou, garantindo: “vamos continuar a insistir”.

Na conferência, o director do Departamento da Qualidade, da Direcção Geral da Saúde (DGS), Alexandre Diniz, classificou o sistema como “uma ferramenta que vai aumentar o nível de segurança” nas instituições.

“As pessoas têm o direito de conhecer as instituições que apresentam elevados níveis de qualidade”, sublinhou.

A notificação é uma actividade voluntária do profissional e/ou do cidadão com vista ao desenvolvimento de uma análise causal e à tomada de medidas correctivas sistémicas para evitar que situações geradoras de dano, real ou potencial, se venham a repetir.

O sistema nacional de notificação de incidentes e de eventos adversos é uma plataforma anónima, confidencial e não punitiva, de gestão de incidentes e eventos adversos ocorridos nas unidades prestadoras de cuidados do SNS.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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