Rastreios ao cancro com significativas assimetrias entre regiões
Segundo o relatório da Direção-geral da Saúde (DGS) que avalia os rastreios oncológicos de base populacional referentes a 2014, o rastreio do cancro da mama está implementado em todas as regiões e a taxa de cobertura geográfica nacional é de 72%.
Contudo, enquanto Algarve, Alentejo e Centro apresentam 100% de cobertura, no Norte a taxa é de 83% e em Lisboa e Vale do Tejo é de 27%.
Em comparação com 2013, no caso do cancro da mama houve um acréscimo na cobertura populacional e no número de mulheres rastreadas.
No caso do cancro do colo do útero, só Lisboa e Vale do Tejo tem ainda rastreio de base populacional implementado, enquanto o Centro, Alentejo e Algarve apresentam coberturas de 100% e o Norte de 38%.
Apenas 24% do total de mulheres elegíveis estão cobertas por este programas de rastreio do cancro do colo do útero e só 12% são rastreadas através destes programas de rastreio.
Relativamente a 2013, a cobertura populacional total aumentou, mas o número de mulheres rastreadas diminuiu.
Quanto ao rastreio do cancro do cólon e do reto, apenas está implementado na região Centro e na do Alentejo, e de forma parcial, com uma taxa de cobertura de 50% e 25%, respetivamente.
“Do total de homens e mulheres de Portugal Continental elegíveis para rastreio do cancro do cólon e reto, apenas 3,7% estão cobertos por rastreios organizados de base populacional e apenas 1,1% são rastreados através destes programas de rastreio. Relativamente ao ano anterior, a cobertura populacional total aumentou quase para o dobro, mas o número de utentes rastreados diminui”, conclui ainda o relatório que a DGS divulgou na terça-feira no seu site.