14 de Novembro

“Quiosque da Saúde” destinado a idosos vai ser inaugurado em Lisboa

O projecto “Quiosque da Saúde”, destinado a “idosos sem médico de família ou com acesso dificultado aos serviços de saúde”, vai ser inaugurado em Novembro nas Olaias, Lisboa, disse o presidente da Associação Conversa Amiga.

Segundo Duarte Paiva, o primeiro quiosque vai ser inaugurado no dia 14 de Novembro, mas “o projecto pretende implementar uma rede de ‘Quiosques da Saúde’ na cidade de Lisboa, nas zonas de maior carência de acesso aos cuidados de saúde primários”.

A ideia é “criar uma nova relação com a saúde, fácil, simples, próxima, com interacção social, tal como é comprar uma revista ou um jornal a um quiosque", explicou.

O “Quiosque da Saúde” visa “facilitar o acesso aos cuidados de saúde aos idosos, ao mesmo tempo que promove a autonomia e independência, com interacção social e comunitária, minimizando o isolamento e a exclusão social”.

Para o responsável da Associação Conversa Amiga (ACA), trata-se de “uma resposta inovadora, que se constitui como um novo modelo de saúde e bem-estar de pessoas idosas e das comunidades locais”.

O projecto será implementado em estruturas do tipo quiosque adaptadas para funcionarem como pequenos consultórios médicos e de enfermagem e será desenvolvido sobretudo num regime de voluntariado.

Com o apoio do programa Bip-Zip (Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária) da Câmara de Lisboa, a ACA investiu “cerca de 6 mil euros” no primeiro “Quiosque da Saúde” em Olaias, que será um piloto de 12 meses.

A idealização de uma rede de “Quiosques da Saúde”, em Lisboa, surgiu da experiência da ACA no terreno, com os projectos “Saúde à Porta” e “Conversas de Saúde” no âmbito do combate ao isolamento e apoio na saúde junto de pessoas idosas.

A identificação de problemas no acesso aos cuidados de saúde primários em Lisboa tem por base “os dados do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Lisboa Central, que identifica 43 mil pessoas sem médico de família”, refere o documento do projecto “Quiosque da Saúde”.

Também o estudo da Fundação Calouste Gulbenkian “O Futuro da Saúde”, realizado em Setembro deste ano, indica que “deve haver novos modelos de serviços para cuidados integrados e centrados nas pessoas: serviços domiciliários e de proximidade mais disponíveis, com a participação das instituições de solidariedade e voluntariado”.

“Cabe ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] responder às necessidades das pessoas ao nível da saúde. No entanto, são tantas estas necessidades que um projecto como o ‘Quiosque da Saúde’ pode ter o seu espaço e intervir onde um sistema da dimensão do SNS não consegue ou tem dificuldades de responder”, considerou a Associação Conversa Amiga.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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