Quase metade dos portugueses gostaria de tirar uma licença sabática por razões de saúde mental
A esmagadora maioria dos portugueses inquiridos gostaria de tirar uma licença sabática (76%), enquanto 21% declara que não tem interesse. Da população inquirida, 48% revela que só não o faz por motivos financeiros. Dos restantes países inquiridos, os alemães são os menos interessados num período sabático (31%).
Portugal diferencia-se dos restantes países relativamente aos motivos que levariam as pessoas a quererem tirar uma licença sabática, escreve o Sapo. Para 45% desses portugueses seria para melhorar a sua saúde mental, enquanto a maior percentagem registada nos outros países envolvidos no inquérito recaí sobre o ser uma forma de escapar ao stress da vida laboral.
Quanto a possíveis benefícios decorrentes de uma licença sabática, os portugueses estão alinhados com a maioria dos outros países, com 45% dos inquiridos a considerarem que não teria grande impacto em termos de empregabilidade. No entanto, os franceses, os alemães e os espanhóis consideram que tirar uma licença sabática lhes aumentaria as possibilidades de obter um emprego.
Por outro lado, 30% dos portugueses considera que usufruir de uma licença sabática poderia aumentar as perspetivas de ganhar mais no futuro. Os restantes países envolvidos neste estudo, não acompanham Portugal. Os viajantes do Reino Unido, da França e da Suécia consideram que tirar uma licença sabática faria com que fosse mais difícil voltar ao trabalho. Enquanto, na Alemanha, nos EUA, na Itália e na Espanha consideram que os tornaria mais confiantes no seu trabalho.
Finalmente, os portugueses destacam-se ainda com a maior percentagem (43%) de inquiridos que consideram ter um bom equilíbrio entre família e trabalho, seguidos pelos norte-americanos (41%) e pelos italianos (37%).
Sabáticos, pouco habituais em Portugal
Em Portugal, tirar uma licença sabática ou fazer um ano de pausa após a conclusão do ensino secundário e antes de ingressar no Ensino Superior não é uma prática muito recorrente, ao contrário do que se sucede no Reino Unido ou nos Estados Unidos, por exemplo, onde o ano de pausa – o gap year – é bastante frequente.
A classe profissional que mais recorre ao denominado ano sabático é a dos professores universitários. Os dados recolhidos, no estudo salientam que apenas 3% dos inquiridos afirma que tem a oportunidade de tirar uma licença sabática remunerada e 8,3% uma não remunerada.
Para quem está empregado, a licença sabática pressupõe um acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador.
TOP 10 dos motivos que levariam os portugueses a tirar uma licença sabática
1. Melhorar a saúde mental 45%
2. Escapar ao stress laboral 35%
3. Viajar com companheiro(a)/conjugue 31%
4. Viajar com a família (crianças incluídas) 30%
5. Tirar um curso/aprender uma nova competência 26%
6. Melhorar a saúde física 25%
7. Reavaliar a carreira 25%
8. Ganhar experiência noutra área 24%
9. Planear um novo negócio 22%
10. Fazer voluntariado 21%
Os dados foram extraídos de um estudo realizado por OnePoll para a eDreams em Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia e Portugal. As conclusões derivam de um inquérito realizado a mais de 12.000 consumidores.