Quase metade dos idosos sofre de deficiência auditiva
Sabemos que as doenças da audição de origem genética são muito mais prevalentes do que as doenças rastreadas pelo teste do pezinho. Cerca de 25% das crianças em idade escolar sofrem algum tipo de perda auditiva e, praticamente, 50% dos idosos apresentam alguma deficiência auditiva, que normalmente começa a dar sinais a partir dos 40-50 anos de idade.
Mesmo com todos os recursos disponíveis, somente cerca de 20 a 30% dos casos de perda de audição tem sua causa identificada. A investigação minuciosa e precisa, realizada por otorrinolaringologistas e audiologistas, é imprescindível para a indicação do tratamento mais adequado.
Atualmente, existem soluções para a maior parte dos problemas auditivos. As diversas opções oferecidas pela medicina são capazes de tratar tanto as discretas alterações como a surdez, seja ela congénita ou adquirida.
Os tratamentos envolvem, quase sempre, a adaptação de próteses auditivas, que, em algumas situações, necessitam de cirurgia para que sejam devidamente aplicadas no paciente.
Hoje podemos fazer o tratamento, com recurso a cirurgia ou não, em pacientes de todas as faixas etárias, desde o primeiro ano de vida até aos 90 anos e com um risco associado muito baixo.
A verdade é que, atualmente, podemos operar uma criança que nasce com surdez profunda e recuperar a sua audição, ajudando a melhorar inestimavelmente a sua vida.
As próteses variam de acordo com a avaliação de cada caso. Entre os tipos existentes, as mais comumente aplicadas são:
- Aparelhos de Audição Convencionais (não cirúrgicos);
- Implante Coclear (colocadas dentro da cóclea);
- Implantes adaptados na orelha média e cadeia ossicular do ouvido;
- Implantes vibratórios adaptados no osso temporal.
A tecnologia, em constante e crescente evolução, oferece terapias que promovem a interatividade de pessoas com deficiência auditiva. Recursos como a conectividade sem fio, permitem a adaptação desses implantes com o telemóvel e a televisão, por exemplo, proporcionando assim melhor qualidade de vida à pessoas com perda auditiva.
Por tudo isto, dê prioridade a sua saúde e ao seu bem-estar. Procure, se necessário, um profissional especializado e avalie sua capacidade auditiva respondendo às seguintes questões:
1. Pergunta sempre “o quê?” ou “o que disse?”
2. Tem dificuldade em ouvir enquanto conversa, principalmente em ambientes com muito ruído?
3. Aumenta o volume da televisão ou rádio mesmo quando não é necessário?
4. Tem dificuldade ao falar no telefone?
5. Tem zumbido ou sons irritantes contínuos nos ouvidos?
6. Tem dificuldade em ouvir os sons da natureza como pássaros ou a chuva?
7. Entende errado o que lhe foi dito?
8. Faz leitura labial das pessoas com quem conversa?
9. Preocupa-se em não ouvir a campainha ou o telefone tocar?
10. Tem dificuldade em localizar a origem do som?
11. Tem dificuldade em ouvir em espaços amplos, centros comerciais, salas de
conferências?
12. Sente-se isolado e limitado, tanto socialmente e profissionalmente, por causa
da perda auditiva?
13. Estranha ao ouvir vozes de crianças?
14. Usa aparelhos auditivos convencionais?