Portugueses criam pensos do futuro
E se, quando faz um corte, o penso que nele coloca fosse capaz de detectar precocemente uma infecção e, ao mesmo tempo, identificar a resposta mais adequada à ferida? A ideia, com contornos futuristas, está a ser desenvolvida actualmente por um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, que visa melhorar os tratamentos, escreve o Destak.
As equipas científicas envolvidas, no InFact, assim se chama o inovador penso, “descobriram como converter os materiais curativos de feridas numa ferramenta de diagnóstico capaz de informar o doente e o clínico sobre o estado da ferida”, explica em comunicado Artur Cavaco-Paulo, investigador responsável pelo projecto.
O protótipo, que está em fase de criação, será capaz de diagnosticar as infecções e preparar uma linha de tratamento à medida, graças ao sistema de cores, específico para cada enzima, que permitirá ajustar o tratamento e avaliar de forma rápida e simples a progressão da cicatrização da ferida. Algo que, até agora, não é possível.
Actualmente, o diagnóstico de uma ferida infectada é feito apenas quando a infecção é evidente, obrigando o médico, não raras vezes, a recorrer aos antibióticos, o que pode levar ao desenvolvimento de resistência de bactérias.