Portugal no top 5 da taxa de sobrevivência ao cancro da mama
Apesar da elevada incidência de cancro da mama em Portugal, os últimos estudos científicos publicados pela revista Lancet colocam-nos no pelotão da frente em relação às taxas de sobrevivência na Europa. No topo da tabela, escreve a TSF, Portugal surge ao lado de países como a Suécia e a Noruega. Neste Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama os especialistas lembram que a prevenção e o diagnóstico precoce continuam a ser as melhores armas na luta contra a doença.
"É um dado muito importante que os portugueses devem saber porque, em Portugal, esta doença está a ser devidamente tratada, corretamente diagnosticada e as medidas de rastreio e sensibilização pública estão a ser adequadas", garante o oncologista Joaquim Abreu de Sousa.
O oncologista, que é também coordenador da Clínica de Mama do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, considera que Portugal está no caminho certo e que a taxa nacional de sobrevivência, ao fim de cinco anos de diagnóstico, é muito positiva. "Estamos a falar de uma taxa de sobrevivência global de 85% aos cinco anos. São notícias muito boas, que devem servir para encorajar as pessoas a continuarem alerta, a terem consciência de que é uma doença que se pode tratar."
E se há fatores de risco que podem ser corrigidos, como o consumo de álcool e a falta de exercício físico, há outros mais difíceis que é preciso não esquecer, como a idade da primeira menstruação, a idade da menopausa, o número de gestações, a idade da primeira gestação, o uso de anticoncecionais orais, o uso de terapêuticas hormonais de substituição, entre outras.