Portugal é um dos 11 países com menor taxa de nados-mortos em 2015
De acordo com o estudo, a taxa estimada para Portugal, em 2015, é de 2,2 nados-mortos por mil nascimentos, tal como a da Noruega.
Os autores consideraram como nados-mortos os bebés que nasceram sem vida após 28 semanas de gestação.
Entre os 11 países com taxas de nados-mortos mais baixas figuram ainda Islândia (que lidera com 1,3 nados-mortos por mil nascimentos), Dinamarca (1,7), Finlândia e Holanda (1,8), Croácia (2,0), Japão e Coreia do Sul (2,1), Nova Zelândia e Polónia (2,3).
Portugal surge à frente de países como Suécia e Suíça (2,8 nados-mortos por mil nascimentos), Reino Unido (2,9) e Estados Unidos (3,0).
No 'top 10' dos países com taxas de nados-mortos mais altas incluem-se Paquistão (que lidera com 43,1 nados-mortos por mil nascimentos), Nigéria (42,9), Chade (39,9), Níger (36,7), Guiné-Bissau (36,7), Somália (35,5), Djibuti (34,6), República Centro-Africana (34,4), Togo (34,2) e Mali (32,5).
O mesmo estudo assinala que os três países que conseguiram mais reduzir, em média, por ano, a taxa de nados-mortos, entre 2000 e 2015, foram Holanda (6,8%), China (4,6%) e Polónia (4,5%).
Portugal ocupa, neste parâmetro, a décima posição (3,5%), entre 159 países.
Para o cálculo da taxa de redução anual de nados-mortos, os autores do trabalho publicado na The Lancet tiveram em conta 159 países, e não os 186 iniciais, uma vez que foram excluídos os países com menos de dez mil nascimentos por ano.
O estudo salienta que, em 2015, cerca de 2,6 milhões de bebés que nasceram, nos países analisados, eram nados-mortos, uma média de 7.200 por dia, apesar dos esforços de redução generalizada da taxa de nados-mortos desde 2000.
Segundo os autores, a diminuição da taxa de nados-mortos não acompanha, porém, o ritmo da queda da mortalidade materna e infantil.
O trabalho, conduzido por especialistas de mais de uma centena de organizações em 43 países, calcula que metade do número de nados-mortos surgiu durante o parto e seria evitável se tivessem sido prestados cuidados de saúde de alta qualidade durante o nascimento e numa fase precoce da gravidez de alto risco.
Os peritos alertam para o facto de o nascimento de bebés sem vida, após 28 semanas de gestação, continuar a ser um problema nos países desenvolvidos, apesar de 98% dos casos acontecerem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.