Portugal compromete-se a ter taxa de mortalidade precoce abaixo dos 20%
Esta é uma das metas definidas no novo Plano Nacional de Saúde, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que no fundo é uma revisão e extensão até 2020 do anterior Plano.
Sobre a redução da mortalidade prematura (antes dos 70 anos), Portugal tinha em 2014 uma taxa de 22%.
Segundo explicou o diretor executivo do Plano, Rui Portugal, a projeção deste indicador para 2020 era que a taxa ficaria situada entre os 20,5% e os 22%.
Contudo, no documento que foi finalizado esta semana, a DGS compromete-se a ter a taxa de mortalidade prematura abaixo do 20% dentro de cinco anos.
Dados do ano passado indicam que mais de 23 mil pessoas morreram precocemente em Portugal. Assim sendo, com a nova meta pretende-se conseguir poupar por ano três mil mortes prematuras, o que equivale a uma média de menos oito a nove mortes por dia.
De acordo com os responsáveis da DGS, esta meta de redução da mortalidade precoce está alinhada com o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade referente a doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, cancro, diabetes e doenças respiratórias crónicas.
Rui Portugal explicou ainda que esta meta, bem como outras constantes do Plano, pressupõe um enfoque particular nas doenças crónicas e “implica uma intervenção sobretudo nas idades médias (a partir dos 40/45 anos)”.
Sobre o Plano Nacional até 2020, o diretor-geral da Saúde sublinhou tratar-se de “um compromisso que envolve entidades de diferentes departamentos e setores, como o Estado, autoridades locais, setor social e privado”.
“O Plano não é um documento, mas antes um sistema que articula projetos, envolvendo vários departamentos de forma sistemática”, afirmou Francisco George, vincando que “é independente dos ciclos políticos ou de legislaturas”.
Esta revisão e extensão do Plano Nacional de Saúde até 2020 pretende ainda estar alinhada com as orientações da “Estratégia 2020” da Organização Mundial da Saúde para a região europeia.