Portugal atinge número recorde de transplantes
A transplantação é uma técnica substitutiva da função de um órgão que permite em certos casos a cura da doença de base e, noutros, um tratamento duradouro com melhoria significativa da qualidade de vida.
O transplante envolve a colheita de um órgão (enxerto) de um dador, vivo ou cadáver, e uma cirurgia para implantação do enxerto no recetor.
Nos últimos anos a lista de órgãos passíveis de ser transplantados tem vindo a aumentar com os inúmeros avanços científicos sobretudo nas áreas da cirurgia e da imunologia. Os resultados do transplante dependem de diversos fatores. Entre os mais relevantes estão a compatibilidade entre o dador e o recetor e a correta utilização dos imunossupressores.
Em todo o mundo o principal órgão sólido a ser transplantado é o rim seguido do fígado, do coração e do pulmão. Portugal segue esta tendência internacional, embora o número de transplante de pâncreas seja atualmente superior ao de transplante pulmonar.
Portugal é um dos países com maior sucesso a nível da Transplantação. Em 2016 (últimos dados oficiais publicados) realizaram-se m Portugal 864 transplantes, um número recorde que colocou Portugal no sexto lugar na lista de países com mais transplantes. Em termos de taxa de doadores somos mesmo o terceiro país do mundo (com 32,6 dadores por milhão de habitantes) apenas atrás da Croácia (39,5) e da Espanha (43,8). Ainda assim a nossa taxa de dadores vivos continua abaixo do desejável pelo que as ações de sensibilização para esta prática devam ser incentivadas e publicitadas.
Desde 2009 que se assinala em Portugal o dia do Transplante, a 20 de julho.
Este ano o dia será assinalado em Coimbra, com o Tema “O Transplante e as artes” numa iniciativa que reunirá uma vez mais doentes, dadores, familiares, amigos e profissionais de saúde. Com este evento pretende-se uma partilha de conhecimentos e experiências, mas também uma divulgação e sensibilização da população em geral para as temáticas da transplantação.
Estas iniciativas são importantes para ajudar a eliminar receios e promover uma cultura de dádiva, ainda pouco presente na nossa população e na formação dos nossos profissionais de saúde, que poderá ajudar a aumentar os números e a qualidade do programa nacional de transplantação