Conselho Metropolitano

Porto pede apoio no trabalho de diplomacia para conseguir EMA

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu hoje ao Conselho Metropolitano que apoie o “trabalho de diplomacia” necessário para a vitória da “fortíssima candidatura” daquela cidade a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa).

“A candidatura está a avançar a muito bom ritmo. Ao contrário do que dizem alguns profetas da desgraça – que o Porto só foi escolhido [em vez de Lisboa] porque vai perder - acho que temos uma fortíssima candidatura. Não vai ser fácil, mas temos alguma hipótese”, vincou Rui Moreira, na reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP).

O autarca indicou que a candidatura vai ser apresentada “dentro de dias”, seguindo-se “um trabalho de diplomacia em que será preciso todos marcarmos alguns pontos, junto das entidades europeias, de embaixadores e decisores”, ao mesmo tempo que o “tecido empresarial da Área Metropolitana do Porto (AMP)” devia envolver-se, “porque também eles têm contactos importantes”.

Moreira revelou que espera falar “ainda hoje com o ministro da Saúde” sobre “algumas iniciativas” relacionadas com o tema, apontando como exemplo o convite que vai ser feito aos embaixadores dos outros 27 países da União Europeia para visitarem o Porto.

“Alguns destes países não são diretamente adversários. Uns não estão interessados e outros têm lógicas diferentes”, observou o independente.

O autarca referiu também que foram resolvidas todas as “questões que eram apontadas limitativas” à candidatura do Porto, “como a identificação de edifícios” que possam acolher a agência.

“Tem havido muito empenho do Governo, do primeiro ministro e ministro da saúde”, disse.

Emídio Sousa, presidente do CmP, afirmou que os autarcas da AMP estão “todos muito satisfeitos” com a escolha do Porto para a candidatura portuguesa à sede da Agência Europeia do Medicamento, que vai deixar o Reino Unido.

“A primeira vitória foi ter conseguido consensualizar posições sobre uma agência muito importante para a região”, disse.

José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, indicou que a AMP deve usar “todos os trunfos” que tiver e apontou a escolha do Porto para a candidatura portuguesa como “uma das maiores vitórias contra o centralismo”.

“O facto de, pela primeira vez, Lisboa estar com outra cidade como opção é das maiores vitórias contra o centralismo. Isto nunca tinha acontecido. Por norma, a lógica é nem sequer pensar no resto do país. A partir de agora passa a haver duas localizações no país para acolher qualquer tipo de instituição”, sublinhou.

O Conselho de Ministros decidiu a 13 de julho candidatar a cidade do Porto para acolher a EMA, por considerar ser a cidade portuguesa que "apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição", após rever a decisão inicial de candidatar Lisboa

Na ocasião, o ministro da Saúde indicou que o Porto tem "todas as condições" para acolher a sede da EMA, incluindo "instalações logísticas" capazes de, com "um pequeno esforço de adaptação", acolher os cerca de 900 funcionários que atualmente trabalham na sede daquela agência em Londres.

Quanto às possíveis localizações na cidade, o ministro da Saúde apontou que está sinalizado "um edifício na praça D. João I, que apresenta condições técnicas muito adequadas".

Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.

Praticamente todos os Estados-membros da União Europeia já apresentaram ou vão apresentar uma candidatura a sede da EMA, relativamente à qual deve existir uma decisão final em outubro ou novembro.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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