Muito frequente em ambiente hospitalar

Pneumonia estafilocócica

Atualizado: 
16/09/2014 - 12:34
Este tipo de pneumonia apresenta elevada prevalência em pessoas mais velhas, em situação de ambiente hospitalar, onde foram internados para receber tratamento por outras perturbações.
Pneumonia estafilocócica

Vários milhões de pessoas desenvolvem pneumonias, provocadas por diferentes agentes, e grande número morre todos os anos. A pneumonia estafilocócica é provocada pela bactéria com o nome de Staphylococcus aureus. É responsável por apenas 2 por cento dos casos de pneumonia adquirida fora do hospital, mas, em contrapartida, provoca entre 10 e 15 por cento das pneumonias que se adquirem nos hospitais onde estes doentes foram internados para receber tratamento por outras perturbações.

O nome Staphylococcus deriva da palavra grega estafilo ou “cacho de uvas”, devido à característica da bactéria se parecer com um cacho quando examinada ao microscópio.

Existem 32 espécies de staphylococci, mas apenas 17 são inerentes ao homem.

O Staphylococcus aureus é especialmente prevalecente devido às suas proteínas de superfície, que permitem ao organismo ligar-se a tecidos e corpos estranhos revestidos. Isto permite que a bactéria adira a dispositivos como suturas, cateteres urinários fixos e próteses valvulares, úlceras de pressão, muito frequentes em doentes internados ou que foram submetidos a uma grande cirurgia.

O índice de mortalidade é elevado - 15 a 40 por cento – graças ao facto de os indivíduos que contraem pneumonia estafilocócica, em geral, já estarem gravemente doentes. Por isso, a doença é mais prevalente em pessoas de idade avançada e em indivíduos debilitados por outras doenças, mas também é muito frequente encontrar a doença em crianças. Também tende a verificar-se nos alcoólicos.

Sintomas
O Staphylcoccus provoca os sintomas clássicos da pneumonia, mas os arrepios e a febre são mais persistentes na pneumonia estafilocócica do que na pneumocócica.

O Staphylococcus pode originar abcessos (acumulações de pus) nos pulmões e produzir quistos pulmonares que contêm ar (pneumatocelos), especialmente nas crianças. Esta bactéria pode ser transportada pela corrente sanguínea a partir do pulmão e produzir abcessos em qualquer lugar.

A acumulação de pus no espaço pleural (empiema) é relativamente frequente. Estas acumulações esvaziam-se utilizando uma agulha ou um tubo introduzido no tórax.

Propagação
Muitos recém-nascidos e a maioria das crianças e dos adultos são colonizados intermitentemente pelo Staphylococcus aureus, que se pode alojar na zona naso-faríngea, ocasionalmente na pele e na roupa, e mais raramente na vagina e no recto. A partir destes locais, o Staphylococcus aureus pode contaminar qualquer zona da pele ou das membranas mucosas, ou outras pessoas, por transferência directa ou aerossol.

A pele e as membranas mucosas intactas são barreiras eficazes contra a invasão local. No entanto, se estas barreiras forem rompidas devido a trauma, cirurgia ou dispositivos existentes, o Staphylococcus aureus pode passar a ter acesso ao tecido subjacente e originar um abcesso local que consiste em tecido necrosado, fibrina e glóbulos brancos vivos ou mortos.

Em qualquer altura, a multiplicação do Staphylococcus aureus pode subjugar os mecanismos de defesa locais e invadir o sistema linfático ou a corrente sanguínea – uma complicação grave que permite que a bactéria invada outros tecidos, incluindo o coração (endocardite), pulmões (pneumonia) ou ossos (osteomielite).

Fonte: 
Manual Merck
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Nota: 
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