Pilula do dia seguinte
Também pode impedir a fertilização ou impedir que o ovo se implante no útero e inicie a gravidez, dependendo da altura do ciclo menstrual em que é tomada a contracepção de emergência. Este método não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado (isto é, se o ovo estiver implantado no útero).
Modo de utilização
A contracepção de emergência pode ser utilizada nas 72 horas que se seguem a uma relação sexual não protegida, se:
- Não foi utilizado qualquer método contraceptivo;
- Houve falha ou erro na utilização de um método contraceptivo (ex.: esquecimento de uma toma da pílula para alem do prazo máximo admitido);
- Se o preservativo rompeu ou ficou retido na vagina;
- Se houve falha no coito interrompido;
- Se houve erro de calculo do período fértil;
- Se o Dispositivo Intra-Uterino (DIU) se deslocou;
- Em caso de relações sexuais forçadas (violação).
Advertências ao uso de contracepção de emergência
- A contracepção de emergência deve ser utilizada como recurso excepcional, dado que:
- Não previne a ocorrência de uma gravidez em todas as situações;
- A sobredosagem hormonal não é recomendável para uso regular;
- Não pode substituir um contraceptivo regular;
- Não é um método de interrupção da gravidez.
A contracepção de emergência não é abortiva. Actua de várias formas para prevenir uma gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada. Assim:
- Pode impedir ou atrasar a ovulação (saída do óvulo do ovário da mulher);
- Pode impedir a fertilização (encontro com o espermatozoide);
- Pode impedir a implantação de um ovo na parede do útero, que corresponde segundo a ciência médica ao início da gravidez.
Se a mulher já estiver grávida, isto é se o ovo já estiver implantado no útero, a contracepção de emergência é totalmente ineficaz, embora não tenha qualquer efeito nocivo sobre o feto ou a gravidez.
Conceitos relativos à contracepção de emergência
A contracepção de emergência pode prevenir 3 a 4 gravidezes não desejadas, evitando gravidezes reduz o recurso ao aborto.
- Não protege das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), deve, por isso, utilizar-se sempre preservativo, simultaneamente, para prevenir uma gravidez e uma DST.
- Não é um método de uso frequente: a contracepção de emergência pode ter efeitos desagradáveis, incluindo náuseas e vómitos. Algumas mulheres também referem dores de cabeça, tensão mamária ou retenção líquida. Embora todos estes efeitos não tenham qualquer gravidade do ponto de vista médico, desencoraja-se a utilização repetida da contracepção de emergência como contracepção habitual.
- A contracepção de emergência é também menos eficaz para prevenir uma gravidez e é mais cara do que a maior parte das formas habituais de contracepção habitual.
Cuidados adicionais
- Se não deseja uma gravidez, não deve ter relações sexuais não protegidas. Deve usar sempre um método contraceptivo;
- Deve ir anualmente ao médico de família, ginecologista ou consulta de planeamento familiar;
- Se estiver a tomar outros medicamentos deve informar-se sobre possíveis interacções;
- Os pais de adolescentes devem procurar informar os filhos sobre a contracepção;
- A responsabilidade da contracepção é do casal e não somente da mulher.