Perdas auditivas induzidas pelo ruído aumentam anualmente
A má utilização de equipamentos áudio, como os Mp3 e os smartphones, bem como a exposição durante longos períodos a ruídos de grande volume como em bares, discotecas e eventos desportivos, continuam a ser a principal causa do aumento da incidência deste problema entre os jovens que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é já superior a 43 milhões (entre os 12 e 35 anos). Nestas situações a exposição sonora ultrapassa geralmente os 100 dB (decibéis), muito acima do limite máximo recomendado que se situa nos 85 dB.
Outra grande causa para o aumento destes problemas em todo mundo está relacionado com a exposição a fortes ruídos no ambiente de trabalho. A exposição prolongada e contínua ao barulho que alguns trabalhos implicam, não só potencia o risco de perda auditiva como também, de desenvolver tinnitus, que se caracteriza pela sensação de zumbido constante nos ouvidos.
Para assinalar o Dia Internacional do Cuidado Auditivo está a decorrer uma campanha de sensibilização sob o tema “Tornar a audição segura” especialmente dirigida aos jovens e educadores, que pretende relembrar que uma vez perdida, a audição nunca mais volta! Esta campanha, promovida mundialmente pela Organização Mundial de Saúde, pretende alertar a população sobre as situações de risco a que expomos a nossa audição diariamente e de que forma se deve evitar e atenuar as suas consequências. É importante reforçar que audição é uma faculdade essencial que quando afetada compromete o desenvolvimento educacional, profissional e social dos indivíduos.
“A perda auditiva é um problema que sempre acompanhou o homem ao longo da sua existência. No entanto, devido á evolução demográfica e ao aumento dos fatores de risco nas sociedades desenvolvidas temos assistido, por um lado ao progressivo envelhecimento da população e por outro ao aumento de um conjunto de riscos para a surdez”, explica João Bacelar, otorrinolaringologista.
“De forma a identificar precocemente um possível problema auditivo ou os sinais que indiquem um potencial problema, é essencial realizar rastreios auditivos regulares, de forma a evitar os danos gravosos da surdez e intervir de forma adequada e em tempo útil. É também importante prevenir utilizando protetores de ruído com filtros específicos, feitos à medida de cada ouvido”, acrescenta o especialista.
Atualmente, 590 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de défices auditivos. Estima-se que em 2050 mais de mil milhões de pessoas mundialmente sofram deste problema: uma condição que implica uma percepção reduzida dos sons e dificuldade em interpretar conversas, especialmente quando faladas em voz baixa e/ou com ruído de fundo.
Para assinalar a efeméride a Amplifon associa-se à campanha e realiza em todos os seus Centros de Reabilitação Auditiva de norte a sul, rastreios auditivos gratuitos a todos os interessados: http://www.amplifon.pt/Encontre-o-centro-Amplifon-mais-próximo/Pages/default.aspx
Principais factos:
- 1,1 mil milhões de jovens em todo o mundo está em risco de perda auditiva por comportamentos de risco
- Mais de 43 milhões de pessoas entre os 12 e 35 anos vivem com perda auditiva
- Cerca de 50% das pessoas entre os 12 e 35 anos ouvem níveis de som inseguros em dispositivos áudio
- Cerca de 40% de pessoas entre os 12 e 35 anos estão expostas a níveis de som potencialmente destrutivos em discotecas, bares e eventos desportivos