Estudo

Penso pode ser nova alternativa à vacina da gripe

São boas notícias para quem tem fobia a agulhas. Investigadores da Universidade de Emory, na Geórgia, EUA, desenvolveram um penso indolor de proteção ao vírus da gripe equivalente à toma da vacina.

É uma nova alternativa à vacinação convencional: um penso pequeno, com micro-agulhas (mas indolor), semelhante a um penso rápido. Um estudo publicado na revista científica The Lancet provou que, para além da aplicação ser igualmente eficaz, os voluntários preferiram o novo método ao tradicional.

São boas notícias para quem tem fobia a agulhas, escreve o Observador. Os investigadores da Universidade de Emory, na Geórgia, EUA, que desenvolveram este método confortável, dizem que ele serve de proteção ao vírus da gripe de forma equivalente à toma da vacina. Trata-se de um pequeno penso que, segundo os seus criadores, é mais barato, pode ser enviado pelo correio e permite que as pessoas se auto-vacinem em casa. Para além disso, não precisa de refrigeração pois consegue manter-se estável, durante um ano, a uma temperatura até 40ºC.

“Este produto, que pode ser auto-administrado e tolerado por todos, tem potencial para melhorar a cobertura da vacinação da gripe na população”, disse Nadine Rouphael, co-autora do estudo, num vídeo explicativo ao canal de Youtube do Instituto de Tecnologia da Geórgia.

Para o estudo foram recrutadas 100 pessoas, de idades compreendidas entre os 18 e os 49 anos, que ainda não tivessem sido vacinadas contra o vírus da gripe. Os voluntários foram distribuídos aleatoriamente por quatro grupos: um que recebeu a tradicional vacina no músculo do braço, e três que receberam os pensos: um administrado por profissionais, outro pelos próprios e, por fim, um que ficou com o penso placebo. Este era removido após 20 minutos, depois da dissolução das micro-agulhas.

As respostas dos anticorpos geradas pela vacina, através da análise de amostras de sangue, foram semelhantes aos grupos que receberam injeção. Cerca de 96% dos voluntários afirmaram que o método era indolor, sendo que 70% deles disseram preferir o penso à injeção. Para Mark Prausnitz, professor do Engenharia Química e Biomolecular do Instituto de Tecnologia da Geórgia, a criação pode ter bons resultados. “Um dia, esperemos num futuro próximo, será muito mais fácil para as pessoas ter acesso às vacinas”, afirma.

Fonte: 
Observador
Nota: 
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